Publicação trimestral l junho 2019 l número L I V (54)
Em jeito de despedida
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voco, à distância de alguns meses, a última “travessia” do portão da escola, enquanto profissional “no ativo”. Pela carga simbólica de que se revestia. Na cabeça, atropelavam-se evocações literárias diversas – a literatura, sempre a literatura, fonte inesgotável de inspiração, de conhecimento, de prazer, de evasão. Era o inevitável “tempus fugit”, de Virgílio, acompanhado de vívidas imagens de salas de aula de há 44 anos, dos primeiros olhares que me perscrutaram enquanto professora e que inscreveram em mim um indelével sentido de responsabilidade que desejo não ter traído; de outro Vergílio, acudia o “Para Sempre”, associado à ideia de termo, da irreversibilidade do tempo, deste em particular; de Nicolau Tolentino de Mendonça, aflorava o título de um texto recentemente lido, “O meu legado qual será?”, a precipitar-me para um balanço que não estava ainda, preparada para fazer; e, já fora de portas - como evitá-lo? - o verso de Carlos Drummond de Andrade, “E agora José?”
E agora, era a vida repartida. Para trás, ficavam 44 anos de vida profissional, 37 dos quais vividos nesta escola, desde 96 em cargo de direção, presidente ou diretora chamada, conforme a sensibilidade dos tempos e com pequenas cambiantes de sentido. Para a frente, estendia-se um tempo intangível ainda, pontuado de algumas ,incertezas mas com infinitas promessas de fruição. Escapo à tentação de balanços. Mas saio com a sensação de ter pertencido a uma difícil mas generosa profissão, que atrasa o nosso envelhecimento e nos proporciona momentos de inesquecível humanidade, hoje sujeita a uma erosão que não merece. Aquela profissão de que diz George Steiner, citado por João Lobo Antunes: “… haverá ofício de maior privilégio que este de despertar no outro poderes e sonhos que transcendem o mestre, ou induzir amor por aquilo que amamos, ou ainda fazer do presente interior de alguns o seu futuro e impedir, acrescentaria eu, citando Oliver Wendell Holmes, que morram com a canção dentro do peito?” Enquanto presidente/diretora, durante mais de duas décadas, congratulo-me por ter pertencido a uma casa, alargada nos últimos seis anos, que se erigiu e consolidou assente em elevados padrões de cidadania, em sólidos valores humanistas, na convicção de que uma educação justa, para todos, exige o culto de valores de dificuldade dignificante e integradora. Envolvo, finalmente, em nostálgico e afetuoso abraço todos quantos comigo trabalharam, alunos, pais e encarregados de educação, colegas, assistentes técnicos e operacionais, colaboradores externos, infinitamente grata pelo carinho que me envolveu, pelo clima de escola que construímos em conjunto, pela paz que tecemos, pelo reconhecimento formal e informal com que me presentearam. O meu legado? Gostaria que os versos inscritos no átrio da escola, de Fernando Pessoa/Ricardo Reis, constituíssem uma espécie de exortação à demanda da perfectibilidade humana, à caminhada na senda da utopia que inscrevemos no projeto educativo da nossa casa comum. Delfina Rodrigues, Ex-Diretora da AEAS
ESCOLA SECUNDÁRIA/3 AURÉLIA DE SOUSA Rua Aurélia de Sousa - 4000-099 Porto Telf. 225021773 equipa.jornalesas@gmail.com
Mérito e Excelência
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cerimónia de entrega dos Diplomas de Mérito e Excelência aos alunos do Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa decorreu no dia 24 de abril. Este é um momento marcante na vida da comunidade escolar do agrupamento. É com um misto de orgulho e dever cumprido que o AEAS reconhece os alunos, do ensino básico e do secundário, que se destacaram por Mérito e Excelência, demonstrando os valores intrínsecos propostos pelo Projeto Educativo deste Agrupamento. Procuramos formar cidadãos livres, autónomos, responsáveis e conscientes de si próprios e do mundo que os rodeia. Seres Humanos capazes de agir eticamente, de atuar de forma crítica nas mudanças que se verificam diariamente à sua volta. Incentivamos os nossos alunos a desenvolver um espírito de excelência e de exigência consigo próprios, tendo consciência dos outros e demonstrando respeito pela diversidade humana e cultural. O nosso objetivo como escola é capacitar os jovens com saberes e valores que permitam a construção de uma sociedade mais justa, participativa e centrada na dignidade humana. A diretora, Margarida Teixeira
Diploma de Excelência Francisca Paixão - 11ºano com a profª Manuela Violas (Direção)
Turma H do 11ºano com a profª Zaida Braga (DT) Diploma de Excelência Mariana Tavares, Alice Ferreira e Ana Mafalda Diploma de Mérito Mariana Tavares, Iara Rocha e Alice Ferreira
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Fotos de Boris Kalachin, 10º I - AFS
Mérito e Excelência Fotos de Boris Kalachin, 10º I - AFS
Diploma de Excelência - 9ºE Ana Mafalda e Ana Manuel com a profª Anabela Martins (Direção)
Concurso Literário 1º Prémio Poesia - 2019 Rafael Morais (11ºB) com a profª Luísa Mascarenhas (Biblioteca)
Diplomas de Excelência Turma A do 11ºano com a profª Alda Macedo (Inglês)
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Fotos de Boris Kalachin, 10º I - AFS
Diplomas de Excelência Turma A do 10ºano—Helena Bruno, Helena Matos, Mariana Conchinha, Sara e Simão com a profª Manuela Violas (Direção)
Concurso Literário 2019 Semana das Humanidades https://www.google.com/search?q=memórias&tbm
Vencedores Escalão C 1º Prémio POESIA Gonçalo Saraband, 8º C, ESAS “Memórias”
Menções Honrosas Marco Rafael Gomes, 8º D, EBAG “Escuro” Ricardo Jorge Costa, 8º D, EBAG “Amor” O prémio na modalidade PROSA não foi atribuído
Menção Honrosa Tiago Fernando Sousa, 11º H – “Muros Desconstruídos” 1º Prémio POESIA: Rafael Morais, 11º B – “Perda”
1º Prémio POESIA - Escalão C
Memórias Uma memória É algo muito relativo Pode ser alterado Ou até perdido Uma memória Traz-nos recordações De tempos bons Ou de desilusões As memórias más São mais difíceis de esquecer E as boas Mais fáceis de perder Com uma memória É preciso ter muito cuidado Pois não sabemos Quando algo foi mal gravado Para concluir Com as memórias temos de ter O máximo cuidado Para não as perder. Gonçalo Saraband, 8º C, ESAS
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Escalão D 1º Prémio PROSA: Ana Catarina Oliveira Relvas, 12º D – “Adolescência”
Concurso Literário 2019 1º Prémio PROSA - Escalão D
Adolescência
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m tão pouco tempo, tudo mudou. Tento acompanhar o ritmo, mas estou perdida. Todo o mundo está diferente agora. Já não sou quem era. Tento manter-me acordada e lembrar-me do meu nome. O meu corpo sente-se jovem, mas a minha mente velha. Dou pelo tempo a passar quando olho para os álbuns de memórias ou para as fotografias espalhadas pela casa, quando ouço “estás tão grande”, “cresceste tanto”, “andei contigo ao colo”. No que me tornei? O que quero? Quem sou eu? Gostava de conseguir responder, não sou capaz. Não sei quem sou, não sei quem serei, não sei o que quero. Pelo menos, sei o meu nome, as minhas origens, a minha ascendência. Tenho, também, um documento de identificação de cidadã portuguesa com todos aqueles números seriados. Talvez eu seja um conjunto de números. Preparo-me para entrar na faculdade, tento focar-me em estudar. Nem sempre é fácil, tenho altos e baixos como qualquer estudante. Talvez eu seja uma montanha russa. Os anos fazem-se sentir e com eles as responsabilidades. Sei que tenho de prosseguir os meus estudos mas há algo que me chama, uma voz interior que me faz despertar para as pequenas coisas. Sinto uma necessidade enorme de conhecer mais, de me conhecer, de “voar”. Talvez eu seja um pássaro. Não consigo pintar dentro das linhas. Sou incapaz de apertar os atacadores das sapatilhas sozinha. Preciso de um beijinho de boa noite da minha mãe para conseguir dormir. Talvez eu seja uma criança que sente falta do seu
cobertor. Apanho o autocarro todas as manhãs para ir para a escola, observo as pessoas, a sua indumentária. Não sei para onde vão, não sei o que fazem. Todas têm o seu próprio rumo assim como eu tenho o meu: sair de casa, apanhar o autocarro, sair do autocarro, caminhar até à escola, ter aulas, fazer o caminho inverso, voltar a apanhar o autocarro, chegar a casa. Talvez eu seja um GPS. Já não distingo se os meus fones fazem, ou não, parte da estrutura física das minhas orelhas ou se, apenas, são a minha companhia ao longo do dia. A vida respira música e a música é criada inspirada na vida, nas sensações, nos sentimentos. Vários artistas, várias canções, gosto de vários estilos musicais. Desde baladas até ao rap, passando pelo rock, ao R&B ou até ao funk, todos os estilos representam a essência do meu dia, os mais diversos momentos que vivo. Talvez eu seja música. Talvez eu seja todos estes conceitos, ou talvez eu seja ainda mais conceitos. Talvez todos os dias queira ser algo diferente. Talvez todos os dias tente perceber o que realmente sou. Fecho os olhos e dou por mim a sonhar, é nesses momentos que desejo nunca mais acordar. Eu quase consigo ver este sonho que estou a sonhar. Há uma voz dentro da minha cabeça a dizer que nunca o irei alcançar. Cada passo que dou, cada movimento que faço, parece irrelevante, continuo perdida. Começo a desacreditar. Refuto de imediato essa ideia. Tenho de continuar a tentar manter a cabeça erguida e focada. Todas as lutas que enfrentarei, todas as oportunidades que surgirem, por elas, tenho de continuar a tentar. Vai
Rua Santos Pousada, 1204 - 4000 – 483 Porto Tel/Fax.: 225 024 938 / Tlm.: 911 710 979 Email: porto.antas@naomaispelo.pt
ser sempre difícil. Muitas vezes vou ter de perder algumas das minhas batalhas. Não me preocupa o tempo que demorarei a atingir o meu objetivo, mas sim a minha autodescoberta, encontrar a minha identidade. Eu tenho que ser forte, continuar a insistir e a procurar. Haverá sempre algo por descobrir, por sentir, por pensar, por ser, por sonhar. Mergulho aqui, neste sonho, no meu mundo, onde posso ser vários “eu”. Um sonho que se mistura com a realidade. Sou um sonho real. Sou uma sonhadora de novas realidades. Sou uma adolescente, embora não o saiba bem definir. Concluo que não me posso definir. Não sou refém de uma definição. Não quero ser definida. Não quero procurar a minha identidade. Já tenho uma, a minha, seja ela qual for. Eu sou eu. E poder ser eu é o meu tudo. Usufruir da minha sorte. Sorte de ser livre para ser eu. Adolescência sou eu, e eu vivo na adolescência. Quero ser sempre assim. Sou perfeitamente incompleta. Ana Catarina Relvas, 12º D
Concurso Literário 2019 Menção Honrosa - Escalão D
Muros Desconstruídos errubemos o muro. O muro que separa os tristes dos
alegres, os homens das mulheres ou os cães dos gatos. O muro que divide os (que se dizem ser) intelectuais e os (provavelmente incompreendidos) ignorantes. Não se esqueçam das fronteiras, derrubemos o muro entre os americanos e mexicanos, palestinos e israelitas. Nem do muro que divide as nossas casas da rua e daquele que nos separa dos nossos vizinhos. Pode parecer difícil porque é, efetivamente, difícil. Não é impossível mas não se distancia muito dessa impossibilidade. Nem todos (quase ninguém, na verdade) temos as ferramentas para deitar abaixo muros de dores, história, betão, tijolo e desconfiança. Derrubemos o muro para que nem o mais leve ar de tristeza volte a afetar os tristes e que não permita aos alegres respirar o ar infeliz que outros respiram. As mulheres poderão então viver livremente, que nem mais uma mulher veja o seu sexo como um azar do acaso. Os homens poderão viver a sua vida afastados dos, para muitos, dolorosos conceitos associados à masculinidade, que nem mais um homem no mundo se sinta julgado por chorar. Esta realidade pode ser dura de aceitar mas juro que é o caminho: o (pseudo) intelectual poderá gostar de músicas e livros do ignorante. Todos aqueles que se consideram superiores à mediocridade intelectual da espécie
Martim Martins, 11° H
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humana poderão livremente largar os clássicos por eles tidos como de uma qualidade incomparável e irreplicável e chegar perto dos ultrajantes livros contemporâneos e até mesmo (imagine-se só!) de livros motivacionais, esses terríveis monstros que, do seu ponto de vista, foram os responsáveis pela cegueira de um olho de Camões e pela morte de José Saramago. Até digo mais, os intelectuais poderão, sempre que lhes der vontade, largar a sua música erudita e pousar o vinil de Sonatas para Piano de Beethoven e ouvir pop americano sem perder o seu lugar no céu reservado para os puros. Chega de matar, magoar ou destruir por ideais, crenças ou fome de poder. Basta de sacrifícios. Lutemos por um mundo em que as únicas balas que atinjam as pessoas sejam as balas de felicidade, paz e conforto. Que as balas sejam usadas apenas como metáforas. São milhares os muros a ser derrubados. Não sabemos, ainda, a estratégia mas, por enquanto, é ir escrevendo à espera que um raio de inspiração nos atinja. Enquanto não atinge, vamos vagueando pelas palavras e pensamentos como quem vagueia por uma praia deserta. Andar sem rumo pelo solo quente, frio ou molhado que é a nossa consciência. Só depois de tudo isto o muro estará derrubado.
Concurso Literário 2019 1º Prémio POESIA - Escalão D
Perda Que se esgote este meu engenho de escrever, Pois desta vez a sua nascente Não mais me faz querer ser, Já que mágoa me causou perpetuamente. Imergi a minha face em salinidade E agora transborda a tão lusitana saudade. O avanço da maturidade concedeu Falta de tranquilidade e calma, um desassossego. Inconformada a minha mente concebeu A clareza de ser um adeus sem apego. A mim me era inusitado Da vida não havia vivido este lado. E a seco engoli esta emoção. Deslavado ficou o meu rosto, O brilho perdeu-se com a desilusão. Esta sensação jamais é descrita Todavia aqui fica um desabafo na escrita. Desenho de Rafael Fernandes, 12ºI
Por entre olhares cansados me escapou E lentamente desapareceu Alguém cujo meu coração tanto amou E que penosamente se desvaneceu. Com o passar do tempo eu supero Porém nunca inteiramente, assim eu espero. Assolado fico na amargura, Porque vivi o íntimo beijo do desconsolo, Porque a dor tanto me perfura E por não ter tido qualquer controlo. Mas acima de tudo porque percebi Que por fim digo que te perdi.
https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enPT847PT848&biw=1680&
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Rafael Morais, 11º B
Desenho de Hannah Barreto, 12º I
Mais um ano na JAP no. O produto da empresa “Pill Saver” consistia num armazenador com 6 caixas para comprimidos e com uma mola que se adapta a qualquer garrafa, e que está diretamente conectada a uma aplicação O produto, sempre que programado, emitirá uma luz no compartimento indicado e um pequeno som, através do smartphone ou tablet onde deverá instalar a aplicação “PS app”. O cliente será então avisado que é hora de tomar o medicamento. Através da aplicação, poderá ser introduzido o horário de tomar o medicamento, selecionando o compartimento, bem como mudar a hora se necessário. Já a empresa “Sachild“ apostou numa pulseira localizadora de crianças que, por momentos, se percam dos seus cuidadores. Depois de conectada ao telemóvel dos pais (através de uma aplicação) emite um sinal via notificação/ mensagem quando a criança ultrapassa um certo perímetro previamente definido. Contem também a opção de chamada de emergência. A pulseira só é possível abrir a partir do telemóvel dos pais, pela aplicação. Apesar de nenhuma equipa ter conseguido qualificarse para a competição nacional, para nós, alunos do 11ºE, esta experiência enriqueceu-nos intelectualmente, desenvolvendo algumas “soft skills”, nomeadamente a criatividade e o espírito de equipa e de reflexão, competências essas importantíssimas para a nossa formação! Turma 11ºE
Alunos participantes na Feira Ilimitada- Competição Regional da JAP nº 2- Ana Catarina Pereira Torres; nº 3- Ana Sofia Sousa Leandro; nº 4- Ana Sofia Barbosa Leal; nº 5- António Filipe Vasconcelos; nº 6- Carolina Lado Ribeiro Pereira ; nº 11- José Pedro Teixeira; nº 13- Manuel Miranda Arranhado; nº 14Maria Francisca Couto Silva; nº 15- Mariana Filipa Couto Silva; nº 21- Tiago Ferreira Ribeiro
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á 10 anos que a nossa escola participa no projeto “A empresa”, integrado na Junior Achievement Portugal (JAP) e este ano não foi exceção. A “JAP” é uma organização sem fins lucrativos, criada em novembro de 2005. É a maior e mais antiga organização mundial de educação para o empreendorismo. O projeto “A empresa” é considerado uma “best practice” pela Comissão Europeia, que desafia os alunos do ensino secundário a criar e gerir uma mini- empresa, ao longo de um ano letivo e num contexto de sala de aula para que consigam atingir os objetivos: desenvolver um plano de negócio e gerir a sua miniempresa. Organizar uma miniempresa implica, a partir de uma ideia-solução que vá de encontro a um problema sentido pelos cidadãos, desenvolver um plano de negócios, estabelecer objetivos de produção e vendas para um produto e desenvolver uma apresentação eficaz de vendas. Este ano, 3 das 5 equipas concorrentes foram apuradas para a competição regional (Feira (I)limitada) que se realizou nos passados dias 6 e 7 de maio, no mercado Ferreira Borges. A empresa “Filtros Arranhado” teve como aposta um filtro armazenador de partículas nocivas libertadas pelos carros movidos a combustível. O produto consiste num filtro, diferente de todos os outros, pois possui um diâmetro maior capaz de adquirir uma maior quantidade de partículas provenientes da combustão do próprio funcionamento do carro, sendo eliminadas através da elevada temperatura que é ativada quando o mesmo se encontra saturado de partículas de carbo-
A Europa da Alegria No âmbito das comemorações do Dia da Europa (9 de maio), o Clube Europeu da Escola Secundária Aurélia de Sousa assinalou a data com uma conferência conduzida pelo Dr. Pedro Braga de Carvalho.
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om as eleições para o Parlamento Europeu a aproximar-se, o debate sobre a cidadania europeia e o significado de ser europeu é fundamental para uma escolha consciente dos valores que queremos ver representados na União Europeia. Foram estas algumas das questões salientadas pelo ex-aluno da escola, agora formado em Direito Internacional e Europeu pela Universidade Católica do Porto. O foco inicial recaiu sobre a Nona Sinfonia de Beethoven, o hino oficial da União, nomeadamente sobre a versão portuguesa, pela voz da fadista Katia Guerreiro. Uma audição atenta, e todos concordaram na palavra em destaque: alegria. Será que ser europeu é isso mesmo? Alegria? As opiniões até podem divergir, mas, indubitavelmente, a Europa oferece melhores condições de vida do que qualquer outro continente. Mas será que nos sentimos verdadeiramente europeus? Um inquérito rápido à audiência sugeriu que a maior parte se sente portuguesa e, só depois, europeia. Houve até quem se mostrasse crítico do projeto europeu. Apesar de um certo nacionalismo (q.b.) ser mais do que positivo, não podemos virar as costas a uma instituição que regula (de forma geral, com sucesso) uma parte significativa da nossa vivência enquanto cidadãos de um espaço comum. Muitas das decisões aplicadas internamente emanam da União Europeia; podemos facilmente deslocarmo-nos dentro do território europeu, graças à livre circulação de pessoas e materiais; a oportunidade de estudar no estrangeiro e experienciar novas culturas
e formas de educação tornou-se acessível através do programa Erasmus, talvez uma das maiores e mais evidentes provas do sucesso europeu. Dizer que o que se passa na Europa e no Parlamento Europeu não nos diz respeito (uma das mais populares justificações para a elevada taxa de abstenção nas eleições europeias) é nitidamente errado, embora este pensamento seja perpetuado pelo perigo da falta de informação. Do Porto a Helsínquia, e mais além, somos todos europeus, unidos pelos mesmos valores judaico-cristãos ou por uma História com pontos comuns. Atualmente, um espaço livre e democrático e uma moeda única preservam estes laços de união cultural e moral. Uma união de que todos beneficiamos, enquanto cidadãos europeus. Ana Mafalda Silva, 12º G
Como se vivia em Portugal ? Curioso?
A adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), atual União Europeia (UE), provocou inúmeras alterações no nosso dia-a-dia, mas que hoje estão de tal forma interiorizadas que deixámos de as valorizar. A ideia de pertencer à CEE era, antes de Abril de 1974, um sonho para qualquer português.
Comércio Apenas tínhamos acesso aos produtos produzidos em Portugal, o que limitava a variedade de bens disponíveis. Qualquer produto estrangeiro era demasiado caro para a população em geral. Não havia as grandes superfícies a que hoje chamamos “catedrais do consumo”. Alimentação Na alimentação a diferença é enorme. Aumentou de forma extraordinária a oferta de frutos e legumes que chegam à nossa mesa, vêm de diferentes lugares do mundo e podem ser consumidos durante todo o ano. Direitos consumidores A proteção dos consumidores era escassa quer ao nível da legislação existente, quer dos meios de fiscalização e também neste âmbito foi determinante a imposição das regras comunitárias. Os produtos alimentares eram vendidos a granel e embalados em cartuchos de papel. Os brinquedos infantis, frequentemente de madeira ou de chapa de zinco, eram produzidos sem as atuais regras de segurança, tornando-se perigosos para as crianças. Educação A nossa adesão à CEE aconteceu na sequência das conquistas de Abril, por isso nem sempre é fácil dissociar importantíssimos momentos da nossa história. Por exemplo,
o acesso à massificação da educação, a educação para todos, aconteceu pós-74. Até essa altura poucos estudavam para além do Ensino Básico. As universidades eram poucas e só mais tarde com o Programa Erasmus passou a ser possível estudar em outros países. Comunicações As comunicações faziam-se exclusivamente pela rede fixa do telefone e nem todas as famílias tinham possibilidades de suportar a despesa. Por isso, havia inúmeras cabines telefónicas públicas e os estabelecimentos comerciais disponibilizavam frequentemente um telefone com contador, e o pagamento era feito pelo número de “impulsos”. Já as chamadas internacionais envolviam despesas proibitivas. Com a integração na CEE/UE, Portugal aproximou-se de forma relevante das condições de vida dos restantes países europeus, recuperando do enorme atraso na área da saúde, educação, ambiente e infraestruturas existentes ao nível das estradas, aeroportos e portos marítimos. Resultado de inquéritos feitos pela Mafalda Peixoto, 10ºH
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Viajar As viagens eram raras para a maioria das pessoas e só eram possíveis com passaporte. Os indivíduos do sexo masculino estavam ainda obrigados a mostrar a caderneta militar, para que na fronteira se certificassem se tinham cumprido o serviço militar, ou se estavam a desertar.
Lemun 2018
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ESAS teve oportunidade de participar no projeto LEMUN 2018 – Leiden Model United Nations – organizado por alunos da escola Stedelijk Gymnasium, de Leiden, na Holanda. Esta conferência, que reuniu escolas de diversos países, consistiu numa simulação do funcionamento da Assembleia Geral das Nações Unidas, tendo os trabalhos decorrido completamente em inglês. Os preparativos para a viagem começaram vários meses antes, com a visita de um dos professores responsáveis pela organização, que apresentou o projeto aos alunos participantes. Seguiram-se múltiplas reuniões preparatórias para esta participação, coordenadas pela aluna Lola Sayberdieva – que se disponibilizou a orientar o grupo uma vez que já tinha experiência neste contexto -–, sob supervisão da docente Ana Amaro. Chegou finalmente o dia da viagem. Voámos para Amesterdão, de onde seguimos para Leiden, de comboio. Aí, andámos às voltas até descobrir a escola, ponto de encontro com os nossos anfitriões, que iriam proporcionar-nos a verdadeira experiência da vida holandesa: ir de bicicleta para a escola, comida típica, costumes e tradições. Para a manhã de sexta-feira, os alunos locais tinham organizado uma visita à cidade de Leiden, levando os visitantes à descoberta do seu património. A cerimónia de abertura teve lugar durante a tarde, com a apresentação do tema desta edição, “The violence is singing”. De seguida, dirigimo-nos para os respetivos comités, onde houve uma primeira sessão de lobbying: momento em que as delegações conversavam entre si, partilhando as opiniões do seu país e criando alianças. Os trabalhos decorreram de forma semelhante no sábado
e domingo: elaborámos as resoluções, debatemos, propusemos emendas, formámos alianças e votámos. Na noite de sábado, destacou-se a festa “disco”, organizada com o intuito de quebrar a monotonia do fim de semana de trabalho e incitar à criação de laços entre os diversos participantes num ambiente informal. Os trabalhos terminaram no domingo à tarde, com uma sessão de encerramento triunfal. No entanto, nós seguimos para Amesterdão, onde pernoitámos num hostel bastante agradável. Tivemos então a oportunidade de visitar a cidade à noite, tendo-se destacado o ambiente quase decadente do Red Light District. Na manhã seguinte, visitámos o museu Van Gogh, uma experiência extremamente enriquecedora. Todo o projeto foi verdadeiramente único, não só pela experiência de participar numa simulação da Assembleia Geral das Nações Unidas como pela interculturalidade, pelo acolhimento, pela possibilidade de conhecer duas cidades holandesas tão contrastantes: o sentimento de comunidade e a ordem de Leiden substituídas pela adrenalina e a intensidade que marcam o ambiente de Amesterdão. Único, principalmente, pelo sentido de responsabilidade e pela cooperação evidenciados tanto entre os diversos estudantes estrangeiros que conhecemos no LEMUN 2018 como entre os representantes da nossa escola. Projeto Lemum, 15 e 19 de novembro de 2018 Bárbara Ferreira, 12ºG Ana Amaro (profª de Português) Alunos da foto: Andreia Leal (11º E), Guilherme Lopes (11º G), Tiago Sousa (11º H), Lola Sayberdieva (11º H), Francisca Monteiro (11º H), Ângela Pereira (11º H), José Augusto Silva (11º H), André Madureira (11º I), Rita Castro (11º I), Miguel Ferreira (12º B), Alice Ferreira (12ºG), Bárbara Freitas (12ºG) e Catarina Osório (12ºG)
Berlim 2019
aproveitámos e, acima de tudo, divertimo-nos tanto nas visitas aos museus como em lugares que menos esperávamos e disso é exemplo umas das situações mais peculiares da viagem: a raposa perdida no centro da cidade que numa das noites presenciámos. Podemos afirmar que esta viagem decorreu como planeado e que nos permitiu desenvolver novos horizontes,tornando-nos mais autónomos e preparados para novas aventuras. Esta atividade, que envolveu as turmas 11ºF e 11ºI, estava integrada no PAA do Agrupamento. Graça Martins, professora de Alemão
Transportes Luís Sousa, Lda Rua da Cerâmica 226/230 Alfena, Porto, Portugal Ligar 22 969 1357 http://www.tlsousa.pt/
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viagem a Berlim trouxe um grande benefício aos alunos como uma nova cultura, o conhecimento de uma forma de vida diferente e um pouco da sua história. Três dias na Alemanha passaram a correr, mas de forma alguma os esqueceremos. Agora que um mês passou, restam-nos apenas as memórias, as fotos e as lembranças que de lá trouxemos. Do episódio que na altura pareceu stressante e pouco recomendado de quase perder um segundo voo, a perdermo-nos à noite com as professoras; dos amigos que no albergue fizemos, ao contacto com outras culturas e uma nova língua; dos passeios nas ruas movimentadas, aos edifícios recuperados de um país que outrora se envolveu na guerra; do convívio com os professores, à intimidade que com os amigos desenvolvemos, tudo
Aldeias com história
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s alunos das turmas do 10º J e L participaram numa visita de estudo ao convento de Santa Maria de Salzedas, à aldeia histórica de Ucanha e ao Convento de S. João de Tarouca, acompanhados pelos professores Alexandre Libânio, Ana Helena Sequeira, Fátima Alves e Zaida Braga. Os principais objetivos da visita eram relacionar real e literatura, conhecer o património histórico português e estimular os alunos para a prática da leitura e da preservação cultural. A primeira paragem foi precisamente no convento de Salzedas, que foi no seu tempo um dos maiores mosteiros cistercienses (ordem religiosa monástica) de Portugal, donatário de vastas terras em redor, com obrigação de as cultivar e povoar. O mosteiro apresenta elementos arquitetónicos ricos e variados que vão do estilo românico ao barroco. A sua construção iniciou-se em 1168, logo após a doação das terras feita à ordem por Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, e por sua mulher Teresa Afonso. Foi sagrado em 1255, quando o complexo monástico ficou completo. É, sem dúvida, um lugar de notável importância histórica, apesar de grande parte da mesma se ter perdido com a extinção das ordens religiosas em 1834. Seguiu-se uma paragem em Ucanha, aldeia histórica e vinhateira da região do Douro, onde almoçamos em contacto com a natureza. Aqui sentimo-nos em plena
Idade Média, até porque Ucanha possui a mais bela ponte fortificada da Península Ibérica. Após o almoço, visitamos o Mosteiro de São João de Tarouca.A construção deste mosteiro iniciou-se em 1154, sendo este o primeiro mosteiro masculino cisterciense edificado em território português. Após a sua fundação, o complexo monástico foi largamente ampliado nos século XVII e XVIII com a construção de novos edifícios, de entre os quais se destaca um novo e colossal dormitório, de dois pisos, único em Portugal. É também neste mosteiro que se encontra o túmulo de D. Pedro Afonso, conde de Barcelos e filho bastardo de D. Dinis, autor do primeiro Livro de Linhagens. No regresso, houve ainda tempo para uma breve paragem em Lamego para deambular no centro histórico e provar a famosa bôla de presunto. Em suma, esta visita deu oportunidade aos alunos de se enriquecerem culturalmente com a importante ajuda, claro, não só dos professores como dos guias, bons profissionais, que nos ajudaram a “ver” e a conhecer melhor o nosso património, de uma forma leve e interessante, o que, na minha opinião, estimula o interesse de todos pela nossa cultura e pelas nossas tradições. Bruna Pinho, 10ºJ Tarouca, dia 28 de fevereiro de 2019
O que visitar em Viseu?
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alvez por vivermos no litoral que tanto nos preenche, nem sempre dedicamos a devida atenção a outros lugares, nomeadamente no “coração do País”. Pois é, há muito para visitar em Viseu e nas imediações, daí a escolha das docentes da disciplina de Geografia para a saída com os alunos. A nossa ambição foi grande, pois no roteiro colocamos a visita às Termas de S. Pedro do Sul, a passagem pela cidade de Viseu e a os museus do Quartzo e do Linho. A paragem pelas Termas de S. Pedro do Sul permitiu compreender o interesse da exploração das águas para o desenvolvimento de toda a região. A sua reputação vem de há 2000 anos atrás, pois sabemos que foi frequentada por reis e rainhas ao longo dos séculos. A riqueza deste lugar está na água de cheiro forte a enxofre que emerge à superfície a uma temperatura de 68,6º C, recomendada para o tratamento de doenças associadas ao reumatismo e às vias respiratórias. Hoje, entre hotéis, residências de alojamento local, balneários, restaurantes e postos de turismo, todos estão direta ou indiretamente ligados ao Turismo Termal e dependentes das virtudes terapêuticas deste recurso endógeno. Para além do vastíssimo leque de tratamentos possíveis nas instalações termais, desenvolveu-se uma sofisticada gama de produtos dermocosméticos, aproveitando as potencialidades particulares da água termal. A hora do almoço foi passada em Viseu, mas o tempo foi curto para conhecer a cidade que reúne inúmeros lugares de grande interesse e beleza. É considerada, pela abundância de serviços que oferece e pelo ambiente calmo e tranquilo que proporciona, a melhor cidade
portuguesa para se viver. Em Viseu é obrigatório visitar no centro histórico a Igreja da Misericórdia e o Museu Grão Vasco. Marcamos antecipadamente a entrada no Museu do Quartzo. Este museu faz parte do Roteiro das Minas e Pontos de interesse Mineiro e Geológico de Portugal, e localiza-se no Monte de Santa Luzia, num local onde o quartzo foi extraído entre 1961 e 1986. Único no mundo, é dedicado ao quartzo, explicando de uma forma interativa e sedutora a origem daquele que é um dos minerais mais abundantes da crosta terrestre, as suas propriedades físicas e químicas e as suas aplicações ao longo da história e na atualidade. Há muitas outras rochas em exposição. Aliás para os apaixonados pelos mistérios do planeta, este é um lugar de visita obrigatória. Seguimos para o Museu Etnográfico Casa da Lavoura e Oficina do Linho, onde é recriado o quotidiano agrícola da região, em áreas como o pátio de serventia, os currais, o lagar, a adega, a cozinha tradicional, o forno caseiro e até o lugar reinventado do tear. Foi um dia em cheio! Para além dos professores de Geografia, Isabel Trigo, Julieta Viegas e Filipe Santos, acompanharam os alunos, as professoras de Português/Literatura Zaida Braga e Anabela Dias, a professora de História, Joana Ribeiro, a professora de Espanhol Luísa Ribeiro e a de Macs, Estela de Jesus. Alunos das turmas F,G, H, I e J do 10ºano e 12ºano do Curso Profissional de Turismo + Grupo de Geografia
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Termas de S. Pedro do Sul
25 de Abril na ESAS
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a madrugada de 25 de Abril, os militares do MFA (Movimento das Forças Armadas) tinham como grande objectivo fazer um golpe de Estado e derrubar a ditadura do Estado Novo, um regime político, autoritário, autocrata e corporativista que vigorou em Portugal durante 41 anos. Os militares do MFA, ocuparam, então, a Rádio Clube Português para comunicar à população as suas intenções: que Portugal voltasse a ser uma democracia, com eleições, direitos e liberdades que haviam sido retiradas por António Oliveira Salazar. “E Depois do Adeus” foi a canção que serviu de senha à revolução, seguindo-se a «Grândola, Vila Morena» de Zeca Afonso. Ao mesmo tempo, parte uma coluna militar com tanques de Santarém para Lisboa, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia. À chegada, tomaram posições junto do quartel da GNR do Carmo, onde se encontrava refugiado Marcello Caetano. A população de Lisboa foi-se juntando aos militares. O golpe de estado transformou-se numa revolução! Nas ruas, a tristeza deu lugar à alegria! Nas espingardas, foram colocados cravos vermelhos.
E foi com cravos e com espírito de alegria que se comemorou o 25 de Abril na Escola Secundária Aurélia de Sousa. Nesta actividade desenvolvida pelo Departamento de História, foi apresentada uma exposição com cartazes elaborados pelos alunos, que retratam as principais momentos e figuras históricas que estiveram em torno da "Revolução dos Cravos". A atividade contou também com um concerto, onde participaram alunos, professores e assistentes operacionais e se evocaram canções de Zeca Afonso e de Carlos do Carmo. Ricardo Amaral, prof. de História
Aproveitou-se a ocasião para dar a conhecer mais uma publicação feita na nossa Escola, reunindo, desta vez, uma série de textos elaborados em 2018, por ocasião da comemoração do 25 de abril. O tema que serviu de mote aos imensos textos escritos foi “ E se hoje eu acordasse e tivesse uma ideia revolucionária?”, sugerido pela ex-aluna da Aurélia, Inês Sincero, que esteve presente para apresentar a publicação.
My impressions of Portugal
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ello, I’m Boris, a 16 year old AFS exchange student from Russia. Here I will try to describe my experience in Portugal. First feelingt I got after arriving was: ”Oh no! I can’t call my father anymore and ask him to pick me up”. It was really frustrating. However, my host family welcomed me really nicely and it has been super to live with my new family. In the beginning I started getting some problems like “you just can’t explain things to your host family”, not because they can’t understand English, but due to the fact that they are so different from me. Culture, routine, mentality – EVERYTHING here is so different! The same thing happened with school. Teachers, mates and staff speaking, talking and chatting beyond my understanding. Actually, sometimes it was a nightmare, as we barely understood each other. But then, with time, things started getting easier and easier. Language, culture, customs, people, all the things that I couldn’t grasp before gradually became meaningful. And now, 9 months over my living here in Portugal, I can say that it has been absolutely awesome! This is definitely an unforgettable experience in my whole life! I would like to say “OBRIGADO!” to each and all who have been with me all this time. Boris Kalachin, 10º I
A Modern Family Supper - 1
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smile across his face. She wanted to leave immediately, but I insisted that she should stay so that things could improve for all of 2014. I was 17 at the time, and, five the family. She dropped the appetizer she years later, I still remember those events. had brought with her on the counter of It's impressive how our memory chooses the kitchen, a chicken and veggies tart, to engrave certain things, and how these and she headed to the living room. can shape our actions. Seeing them both in the same room was Either way, it had been several months cousin, and I still do. I love my whole fami- quite stressful: you could cut the tension since our last family reunion: my grandly, even though I resent my grandfather with a knife. Yet, she endured it all. Every mother's death and my cousin's revelation and uncle. Their homophobia led to these once in a while, she would hear pulled the family into opposite directions, events, events that I still remember vivid- small remarks that my grandfather would splitting us into three conflicting sides. My ly. make, remarks that would cut deeply in grandfather José refused to get along with It was quite hard to try to organize a dinher big heart: "Has she changed her mind the rest of his family, due to his conservaner for all of them to come, but we ended yet?" or "We’ve lost her to sin." tism, and even my father João and his up managing to convince my grandfather, I could see it in her face: in less than 30 brother Filipe, my uncle, withheld from the most stubborn of all. We couldn't, of minutes, she had grown tired to all of talking to each other. In the end, the two course, tell my cousin he was coming, or those offenses, but she couldn't respond major groups were me, my sister Sara and else she would never have come to try and to them. It wasn't in her persona to offend my father, against my aunt Liliana, my reconcile. anyone. Most of the present hadn't even uncle Filipe and my cousin Gabriela. It only took her a split second after she realized what was happening; only I could From hearing, one could think that I didn't entered our house to see him standing see the pain and suffering in Gabriela's get along with my cousin, which couldn't there, cheerful and happy, holding a glass face. be further from the truth: I loved my of scotch and talking with a big
o this day, I still remember may of
A Modern Family Supper—2
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https://br.freepik.com/vetores-gratis/casais-e-familias-do-dia-do-orgulho_4694100.htm
We decided to sit down at table: my sister and I were face-to-face, and next to me was Gabriela. Across the table, sat my grandfather, trying to get away from my cousin's "demonical influences." My father brought the chicken and veggies tart to the table, much to our delight. I didn't eat quite a lot, but I could see my grandfather enjoying it to the fullest. 'Who made this?' he asked. Gabriela rose her hand, shily, and my grandfather immediately pushed it to the side, saying 'It's awful.' 'So you still resent me, 'Pa.', she said, very hesitant. I immediately looked at my uncle, whose annoyance was clear as day on his face. 'You have to understand, Gabriela, it's just not natural! The Bible says so clearly, and I don't understand how you could pursue these temptations!' he said, looking at the tart with a hint of jealousy. 'It's the truth: you'll go to hell.' 'If I go to hell, then so will you, for treating me like sh...' 'Gabriela!' My uncle angrily got up, his face flushed with irritation. 'We agreed we wouldn't talk about this, didn't we?' 'Did you know? Did you know that he would be here?' 'No.' my uncle lied. 'I didn't know, but he's right. How could you do this to your family?' 'I didn't choose to be like this! I didn't make a choice to be ignored by you guys!' Tears filling her eyes - I could see it through the reflection of the mirror. 'Yes, maybe you didn't choose, but you didn't have to tell us about this...' my aunt added. She wasn't the worst one in the family in terms of acceptance, but she wasn't the most supportive either. She believed that there was no problem regarding my cousin's homosexuality, but she did think that she shouldn't have shared it with all of us. 'She probably just thought that you would all look past the differences... Which is what you should have done.' My sister was also standing. 'Sara, sit down.' My father commanded.
'I will not do that! We're family, and you all choose to see the smallest thing about her instead of the whole picture. It's disgusting that you act like this.' 'Sara! Go to your room, now!' 'And you too.', said my uncle pointing. 'Now!' 'No, they can't stay in the same room.' My grandfather suddenly became more aggravated. 'She might convert the only granddaughter I have.' I didn't even say a word. All I did was get up, grab my cousin's arm and take her to my room, where she would undoubtedly be safer. I still heard my father calling me downstairs, but I ignored him. I was tired of having to be passive to avoid my grandfather's attention. I needed to be more active. She went over a blue stand of photographs I had, hung from the ceiling on a little hook, and picked up her favourite one. We all looked so happy, together as a family, before my grandmother had passed away and before all of this had started. 'Give me a hug' I said, wrapping my arms around her. She cried a bit on my shoulder. 'It's ok... It'll all be ok. I'm going back downstairs, I'll be back in a bit, ok?' I throttled through the steps three by three, clenching my fists in anger, and as soon as I entered the room I just shouted: 'What the f*ck is wrong with all of you?' My father was speechless. He had never seen me like this. 'She's a human being, and so are all of us in this room. You have no right to treat her like this!' 'Darling, it's just not correct' My grandfather said. 'The Bible says so very clearly: "you shall not lie with a male as with a woman; it is an abomination."' 'You've never read the Bible entirely, have you? "Above all, love each other deeply, because love covers over a multitude of sins." Even if God does exist...' 'Don't doubt the existence of God, darling. Unless, of course, we have also lost you?' 'Whether or not I'm lost, even if God does exist, He wouldn't hate homosexuals or anything for that matter.' I exclaimed. 'God's thing is that He loves everyone. If
you're so religious, that should matter above all.' My grandfather stood quiet for a bit. I could see the tears in my uncle's face, and my father looked down, embarrassed with his submissiveness. I didn't wait for their reactions. Instead, I went upstairs, feeling a bit proud of myself. It all faded away in a matter of seconds: as I entered the room, something felt off. My cousin lay on my bed, silent and almost asleep, grasping the picture frame with one hand. 'Are you ok?' I asked, confused with her calmness. 'Yes, don't worry about it. Soon it'll be over.' 'What will be over?' My cousin opened her hand, revealing a small white pill. I picked it up immediately, panicking at the prospect of suicide. 'What did you do?' I tried to read the label, but my head felt dizzy. I couldn't see anything, no matter how hard I tried. 'Dad! Call an ambulance!' The footsteps started growing closer and closer, as I realized most of my family was already in my room. 'What did you do? What are these?' She muttered something, and I leaned in closer. I still remember to this day the dreadful words I heard: 'Leave me alone. I want to die'. Yesterday, we all ate in silence to remember this incident, that happened precisely five years ago. I am now 22, and my cousin is a happy and healthy 18-year-old girl. My family has pulled together again, and we're slowly making my grandfather get over his homophobia. Luckily for me and for Gabriela, everything worked out in the end. Unfortunately, this doesn't happen to all, and I’m telling this story for a reason: my cousin isn't the only one that has suffered from our judgments, and so I ask of you never to be like my grandfather or my uncle, for love is love, and labels suck. Simão Figueiredo, 11.º A
Dia da Geografia “A estrutura de um território exprime-se na paisagem” Orlando Ribeiro lembrando que “o Mediterrâneo” é e sempre foi um espaço de grandes incertezas e irregularidades meteorológicas. Abordou questões como o negócio dos eucaliptos, que a ser assumido por outros países, nomeadamente tropicais, deixará para trás o interesse das florestas portuguesas, onde o crescimento desta espécie é mais lento e será no futuro, comparativamente, menos lucrativo. A linguagem, cheia de humor, suportada por profundo conhecimento científico das matérias, tornou a sua presença um momento inesquecível. Grupo de professores de Geografia - 30 de abril 2019
Alunos da turma I do 10ºano com a profª de Geografia
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nosso pequeno país apresenta uma imensa diversidade de belíssimos recantos conhecidos por alguns, mas totalmente desconhecidos por muitos outros. Por isso, este ano, desafiamos os nossos alunos a divulgarem através de uma foto, um dos lugares das suas vivências e esta foi a base para a exposição do Dia da Geografia. Nesse dia, que para nós tem um significado particular, fomos ao baú das nossas relíquias e trouxemos os mapas de tela com suportes em madeira, que outrora eram material obrigatório das nossas aulas e que, hoje, só por capricho, veem a luz do dia, ultrapassados que foram pelos moderníssimos materiais didáticos virtuais. Mas a geografia é feita de muitas e variadíssimas “peças” e vieram, junto com os mapas, os pormenores que fazem a diferença e que ajudam a construir o imaginário coletivo desta ciência que se exprime, tal como dizia Orlando Ribeiro, “na paisagem”. Assim, numa vitrina, herança do antigo mobiliário da ESAS, colocamos peças de culto, como um antigo barómetro que suscitou olhares estranhos aos mais jovens, que se inquiriram sobre a funcionalidade e a utilidade de tão estranho aparelho. Nesta pequena mostra, houve também espaço para os mais novos revelarem a sua dedicação na representação das tradicionais rosas-dos-ventos, marco fundamental para a localização de qualquer lugar da superfície da Terra. Como convidado tivemos o conhecido e carismático geógrafo Álvaro Domingues, com as suas leituras controversas dos territórios, alertando para as diferentes formas de olhar para a realidade, indo para além dos consensos comuns e buscando razões, não imediatistas e por vezes impensáveis. Falou-nos de clima, sem evitar a polémica acerca das alterações climáticas, apertando o cerco e responsabilizando os dirigentes políticos, mas também
Faz + pelo ambiente! Apoia esta causa e faz + pelo ambiente! A escola é de todos!
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omo todos sabem, a poluição é uma catástrofe antrópica muito prejudicial ao meio ambiente. A poluição é muito abundante nos ecossistemas urbanos. Para combater este fator negativo, a turma do 8.º C em conjunto com a professora de Ciências Naturais, Lucinda Motta, levou a cabo, no dia 24 de janeiro de 2019, uma ação de recolha de resíduos nos espaços exteriores da escola. Os alunos do 8.ºC juntaram-se em pequenos grupos e, munidos de luvas e sacos de plástico, recolheram os resíduos sólidos que outros alunos atiram para o chão. Assim, a turma do 8.ºC pretendia melhorar o espaço exterior da escola e reduzir a poluição dos solos.
escola ficou praticamente limpo, mas no dia seguinte já estava novamente cheio de resíduos sólidos. Estes comportamentos demonstram o baixo nível de sensibilização dos alunos para com o nosso ambiente escolar. Aconselhamos os alunos que lerem este artigo a não deitarem lixo para o chão e a separarem os resíduos sempre que possível. Apoia esta causa e faz + pelo ambiente! A escola é de todos!
No fim desta atividade, cada grupo recolheu, em média, três sacos cheios de embalagens e de papel. Estes plásticos foram encontrados em canteiros, nos campos de jogos e até mesmo junto aos caixotes do lixo. Após esta ação, o espaço exterior da
Rua Aurélia de Sousa,49
Alunos redatores do 8ºC: Carolina, Catarina, David, Francisco, Gonçalo Sarabanda, Gustavo, Inês Figueira, Maria Eduarda, Maria Miguel, Marta, Miguel Costa, Pedro, Rafaela, Raquel, Rita, Sara e Tiago. lustrador: Gonçalo Monteiro.
Os Corais - artigo científico - 1 Gustavo Faria, Luísa Cunha, Clarisse Silva, Jorge Ferreirinha, Sara Coutinho, Diogo Miranda
Características Biológicas dos Corais Os corais, animais cnidários, foram os primeiros a apresentar uma cavidade digestiva no corpo. Vivem na água, tendo uma epiderme composta por uma camada de fibras musculares. Estes seres vivos, além de não possuírem sistema respiratório, também não apresentam um sistema excretor nem circulatório. São animais carnívoros que utilizam os seus tentáculos para capturar as suas presas. Estes organismos reproduzem-se sexual e assexualmente. Na reprodução sexuada os corais libertam uma enorme quantidade de óvulos e espermatozoides que se unem, formando plântulas, as quais têm uma grande probabilidade de morrer durante este processo. Na reprodução assexuada, quando um coral adulto atinge um tamanho considerável, dividese em partes que dão origem a novos corais. Quando um vulcão se extingue e começa a submergir, os corais dispõem-se à sua volta, formando um atol. Neste local, por se encontrarem à superfície, estes seres vivos têm boas condições de vida, já que necessitam de uma temperatura relativamente alta e de bom acesso à luz. Com o passar do tempo, novas
Corais na Medicina O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) entra nas células do sangue responsáveis pela defesa do organismo contra outras infeções e alguns tumores. As cnidarinas, proteínas encontradas nos recifes do litoral norte-australiano, impedem o primeiro passo da transmissão do VIH, criando uma barreira que impede a penetração do vírus nestas células. Estas proteínas foram descobertas por Barry O’Keefe, do San Diego National Institute of Cancer, Califórnia. Podem ser encontradas em lubrificantes e geles sexuais, que criam uma barreira contra a infeção do VIH, de forma a que os homens não necessitem de usar pre-
servativo. No entanto, a extração das cnidarinas leva à morte dos corais. Por isso, os cientistas têm vindo a desenvolver formas de produzir esta proteína em laboratório, de modo a impedir a extinção total destes seres vivos. Os corais podem também ser utilizados no Enxerto Ósseo, que consiste na substituição do osso por um outro fragmento, quer de origem natural quer de origem sintética. Esqueletos de corais da família Isididae têm uma estrutura semelhante à estrutura esponjosa dos nossos ossos, descoberta realizada pelo professor Eugene White, da Pensylvania State University. No entanto, Rodney White, seu sobrinho, constatou que a estrutura do coral não era perfeita, dado que esta se começa a degradar. Quando existe substituição total do osso, o coral é absorvido pelo organismo. Por outro lado, quando apenas é usado para reparar fraturas, ajuda o osso a regenerar-se. Com o objetivo de obter melhores resultados, os cientistas estão a tentar alterar a estrutura do esqueleto in vitro. Podem ainda ser utilizados na prevenção do cancro, doença na qual as células de um organismo, por sofrerem mutações no seu ADN, se dividem e invadem outros tecidos, originando metástases. A especialista em Biotecnologia Marinha, Shirley Pomponi, descobriu que o Coral Gorgorion tem genes, proteínas e processos metabólicos semelhantes aos do ser humano. Para se defenderem, estes produzem químicos capazes de combater infeções, diminuindo a probabilidade de criação de tumores.
Poluição A poluição é a adição de qualquer substância ou alguma forma de energia, ao
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Sumário Os corais são animais cnidários. Estes seres vivos encontram-se maioritariamente na Grande Barreira de Coral, localizada no nordeste da Austrália. Esta estrutura tem uma dimensão de mais de 2200 quilómetros de comprimento e contém cerca de 2900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis. Atualmente, este sistema está a diminuir de tamanho, devido à poluição marinha e ao aquecimento anormal das águas.
camadas de corais sobrepõem-se às mais antigas. Eventualmente, o vulcão desaparece, mas o atol mantém-se à superfície. Os corais necessitam de um relação de simbiose com microalgas (Zooxantela) para sobreviverem em ambientes oligotróficos. Apesar de estes serem heterotróficos, as algas, ao realizarem a fotossíntese, suportam as funções vitais dos seus hospedeiros, ajudando-os a sobreviver em ambientes oligotróficos. Além disso, contribuem para a calcificação do coral. Por sua vez, os corais protegem as algas de possíveis predadores e, devido à sua posição estável na coluna de água, possibilitam-lhes um bom acesso à luz. Através do seu metabolismo, libertam ainda compostos orgânicos essenciais à vida das Zooxantela. Estes animais cnidários interagem com cerca de 25% das criaturas marinhas. São úteis na produção de alimento, na proteção das linhas costeiras, no turismo e na medicina, e estima-se que, anualmente, produzam cerca de 154 mil milhões de euros em lucros.
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Os Corais - artigo científico - 2
ambiente numa proporção mais rápida do que esta pode ser dispersa, diluída, decomposta, reciclada ou guardada de uma forma inofensiva. Os oceanos absorvem cerca de 30% do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, levando à sua acidificação e ao seu aquecimento. Este gás, quando misturado com a água no estado líquido, forma dióxido de carbono e ácido carbónico (H2CO3), considerado um ácido fraco. Por sua vez, o ácido carbónico origina bicarbonato e um catião de hidrogénio. Posteriormente, o bicarbonato origina carbonato e outro ião H+. As condições geradas não são propícias para a existência de algas Zooxantela, que têm uma relação de simbiose com os corais. Estes seres vivos dissociam-se, causando o branqueamento dos animais cnidários. Como a simbiose deixa de se realizar e os corais não arrefecem rápido o suficiente, acabam por morrer e começam a decompor-se. Ainda nestas condições, a formação de conchas de carbonato de cálcio (CaCO3) torna-se mais difícil. A acidificação altera a fisiologia e a reprodução dos seres vivos marinhos, o que tem repercussões ecológicas (alteração das cadeias tróficas e dos ecossistemas) e económicas (prejuízos no setor das pescas). O CO2 é um poluente atmosférico cujas fontes podem ser naturais (respiração) ou antropogénicas (produção de energia eléctrica e aquecimento, transportes e indústria transformadora). O branqueamento dos corais deve-se a diversas causas, como variações extremas da temperatura da água, da luminosidade e da salinidade aquática. Apesar do conjunto das reações anteriormente descritas diminuir o pH dos oceanos, estes possuem mecanismos para evitar acidificações drásticas: a tendência à formação de um estado de equilíbrio limita a quantidade de H+ liber-
tado e, por vezes, estes iões ligam-se a moléculas de carbonato para retomar o equilíbrio do meio. A manutenção de boas condições das águas favorece a existência de comunidades de peixes que se alimentam dos predadores dos corais. No Oceano Índico, em 1998, 80% dos corais branquearam e, desses, 20% morreram. Os cientistas preveem que, em 2085, o oceano será ácido o suficiente para os corais de todo o mundo se dissolverem, algo que já aconteceu no Recife de Coral do Havai.
Formas de salvar os Corais Uma das maiores causas da morte dos corais é o derrame de petróleo (marés negras), que provoca a destruição de diversos organismos marinhos. Por outro lado, é importante diminuir o consumo de plástico, o que pode ser feito através da troca de sacos plásticos por outros reutilizáveis, visto que todos os anos uma grande quantidade deste material é encontrada nos oceanos, trazendo graves consequências para a vida marinha. Por fim, é igualmente necessário reduzir a pegada ecológica, através da reciclagem, da diminuição do consumo de água ou da utilização mais frequente de transportes públicos, em detrimento dos transportes particulares.
Clarisse Silva, Diogo Miranda, Gustavo Pinto de Faria, Jorge Ferreirinha, Luísa Cunha, Sara Helena Coutinho, 10ºD Disciplina de DAC Porto Junho 2019 Joaquim Brandão, profº de Fisíca e Química e Jorge Guimarães, profº de Biologia e Geologia
Webgrafia https://en.wikipedia.org/wiki/Coral 12.02.2019 https://ocean.si.edu/ocean-life/ invertebrates/corals-and-coral-reefs 12.02.2019 https://www.nationalgeographic.com/ animals/invertebrates/group/corals/ 19.02.2019 https://www.icriforum.org/about-coralreefs/what-are-corals 21.02.2019 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cnidaria 28.02.2019 12.03.2019 https://www.bancodasaude.com/(…) noticias/proteina-de-coral-australianotrava-virus-da-sida/ 12.03.2019 https://www.smithsonianmag.com/smart -news/sea-coral-makes-excellent-humanbone-grafts-180953121/ 19.03.2019 https://en.wikipedia.org/wiki/ Bone_grafting 19.03.2019 https://en.wikipedia.org/wiki/ Coral_bleaching 21.03.2019 https://www.publico.pt/2018/04/19/ ciencia/noticia/um-terco-dos-corais-desuperficie-da-grande-barreira-morreu-em2016-1810797 21.03.2019 https://www.worldwildlife.org/pages/ everything-you-need-to-know-aboutcoral-bleaching-and-how-we-can-stop-it 26.03.2019 https://weather.com/pt-PT/portugal/ ciencia/news/2018-03-16-acidificacao-dosoceanos-pode-travar-crescimento-decorais-ate-ao 02.04.2019
Apologia de Sócrates Recensão crítica As turmas de 11º ano tiveram a oportunidade de assistir à representação de um texto de Platão, A Apologia de Sócrates, interpretado pelo ator brasileiro Marcelo Gilaberte Redondo. Esta atividade, realizada no âmbito da disciplina de Filosofia, teve como objetivos possibilitar o contacto com a arte dramática na própria escola e promover o reconhecimento do fenómeno teatral enquanto pluralidade de linguagens artísticas.
em especial pelo mérito do ator que já nos habituou aquando da peça PAYASSU – o Verbo do Pai Grande, baseado no Sermão de Santo António aos Peixes (à qual os alunos do mesmo ano assistiram, no 1º período) e que revelou novamente uma soberba capacidade de representação do texto dramático. Por outro lado, pela incontornável ponte de semelhança com a realidade do século XXI estabelecida pelo intérprete, o que contribuiu para uma melhor adaptação do texto ao público em questão. Em suma, esta atividade proporcionou-nos um excelente contacto com o texto de Platão que é uma importante referência no âmbito do programa da disciplina de Filosofia de 11º ano e permitiu-nos desenvolver o nosso espírito crítico, através da arte dramática e da sua linguagem artística.
ESAS, 30 de janeiro de 2019 Maria Helena R. G. Matos, 11ºA 23 l Jornalesas
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Apologia de Sócrates é uma obra literária escrita pelo filósofo Platão, discípulo de Sócrates, na qual exprime a sua versão da defesa feita pelo seu mestre no Tribunal de Atenas e reflete o seu pensamento face às injustiças vivenciadas. Este texto, escrito no século IV a.C., constitui um dos primeiros relatos da defesa de Sócrates no famoso julgamento que levou à sua morte, por ingestão de cicuta, um poderoso veneno. Sócrates era acusado de corromper os jovens, com quem passava muito tempo, e de não fazer culto aos deuses reconhecidos pelo Estado. A obra é apresentada sob a forma de diálogo e é constituída, essencialmente, por três partes. Na primeira, é apresentada a defesa de Sócrates, na qual consta o diálogo com Meleto, responsável pelas acusações. Seguidamente, o filósofo concentra-se, sobretudo, numa argumentação que procura refutar a tese dos adversários. Nesse sentido, retrocede ao passado para reforçar a sua argumentação de defesa na tentativa de enfraquecer as acusações que lhe eram feitas. Seguese uma terceira parte, na qual Sócrates, após a condenação, e dirigindo-se aos presentes, faz uma reflexão através da qual expressa as suas convicções sobre a vida, a morte e a sua relação com os deuses. Tendo em conta o público a quem foi apresentada a peça, na minha opinião, há dois aspetos importantes a realçar. Por um lado, a qualidade da peça de teatro em si,
“JANELA INDISCRETA” O QUE DIZEM AS ESTRELAS
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or longos anos, perfurei a “janela discreta” da televisão costumeira, que morou em todas as casas por onde passei. Sempre enroupada em sonhos, abstémios ou ébrios, mas necessários para entreter a mente, desatentar a dolência ou delongar a ventura, muitas vezes, emprestada. Trazia-me Hollywood ao encavo do sofá, onde me estirava, imóvel e muda, a deglutir as novidades anunciadas para o grande ecrã: Mais do que os filmes, eram os atores tão vizinhos de si, que me magnetizavam. Mário Augusto saltava do ecrã, lapidava as ruas de Espinho, e depois andarilhava as “streets” do mundo! Era notável a comunicação afável, a vizindade imediata, a normalidade com que cavaqueava com as “Estrelas”, manifestas, num “estás a perceber?” do circunspecto Harrison Ford, que calcula as palavras de modo avaro (recordando-me os telegramas que recebia, na infância, no dia do meu aniversário, que “custavam muito caro”, como dizia a minha avó, e que me faziam sentir culpada, por tanto dinheiro subaproveitado, num dia em que eu até nem desejava ter aniversário); num “faço-me entender?” de um enigmático Robert de Niro, que quer sempre, debandar velozmente dali, e tampar-se na sua concha inacessível e intangível; ou numa Júlia Robert, de nome Fiona, que desejava ser veterinária, e que tocava clarinete no grupo da escola (esta Star nasceu no mesmo dia em que eu nasci, contudo a sorte bafejou-a com carisma, com um rosto singular, em que um nariz maravilhosamente bem feito, conjuga com uns olhos expressivos e um sorriso rasgado e sedutor), ou numa Meryl Streep, que conversa sobre um corte que fizera num dedo, justificando meticulosamente, como se conversasse com o vizinho do lado e o alertasse para o perigo das facas: “cuidado com as facas que tens na cozinha, quando fizeres as sandes para os teus filhos, as pontiagudas são as menos perigosas, as outras é que são tramadas…” Ontem, voltei a revisitar Mário Augusto (porque pessoas
assim têm um mar profundo para instigar, e a intuição diz-me que nunca chegaremos ao fundo das suas “janelas discretas”) e senti-me como ele, quando antevista alguém que é gente como nós, mas que sobressai, oriundo de um astro fulgente, que cintila, infindavelmente, ainda que a “noite anoiteça”. A dissertação fluente, o altruísmo intrínseco, robusteceu a ideia de que os Grandes são os mais simples. Todas as estrelas, para nós distantes, foram comuns como nós, e, como diz, seu novo livro, “Janela Indiscreta”, … E se o Spielberg não tivesse andado a enganar o porteiro do estúdio Universal, para espreitar e aprender como se faziam os filmes?” … E se George Clooney não tivesse feito a viagem do Kentucky a Los Angeles, para visitar um primo famoso?... E se o Scorsese tivesse optado, na juventude, por continuar no seminário, e hoje não passasse de um idoso pároco de freguesia a confessar velhinhas?... E tantos mais “Se’s”… mudariam a história do cinema e a vida destas ilustres “Stars”, que seriam tão radiantes como a opacidade de uma moeda de cobre, no cavado de uma arca costumeira. Mário Augusto de brilho nos olhos e sorriso franco, lembra a importância de “calçarmos os sapatos dos outros”, mesmo que fiquem apertados ou largos de mais. Ontem, pronunciou uma frase que me acompanha desde sempre: Há três coisas na vida que nos podem levar a ser famosos, importantes, reconhecidos: TRABALHO, TALENTO E SORTE…este é o segredo do sucesso. Sendo assim, conscientizo que: o TRABAHO… posso controlar, o TALENTO cabe aos outros avaliar, no que infere à SORTE...só o labor das Parcas, que tecem os baraços da vida, logrará alterar a linha do Destino…ou então a intervenção de um Mago, mortal como nós, que, num toque de magia…transforme o opacidade em brilho, e eu me transforme também numa “Janela Indiscreta”. Parafraseando-o: “… quando acontecer…teremos muito para conversar…” Obrigada, Mário Augusto, por ser quem é! Um abraço de gratidão Anabela cruz dias
L i v r o s I livros I L i v r o s O Jogador Fiódor Dostoievski
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mores proibidos e heranças, aliciadores e desesperados, azar e sorte, não fosse esta a essência de um verdadeiro casino. Se vocês não concordam, garantovos que Aleksei Ivanovitch, o nosso protagonista, concordaria. Na verdade, acho que ele até apostava uns quantos frederi-
cos de ouro em como eu estou certa. Abrimos a primeira página deste imponente livro e, subitamente, sem as devidas apresentações, somos empurrados para a narrativa deste. Aos poucos, de palavra a palavra, apercebemo-nos que lemos do ponto de vista de um jovem russo, Aleksei Ivanovitch, que, ao serviço de um séquito de um general, se encontra em Roletenburgo, uma cidade fictícia alemã que mais se parece com uma Las Vegas europeia do séc. XIX. O enredo vai desenrolar-se num meio aristocrático fútil e ignorante, que é incorporado em personagens como um general desesperado para que a sua avó morra para receber a herança, a sua noiva, uma Mademoiselle esbanjadora e um francês estereotipado. É claro que não nos podemos esquecer da mulher da vida do protagonista, Polina, teimosa e desdenhosa dos seus sentimentos. Mas todos eles fazem parte de uma elite para a qual a única maneira de se sentir viva era pelo jogo, pelo casino. Eram tão privilegiados que nutriam a necessidade de terem o coração nas mãos. Fiodor Dostoievski analisa criticamente este círculo social russo, anacrónico e conservador, e coloca Aleksei como aquele que vai contra tais preceitos. Porém, o que faz deste livro a obra que é,
não é a história em si, mas a forma como, tão precisamente, a humanidade é despida na sua ruína. Os vícios e a falta de ambição de que padecem Aleksei Ivanovitch sãonos angustiantes: como leitores, ver uma personagem tão carismática, tão confiante e que fala e sente tão impetuosamente ser destruída por vícios tão avarentos é desolador. Acaba por ser a desconstrução de um homem e a construção de um jogador, de um verme reles e enfadonho. Mas nós não queremos que Aleksei seja reduzido a tal; então aí, para contornar a verdade, começamos a pôr em causa os nossos valores. Quiçá ele é que está certo? Quiçá nada é o que parece e nós estamos errados? Quer dizer, ele é o herói da nossa história e os heróis não erram. Vai ser neste esquema de ilusões que o protagonista nos mente e mente a si próprio. Aleksei Ivanovitch é assim mais um aficionado do casino, um adepto da instabilidade, uma bomba-suicida. Aleksei é fraco, Aleksei é o Jogador. Mas os vícios vão além de apostas e roletas, vão além do físico e vão além de nós. Por mais ou por menos, somos todos o Jogador. Maria do Carmo Macedo, 9ºE
Toma nota das palavras de Eddie Ndopu
“Fez história na universidade de Oxford e prepara-se para ir ao espaço no próximo ano. Eddie fintou todas as probabilidades.” Ele tornou-se um símbolo de autossuperação Catarina Marques Rodrigues 01 Jun, 2019, 08:22 | Mundo https://www.rtp.pt/noticias/mundo/eddie-ndopu
25 l Jornalesas
"Todas as pessoas com deficiência são atletas. É precisa muita força para continuar"
L i v r o s I livros I L i v r o s A vida no céu José Eduardo Agualusa
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26l Jornalesas l junho 2019 l L I V
osé Eduardo Agualusa quis-nos alertar para um problema da nossa sociedade conhecido por todos, o aquecimento global, e fê-lo através desta obra! Esta história vai-nos ser contada na perspetiva de um jovem angolano já nascido no céu, Carlos Tucano. A obra inicia-se com o relato de um fenómeno de dimensões bíblicas, o Dilúvio, as temperaturas à superfície iriam aumentar bastante tor-
nando-se a permanência nesta insuportável. Isto iria obrigar a população mundial a reerguer a sua vida no céu. Apenas 1% da população se conseguiria salvar. As grandes cidades como Xangai, Paris, Nova York, São Paulo e Tóquio tornaram-se grandes dirigíveis, com apartamentos de luxo e uma vida quase tão luxuosa como a que tinham na Terra. Já grandes aldeias como Luanda e Jakarta, improvisaram pequenos balões de ar quente, chamados de balsas, e uniram-nos com cabos, no intuito de manter essas cidades unidas. Ao longo do livro vamos perceber como e porque se formou a “Esquadrilha dos sonhadores”, formada por Carlos Tucano, Aimeé, Sibongile, Patrick, Mang e Vera Regina. Carlos Tucano era um rapaz determinado e sereno. Perdeu o seu pai quando era novo e decidiu partir em sua busca. Contrariamente, Aimée era uma jovem parisiense, impulsiva mas também de ideias fixas. Sibongile, uma pessoa já com uma idade avançada, era uma curandeira sábia sempre com bons conselhos na manga. Já Mang, o grande amor de Sibongile, era um velho pirata que vivia todos os dias arrependido com os erros do seu passado. Patrick era um idoso, cego, que usava a sua audição como um poder; a sua experiência de vida veio a revelar-se bastante oportuna para o grupo. Vera Regina era
uma bebé encontrada por Carlos numa balsa fantasma. O que todos eles tinham em comum era o facto de todos procurarem o Pico da Neblina, o que se acreditava que era o último sítio da Terra verde e habitável. Irão passar por muitas aventuras. Por piratas, por avarias na balsa, entre muitas outras coisas, o que os tornará mais fortes e unidos. A sua maior aventura será, talvez, quando tiveram de salvar Paris de um ataque Pirata. Boniface, o chefe dos piratas, tomou posse do Paris e tirou-o do mapa, ou seja, cortou as comunicações e o radar. Eles conseguiram salvar Paris e derrubar o governo dos piratas. No final eles acabam por encontrar o Pico da neblina onde encontram também Júlio Tucano e Luan, pai e primo de Carlos, juntos de uma tribo. Esta história visa transmitir aos jovens uma previsão do que poderá acontecer caso não nos preocupemos com o nosso planeta, tenta mostrar-nos que nos devemos preocupar com a simples ação de deitar um pacote de sumo ao chão, que tudo depende de nós, jovens. Também nos mostra a importância de trabalhar em grupo e de correr atrás dos nossos sonhos e que se não desistirmos tudo se torna possível. Tudo isto através de uma narrativa.
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Gonçalo Vieira, 9ºE
Bom Sucesso 913 550 552
Filme I filme I Filme Doze Homens em Fúria - 12 Angry Men
mente imparciais, os seus preconceitos vêm ao de cima, dado a etnia diferente do jovem acusado. Ver este filme desenvolver é uma experiência fantástica. Sentimo-nos ali com as personagens, algo que só é possível dado o facto de o filme se passar dentro da mesma sala, num ambiente claustrofóbico que pressiona as personagens a libertar a pior versão delas mesmas. Todos os atores fazem um ótimo trabalho, a cinematografia é fantástica; o filme é a preto e branco, sendo esta a única coisa que ele tem da sua época. Quando esta jornada termina e a decisão está tomada, já ninguém daquela sala parece ser a mesma de quando entrou. Daí, quando voltam para o mundo comum e os dois júris se despedem, perguntando o nome um do outro, é que nós nos apercebemos que vivemos esta jornada com estas pessoas, sem saber o nome delas. Vasco Sousa, 10ºH
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27 l Jornalesas
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ão são muitos os filmes que, depois de os ver, me deixam com um sentimento de satisfação e de ter acabado de assistir a algo fantástico. Foi isso que senti quando acabei de ver 12 Angry Men, um filme de 1957 sobre doze júris a tentar decidir a sentença de um jovem adolescente acusado de assassinar o próprio pai; em princípio todos estão de acordo, tirando um júri interpretado por Henry Fonda, que tenta convencer, ao longo do filme, os outros júris de que o jovem é inocente. Uma das coisas mais impressionantes do filme é a cena inicial, onde os júris são todos introduzidos num só plano sem cortes, com a câmara a "passear" de personagem em personagem, dando-nos a conhecê-las e ao espaço em que a maior parte da história se passa. Ao longo do filme ficamos a conhecer melhor estas pessoas, os seus problemas pessoais, crenças e personalidades, e percebemos que, mesmo sendo os júris suposta-
(…) Move-te
por VALORES é uma iniciativa, lançada em 2017, do Plano Nacional de Ética no Desporto sediado no Instituto Português do desporto e Juventude, I.P. que em parceria com o projeto “Escola Embaixadora do Parlamento Europeu” (EEPE), visa promover os valores europeus, e que cada escola seja uma embaixada de valores, como a solidariedade, a paz na europa, estilos de vida saudáveis, a interajuda entre os jovens, e plena cidadania europeia. (…) Por último, o EXEMPLO é a melhor maneira de ensinar e de viver os VALORES. Adaptado de http://www.pned.pt/campanhas/exposicao-itinerante-move-te-por-valores.aspx
Quem é a Inês Sincero?
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Inês é uma menina… na sua atitude despretensiosa, no seu sorriso aberto, na sua forma de estar… A Inês é uma estudante… foi aluna da Escola Secundária Aurélia de Sousa, onde deixou marcas nos professores e nos colegas … e o mesmo terá acontecido nas outras instituições por onde passou. A Inês está sempre pronta a enfrentar novos desafios postos por ela a si própria ou apresentados por alguém… Está sempre disponível … é só pedir -lhe uma ideia, uma sugestão… e lá está ela… A Inês é antes de mais uma verdadeira cidadã! “Cidadania é participar, não é ajudar” (Isabel Jonet). É assim mesmo que a Inês exerce a sua cidadania. Participa, dinamiza,
cria, faz. É ainda muito jovem, mas já tem um papel ativo na sociedade civil na defesa de direitos e no cumprimento de deveres. Participa de uma forma consciente e responsável na sociedade. Participa de diferentes formas, de todas as formas que o seu dinamismo, a sua criatividade e os seus valores lhe permitem. E fá-lo de uma forma leve, natural… “Não precisamos de magia para transformar o nosso mundo; nós temos o poder de que necessitamos dentro de nós: temos o poder da imaginação”. (J. K. Rowling) Assim é a Inês… Maria João Cerqueira, profª de História
Exposição com os trabalhos finais dos alunos da turma I do 12ºano
Associação de Estudantes Entrevista com o presidente da associação de estudantes, Carlos Eduardo de Carvalho
Como decorreu o período da campanha eleitoral? O período da campanha eleitoral foi pacífico, visto que do meu ponto de vista todos os núcleos das respetivas listas se conheciam e eram amigos antes desse mesmo momento. Considero que foi uma competição completamente saudável para todos. Porque é que quando se fala de uma associação de estudantes, muitas vezes, surge a ideia de que este órgão não faz nada? Acho que essa crítica acaba por surgir devido ao facto de muitos dos alunos “exigirem” mais do que aquilo que realmente uma Associação consegue proporcionar ao longo do ano letivo. Os orçamentos são escassos e acaba por ser complicado dar tudo aos alunos. Tendo a perceção de que nem sempre é fácil identificar as atividades da AE entre as várias iniciativas da ESAS, de que forma divulgam as atividades que desenvolvem? Na nossa faixa etária, no geral todos usamos as redes sociais e, por isso, o nosso grande foco está virado para esta estrutura. Ainda assim, temos atividades que promovemos através de circulares que passam pelas salas com a ajuda dos funcionários.
Núcleo da Lista mais apoiantes
Quais os principais obstáculos que já tiveste de enfrentar e que dificultaram ou, até mesmo, comprometeram a vossa ação?
O maior obstáculo, tal como já referi, acaba por ser o orçamento que cada lista candidata tem. Ainda assim, gostava de referir que outra dificuldade foi o facto de a Lista M ter surgido este ano com “nova cara” (Lista W nos anos anteriores) o que fez com que os alunos representantes acabassem por diminuir. As propostas que elaboramos e a campanha eleitoral que fizemos, são a prova de que fizemos e iríamos fazer tudo pela escola e pela nossa comunidade. Das propostas que a lista M apresentou, quais já foram concretizadas? O que falta fazer? A Associação já organizou o baile de finalistas do 9º ano e do 12º ano, promoveu o apoio, em parceria com os alunos, a instituições de solidariedade, organizou dias temáticos na escola e competições desportivas de futebol, voleibol e basquetebol. O que ainda nos falta concretizar são propostas que implicam maiores recursos económicos, como melhorar os balneários. Enquanto líder da lista M e presidente da associação de estudantes, qual é a marca que pretendes deixar na escola? Pretendo deixar junto da nossa comunidade estudantil um sentimento de apreço em relação à nossa lista e às nossas ações. Espero que os alunos saibam que podem contar connosco para aquilo que precisarem, pois, a nossa associação zela pelos seus interesses. Agora, em termos individuais, eu trabalhei com o objetivo de tornar a escola num lugar onde os alunos gostem de estar e tenciono que eles reconheçam o bom trabalho que eu, mais os restantes elementos da Associação nos esforçamos por fazer e que se sintam representados por nós. João Múrias, 12ºG
29 l Jornalesas
Para ti qual é o papel da associação de estudantes? Para mim, o maior objetivo da Associação é representar e defender os interesses dos alunos. Ainda assim, considero importante ajudá-los no seu percurso escolar e também no desenvolvimento dos valores de cada aluno para o seu futuro.
REDE DAS ESCOLAS ASSOCIADAS DA UNESCO 18º ENCONTRO NACIONAL
À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele.” J. Delors, in “Educação, um tesouro a descobrir”, 1996.
30 l Jornalesas l junho 2019 l L I V
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os dias 26,27 e 28 de abril, no Externato Frei Luís de Sousa, em Almada, teve lugar o 18º ENCONTRO NACIONAL DA REDE DAS ESCOLAS ASSOCIADAS DA UNESCO, com representação de 36 das atuais 102 escolas associadas da UNESCO em Portugal. Os participantes foram acolhidos pelo Prof. Fernando Magalhães, Diretor do Externato Frei Luís de Sousa, D. José Ornelas, Bispo de Setúbal, a Drª Rita Brasil de Brito, Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO e o Doutor João Couvaneiro, Vice-presidente e Vereador da Educação e Cultura, Câmara Municipal de Almada. Depois de uma muito interessante e esclarecedora conferência inaugural pelo Dr. Vasco Mantas, Diretor de Política Migratória no Alto Comissariado para as Migrações (ACM), tiveram início as reuniões dos três grupos de trabalho, Literacia do Oceano, Educação para a Paz e Alimentação Saudável, tendo as conclusões destes grupos sido apresentadas no último dia. A Escola Secundária Aurélia de Sousa, representada por mim, integrou o grupo de trabalho “Educação para a Paz”. Tive a oportunidade de referir muitas das atividades e projetos desenvolvidos na ESAS, privilegiando, de alguma forma, este ano, o desempenho do nosso Clube Europeu. No último dia, participaram as Comissões Nacionais para a UNESCO de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e Brasil, que partilharam com os presentes as diferentes experiências dos respetivos países. A Conferência de Encerramento proferida pelo Prof. Doutor José Ventura,
FCSH da Universidade NOVA, subordinada ao tema “Alterações climáticas: passado, presente e futuro”, prendeu a atenção de todos os presentes pela atualidade e relevância do tema. Lembramos que uma escola associada se compromete a “desenvolver atividades inovadoras e elaborar novas abordagens, métodos e recursos pedagógicos para promover a paz e uma educação de qualidade para todos. (Escolas Associadas da UNESCO - Manual Prático,4.ª Edição – 2018, p.21) https://issuu.com/comissaonacionaldaunesco/docs/ escolas_unesco4edicao_final Mais um gratificante encontro anual, rico de troca de experiências e de convívio, que nos entusiasmou e reforçou as energias e nos deixa pensar com gosto que no próximo ano há mais… Luísa Saraiva (Coordenadora das Escolas Associadas da UNESCO)
índice Em jeito de despedida
2
Mérito e Excelência
3
Concurso Literário
5
Economia . JAP
9
Europa
10
Lemun 2018
12
Berlim 2019
13
Visitas de estudo
14
25 de abril na ESAS
16
Portugal e o Boris
17
A modern family supper
17
Dia da Geografia
19
Faz + pelo ambiente
20
Corais - artigo científico
21
Apologia de Sócrates
23 Francisca Paixão , 12ºI
Janela indiscreta
24
Livros
25
Filme
27
Move-te por VALORES
28
AE da ESAS
29
Escola da UNESCO
30
Doce de Iogurte
31
Editorial
32
Editorial
H
oje vivemos num mundo global. Os problemas transnacionais como os radicalismos, as alterações climáticas, as desigualdades no acesso aos bens e aos direitos fundamentais, as migrações só podem ser minorados se unirmos esforços. O futuro do nosso planeta, o nosso futuro, depende da formação de cidadãos com competências para compreender o mundo que os rodeia e para procurar soluções para um desenvolvimento sustentável e inclusivo. A cidadania parece estar na ordem do dia … A conceção de cidadania surgiu na Grécia Antiga, mas de um modo ainda menos igualitário àquele que é praticado hoje em dia. Nessa época eram considerados cidadãos apenas os homens livres que nasciam e viviam nas cidades. Mulheres e estrangeiros, por exemplo, não tinham os direitos e deveres que o regime político "democrático" concedia. Sob a influência da filosofia iluminista, a partir do século XVIII, o modo como a cidadania passa a ser interpretada assemelha-se mais aos nossos dias. A cidadania é constituída pela junção de uma série de direitos e deveres, que variam de acordo com cada nação. No entanto, a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, alguns valores passaram a ser considerados universais. No âmbito do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, no ano letivo 2018/2019 a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC) foi implementada na ESAS e em todas as escolas públicas e privadas nos anos iniciais de ciclo. “Na componente do currículo de Cidadania e Desenvolvimento (CD), os professores têm como missão preparar os alunos para a vida, para serem cidadãos democráticos, participativos e humanistas, numa época de diversidade social e cultural crescente, no sentido de promover a tolerância e a não discriminação, bem como de suprimir os radicalismos violentos” “Enquanto processo educativo, a educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.” Que cada escola seja uma embaixada de valores, como a solidariedade, a paz na europa, estilos de vida saudáveis, a interajuda entre os jovens, e plena cidadania europeia. (…) O EXEMPLO é a melhor maneira de ensinar e de viver os VALORES (Adaptado de http://www.pned.pt/campanhas/exposicaoitinerante-move-te-por-valores.aspx). Esperemos que o JORNALESAS tenha conseguido, ao longo de todo o seu já longo percurso, contribuir para a educação para a cidadania…
Maria João Cerqueira
FICHA TÉCNICA Coordenadores: Carmo Rola (profª), Julieta Viegas (profª) e Maria João Cerqueira (profª) Colaboradores adjuntos: Francisca Paixão (12ºI) e Rafael Morais (11ºB) Revisão de textos: Maria João Cerqueira (profª) Capa: Montagem feita por Francisca Paixão (12ºI) com desenho de Rafael Fernandes (12ºI) e fotos de Boris Kalachin (10 ºI) Paginação e Maquetagem: Julieta Viegas (profª) Equipa redactorial e outros colaboradores: Alunos redatores 8ºC - Carolina, Catarina, David, Francisco, Gonçalo Sarabanda, Gustavo, Inês Figueira, Maria Eduarda, Maria Miguel, Marta, Miguel Costa, Pedro, Rafaela, Raquel, Rita, Sara e Tiago; Alunos redatores do 10ºD - Clarisse Silva, Diogo Miranda, Gustavo Pinto de Faria, Jorge Ferreirinha, Luísa Cunha, Sara Helena Coutinho; Alda Macedo, profª de Inglês; Ana Amaro, profª de Português; Ana Catarina Relvas, 12ºD; Ana Mafalda Silva, 12ºG; Anabela Cruz Dias, profª de Português; Barbara Leite, 12ºG; Blandina Rodrigues, profª de Filosofia; Boris Kalachin, 10º I; Bruna Pinho,10ºJ; Catarina Cachapuz, profª responsável pelo Clube Europeu; Clara Falcão, profª de Economia; Delfina Rodrigues, Ex-Diretora da AEAS; Equipa Jornalesas; Fátima Alves, profª de Português; Francisca Paixão, 12ºI; Graça Martins, profª de Alemão; Gonçalo Saraband, 8ºC; ; Joaquim Brandão, profº de Fisíca e Química; João Múrias, 12ºGJorge Guimarães, profº de Biologia e Geologia; Julieta Viegas, profª de Geografia; Gonçalo Vieira, 9ºE; Grupo de Geografia; Lucinda Motta, profª de Ciências Naturais; Luísa Mascarenhas, profª Biblioteca/CRE; Mafalda Peixoto, 10H; Maria João Cerqueira, profª de História; Margarida Teixeira, Diretora; Marina Viana, profª de Inglês; Rafael Morais, 11ºB; Ricardo Amaral, prof. de História; Martim Martins, 11ºH; Maria Carmo Macedo, 9ºE; Maria Helena Matos, 11ºA; Simão Figueiredo, 11ºA; Tiago Sousa, 11ºH; Turma 11ºE disciplina de Economia; Vasco Sousa, 10ºH; Zaida Braga, Presidente do Conselho Geral. Desenhos: Rafael Fernandes, 12ºI; Hannah Barreto, 12ºI, Tiago Pedro, 12ºI e Gonçalo Monteiro, 8ºC. Financiamento: Estrela Branca l Pão quente, pastelaria; Helena Costa l cabeleireiro; Susana Abreu | cabeleireiros, estética e cosmética; UrbanClinic l Estética; TLS transportes; Clínica 24 I dentistas; Brun’s l Pão Quente Neveiros l Gelados artesanais e Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa.
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