MACAPÁ-AP, QUARTA-FEIRA, 26 de fevereiro de 2014
Geral
ATENDIMENTO
459 novos servidores vão reforçar efetivo na penitenciária e Polícia Militar B4
Editor: Túlio Pantoja - tuliopantoja@jdia.com.br
Fora de circulação
Polícia Civil realiza operação contra o tráfico de Drogas B2
Justiça vai realizar Semana da Conciliação no fim de cada mês B2
Federal paralisa atividades e critica influência política na polícia Com faixa “Peixe grande na prisão só com autorização”, PF faz manifestação e diz que órgão só pega “os pequenos” Caroline Mesquita
Da Reportagem
A
gentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) do Amapá aderiram à mobilização nacional e realizaram uma paralisação de atividades na manhã de terça-feira (25) e hoje (26). Os policiais federais cobram reajuste salarial, condições dignas de trabalho, indenização de fronteiras e o fim das ingerências políticas nas investigações do órgão. Com faixa escrita “Peixe grande na prisão só com autorização” e vestindo a camisa de S.O.S, policias pedem respeito. Segurando uma vara de pescar fisgadas por peixes pequenos, os policiais federais fizeram uma alusão
à situação atual do principal órgão de combate a corrupção do país. “Só conseguimos pegar ‘peixes pequenos’. Acreditamos que estamos sofrendo um sucateamento feroz por parte do governo como um castigo pelas operações do passado, em que grandes figuras, os ‘peixes grandes’, foram presos”, discorreu Augusto Almeida, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Amapá – SINPOFAP. Para Augusto, hoje a Polícia Federal não tem mais possibilidade de prender grandes criminosos, como pessoas que possuem influência de poder ou dinheiro. “Ao menos está muito difícil de acontecer. Nos últimos três anos os indiciamentos caíram absurdamente, não só no Amapá, mas em todo o Brasil. Tivemos um enorme corte de gastos para realizarmos nossas investigações”, enfatizou. Desde o final de 2013 policiais federais estão informando em um novo formulário de dados cadastrais das operações de inteligência que exige, caso exista, o preenchimento obrigatório de pessoas investigadas de evi-
dência política, contendo o nome delas, assim como pessoas ligadas a figuras públicas importantes. “Esse filtro permite que o Governo Federal, através do Ministério da Justiça, tenha acesso aos nomes investigados muito antes da deflagração da operação”, declara o documento do Sinpofap. Segundo Almeida, a classe está há mais de sete anos sem nenhum reajuste salarial, sem sequer reposição da inflação. “Estamos reivindicando contra o sucateamento da instituição, carreira única no Estado, maiores investimentos do governo federal com a polícia federal. E, além disso, nós estamos também brigando pela aprovação da PEC 51, feita pelo senador Lindbergh Farias, que apresenta uma melhor segurança pública para o país”, concluiu. Indenização de Fronteira Hoje (26), a manifestação abrange servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Receita Federal em prol do cumprimento da lei de “Indenização de Fronteira”. “Esta lei foi sancionada em outubro
JORNAL DO DIA
COM FAIXA ESCRITA “Peixe grande na prisão só com autorização”, policiais protestaram
de 2013 e está engavetada até agora. Ela assegura uma indenização diária de R$ 91 para quem exerce atividade em localidades
de fronteiras. A sociedade precisa entrar nessa briga conosco porque falamos em polícia federal, mas estamos tratando diretamen-
te com a segurança pública geral. Somos agentes de segurança pública e lutamos por isso”, finalizou Almeida.
Diagro busca criadores inadimplentes com vacinação
C
om o prazo de comprovação da vacinação contra a febre aftosa encerrado em dezembro do ano passado, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) iniciou, no mês de janeiro, a busca a criadores inadimplentes com a imunização do rebanho amapaense. Quem não cumpriu a determinação é notificado a comparecer às Unidades Veterinárias Locais ou Escritórios de Atendimento a Comunidades da Diagro para regularizar a situação pendente. O não comparecimento ou o não atendimento às exigências sanitárias solicitadas pode acarretar em autuação do produtor com multa, interdição da propriedade e impossibilidade de movimentação dos animais.
Segundo informações da chefe de Unidade de Execução Regional/Macapá/Bailique, a médica veterinária Sibele Rubia Rodrigues de Almeida, as medidas são necessárias para garantir a sanidade do rebanho amapaense frente à febre aftosa, bem como para cumprir as exigências nacionais e internacionais. As buscas ocorrerão em todo o Estado, mas, atualmente, estão concentradas no município de Macapá (área urbana), onde foram identificados 184 produtores inadimplentes, dos quais 70 já foram visitados e notificados, tendo 30 deles se regularizado. Dessa forma, a Diagro espera contar com a colaboração de todos os produtores rurais, bem como de associações e lideranças comunitárias
para evoluir o “status” sanitário do Estado, que hoje ocupa o nível de alto risco para febre aftosa. Outras ações Paralelamente às ações de busca, a Diagro efetua vacinações assistidas nas propriedades identificadas como inadimplentes, fiscalizações volantes, blitze educativas, fiscalizações de eventos agropecuários e parcerias com autoridades de outros setores para combate ao roubo de gado e comércio de carne clandestina. A Diagro também promove educação sanitária em escolas, comunidades, associações e eventos, fiscalização do trânsito de animais, vigilância epidemiológica, atendimento aos produtores rurais e atualização de cadastro agropecuário.
A DIAGRO TAMBÉM PROMOVE EDUCAÇÃO sanitária em escolas, comunidades, associações e eventos, fiscalização do trânsito de animais, vigilância epidemiológica, atendimento aos produtores rurais