Jornal das Alagoas - Edição Número 81

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1º de agosto

2019

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MACEIÓ ELEIÇÕES | De acordo com o senador, a sucessão municipal passa pelo diálogo com o prefeito Rui Palmeira

Rodrigo Cunha visa fortalecer PSDB e diz que não assumiu acordo eleitoral com JHC Luis Vilar Editor-geral

Em entrevista no dia de ontem, o senador alagoano Rodrigo Cunha (PSDB) falou sobre seu envolvimento – enquanto líder partidário do ninho tucano - na futura eleição municipal de 2020. Cunha assumiu o comando da legenda em Alagoas e afirma que trabalhará para o partido crescer em Alagoas, tanto na capital quanto no interior do Estado. Todavia, frisa que seu compromisso agora é com o mandato, apesar de já ter segundo ele mesmo - iniciado conversas na busca por lideranças que possam disputar prefeituras e os cargos de vereadores.

É

preciso também formar essas lideranças. Muita gente busca o meu apoio e eu sempre indago o porquê daquela pessoa querer ser vereador, por exemplo. O PSDB precisa formar novos líderes e esse tem sido um compromisso meu na legenda”. Questionado sobre a possível parceria entre ele e o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB). Ambos foram parceiros na eleição passada, quando JHC se reelegeu deputado federal e Cunha chegou – pela primeira vez – ao Senado Federal. A suplente de Cunha, por exemplo, é a mãe de JHC: Eudócia Caldas. BASTIDORES Nos bastidores, se comenta que a aliança reflete um compromisso mais amplo. Estaria em jogo o apoio de Cunha a JHC nas eleições de 2020, pois o deputado federal é cotado como possível candidato à Prefeitura de Maceió. Isso seria retribuído em 2022, com uma possível candidatura de Rodrigo Cunha ao governo do Estado de Alagoas. O tucano, entretanto, nega tais informações. De acordo com ele, a parceria com JHC é boa, mas não contempla

Para o senador, agora é o momento de focar em seu mandato

compromissos futuros. “O momento agora é de focar no mandato. O JHC me ajudou muito nas eleições passadas, me ajudando na caminhada em alguns locais. A votação que ele teve em Maceió, evidentemente, o credencia a disputar a Prefeitura. Dizem que houve um acordo com JHC visando eleições futuras. Eu não assumi compromisso com JHC para eleição municipal. O PSDB tem hoje a Prefeitura de Maceió e o prefeito Rui Palmeira tem que ser ouvido nesse sentido. Eu não tratei desse assunto com o Rui para saber o que ele pensa”, coloca. Cunha cita Palmeira por saber que o prefeito e JHC

possuem suas divergências desde o final do primeiro mandato da gestão municipal. O deputado federal e Rui Palmeira já se enfrentaram nas urnas. “Queremos que o PSDB tenha capacidade de eleger prefeitos e vereadores. O objetivo é fortalecer os prefeitos do partido. O Rui não vai mais para a reeleição. Então, há uma discussão sobre a sucessão a ser feita”, frisou. O senador também comentou o futuro processo eleitoral em Arapiraca. Ele reconheceu que a gestão de Rogério Teófilo (PSDB)vemenfrentandoproblemas. “Rogério tem uma corrida contra o tempo para melhorar os indicadores de Arapiraca. A população está esperando isso.

Naturalmente, ele deve ir para a reeleição. Eu espero que, nessa corrida contra o tempo, o que ele planeja dê certo”, frisou. Cunha tem ainda uma boa relação com o deputado federal Severino Pessoa (PRB), que hoje está afastado de Rogério Teófilo. Mas, para o senador é preciso abrir frente para o diálogo para buscar o que une os políticos que podem estar no mesmo bloco. É a mesma situação – por exemplo – com outra liderança do município: Aurélia Fernandes. Os desafios de construir alianças que privilegiem os tucanos em Alagoas está nas mãos do senador, mas – ao menos quanto em Arapiraca – o tucano não foi enfático ao avaliar as condições de Teófilo. Quanto à Maceió, brigar pelo nome de JHC no pleito pode ser – e deve ser! - uma das opções de Rodrigo Cunha, mas também há o desafio de estreitar os laços. É que dentro da gestão municipal há outros nomes que também esperam o apoio dos tucanos, como o vice-prefeito Marcelo Palmeira (PP), que pensa em uma possível candidatura. Daí, Cunha adotar o discurso da cautela quando fala como dirigente partidário.

Agentes de trânsito de Maceió pedem mais segurança em reunião Carol Amorim Estagiária

O

s diretores do Sindicato dos Agentes Municipais de Trânsito do Estado de Alagoas (Sindatran/AL) se reunirão, nesta manhã, com a diretoria da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) para solicitar mais segurança aos agentes e na sede da SMTT. A reunião acontecerá na própria sede da superintendência, em Maceió. De acordo com José Glauco,

presidente do Sindatran/AL, os agentes de trânsito em Maceió trabalham “em perigo constante” e sob “a proteção divina”, já que não há segurança para que eles exerçam suas atividades. Ele afirma que agentes já sofreram agressões verbais e físicas no trânsito da capital e que houve casos, até, de ameaça de morte. O sindicato aponta que representa, atualmente, cerca de 200 agentes de trânsito. “Mais segurança existiria se usássemos colete a prova de bala, spray de pimenta e

se o órgão tivesse controle de acesso. Na sede do Detran, por exemplo, não é permitida a entrada de pessoas sem identificação”, explica. O presidente do Sindatran/ AL reconhece que outros municípios passam por perigos semelhantes e avalia que um modelo de segurança executado no país, que é exemplo para o sindicato, é o do Distrito Federal. Uma das motivações para a solicitação da reunião, afirma José Glauco, foi a ocorrência da viatura da SMTT incendiada, no

próprio pátio do órgão, na tarde na última terça-feira, por um condutor que foi constatado com irregularidade por agentes de trânsito. O autor, identificado como Genilson Santos, entrou na sede da superintendência, praticou o crime e em seguida foi flagrado e levado do pátio pela Polícia Civil para a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). Q uando interrogado, o suspeito revelou ao delegado Fábio Costa que teve o veículo apreendido por agentes

enquanto atuava como transporte clandestino de passageiros. Por causa disso, ele teria ido a sede da SMTT para incendiar a viatura utilizada pelos agentes no dia em que seu veículo foi apreendido. Como ele não encontrou a mesma viatura, ateou fogo em outro transporte que estava estacionado na superintendência. Ainda segundo o delegado, Genilson responderá pelos crimes de atentado ao serviço de utilidade pública e dano qualificado.


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