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Notícias

Jornal da Manhã

Quinta-feira, 18 de agosto de 2016

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SAÚDE MENTAL

Jornada busca alternativas de inclusão A 4ª Jornada de Saúde Mental do Hospital Bom Pastor (HBP), que tem como tema As transformações contemporâneas e suas implicações para o cuidado em saúde mental, envolveu diferentes instituições nos dois dias do evento, que acontece no Salão de Atos da Unijuí, em Ijuí. A programação teve início ontem, e segue ao longo do dia de hoje, com a participação de diversos profissionais, em âmbito regional. “Trouxemos painelistas experientes e com conhecimento na área para dialogar com nosso público e profissionais de toda a rede de atenção regional, para pensarmos em outras formas do cuidado em saúde mental”, explica a administradora do HBP. “Claro que ela visa também a capacitação dos profissionais, buscando a inovação das práticas e do cuidado, porque é uma área muito dinâmica que exige atualização, aperfeiçoamento, inquietação. Então, precisamos porque a sociedade, hoje, tem algumas dificuldades em saúde mental e precisamos criar espaços de discussão e inovação do cuidado.” Na tarde de ontem, os debates estiveram centrados nas questões relacionadas ao autismo que perpassam os campos da saúde e da educação, com palestras da professora da Unisinos-RS, com especialização em toxologia, Vivian Missaglia, do médico psiquiatra infantil, Ricardo Lugon Arantes, e da professora da rede pública estadual, Queilani Copetti. “Quando a gente fala dos processos de inclusão, temos que pensar um pouco so-

bre o que é de fato a inclusão. Para tanto, penso da seguinte maneira, a inclusão é a nossa capacidade de poder compreender e reconhecer no outro o que ele tem de melhor, qual a sua potencialidade, e compreender que nós vivemos em uma sociedade de diferenças, e poder ter esse privilégio de estar, conviver e aprender nesse contexto social é muito gratificante, tanto para as profissionais que atuam na assistência social quanto da Educação e da Saúde”, salienta a psicopedagoga do Caps Infantil, Priscila Dias. A rede de atenção psicossocial de Ijuí é formada pelas unidades básicas de saúde, o Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), os Estratégias em Saúde da Família (ESFs), os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e as unidades hospitalares, mas se expandem para os setores da Educação, Assistência Social e Justiça, envolvendo escolas, o Centro de Referência em Assistência Social (Cras),o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), o Conselho Tutelar, o Ministério Público e poder Judiciário, o que possibilita o enfrentamento das vulnerabilidades apresentadas pelas famílias. É justamente este o tema que estará em debate hoje à tarde, com a participação do painelista médico sanitarista, e atualmente secretário municipal de Saúde de Passo Fundo, Luis Filho. Além da participação do juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Ijuí, Eduardo Giovelli e da promotora de Justiça da Infância e Juventude Marlise Bortoluzzi, e demais profis-

A 4ª Jornada em Saúde Mental do Hospital Bom Pastor teve início na manhã de ontem, no Câmpus da Unijuí

sionais da área em saúde mental. “São pessoas que vão dialogar com a questão da saúde, da educação, do Judiciário, então vão empoderar essa nossa jornada, trazendo vários olhares de diferentes atores sociais”, explica a assistente social, Ana Paula. “É muito importante a realização do trabalho em conjunto com todos os setores para que se possam ter garantidos os direitos de todas essas pessoas que estão em sofrimento”. “Não queremos que vire um sintoma as doenças mentais e o uso de álcool e drogas, mas que se pense de forma conjun-

Clubes realizam ações em prol do HCI Em meio à crise financeira que a Saúde vive em âmbito nacional, estadual e municipal, as instituições buscam alternativas para continuar com as portas abertas, prestando atendimento à população, uma vez que a falta de repasse por parte da União e do Estado referente a programas conveniados via SUS têm gerado um rombo nas contas dos Hospitais Filantrópicos e Santas Casas. Em Ijuí, o Hospital de Caridade (HCI) referência macrorregional em Saúde, tem, além de buscado alternativas para reduzir o déficit financeiro, contado também com a colaboração de entidades como o Lions Club Ijuí que, recentemente, realizou uma campanha em benefício do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) da instituição. “Estamos dando prioridade ao aumento do setor de oncologia, no qual será instalado mais um acelerador nuclear. É uma obra que está, praticamente, há um ano em construção de um bunker, tem todo um detalhamento de normativas para que seja feito e esperamos que até o final do ano esteja feito, porque assim poderemos aumentar o número de atendimentos, já que só um equipamento fica comprometido nosso atendimento, e o Cacon

No final de 2015, o Rotary Club de Ijuí fez doação de um aparelho de ultrassom

é uma referência atendendo a mais de 1,5 milhão de pessoas, de 120 municípios”, explica o presidente do HCI, Cláudio Matte Martins. A expectativa é de aumentar em 70% os atendimentos. Ele lembra que em função das dificuldades financeiras, a equipe do HCI está operando de forma enxuta, mas os atendimentos são realizados de forma resolutiva de acordo com a urgência. Cláudio fala da participação do Lions na viabilidade da obra de construção do bunker. “A partir da rifa realizada no ano passado conseguimos continuar fazendo a ampliação, que também necessita de uma ligação ao outro bunker

que já está em funcionamento”, enfatiza. Além disso, no final de 2015, o Rotary Club Ijuí fez a doação de um aparelho de ultrassom para o HCI e, agora, ainda neste mês, viabilizará a compra de outro equipamento, desta vez para a oncologia. “Também citar a fundação rotaryana, que há pouco recebemos da Fundação Rotary, em torno de R$ 130 mil, para compra de um digitalizador de imagens que vai apoiar mais o Cacon, na área de radioterapia, com uma contrapartida do HCI de R$ 30 mil. Os clubes e serviços têm participado e ajudado muito o hospital.”

ta em alternativas. Se nesse formato não conseguimos avançar, bom, vamos pensar em rede, porque são os muitos olhares que trazem o encaminhamento adequado”, acrescenta Rosane Schiavo. É unanimidade entre os profissionais que os paradigmas que envolvem as questões de saúde mental só serão vencidos a partir da busca de conhecimento, associado a um olhar sensível e cuidadoso, porque sem conhecimento a evolução social não ocorre. “Buscando compreender que todo mundo é gente e todos têm suas diferenças”, acentua Priscila.

Fitoterápicos terão que ser livres de agrotóxicos Remédios fitoterápicos, que têm como princípio ativo derivados de drogas vegetais, somente poderão ser comercializados no Brasil, a partir de 2018, mediante a garantia de que estão livres de agrotóxicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira uma resolução que dá aos fabricantes até o dia 1º de janeiro de 2018 para apresentarem laudos comprovando que seus produtos não contêm as substâncias ocratoxinas, fumonisinas e tricotecenos. AAnvisa já havia estabelecido a exigência de que empresas avaliassem resíduos de agrotóxicos em produtos fitoterápicos. Pela regra

de 2014, as empresas produtoras dos medicamentos tinham até maio deste ano para se adequar, mas o prazo foi revisto após as fabricantes alegarem que eram necessários investimentos para atender às novas regras. Para saber se um fitoterápico é registrado no Ministério da Saúde, é necessário verificar na embalagem o número de inscrição do medicamento. Deve haver a sigla MS, seguida de um número contendo 9 ou 13 dígitos, iniciado sempre por 1. É possível também buscar o registro pelo site da Anvisa, em Consulta a produtos. Não havendo registro, é possível denunciar à Vigilância Sanitária.

SUS utilizará identificação biométrica em 2017 O Ministério da Saúde será o primeiro órgão da administração pública federal a utilizar os serviços de biometria proposto pelo governo federal para todos os programas sociais. Com isso, os pacientes do SUS poderão ser identificados pela digital. A política, construída a partir de uma parceria com o Tri-

bunal Superior Eleitoral (TSE), irá proporcionar maior segurança no registro e acesso de informações dos cidadãos, além de contribuir para evitar fraudes. O projeto piloto para o novo modelo de identificação deve começar em serviços ofertados pela atenção básica a partir do próximo ano.

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