Jornal Cruzeiro do Vale - Revista 25 anos

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CRUZEIRO DO VALE 25 ANOS | JUNHO, 2015

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Vigor e credibilidade 25 anos do Cruzeiro do Vale

Cultura Grupos sem apoio

Mobilidade Gaspar supera o problema dos congestionamentos

Trânsito Segurança nas rodovias

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Prevenção Carta de cheias aumenta proteção

Meio ambiente Natureza passa a ser mais respeitada Saúde Por um PA mais rápido Desenvolvimento Sonho de melhorias no Jardim Primavera História Casa guarda memórias da cidade

Ensino infantil Mães têm creche garantida

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Bem-estar animal Punição inibe abandono e maus-tratos

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Economia Formação impulsiona crescimento

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Bate-pronto Sonhos para turismo, moradia e outras áreas

Segurança pública Educação x criminalidade

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Sonhos de prata “Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”. A frase do escritor francês Victor Hugo ilustra bem a proposta do Cruzeiro do Vale nesta revista especial que comemora o 25º aniversário do jornal. Ao reunir, em alusão aos 25 anos, 25 manchetes que os gasparenses sonham em ver estampadas no jornal, mas que hoje infelizmente ainda não fazem parte da realidade, o Cruzeiro traz à luz os anseios e a esperança da comunidade nas mais diferentes áreas que interferem na vida da população. Mais do que isso, as reportagens se propõem a apontar caminhos, mostrar o quão distante estamos de atingir as expectativas da cidade e quais as soluções possíveis para eliminar problemas atuais, sejam eles a falta de vagas em creches, a violência urbana, o desenvolvimento ou os gargalos da mobilidade.

Carta ao leitor Foi também o sonho de oferecer um jornal exclusivo e de qualidade a Gaspar e região que motivou os empreendedores Gilberto Schmitt e João Nivaldo Tomazzia a produzir e colocar na rua a primeira edição do Jornal Cruzeiro do Vale, em junho de 1990. A aceitação e a parceria da comunidade, que não só inseriu o Cruzeiro em sua rotina, mas confiou no veículo para passar informações e investir como anunciante, tem sido fundamental para solidificar a trajetória do Cruzeiro desde então - e não será diferente nos anos que estão por vir. Portanto, ao completar a importante marca das bodas de prata, a missão que nos cabe é agradecer ao apoio de cada amigo leitor e anunciante e colocar o jornal à disposição para ajudar a comunidade no que for preciso. Como dizem, sonhar costuma ser o primeiro passo para alcançar o que pode parecer impossível. Boa leitura!

EXPEDIENTE

Diretor Gilberto Schmitt (Reg. Prof. 1557 - MTB/SC)

Editor-chefe Jean Laurindo (Reg.Prof. 3889 - MTB/SC)

Depto. Financeiro Ana Lúcia Schramm Schmitt Indianara Schmitt Gilberto Schmitt Filho

Chefe de Redação Sandro Lauri Galarça (Reg. Prof. 8357 - MTB/RS)

Depto. Comercial Maurício Rodrigues

Diagramação Jean Laurindo

Anúncios Jefferson Felix Heringer Gilberto Schmitt Filho Reportagens Ana C. Bernardes Felipe Adam Jean Laurindo Thiago Floriano Thiago Moraes

Fotos Arte Fotos Fotografias Jean Laurindo Arquivo/CV Impressão Gráfica ZF, Blumenau Circulação Junho 2015

Cel. Aristiliano Ramos, 441 - 1º andar Centro - Gaspar/SC | Fones: (47) 3332-9060 | 3332-4259 | 3332-5768 - redacao@cruzeirodovale.com.br | www. cruzeirodovale.com.br Fundado em 1º de junho de 1990 por Gilberto Schmitt e João Nivaldo Tomazzia


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DATA PARA COMEMORAR

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Cruzeiro do Vale: vigor e credibilidade aos 25 anos

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vigor da juventude aliado à experiência e à maturidade que o tempo é capaz de proporcionar. Quem já completou 25 anos sabe a riqueza que esse intervalo de tempo pode trazer. Não é diferente para um veículo de comunicação ativo e arrojado como o Cruzeiro do Vale, que chega às suas bodas de prata neste junho de 2015. Desde o longínquo 1º de junho de 1990, quando circulou a primeira edição do Cruzeiro, o mercado da informação e a própria sociedade passaram por verdadeiras revoluções sobretudo na área tecnológica. Nesse cenário dos últimos 25 anos, o jornal mais antigo da cidade em circulação fez muito mais do que crescer ou se adaptar. Conquistou e fidelizou assinantes, leitores e anunciantes. Fez amigos. Colocou em evidência fatos e personalidades de Gaspar e Ilhota, antes relegados à sombra de cidades maiores da região.

O início A ideia de criar o Jornal Cruzeiro do Vale surgiu para preencher uma lacuna na sociedade gasparense, à época carente de um jornal impresso feito para a cidade. Com uma estrutura pequena em mãos, mas mil ideias na cabeça, Gilberto Schmitt e Nivaldo Toma-

Ofereceu novos produtos aos leitores e ao mercado editorial local. Entrou em milhares de lares de famílias de Gaspar e Ilhota com as notícias do bairro, da cidade, da região. Às vezes com boas novas, outras, com notícias que ninguém gostaria de dar. Mas a firmeza do Cruzeiro do Vale não permitiu - e não permite - que qualquer informação que interessasse a comunidade deixasse de chegar aos olhos do leitor. A forma de trabalho da redação e mesmo dos setores financeiro, administrativo e de circulação é totalmente diferente. Etapas antes analógicas ou manuais - desde a fotografia até a digitação, montagem e impressão das páginas - deram lugar a processos digitais e o próprio jornal impresso hoje divide com o portal na internet e os canais nas redes sociais a função de informar com rapidez e precisão. No entanto, a credibilidade, a seriedade e os preceitos éticos do dia a dia permanecem os mesmos, fortalecidos pelos 25 anos de história. zzia colocaram o projeto em prática e sentiram a repercussão positiva do jornal, abraçado desde cedo pela comunidade. A primeira edição foi às ruas com 12 páginas, em formato tabloide, com matérias produzidas durante um mês e reportagem de capa sobre o problema das drogas, que já preocupava a população e, semanas antes, havia causado a morte da cantora Elis Regina.

FOTOS: ARQUIVO/CV


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Stammtisch: a Festa dos Grandes Amigos A relação do Cruzeiro do Vale com Gaspar não se limitou ao papel da imprensa. A vertente de organização de eventos de Gilberto Schmitt e equipe resultou em inúmeras festas e atrações que reuniram e alegraram os moradores de Gaspar e Ilhota. O mais expressivo deles é o Stammtisch Cruzeiro do Vale. A chamada Festa dos Grandes Amigos surgiu em 2006 para comemorar os 16 anos do jornal ao estilo das festas de confrarias realizadas em Blumenau e Brusque. Após uma primeira edição realizada no coração da cidade, a Coronel Aristiliano Ramos, e outras de muito sucesso no entorno do Ginásio João dos Santos, desde 2013 a festa ocorre na Arena Multiuso, no bairro Margem Esquerda. Todos os anos, mais de 30 grupos de amigos se organizam, montam barracas, levam atrações musicais e preparam deliciosos pratos para curtir um dia de muita alegria ao lado dos amigos e comemorar os aniversários do Cruzeiro do Vale. Em 2015, a nona edição da festa ocorre no dia 13 de junho com a promessa de repetir o sucesso dos anos anteriores.

Outros eventos Outro encontro já tradicional no calendário de eventos de Gaspar é o Baile do Hawaii Cruzeiro do Vale. A festa caminha para a sexta edição e é realizada sempre em março, na Associação Bunge. Mais uma vez, os amigos se reúnem, dessa vez em um clima tropical, e garantem uma noite de muita alegria, com a tranquilidade tradicional dos eventos do Cruzeiro. Em 2014, a Mini Oktober Cruzeiro do Vale entrou na programação anual do jornal e agradou o público que compareceu para curtir uma típica noite de festa de outubro, também na Associação Bunge. Premiações e eventos como Noite de Gala também já foram organizadas pela equipe do jornal, sempre cercadas de comentários positivos e satisfação dos presentes.

Coberturas especiais Em 25 anos, a quantidade de informações levadas aos leitores pelo Cruzeiro do Vale é difícil de mensurar. No entanto, algumas coberturas especiais ficaram marcadas. Foram destaques catástrofes climáticas como a tragédia de 2008 ou as enchentes de 1992 e 2011 e disputas eleitorais acirradas como as vitórias de Luiz Fernando Poli, Bernardo Spengler, o Nadinho, Pedro Celso Zuchi e Adilson Schmitt para prefeito, nos pleitos municipais entre 1992 e 2014. Também são marcantes dramas que envolveram toda a comunidade como a morte da menina Pâmela Thais Cunha e o sequestro do menino Ângelo, de Ilhota, que terminou com final feliz após uma ação de resgate bem sucedida da Polícia Civil. Problemas triviais, como falta de ônibus ou buracos em ruas, e notícias boas, como grandes encontros da comunidade nas Festas de São Cristóvão e São Pedro também ganham evidência nas páginas do Cruzeiro.


Campanhas solidárias Ações sociais também estiveram entre as prioridades do Cruzeiro e ajudaram o veículo a conquistar a credibilidade e o respeito da comunidade de Gaspar e Ilhota. Entre 2007 e 2013, cinco famílias foram contempladas com casas construídas em campanhas coordenadas pelo Jornal Cruzeiro do Vale. As doações de diversas pessoas da comunidade ajudaram a edificar lares para famílias carentes, em trabalho reconhecido e elogiado pelas lideranças da cidade. Na última campanha, os valores arrecadados com ingressos no Stammtisch foram destinados à campanha beneficente, modelo que vai se repetir neste ano.

Novos produtos e presença na web Apesar da força e da ampla presença das edições impressas do Cruzeiro do Vale na comunidade, que circulam toda terça e sexta-feira, o jornal também ofereceu novos produtos e ferramentas para a cidade ao longo desses 25 anos. Revistas temáticas e comemorativas ajudaram a documentar datas e realidades históricas de Gaspar e Ilhota, além de oferecer espaços de visibilidade para marcas e empresas da nossa terra, para os clientes daqui. Outro exemplo de produto do Cruzeiro do Vale de grande utilidade no dia a dia e que ajuda a expor marcas e movimentar a economia da cidade são as listas telefônicas do Cruzeiro do Vale, distribuídas sempre entre dezembro e janeiro. Atento às mudanças na forma de os leitores consumirem informação, o Cruzeiro do Vale também marca presença no mundo digital. O jornal foi o primeiro de Gaspar a contar com um portal na internet - www.cruzeirodovale.com.br -, onde hoje as principais notícias de Gaspar estão à disposição dos leitores a qualquer hora e local. Além disso, canais do Cruzeiro em redes sociais como Facebook, Twitter e Youtube, onde são divulgadas as notícias e postados materiais diferenciados, também ampliam as opções dos leitores para acessar as informações, opiniões e também para participar da produção da notícia com fotos, comentários ou sugestões.

Quem faz o Cruzeiro Atualmente, a equipe do Cruzeiro do Vale é composta por quatro jornalistas, dois profissionais de criação e desenvolvimento de artes e anúncios, três profissionais do setor financeiro e comercial, duas na área de circulação. Integram a lista ainda o diretor Gilberto Schmitt e cerca de 10 entregadores, que toda terça e sexta correm a cidade para entregar os exemplares.


1. MOBILIDADE

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Gaspar supera problema dos congestionamentos’ ÉLCIO DE SOUZA, CONSULTOR E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO


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F Por Felipe Adam

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redacao@cruzeirodovale.com.br

Consultor de empresas e professor universitário, Élcio de Souza realizou um abaixo-assinado via internet a favor do tema, mas a adesão ainda tem sido baixa. Como entusiasta, defende a realidade desse contorno viário, já que a Jorge Lacerda é a principal ligação entre o interior e o Litoral pelo Vale. “O governo do Estado alega que se trata de uma obra muito cara e que não seria viável. Entretanto, é bom lembrar que se trata de uma obra para todas as cidades e não só para Gaspar”. A proposta de Élcio é recolher assinaturas e esclarecer os moradores da região a respeito do assunto. “Acho fundamental que entidades profissionais, industriais, comerciais, comunitárias e sociais da região se envolvam e façam movimentos no sentido de pressionar os políticos, visando conscientizar sobre a real importância dessa obra para o Vale”.

JEAN LAURINDO

Anel de Contorno

REPRODUÇÃO

uando o viaduto sobre a Avenida das Comunidades começou a ser construído, em 2012, a promessa do governo municipal era desafogar o trânsito do Centro. Veículos oriundos de Blumenau, Brusque, Litoral e de bairros adjacentes, como o Gasparinho, paralisavam o tráfego e prejudicavam a tão discutida mobilidade urbana. Como resposta ao caso, cerca de sete meses após o início das obras, a estrutura ficou pronta. Em parte, o des-

locamento melhorou. Mas a ligação Blumenau – Litoral ainda não. Ao mesmo tempo em que a prefeitura planejava o viaduto, outro projeto era discutido pela equipe da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento: o Anel de Contorno. A intenção era clara: desafogar a área urbana, com o objetivo de acabar com o congestionamento. O esquema prevê 22 quilômetros, a começar na Ponte do Vale, situada na Rodovia Jorge Lacerda, em direção ao limite com Blumenau, na rua Itajaí. Dentro dele, trechos com pista duplicada, simples, elevados e rotatórias nos cruzamentos, além de ciclofaixas. O projeto é da empresa Iguatemi e deve ser readequado pelo Governo de Santa Catarina a fim de reduzir os custos.


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Pontes e terminais ARQUIVO/CV

“A dificuldade de Gaspar é o rio Itajaí-Açu”, argumenta o secretário de Planejamento, Soly Waltrick Antunes Filho. Para isso, o plano municipal de mobilidade urbana prevê a construção de sete pontes, uma delas situada no Bela Vista. O atual Plano Diretor, datado de 2006, é claro quanto a essa política e projeta “criar um sistema de transporte coletivo integrado, com terminais urbanos periféricos, além do existente no bairro Coloninha”. Segundo Soly, seriam mais dois: um no Santa Terezinha e outro na Margem Esquerda. Haja vista que Gaspar possui mais de 35 mil veículos, a gestão municipal objetiva fortalecer as ligações interbairros - as rotas alternativas, usadas por motoristas da região. A Estrada Geral da Garuba, que leva a Blumenau, e o trecho do Gaspar Alto com saída também em Blumenau ou Guabiruba estão entre os sinalizados. Porém, o conjunto de medidas para melhorar a mobilidade urbana vai muito além disso. Professora do IFSC Gaspar e doutoranda em Geografia na área de Desenvolvimento Regional e Urbano, Christina Martinez Hipólito defende que a mobilidade em Gaspar deve ser pensada a partir da dimensão do desenvolvimento sustentável, racionalizar o uso do espaço, gerenciar eficientemente os fluxos urbanos, além de verificar a viabilidade financeira e ambiental para não piorar um problema que já é recorrente no Vale. “Será que esse contorno não vai acabar desviando o problema para outro lugar em vez

de saná-lo?”, questiona. Christina adverte que o anel viário poderá levar o fluxo intenso para o final do contorno, localizado próximo à Malwee, o que comprometeria ainda mais a entrada de Blumenau e traria maior fluxo no limite de Gaspar, em especial no Bela Vista. Além de agregar outras cidades para unir forças e reduzir custos das medidas em favor da modalidade, outros modais também precisam de atenção. “Não podemos esquecer que um sistema de transporte público eficiente é fundamental para diminuir os fluxos de veículos dos moradores de Gaspar e arredores. Investimentos neste setor podem desonerar as prefeituras das obras de grande porte”, fecha Christina.


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WILBERT CONTABILIDADE

Credibilidade em cada serviço Com 33 anos de história no mercado de Gaspar e região, a Wilbert Contabilidade tem associada ao seu trabalho a força da credibilidade. Esse diferencial foi construído com base no respeito e na ética aplicados no dia a dia da empresa, que sempre prioriza o foco total nas necessidades dos clientes. “Nosso objetivo é sempre proporcionar a eles tranquilidade em tudo que diz respeito a cumprimento dos fundamentos e princípios contábeis, oferecendo sempre suporte nas decisões estratégicas e aconselhamento”, ressaltam os proprietários. Em sua sede própria, com um ambiente amplo e agradável, a empresa busca sempre o aperfeiçoamento para oferecer

FOTOS: JEAN LAURINDO

a todos os clientes uma melhor condição de atendimento. A maior meta do dia a dia da Wilbert

Contabilidade é conseguir ser uma extensão dos departamentos contábil, fiscal e de RH dos clientes.

Tradição A história da Wilbert começa em 1982. A inspiração para o nome veio do sobrenome dos proprietários, que apostavam no crescimento do setor contábil na cidade. Na época, a Wilbert surgiu como a terceira opção de escritório contábil. Com o passar do tempo, conquistou seu espaço, cresceu e ganhou clientes, o que exigiu novos setores e forçou a ampliação e a mudança para um local mais amplo e confortável. Para garantir um atendimento de alta qualidade, a Wilbert conta com uma equipe de profissionais especializada e constantemente treinada para atuar com eficiência em meio às frequentes mudanças nas legislações. Além disso, oferece um ambiente profissional e estimulante ao crescimento.

Wilbert Contabiliade | R. Rua Doracílio Garcia, 137, Centro Telefone: (47) 3332-0944 | www.wilbertcontabilidade.com.br


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FÉLIX ALARMES

A vanguarda da segurança

Com 24 anos de atuação completados em 2015, a Félix Comércio e Monitoramento de Alarmes já se tornou sinônimo de proteção e segurança em Gaspar e em municípios da região. Os sistemas de monitoramento eletrônico, vigilância e segurança eletrônica atendem clientes com necessidades de diferentes perfis, desde proteção para residências e condomínios até indústrias e estabelecimentos comerciais. Atualmente, uma equipe de aproximadamente 90 profissionais se divide para monitorar e proteger os imóveis dos clientes. São 14 viaturas e oito motocicletas à disposição dos funcionários, sempre de prontidão para possíveis situações de urgência.

47 3332-3527

Félix Alarmes | Rua Arnoldo Koch, 170 – Coloninha Telefone: (47) 3332-3527 | www.felixalarmes.com.br


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eletrônica FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Rastreamento de veículos Uma das principais novidades da Félix Alarmes é o serviço de rastreamento veicular. O serviço aumenta a segurança do motorista, oferece informações do trajeto percorrido e relatórios com a velocidade do veículo, traz alertas de manutenção, áreas restritas e pontos de interesse, além de permitir a otimização de logística e de entregas e controlar gastos com combustíveis.

As vantagens das rondas virtuais Um segmento em que a atuação da Félix Alarmes tem se destacado é a área de segurança em condomínios e residenciais da região. Parte dessa procura ocorre pelos serviços de monitoramento a distância, por meio de softwares como Siam (controle de acesso), D-Guard (imagens) e Sigma (alarmes). Com essas ferramentas, a equipe da Félix consegue monitorar a movimentação nos condomínios com as chamadas rondas virtuais. “Temos os equipamentos instalados, registrando as imagens e a entrada e saída de moradores. Podemos

configurar o sistema para, a cada meia hora, por exemplo, abrir a imagem das câmeras do prédio em nossa central de operações, que funciona 24 horas. É mais eficiente e menos perigoso do que manter vigias para fazer rondas e, a qualquer suspeita, podemos acionar nossa equipe ou mesmo a polícia com mais segurança. Tudo isso com um custo-benefício mais interessante. Conseguimos estar presentes no prédio sem estar lá”, explica o proprietário da Félix Alarmes, Francisco Felaço (foto).


A manchete que o leitor gostaria de ler

2. MEIO AMBIENTE

‘Natureza passa a ser mais respeitada em Gaspar’ O destino de entulhos retirados de obras e despejados sobre a vegetação nativa ou até mesmo em rios e ribeirões é uma das preocupações do ambientalista e professor da Furb, Lauro Eduardo Bacca, quando o assunto é preservação do meio ambiente em Gaspar. Um dos exemplos citados pelo biólogo é a situação ocorrida no alargamento da Estrada Geral do Gaspar Alto, via que passa pelo município ligando Guabiruba a Blumenau. Parte da via foi alargada recentemente, mas os entulhos e restos de vegetação retirados na obra, segundo ele, teriam sido despejados morro abaixo (foto), alcançando até mesmo os riachos que cortam a localidade. “O problema não é a obra em si, mas a forma como ela é feita, sem preocupação com o destino e o impacto desse material”, avalia. A Secretaria de Obras, que executou o alargamento da via, informou que costuma ter cuidado com o solo manejado e que a maior parte do material retirado foi reutilizada no aterro de uma rua na mesma localidade, que foi elevada porque sofria com alagamentos. “Agora, um pouco sempre acaba caindo, não tem jeito. O que houve também foi a queda de barreiras naquele local durante as chuvas de verão. Aquele barro eu não consigo puxar do ribeirão”, responde o secretário Lovídio Bertoldi. Os danos causados a ribeirões e ao rio Itajaí-Açu com o despejo de entulhos e também com terras de encostas que vão parar nas águas por causa da erosão são o principal alerta do ambientalista. Ele ressalta que esse tipo de situação resulta até mesmo em impactos econômicos, já que o Porto de Itajaí, por exemplo, precisa destinar recursos que poderiam ir para outras áreas para investir sempre em dragagem do rio, graças a esse constante assoreamento. Para reduzir esses prejuízos ao meio ambiente e ao rio, o gerente de Meio Ambiente de Gaspar, Daniel Fernandes Cardoso, também descreve uma das manchetes que gostaria de ver se tornando realidade: “Cidade avança na recuperação de áreas degradadas”. Segundo ele, muitos dos morros que sofreram com deslizamentos na calamidade de 2008, por

JEAN LAURINDO

LAURO EDUARDO BACCA, AMBIENTALISTA E PROFESSOR DA FURB

exemplo, precisariam passar por mecanismos que devolvessem as suas características naturais. “Isso seria importante para evitar que as áreas ficassem descobertas, sofrendo infiltração de água da chuva e permanecendo sujeitas a novos deslizamentos, que às vezes levam essas terras a rios ou ribeirões. Essa situação prejudica a qualidade da água para consumo e também para os animais que vivem no rio. Nesse sentido, ter um geólogo em nossa equipe seria uma conquista importante”, afirma Daniel.


ARQUIVO ASSOCIAÇÃO CAATINGA

Caça e unidades de conservação

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Outro ponto que prejudica tanto nascentes, ribeirões e rios quanto a queda de entulhos e a erosão é o processo de extração de eucaliptos, atividade econômica cada vez mais em alta na região. “Muitas vezes os eucaliptos são retirados e a área fica totalmente descoberta, desprotegida, sujeita a infiltração de água da chuva, o que provoca a erosão. Por se tratar de uma forma de agricultura, não há nenhuma legislação ambiental que nos permita tomar medidas para evitar esse processo”, aponta o gerente de Meio Ambiente. No entanto, de acordo com Bacca, essas não são as únicas manchetes negativas a serem revertidas na área ambiental no município. “Muita gente ainda caça em cidades como Gaspar e as prefeituras não fazem nada em relação a isso. Costumam atribuir a responsabilidade de fiscalizar ao governo federal, mas dentro do município se sabe quem é quem, sempre há denúncias. Quantas pessoas poderiam deixar de caçar se fossem notificadas pelo município, como uma primeira medida antes de denunciar o caso ao Ibama ou a outros órgãos?”, questiona o professor. Daniel confirma que a caça e, principalmente, a extração de palmito ainda são frequentes nas matas da cidade, mas pontua que realmente a tarefa de fiscalização fica apenas com a Polícia Ambiental. De olho na criação de espaços especiais para a preservação das espécies, da vegetação e também das nascentes, o gerente de Meio Ambiente lista outra notícia que também gostaria de ver estampada nos 25 anos do Cruzeiro do Vale: “Gaspar tem instituída mais de uma unidade de conservação”. Hoje há apenas quatro delas no Estado. Na região do Bateias, há uma Área de Proteção Ambiental, mas que não foi totalmente implantada.

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Tratamento de esgoto segue no imaginário Outro ponto em que o município ainda precisa avançar é no saneamento básico. O fato de ainda não contar com nenhum sistema de coleta e tratamento de esgoto antes de despejar os resíduos no rio Itajaí-Açu rende outro alerta importante do ambientalista Lauro Bacca. O assunto deve sair da estaca zero com a implantação do sistema de coleta e tratamento em três dos bairros mais populosos da cidade - Centro, Sete de Setembro e Santa Terezinha. A promessa da Prefeitura de Gaspar era de que as obras já teriam sido iniciadas entre o fim do ano passado e o primeiro semestre de 2015. No entanto, apenas no início de maio a empresa contratada pela prefeitura para executar o projeto entregou as mo-

ARQUIVO/CV

dificações solicitadas pela Caixa Econômica Federal, que agora será responsável por avaliar as alterações e, caso não haja novas mudanças, autorizar a contratação da obra por meio de licitação. O aval da Caixa precisa ocorrer até o fim de junho, sob pena de perda de recursos. O Ministério das Cidades se comprometeu a destinar R$ 39 milhões para a execução das obras. No loteamento social da BR-470, também há um projeto para implantar uma rede de coleta de esgoto, mas o projeto, que envolve toda a infraestrutura da localidade, também passa por modificações há vários meses e ainda precisa de autorização da Caixa Econômica Federal para ser contratado.


Reciclagem e aterros são outros desafios

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Por fim, Bacca destaca ainda um possível aumento na adesão à separação e reciclagem do lixo e também o fim das agressões ao meio ambiente provocadas pelos serviços de terraplanagem como outras manchetes sobre meio ambiente que gostaria de ver se tornando realidade. “Hoje no município de Gaspar ainda percebo muitas situações de aterros e retiradas de barro indiscriminados, que, queira ou não, resultam em alagamentos de maiores proporções durante os períodos de chuva. As mudanças de morros e retificações de rios precisam ser melhor acompanhadas pelo poder público para evitar Corte de morro com hidrossemeadura, como nas impactos tão grandes. Já avançamos muito nas últimas décadas, mas margens da BR-470 é considerado modelo ideal ainda temos muito a melhorar”, alerta o biólogo. O gerente de Meio Ambiente de Gaspar confirma que quando os aterros ou cortes de morros são feitos sem preocupação com os efeitos, causam situações semelhantes ao que ocorre nas áreas atingidas por deslizamentos em 2008 - a terra fica exposta, sofre a ação da água da chuva e inicia-se o processo de erosão. “Impacto sempre vai haver, mas existem medidas de mitigação, que envolvem o corte com hidrossemeadura, que já faz o plantio de vegetação para cobrir a parte que ficaria exposta, além de calhas e escadas hidráulicas para canalizar a água que se infiltraria nos morros”, orienta Daniel. Além disso, o aumento da restrição no zoneamento da cidade para aterros e moradias em áreas mais baixas - que já está previsto no novo Plano Diretor - e também o incentivo para manter a permeabilidade do solo em áreas muito urbanizadas, também são apontados pelo gerente como medidas importantes e capazes de reduzir os prejuízos ao rio Itajaí-Açu e também a proporção dos alagamentos na cidade. (Texto: Jean Laurindo)


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AGROPECUÁRIA AÇUVALE

Tradição e renovação em um único local A agropecuária Açuvale tem aproximadamente 25 anos de tradição no mercado gasparense, mas foi em 2013 que as mudanças começaram a aparecer juntamente com uma nova gestão cheia de vontade de fazer a empresa se tornar uma referência na cidade. “Reformulamos todo o espaço, que está muito mais bonito e agradável para os clientes”, conta o sócio-proprietário João Paulo Bornhausen, que comanda a loja ao lado dos funcionários Gilmar e Luiz Henrique. O estabelecimento conta com uma vasta gama de utilidades, desde produtos para animais de estimação, pesca, ferramentas, jardinagem, flores para presentes, mudas, gaiolas, churrasqueiras, pássaros, panelas e toda a linha de agropecuária. Se você está

FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

procurando algum item importante para cuidar de seu jardim ou de seus bichos de estimação, você vai encontrar muitas opções. Mas o foco principal da Açuvale é o atendimento. “Tentamos oferecer um atendimento diferenciado, dinâmico e até divertido, às vezes,

para fazer o cliente se sentir bem aqui”, diz João, orgulhoso por conhecer pessoalmente grande parte dos clientes que frequentam a loja. “Muitos dos clientes são aqui do bairro mesmo, mas estamos preparados para atender bem todos que vierem nos visitar”, garante.

Ração Premiatta Outro diferencial é a linha de rações super-premium da Premiatta, que oferece produtos de alto padrão e muito específicos para quem quer uma nutrição especial para seu cão. São rações específicas para cada necessidade, por exemplo, cães obesos precisam de uma nutrição mais leve. Também há rações específicas para cães atletas, alérgicos, para raças muito grandes, muito pequenas e até raças específicas que exijam uma nutrição diferenciada.

Rua Luiz Franzoi, 256 – Margem Esquerda Telefone: (47) 3332-5001


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SONHOS E FATOS

Construindo sonhos do projeto à execução

Trabalhando há mais de 20 anos com projetos arquitetônicos, a engenheira Maria de Lurdes Marques abriu seu escritório no Centro de Gaspar logo após sua formatura, em agosto de 1999. Com o tempo, surgiu a necessidade de uma construtora para a execução dos projetos. Em abril de 2006 nasceu a Construtora Sonhos e Fatos. “Iniciamos os trabalhos da construtora porque muitos clientes não têm tempo para dedicar à obra”, explica. “Temos experiência em desenvolver todos os tipos de projetos, incluindo de interiores e paisagismo”. O pioneirismo e experiência nas simulações em três dimensões, o popular 3D, também favorece a excelência nos projetos. “Com a simulação em 3D o cliente visualiza exatamente como sua obra ficará ao final da execução, com uma riqueza de detalhes impressionante”, conta Maria de Lurdes. “Eu sempre me imagino

no lugar desse cliente, morando na casa”, esclarece Maria de Lurdes. “Precisamos ver cada detalhe na fase de projeto para não ocorrerem erros ou muitas mudanças ao longo da execução”. Este detalhamento inclui o aproveitamento do terreno e minuciosamente cada item de acabamento interno e externo onde o cliente não terá a necessidade de buscar outros profissionais para proje-

tos referentes a interiores e paisagismo, pois tudo já é definido no projeto arquitetônico. Os ambientes são de acordo com a necessidade de cada cliente pensando em seu conforto e funcionalidade. Para projetar e executar com tamanha eficácia, Maria de Lurdes conta, além de sua equipe de colaboradores e profissionais no escritório, com um leque muito grande de opções no que se refere a

DIVULGAÇÃO

materiais de acabamento e decoração de empresas e lojas de renome regional e nacional. Sempre se atualizando, além da engenharia civil, Maria de Lurdes, certificou-se pela Academia de Engenharia e Arquitetura, em Paisagismo de Áreas Residenciais, Comerciais e Condomínios e em 2008 concluiu pós graduação em Designer de Interiores e Iluminação.

Sonhos e Fatos | Avenida Frei Godofredo, 608 - Gaspar Telefones: (47) 3332-2396 / 3332-4527 | www.sonhosefatos.com.br


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Diferencial está na visão Ao longo dos últimos anos, a Sonhos e Fatos projetou e construiu casas e condomínios residenciais para venda e locação em Gaspar e região. Os projetos e obras executados por Maria de Lurdes , são de grande destaque pelos diferentes tipos de telhados, tanto em madeira, como com laje inclinada, e o estilo americano. A riqueza de detalhes é sempre em todas as fachadas, não somente na principal da residência, pois de todos os ângulos a casa ou predio se torna uma obra de arte. “Tenho paixão pela minha profissão” , finaliza Maria de Lurdes.

Engenheira Maria de Lurdes Marques comanda equipe responsável por transformar projetos e obras em realização de sonhos dos clientes

Projeto

Obra concluída

Projeto

Obra concluída

Projeto

Obra em andamento (para venda)

ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Simulações 3D antecipam a clientes a beleza de projetos executados pela Sonhos e Fatos A Sonhos e Fatos, hoje com seu escritório na Avenida Frei Godofredo, 608, divide-se em três setores: *Arquitetura e Engenharia com projetos arquitetônicos, estruturais, elétricos, hidráulicos, preventivos, paisagismo, interiores, decoração. *Construtora, onde executa os projetos da engenheira e designer. *Consultoria Imobiliária, além de outros itens, atende processos de Incorporação Imobiliária desde 2007.


3. SAÚDE

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Pronto-atendimento do hospital fica mais rápido’

MARILICE DALMAGRO, PACIENTE

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suária dos serviços do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro há muitos anos, a moradora do bairro Gaspar Grande Marilice Dalmagro mostra-se satisfeita com os atendimentos oferecidos nos últimos meses, sobretudo exames e procedimentos agendados. No entanto, na hora de apontar uma melhoria na saúde do município que gostaria de ver como manchete nos 25 anos do Cruzeiro do Vale, ela volta o olhar a uma ala do hospital que costuma ser responsável pelos maiores apelos dos pacientes: o pronto-atendimento. Nas vezes em que precisou do pronto-socorro, como quando o filho sofreu um acidente, em 2014, Marilice se lembra de ter esperado muitas horas e também de certa necessidade de mais enfermeiros para a triagem. “Estou sendo sempre bem atendida, mas seria importante ter um pronto-atendimento rápido, com mais pessoas, para diminuir a espera”, ressalta. O administrador do hospital, Giovani Bernardi, assegura que a qualidade de atendimento no pronto-socorro melhorou desde que a prefeitura assumiu a gestão do hospital, há um ano. Uma equipe com um médico, dois enfermeiros e dois técnicos em enfermagem está sempre de plantão no PA, atendendo um volume de pacientes que soma, em média, 3 mil atendimentos/mês. “Tivemos uma alta de 14% no pronto-atendimento no último ano, muito por causa da melhoria no atendimento, das contratações que fizemos de médicos com experiência nessa área. A estrutura que temos hoje é compatível com essa demanda de pacientes, mas se continuarmos a ter crescimento, precisaremos pensar em reforço”, explica.

FOTOS: JEAN LAURINDO

‘Questão cultural’ No entanto, segundo Giovani, o principal fator que contribui para que pacientes ainda precisem esperar por muitas horas para atendimento no PA está ligado a um comportamento da região. “Temos uma cultura local de procurar de imediato o hospital em caso de doenças. Muitas vezes, as pessoas poderiam ser atendidas nas unidades de saúde ou no CAR. Nós não negamos atendimento a ninguém, mas temos uma escala de prioridade que vai do mais urgente para o menos urgente. Situações de emergência como acidentes registrados em nossas rodovias recebem atendimento imediato e, por outro lado, pacientes que não

tenham tanta gravidade acabam esperando duas, três, até mais horas na fila”, alega Giovani. Um trabalho de pesquisa está sendo feito no hospital para identificar de onde vêm os pacientes, se há algum problema como falta de médicos na localidade. A ideia é tentar aumentar o vínculo dos pacientes com os postos de saúde. “Lá o caso vai ter continuidade de tratamento, diferentemente do pronto-socorro”, compara. O secretário de Saúde, Cleones Hostins, confirma a tese de Giovani, mas revela que o CAR já faz em média 4,2 mil atendimentos/mês, o que mostra que boa parte dos pacientes já vem procurando a rede municipal.


Preferência por parto normal causa queixas

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Giovani Bernardi, administrador do hospital

Para Amanda das Neves Barbosa, 19 anos, grávida de 38 semanas, e Vilma Maria Vieira da Silva, 50 anos, mãe de outra gestante, a manchete positiva poderia ser uma melhoria no atendimento de gestantes. Em meados de maio, as duas relataram demora para serem atendidas mesmo estando nas últimas semanas de gravidez. “Fui atendida duas vezes, mas nas duas o médico me mandou para casa. Fico preocupada por ser uma gravidez de risco. A impressão é de que eles querem evitar ao máximo a cesariana”, relata. O administrador do hospital pondera que o Ministério da Saúde vem incentivando o parto normal em vez da cesárea e, portanto, se a paciente não se enquadra nos critérios médicos e também do Ministério para o procedimento cirúrgico, que são risco para a mãe ou para o bebê e anatomia desfavorável, a recomendação é para que as pacientes esperem para ter parto normal. “Sempre que procuram atendimento, elas passam por exames e, a qualquer sinal de anormalidade da mãe ou da criança, a paciente fica em observação”, assegura o gestor.

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Melhora no pronto-socorro (foto) é principal alvo de reivindicações

Estabilidade financeira é notícia almejada pela gestão Para a atual gestão do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a principal manchete que norteia o trabalho é a conquista da estabilidade financeira da instituição. Há um ano, a Prefeitura de Gaspar decretou uma intervenção sobre a gestão do hospital e iniciou um trabalho de tentativa de equilíbrio orçamentário. Nesse período, segundo o administrador Giovani Bernardi, as principais ações foram a melhoria nos atendimentos, reduzindo as reclamações, e o aumento da produção de cirurgias e procedimentos. Segundo ele, houve aumento superior a 10% em todos os setores e, no caso das cirurgias, o incremento foi de 80% em um ano. “Esse aumento na produção nos ajudou a ter um aumento no teto de recursos do Sistema Único de Saúde, SUS, o que ajudou a aumentar as receitas”. No fim do mês passado, a Prefeitura de Gaspar prorrogou a intervenção sobre a gestão da instituição de saúde por mais seis meses. Nesse período, segundo Giovani, o objetivo será reverter o aumento da pro-

dução em mais recursos, para fortalecer o orçamento e se aproximar da estabilidade necessária para encerrar a intervenção. “Uma conquista importante pode ser as verbas de custeio oferecidas pela União. Nós preenchemos os requisitos para receber esses valores, que são como ajudas de custo, mas para isso dependemos da habilitação das portarias. Estamos batalhando para isso e, se tivermos nossos pedidos atendidos, podemos ter um reforço de até R$ 340 mil/mês, o que nos permitiria equilibrar o déficit mensal, que hoje é de cerca de R$ 120 mil, e começar a liquidar débitos antigos”, projeta Giovani. Além disso, o pagamento de pendências do Estado, referentes a verbas de incentivo e a cirurgias eletivas, também é visto como necessário para equilibrar as contas do hospital. O montante soma pouco mais de R$ 1,1 milhão e tinha promessa de começar a ser pago até o fim de maio. “As possibilidades de gestão após a intervenção estão sendo analisadas, mas vão ser tomadas só depois de alcançarmos a estabilidade”, antecipa Giovani.


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SEGURANÇA JURÍDICA

Beduschi Advocacia: há 33 anos protegendo pessoas e empresas Em 1982, foi fundada em Gaspar a Beduschi Advocacia. À frente dos negócios, o jovem advogado Valmor Beduschi Júnior, que contava na época com 25 anos de idade. Iniciou seus estudos em 1978, na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vindo a concluila em 1982, na Universidade Regional de Blumenau (FURB). Apaixonado pelo Direito e procurando dotar Gaspar de um escritório de advocacia nos moldes dos grandes escritórios do estado, estabeleceuse em Gaspar, sua terra natal. E procurou, então, transformar seu sonho em realidade. Ao longo dessa bela história, obteve inúmeros prêmios em reconhecimento à qualidade dos serviços jurídicos prestados. A consagração nacional deu-se no ano de 2001, quando recebeu a comenda colar Gran Cruz do Mérito Jurídico, que lhe foi outorgada nas dependências da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, pela Sociedade Nacional do Mérito Cívico, com sede em Brasília. Foi

FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

distinguido com tal honraria em razão da excelência do trabalho profissional desempenhado, bem como pela postura ética demonstrada no cotidiano.

Excelência e qualidade Tendo por lema o trinômio competência, seriedade e segurança jurídica, a Beduschi Advocacia, também integrada pelos advogados Charles Knihs de Medeiros e Meri Terezinha Zibetti, completa seus 33 anos de existência fornecendo aos seus clientes espalhados por todo o Brasil um serviço de destacada excelência e qualidade, tendo se tornado, por isso, referência no universo jurídico no qual se acha inserida.

Beduschi Advocacia | R. Augusto Beduschi, 127, Centro Telefone: (47) 3332-0033


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HISTÓRIA DE SUCESSO

WM Baterias completa 25 anos FOTOS: GILBERTO SCHMITT

Em uma longa trajetória repleta de mudanças no mercado, a WM Baterias se manteve firme conquistando espaço em Santa Catarina. Tudo começou quando Walter Ademir Morello ainda era representante comercial de uma empresa de baterias de Curitiba, onde começou a atuar em 1982. Ele atendia o mercado catarinense e percebeu uma oportunidade: trazer uma distribuidora para o estado. O projeto parecia ousado, mas em 1º de junho de 1990 era fundada, em Blumenau, a WM Baterias, uma das pioneiras no ramo com estrutura própria em Santa Catarina. “Fundamos a empresa em Blumenau, mas logo no ano seguinte viemos embora para Gaspar, que nos recebeu muito bem”, conta o fundador e sócio-gerente da empresa, Walter Morello.

Estrutura

Hoje a WM Baterias atende praticamente todo o Vale do Itajaí, desde Rio do Sul até o litoral e quase todo o litoral de Santa Catarina, de Penha até a divisa com o Rio Grande do Sul. As baterias são distribuídas para autoelétricas e lojas especializadas, sendo o principal produto a bateria de 60 amperes. “A bateria de 60 amperes é muito utilizada em quase todos os tipos de carros, por isso é a mais vendida”, explica Walter. Com uma estrutura própria de distribuição, a WM Baterias organiza a logística em um galpão próprio, construído em Gaspar. As baterias vêm da fábrica em pallets de cem unidades e a logística é feita dentro da empresa. A área de vendas é planejada e executada em família, com Walter Morello Júnior como diretor comercial e Rosiel Morello como representante.

WM Baterias | Rua Itajaí, 2177 – 7 de Setembro 3332-0682 - www.bateriaswm.com.br


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SERVIÇOS DIVERSIFICADOS

Mudanças são bem-vindas na trajetória da WM No início, a distribuição era de marcas já existentes no mercado e de componentes. “Antigamente, além das baterias, vendíamos material para reforma das baterias. Hoje em dia nem se faz mais isso”, recorda Walter. Pensando nas mudanças de mercado, ele foi além da distribuição e, juntamente com outros sócios, assumiu a gestão de uma indústria de baterias em Pouso Redondo/SC, chamada Ampersul (foto). A fábrica produz toda a linha de baterias da marca Delcar, homologadas pelo Inmetro e distribuídas com exclusividade pela WM Baterias.

Walter Morello (e), Walter Morello Junior (c) e Rosiel Morello comandam o time da WM Baterias, que neste ano completa 25 anos de serviços oferecidos aos gasparenses

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4. DESENVOLVIMENTO URBANO

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Jardim Primavera ganha cursos e espaços recreativos’

LUÍS CASEMIRO, MORADOR E PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES LOCAL JEAN LAURINDO

T Por Thiago Moraes

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redacao@cruzeirodovale.com.br

uís Casemiro não precisa de despertador para acordar na casa em que mora, no loteamento Jardim Primavera, bairro Bela Vista, em Gaspar. Morando na localidade há 18 anos, Luís desperta da cama com uma sinfonia de motores, buzinas, obras e vizinhos que deixam claro que já é hora de ir para o batente diário. “Em outros tempos, há mais de 15 anos, esse barulho intenso ao acordar do dia não era comum, mas hoje sabemos que o bairro passou e tem passado pelo desenvolvimento”, frisa Luís, que há três anos preside a associação dos moradores da região. Na saída de casa, Luís se depara com a calçada, o trânsito, além de, nas proximidades do bairro Bela Vista, agências bancárias, mercado, restaurante e unidade de saúde. “Hoje temos até uma creche, a Sônia Gioconda Beduschi. De fato observei nesses

anos a evolução urbana do Jardim Primavera, no entanto sabemos que a região precisa de mais melhorias para alcançar ainda mais qualidade de vida”, aponta Luís, 48 anos, que vive com a esposa e é pai de três filhos. O aumento das grandes concentrações populacionais pode ser ilustrado pela localidade em que mora Luís. No início do bairro, há 18 anos, havia na região 90 famílias. Hoje, são quase 600. “Tenho casa própria no bairro. A verdade é que nossa localidade é bem situada geograficamente, tendo um leque de opções de comércio bem próximo. Estamos perto do Centro de Gaspar e de Blumenau”, destaca. Porém, Luís sublinha e pede às autoridades políticas atentarem para os futuros moradores de prédios que estão em reta final de construção, e que servirão de abrigo a inúmeras famílias. “Precisa ter um controle social, com deveres e direitos expostos a todos residentes, caso contrário será uma área de vulnerabilidade social”, previne.


Áreas de lazer e cursos são carências Calcanhar de Aquiles da comunidade, o índice de criminalidade e de tráfico de drogas diminuiu ao longo da última década, segundo Luís. Entretanto, é necessário combater os males das drogas e dos assaltos na raiz, investindo principalmente nas gerações de crianças e adolescentes. “Grande parte das mães do Jardim Primavera trabalha, e existem crianças e jovens que passam ociosos o período em que não estão estudando. Criar espaços recreativos, oficinas e cursos profissionalizantes e uma praça central bem iluminada seriam medidas essenciais para a melhor convivência. Desenvolvimento também é saber conviver com o próximo”, afirma. “As entidades policiais e da Justiça têm ajudado bastante na prisão de bandidos, muitas vezes de fora de Gaspar e do Estado, que estragam a evolução que a região vem tendo.”, lamenta.

THIAGO MORAES

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DESEJO de moradores como Luís está diretamente ligado ao maior desenvolvimento e segurança na comunidade, mas depende de sequência em projeto de urbanização


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GILBERTO SCHMITT

De Marinha a Primavera Ex-secretário de Planejamento de Gaspar, Maurílio Schmitt teve dois contatos com a região antes conhecida como Marinha, mas hoje chamada de Jardim Primavera. De acordo com ele, as grandes enchentes de 1983 e 1984 levaram o governo federal a propor uma adequação da largura do Rio Itajaí-Açu. “Várias áreas foram desapropriadas para o alargamento do rio. Como o projeto não foi concluído, as terras foram ocupadas por famílias atingidas pelas grandes enchentes e por migrantes que vieram para Gaspar em busca de oportunidades”, relembra. A outra aproximação de Mau-

rílio foi no governo do ex-prefeito Adilson Schmitt, entre 2004 e 2008, quando a localidade foi denominada de Jardim Primavera, pertencente ao bairro do Bela Vista. Na ocasião foi edificada a primeira fase da creche Sônia Gioconda Beduschi. De acordo com Maurílio, foram elaborados projetos de inclusão social e urbanização da área. Posteriormente, houve a enchente de 2008 e a implantação do atual projeto de urbanização. “Acredito que os projetos de inclusão social devam ser acelerados e ampliados no Jardim Primavera”, avalia Maurílio. O projeto de urbanização do

Loteamento Jardim Primavera prevê ações de infraestrutura urbana com drenagem pluvial, pavimentação de ruas e calçadas, implantação de sistema de tratamento de esgotamento sanitário, construção de duas praças, um mirante, um galpão para geração de trabalho e renda, instalação de água e de luz. Algumas dessas obras já aconteceram e outras se iniciaram. A proposta também prevê a demolição de casas em área de risco. Três prédios com 70 unidades habitacionais pelo programa Minha Casa, Minha Vida já foram erguidos, mas ainda não estão sendo habitados.


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‘É preciso fazer uma acupuntura urbana’ Pela primeira vez na história, mais de 50% da humanidade está vivendo em cidades. Mas será que cabe ainda mais gente? Estamos caminhando para um cenário apocalíptico ou apenas vivendo uma fase de adaptação? E qual é a saída para a superlotação urbana? Com a palavra, o professor de Arquitetura e Urbanismo da Furb, Christian Krambeck. DIVULGAÇÃO/INTERNET

Professor de Urbanismo da Furb, Christian Krambeck afirma que intervenções precisam respeitar o planejamento da cidade

Cruzeiro do Vale: Qual o impacto do desenvolvimento urbano na vida das famílias? Christian Krambeck: É grande e é positivo, pois vai além das melhorias físicas, que são fundamentais, permitindo que as pessoas vivenciem espaços públicos com mais qualidade, cujo resultado é a segurança e felicidade de seus filhos. A vivência da rua, o encontro com vizinhos e demais moradores, isto é, a cidadania sendo usufruída, com reflexos na cultura e economia da cidade. CV: Até que ponto o desenvolvimento urbano ajuda a minimizar aspectos sociais do governo que acabam não chegando às comunidades de maior vulnerabilidade social? Christian Krambeck: Como uma espécie de acupuntura urbana, é preciso identificar de forma participativa e inteligente quais os pontos mais sensíveis e estratégicos da cidade para realizar intervenções bem pensadas e planejadas, construídas de forma coletiva e respeitando o planejamento da cidade como um todo. Assim, as áreas de vulnerabilidade social, econômica

e ambiental devem ser priorizadas, principalmente as que se organizam em associações e movimentos de bairro e melhoria. Quando os moradores participam da gestão e planejamento da melhoria física e social de sua comunidade e principalmente, quando veem acontecer e ser implantados esses projetos, começam a acreditar em um bairro e em uma cidade de melhor patamar em médio prazo. CV: Quais são os modelos ideais de desenvolvimento urbano? Christian Krambeck: Olhando os movimentos e discussões que temos no Vale do Itajaí e Florianópolis nos últimos 12 meses, é possível afirmar que as pessoas não apenas estão precisando de mudanças, mas estão começando a sentir e perceber isso. E essa mudança passa por um novo modelo de cidades, um modelo alinhado com as necessidades e sonhos das pessoas neste século XXI, onde a prioridade seja a preservação ambiental, o respeito e compreensão da dinâmica das águas, o transporte coletivo, o ciclista, o cidadão, a economia criativa, a igualdade de oportunidades e a inovação.


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LOGÍSTICA

Qualidade em movimentação de carga: SAS ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Em 1995 foi iniciada a história da SAS, com venda de transpaleteiras da Still-Wagner. Passado algum tempo, percebendo as necessidades específicas da região, o administrador e fundador da empresa,

Vitor M. M. de Oliveira resolveu que seria hora de ter sua própria linha de equipamentos para movimentação e transporte de cargas. Estabeleceu parcerias com empresas que possuem ISO 14000 e 14001 para trazer para o Brasil empilhadeiras e paleteiras com tecnologia européia e qualidade de primeiro nível. Hoje a empresa tem uma sede própria em uma área com mais de 6000m2, com todo o cuidado para preservar a vegetação da região a fim de oferecer sustentabilidade aliada ao conforto de seus colaboradores e visitantes. “A empresa se consagrou no mercado pela qualidade do produto e excelência no pós-venda”, explica André Moraes de Oliveira, administrador e gerente de importação. O fato de ter um excelente estoque de peças para reposição e agilidade na entrega fizeram com que a SAS se destacasse frente à concorrência. Isso sem contar a estrutura de manutenção, com unidades móveis e manutenção no local, que dão garantia de um bom atendimento aos clientes.

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SAS

Diversificação e expansão em vista Hoje o principal nicho da SAS é o de equipamentos manuais e elétricos para até 3,5 toneladas, mas mesmo dentro deste mercado a empresa foca em diversificar seus produtos, oferecendo uma longa lista de opções para atender especificamente à demanda de seus clientes. “Um grande diferencial nosso em relação à concorrência é que estamos muito atentos às questões de segurança e ergonomia, pensando sempre em inovar para garantir melhorias nos produtos”, explica Vitor. Com a abertura de uma nova filial em 2015, a empresa conta agora com quatro unidades, sendo a matriz em Gaspar/SC e as filiais em Curitiba/PR, Canoas/RS e Chapecó/SC. “Estamos buscando expandir, agora, o aluguel de máquinas. Para isso, já estamos investindo em nossa estrutura, com caminhões e equipe de assistência técnica”, conta André. A meta é triplicar o número de contratos de locação e aumentar em 20% as vendas, mantendo a média dos últimos anos.

SAS Indústria e Comércio de Máquinas Ltda. Rua Anfilóquio Nunes Pires, 2760 – Gaspar/SC (47) 3308-2100 | 3397-3551 | www.sas.ind.br

ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS


5. HISTÓRIA DA CIDADE

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Casa da Memória reconta história do município’ DAYRO BORNHAUSEN, ASSESSOR DE TURISMO E CULTURA.

FOTOS: ARQUIVO/CV

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o longo de bairros como Bela Vista, Figueira, Coloninha, Centro e Poço Grande, a comunidade talvez não perceba a quantidade de história escondida pela atual urbanização. Há quase 45 anos, pontes ferroviárias, viadutos e trilhos faziam parte do cenário da pacata Gaspar - assim como de outros municípios no Vale do Itajaí. A Estrada de Ferro Santa Catarina, EFSC, por exemplo, mudou a vida de muitas pessoas, encurtou distâncias, provocou sentimentos e hoje se tornou apenas lembrança na memória dos mais experientes. A antiga parada de trem no bairro Figueira e que hoje se transformou em ponto de ônibus, por exemplo, é um dos 38 imóveis incluídos no serviço de Patrimônio Histórico e Cultural do município. Mas, antes que esses lugares possam ser tombados em projeto de lei que aguarda por aprovação na Câmara de Vereadores, o governo municipal analisa a instalação da “Casa da Memória”, um local onde possa reunir pequenos objetos e material histórico doado pelos gasparenses. Porém, pequenos problemas estão à vista. “O nosso desafio é o

espaço”, explica Dayro Bornhausen, assessor de Turismo e Cultura. As conversas com o Executivo já foram iniciadas, mas ainda não há maiores definições sobre o espaço voltado à história do município. Por enquanto, a ideia é fazer um edital convocatório público com o objetivo de mobilizar os moradores a catalogarem objetos, documentos e fotografias para compor o acervo. Esse compartilhamento de valores é essencial. Doutora em História, Carla Fernanda da Silva defende que o povo é a cultura da cidade e ela se transforma a partir do cotidiano das pessoas. “Ou seja, valorizar a cultura do município é valorizar a si mesmo”. A mesma ideia é partilhada pela professora e pesquisadora de Gaspar, Leda Maria Baptista. Para ela, o prestígio da cultura de uma cidade depende do interesse familiar em transmitir aos filhos o legado de seus próprios clãs. “Mas a responsabilidade depende também do empenho das escolas, entidades, meios de comunicação e governos. Aliás, a imaturidade política é um dos fatores que inviabilizam o estabelecimento desse serviço aos gasparenses”.


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Acervos particulares mantêm fotos e documentos A maioria dos documentos da cidade está guardada em acervos particulares e na prefeitura, onde cada secretaria possui arquivos próprios. Em muitos locais do município, comunidades preservam informações e equipamentos antigos que pertenciam ao estoque familiar. É o caso da Família Batista, no bairro Gasparinho; Família Filander, no Alto Gasparinho, e a Família Moser, no Gaspar Grande, visitadas pela equipe de Dayro no ano passado. “Essas pessoas possuem um prazer em cuidar da história. É nostalgia mesclada com orgulho”, ressalta. Entretanto, esses “museus familiares” não são abertos a turistas ou visitantes. Enquanto a “Casa da Memória” não toma um rumo certo, a melhor forma de preservar a cultura de Gaspar é valorizar as histórias de antigos moradores – antes que eles virem mera lembrança em um álbum de fotografias. (Texto: Felipe Adam)


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OLAVIO PEREIRA

Competência e honestidade a serviço da JUSTIÇA FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Constituído sobre a sólida experiência do advogado Olavio Pereira, o escritório Olavio Pereira e Advogados Associados atua há mais de 35 anos prestando serviços de advocacia preventiva e corretiva nas esferas administrativa e judicial. O trabalho se destaca pela competência, honestidade, seriedade e profissionalismo da banca, consolidando uma posição de destaque no meio jurídico e na sociedade. A qualidade dos serviços prestados, atendendo com

eficácia e confiabilidade às múltiplas necessidades dos clientes nos diversos segmentos do Direito, é o principal referencial da equipe. “Pautados sob a premissa da ética profissional, os assuntos são submetidos com comprometimento aos melhores padrões de solução, para deixar o cliente seguro e satisfeito quanto ao encaminhamento dado ao seu caso específico”, enfatiza o advogado e sóciofundador Olavio.

Olavio Pereira e Advogados Associados (OAB/SC 735/2002) Av. das Comunidades, 310, 1º andar | Centro Telefone: (47) 3332-0939


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SEGURANÇA JURÍDICA

Atuando em constante evolução A prática jurídica exige constante atualização em relação às diretrizes e tendências da ciência jurídica, assim como do processo de modernização do sistema judiciário. Para satisfazer a essa necessidade de mercado, o escritório é formado por uma banca de advogados e advogadas éticos e competentes, que buscam constante desenvolvimento e aprimoramento técnico e pessoal. Os profissionais buscam aprimoramento por meio de materiais jurídicos específicos, cursos, palestras e especializações, que garantem a confiabilidade do escritório. O atendimento é especializado e personalizado para que o cliente tenha toda a segurança que espera de profissionais dessa área. Para o advogado e sócio do escritório, Christian Marcel Batista, “a assessoria prestada tanto para pessoa física quanto jurídica tem como foco oferecer ao cliente soluções eficientes”. Para que sejam efetivas, elas precisam estar alinhadas aos objetivos de cada cliente e também aos princípios do Direito. “Assim, nossas soluções provêm subsídios para uma decisão juridicamente segura”, finaliza Christian.

“Pautados sob a premissa da ética profissional, os assuntos são submetidos com comprometimento aos melhores padrões de solução, para deixar o cliente seguro e satisfeito quanto ao encaminhamento dado ao seu caso específico”. Olavio Pereira, advogado e sócio-fundador.

“A assessoria prestada tanto para pessoa física quanto jurídica tem como foco oferecer ao cliente soluções eficientes. Assim, nossas soluções provêm subsídios para uma decisão juridicamente segura” Christian Marcel Batista, advogado e sócio


6. SEGURANÇA PÚBLICA

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Criminalidade cai com mais educação, inclusão e trabalho’ JULIANO KELLER DO VALLE, ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA E PROFESSOR DE DIREITO DA UNIVALI

A Por Ana C. Bernardes

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redacao@cruzeirodovale.com.br

onforme as cidades vão se desenvolvendo, os índices de violência também passam a crescer. Apesar disso, os investimentos em segurança pública e a criação de medidas que afastem as pessoas da criminalidade nem sempre acompanham esse ritmo acelerado. Durante o ano de 2014 em Gaspar, segundo dados fornecidos pela Polícia Militar, o número de crimes e acidentes registrados aumen-

tou 13,55%, em relação a 2013. Entre os crimes que mais aumentaram estão tráfico, posse de drogas e roubos a residências e a estabelecimentos comerciais da cidade. Inversamente, o investimento em segurança pública dificilmente cresce na mesma proporção, principalmente quando se fala em aumento de policiais. Em 2013, o número de PMs em Gaspar era de 46, ainda considerado aquém do ideal. Em 2014, no entanto, o número passou a ser ainda menor, com apenas 37 policiais no batalhão. Neste ano, o número já chegou a 34 PMs neste primeiro semestre.


De acordo com o delegado da Polícia Civil, Egídio Maciel Ferrari, a segurança pública em Gaspar não vem sofrendo melhorias há algum tempo. Atuando há três anos na cidade, ele afirma que o número de registros policiais está aumentando gradativamente com o passar dos anos, ao passo que os investimentos em segurança pública não acompanham o mesmo ritmo. “Como exemplo disso, cito o número de policiais civis muito aquém do mínimo necessário para o desempenho satisfatório das nossas funções e a inexistência de uma estrutura física adequada e capaz de atender bem a população e as vítimas, como uma nova delegacia. À míngua de políticas sociais, todas as cobranças acabam recaindo sobre a segurança pública”, salienta. Egídio destaca que se o país tivesse, efetivamente, uma legislação que obrigasse os criminosos a cumprir a sentença, seja qual fosse a pena, os índices de criminalidade diminuiriam. “Eu sei que o encarceramento por si só não resolve o problema da segurança pública, contudo, poderia citar inúmeros exemplos de crimes graves que teriam sido evitados se os autores estivessem cumprindo suas penas”, destaca, lembrando ainda que há muitos casos em que a pessoa é presa, logo é solta pelos mais variados motivos e volta a delinquir. Para ele, só será possível diminuir o número de crimes em curto prazo com o investimento firme em segurança pública, aumentando, principalmente neste momento, o número de policiais.

FOTOS: ARQUIVO/CV

Ocorrências aumentam, investimentos caem

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REDUÇÃO de apoio às forças policiais contribui com aumento da sensação de insegurança. Para especialista, investimento em políticas sociais que contemplem as áreas de educação e inclusão no mercado de trabalho são fundamentais para superar o problema


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Solução passa por políticas sociais Para o especialista em segurança pública e professor de Direito da Univali, Juliano Keller do Valle, muito do que é tratado sobre segurança pública é equivocado. Segundo ele, a repressão policial ou o próprio uso do direito penal deveriam ser utilizados como última alternativa. Isso porque, na avaliação do professor, deveria ser discutido, antes de tudo, o cumprimento e a implantação de políticas sociais e de segurança pública, já que atualmente elas são tratadas sem a devida relevância. “Grande parte da população não é incluída socialmente, seja pela educação, emprego ou saúde, e só conhece o papel do Estado quando este sobe morros, entra em comunidades para atuar na repressão, prisão e nas práticas de violência física e psicológica. Por esse motivo é que

JAIME BATISTA DA SILVA/ARQUIVO

a criminalidade só irá diminuir sensivelmente quando o Estado investir em políticas de educação e inserir a sociedade, principalmente adolescentes e jovens, no mercado de trabalho”, reitera. O professor diz ainda que o país prende mal porque prende muito e por isso o grande investimento na construção de presídios e penitenciárias dificilmente muda o quadro de violência atual. Isso porque os criminosos já não sentem mais medo de voltar para a cadeia, porque é justamente lá que ele é bem recebido por aqueles que compõem o crime organizado. Atualmente, o Brasil possui a quarta maior população carcerária do planeta, perdendo somente para Estados Unidos,

APESAR de projetos como novo presídio de Blumenau, que promete permitir a desativação do atual (foto), luta contra a criminalidade depende de outros investimentos, como na área social

China e Rússia. Segundo Juliano, o Estado se omite na sua responsabilidade contra o aumento da violência. “É um dado que demonstra que só prender não resolve e que, de alguma forma, estamos errando seriamente e comprometendo as futuras gerações. Reafirmo que incluir socialmente os jovens de hoje e os adultos de amanhã é a grande aposta do Brasil na luta contra a criminalidade”.


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JUNKES CONTABILIDADE

Muito além das contas FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Impostos, levantamentos ou registros de dados relacionados a empresas não passam despercebidos pela Junkes Contabilidade. Localizada no Centro de Gaspar e com 21 anos de trajetória, a empresa conta com 16 colaboradores e uma missão: atender cada cliente de forma específica e pró-ativa, sendo “uma

extensão da sua empresa”, evitando, assim, que as empresas percam o rumo e permitindo que elas otimizem seu tempo contra possíveis transtornos. O diretor da Junkes Contabilidade, Carlos Alberto Junkes, destaca que os colaboradores estão sempre atentos para interagir com os empreendedores. “Não somos meros digitadores, pelo contrário, damos suporte aos nossos clientes com assessoria direta, facilitando os processos de negócio, fundamentados em valores como ética, seriedade e transparência”, frisa Carlos Alberto, de 51 anos, 28 deles dedicados à contabilidade. Carlos Alberto reforça que o profissional de contabilidade não é mais somente aquele que cuida apenas das contas, e sim alguém que aponta horizontes com informações precisas ao empreendedor. “A Junkes Contabilidade não se limita mais aos aspectos puramente técnicos, mas também está presente no assessoramento e consultoria em gestão, em uma aproximação específica com os clientes”, conta Carlos Alberto, que trabalha com a esposa Sandra Junkes e os dois filhos.

Crescimento sólido Atuando em Gaspar, Ilhota, Itajaí e Blumenau, a Junkes Contabilidade está no mercado contábil desde fevereiro de 1994. A estrutura moderna e a constante atualização são diferenciais. “Buscamos sempre prestar um serviço atualizado, dinâmico e eficiente. Nosso trabalho é afinar e organizar as informações de cada empresa que prestamos serviço”, ressalta. O leque de serviços oferecidos vai desde a abertura e fechamento de empresas, balanços, demonstrações contábeis, organização da folha de pagamento, organização financeira, informações atuais sobre legislação, até assessoria na gestão do negócio, além de outros itens. “Empresários que encaram a conta-

bilidade como uma ferramenta que contribui para o gerenciamento do negócio, independente do tamanho ou ramo de atividade, alcançam a longevidade”, orienta Carlos Alberto.

Junkes Contabilidade Rua São José, 253, sala 308 (Centro Empresarial Atitude) | Centro Telefone: (47) 3332-1333


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Júlio Cesar Bridon e Arlete Trentini

Viajantes culturais na Europa O casal entusiasta da cultura, JC Bridon e Arlete Trentini, saiu de Gaspar para participar de uma viagem cultural especialíssima com um grupo de brasileiros. A viagem foi relacionada com a comemoração do aniversário de dois anos do jornal Sem Fronteiras, do qual JC e Arlete são colaboradores, escrevendo a coluna “Vitrine Literária do Sul”. “Foi uma viagem muito gratificante. Ficamos mergulhados em arte e cultura”, comenta Arlete. Ao longo da viagem, o grupo passou pela Holanda, onde visitou algumas cidades com prioridade para museus e a Casa de Anne Frank. Indo para a Itália, o principal ponto de parada foi Veneza, onde aconteceu o jantar de gala de comemoração ao aniversário do jornal. Aproximadamente 50 pessoas de diversas nacionalidades prestigiaram a festividade na qual havia oito homenageados,

Premiação internacional O casal JC e Arlete ganhou um troféu internacional pelo projeto “O poeta vai às escolas”, que consiste em estimular os escritores a tomar a iniciativa de buscar as escolas em vez de apenas aguardar ser convidado. “A ideia já existia, mas foi formalizada como um projeto junto à Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro há cerca de três anos e depois funcionou em todo o país”, explica JC, que visitou praticamente todas as escolas de Gaspar com esse projeto.

FOTOS: ARQUIVO/CV

incluindo Arlete e JC. Ainda em Veneza, o casal fez doação de livros para a Biblioteca Nazionale Marciana e participou do lançamento da antologia “Navegantes”, na qual também teve colaboração.


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Próximos projetos já estão a caminho “Para um escritor, o maior presente é saber que as pessoas leram o que escrevemos”, diz JC. E em breve os leitores vão ter mais uma oportunidade de conhecer o trabalho dele. Isso porque no dia 6 de setembro de 2015, JC Bridon vai lançar seu mais novo livro de poemas de amor, chamado “Versos apaixonados”. O lançamento será durante a 17ª Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. Já Arlete está preparando o lançamento de seu próximo livro para 2016, na Bienal do Livro de São Paulo. O livro infantil que ainda não tem título definido está com o texto pronto e em fase de ilustração. “Essa fase demora um pouco, mas assim que estiver finalizado escolheremos o nome para o lançamento”, antecipa a autora.


7. CULTURA

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Grupos culturais recebem apoio dos setores público e privado’ MARCO AURÉLIO DA CRUZ SOUZA, PROFESSOR DE DANÇA E DIRETOR-ARTÍSTICO DA ASSOCIAÇÃO AMIGOS DA DANÇA

JEAN LAURINDO

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estaque na região e até mesmo no Estado, alguns grupos culturais de Gaspar deixam, muitas vezes, de receber o apoio de quem representam: o município. Professor de dança da cidade e um dos fundadores da Associação Amigos da Dança de Gaspar, Marco Aurélio da Cruz Souza afirma que a falta de investimento tanto do poder público quanto das empresas afeta de maneira negativa os grupos que buscam disseminar a cultura na comunidade gasparense. Segundo ele, o município está cheio de pessoas talentosas em diversas áreas, como esporte, dança, música, entre outros, entretanto, muitas

vezes, esses talentos são desperdiçados por falta de apoio financeiro e acabam indo participar de grupos de cidades vizinhas, onde o incentivo é maior. “Desde o ano passado, o município passou a cortar as subvenções dadas ao coral e à banda São Pedro. Mesmo não sendo um valor exorbitante, era um dinheiro que ajudava a manter esses grupos e agora fica cada mais difícil seguir fazendo esse trabalho”, ressalta. Ele lembra ainda que nos últimos anos, o próprio município passou a tirar da agenda anual certos eventos, aumentando a impressão de que a cultura não tem o apoio necessário. Marco Aurélio, ao lado da professora de dança Giovana Hostert,

comanda atualmente a Associação Amigos da Dança de Gaspar, criada em outubro do ano passado. A criação da entidade se deu para que o Grupo de Dança do Departamento de Cultura de Gaspar, conhecido por ganhar diversos prêmios na região, pudesse se manter, já que a prefeitura não conseguia arcar com todas as despesas, como aluguel de espaço, figurino e pagamento de professores. “Com a associação poderíamos arrecadar mais recursos e inscrever projetos no Fundo para a Infância e Adolescência, FIA. Mas confesso que sem muito apoio financeiro e com a demora na aprovação do projeto, estamos tendo dificuldades”, destaca.


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O sonho do Centro Cultural para eventos A falta de um espaço adequado para a promoção de eventos e apresentações dos grupos culturais também é uma dificuldade enfrentada pelo município, segundo Marco Aurélio. Ele conta que quando os grupos querem promover algum evento ou oferecer apresentações culturais à comunidade é necessário alugar espaços como o Salão Cristo Rei, no Centro, que cobram aluguel e nem sempre são apropriados para certos eventos. “Com isso, os gru-

pos culturais, que não podem mostrar seu trabalho, e a própria comunidade, que fica sem muitas opções de lazer e entretenimento, acabam sofrendo com a falta de um espaço apropriado”, reitera. De acordo com o professor de dança, já existiram promessas de que um Centro Cultural poderia ser construído na cidade, como na Arena Multiuso, localizada na Margem Esquerda, porém, até o momento, nada saiu do papel.

Marco Aurélio (e) e Dayro Bornhausen falam sobre pontos que ainda podem avançar na área cultural

Lei Rouanet Apesar de evidenciar a falta de suporte do poder público, o professor de dança lembra que muitas empresas poderiam destinar recursos aos grupos culturais, por meio da Lei Rouanet, onde o governo abre mão de parte dos impostos de empresas com lucro real para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a mudar e transformar o cenário da comunidade. Para Marco, ainda há muitas empresas que não conhecem muito bem essa lei e por isso acabam não destinando a verba a projetos já aprovados. “Nós, por exemplo, já temos dois projetos aprovados na Lei Rouanet desde dezembro do ano passado, mas até agora não conseguimos captar recursos”, salienta.

FOTOS: ANA C. BERNARDES


ALÉM da ausência de repasses do governo, grupos sentem falta de parcerias com empresas, que poderiam se beneficiar com isenção de impostos pela lei de incentivo à cultura

Município acredita em avanço após fundo de cultura De acordo com o assessor de Turismo e Cultura, Dayro Bornhausen, apesar de o município contar com diversos grupos culturais de grande talento, a prefeitura não consegue dar repasses a todos. Até o ano passado, o departamento de Cultura, através da Secretaria de Educação, dava subvenções no valor de R$ 2.500 e R$ 1 mil à Banda São Pedro e ao Coral Santa Cecília, respectivamente. Porém, após um parecer jurídico no final do ano passado, os grupos precisaram readequar seus projetos e estão, desde então, sem receber a verba. Além desses dois projetos, o grupo de dança do Departamento de Cultura de Gaspar, hoje comandado pela Associação Amigos da Dança, também recebe ajuda do município. “Sabemos que temos inúmeros grupos talentosos em Gaspar, mas infelizmente não podemos ajudar todos da maneira que eles desejariam. É do conhecimento de todos que a prioridade de um município será sempre as áreas de Educação e Saúde e por isso nem sem-

pre conseguimos investir tanto na cultura quanto gostaríamos”, justifica. Para tentar trazer mais investimentos a grupos culturais ou pessoas que tenham um talento e queiram disseminar a cultura na cidade, Dayro conta que está sendo organizada a Fundação de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer. Dessa maneira, segundo ele, será possível criar um conselho de políticas culturais e um fundo de cultura, que destinará um valor anual aos grupos. “Isso já acontece em Blumenau, por exemplo. Assim os grupos ou pessoas físicas poderão se inscrever nos editais que serão lançados para receber verba para determinados projetos. Será algo muito importante para a cultura municipal”, opina. Hoje, os principais eventos culturais que o município realiza são o Festival de Inverno, Gaspar Natal em Festa, Festival Escolar de Dança, Festival Escolar da Canção e Virada Cultural, além de promover anualmente eventos teatrais, de música, entre outros, em parceria com o Sesc. (Texto: Ana C. Bernardes)


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CORRETORA DE SEGUROS

Pederiva: confiança no seu seguro FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Observando a defasagem de corretores de seguros no município de Gaspar, pai e filho perceberam que havia uma oportunidade a se aproveitar. Foi aí que Henrique Pederiva abriu ao público as portas da Pederiva Corretora de Seguros, cerca de cinco anos atrás. Hoje, o escritório da empresa fica na

rua Prefeito Leopoldo Schramm, número 106, na entrada do Gaspar Grande. Henrique e seu pai, Tarcísio, já trabalhavam com seguros de vida e previdência e sabiam que ampliar o leque de opções seria uma boa estratégia. A Pederiva trabalha com todo tipo de seguro, incluindo os mais populares seguros automotivos e aqueles mais esquecidos por grande parte da população, como o seguro residencial. “A principal procura ainda é do seguro para automóveis, sem dúvida”, confirma Henrique. A corretora se estabeleceu bem em Gaspar e se consolidou com base na confiança de seus clientes, conquistada com uma mistura bem feita entre bons preços e sinceridade no atendimento. ‘Nos últimos anos o crescimento foi entre 150 e 200% ao ano no volume de seguros totais”, revela Henrique. Ele também explica que como o número de roubos e furtos tem crescido muito em Gaspar, a população está mais preocupada e está se garantindo com os seguros.

Fique atento aos seguros automotivos Normalmente ouve-se falar de dois tipos de seguros para automóveis, o total (também chamado de seguro compreensivo) e o famoso seguro contra terceiros (denominado de responsabilidade civil facultativa). Mas em qualquer seguro é importante observar os detalhes da apólice como a existência de assistência 24 horas, cobertura de danos morais e corporais, carro reserva e até a área de cobertura. “A maioria das companhias oferece cobertura em todo o Mercosul, mas existem casos de cobertura só no Brasil”, orienta Henrique.

Pederiva Corretora de Seguros Rua Prefeito Leopoldo Schramm, 106 | 3018-0101 / 3332-2153


8. SEGURANÇA NAS ESTRADAS

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Campanhas e multas tornam imprudência coisa do passado’ LUIZ EDUARDO CLETO RIGHETTO, PROFESSOR DA UNIVALI

A

realidade é dura para quem se depara com a morte toda semana. Em questão de segundos, por distração ou excesso de confiança, inúmeros desejos, planos e sonhos são ceifados. O pior de tudo é que não é por falta de orientação. A negligência é algo constante, faz parte

FOTOS: ARQUIVO/CV

da rotina e da cultura da indústria automobilística. Marcelo Vieira Ramos é o responsável pela base da Polícia Militar Rodoviária – PMRv de Gaspar. Acompanha a movimentação de sete rodovias e confessa que o trecho de 28,5 quilômetros da SC412, a rodovia Jorge Lacerda, é um dos mais movimentados. Com

uma equipe de 20 homens - cinco por dia, distribuídos em escala –, cerca de 30 multas são aplicadas diariamente. “Quanto mais organizado é o município, mais infrações existem. E não há como mensurar o que nós conseguimos evitar. Esse é o nosso ônus”, pontua o sargento.


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Falha humana é fator predominante A rodovia se inicia próximo ao trevo do bairro Sete de Setembro e segue até a BR-101, já em Itajaí. Em Gaspar, as infrações mais frequentes são o excesso de velocidade e a ultrapassagem em local proibido. Nesse contexto, inserem-se também as CNHs atrasadas e documentação vencida. “Noventa por cento dos acidentes são caracterizados por falha humana. Os 10% restantes são defeito na pista, sinalização errada ou falha mecânica”. O recorde de dias sem acidente com morte na

rodovia é de 390. “Infelizmente, não vamos chegar a um policial em cada curva desta rodovia. É a conscientização de cada condutor que irá mudar esse cenário”. Para também ser lembrada como órgão preventivo, e não apenas repressivo, a PMRv transmite a educação no trânsito em empresas. Levando em conta o tipo de automóvel que o motorista utiliza, os locais por onde viaja e as multas que podem ocorrer, as palestras são adaptadas conforme a realidade da corporação.

JEAN LAURINDO

Denúncia é vista como arma ainda fundamental, já que campanhas não são permanentes e são ofuscadas pelo discurso da “indústria da multa”


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‘Dentro do carro, somos como na vida’ Assim como outros meses dedicados a ações de conscientização, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o Maio Amarelo surgiu com a proposta de reflexão das atitudes tomadas no trânsito. “Uma campanha que foge do Estado apenas, mas busca sim a responsabilidade de toda a sociedade”, define o sargento Vieira Ramos. Márcia Pontes coordena o Movimento Internacional Maio Amarelo em Santa Catarina. A respeito do termo “indústria da multa”, a especialista em planejamento e gestão de trânsito afirma que, para ter um tráfego seguro, deve-se respeitar três pilares: educação para o trânsito, engenharia e fiscalização. “Quando se fala e se faz fiscalização demais, é porque estamos falhando em prevenção pela educação para o trânsi-

to e falhando em soluções de engenharia”. Infelizmente, apenas lombadas eletrônicas não resolvem o problema. Aliás, o equipamento pode melhorar o trecho em que o aparelho é instalado. “Redutores eletrônicos de velocidade apenas amenizam, são paliativos para casos extremos”, exemplifica Márcia. Assim como a duplicação da BR-470, a rodovia da morte, que por si só não deve barrar acidentes. “Somos dentro do carro como somos na vida”. O assunto também é argumentado pelo advogado e professor da Univali, Luiz Eduardo Cleto Righetto. De acordo com ele, todo mês deveria ser amarelo, já que o Brasil está atrasado nessa área e não investe em prevenção. “No meu ponto de vista, se nós tivéssemos boas estradas, sem des-

níveis que causem aquaplanagem, sem buracos, acredito que poderíamos dar carta branca ao Estado no sentido de fiscalizar. Mas (o Estado) só quer se for favorável a ele...”, afirma. O Código de Trânsito, do artigo 302 ao 311, possui diversas condutas analisadas como crime. Os mais comuns são homicídio culposo no trânsito, embriaguez ao volante e a competição não autorizada (racha). Para Righetto, apenas campanhas de prevenção não irão mudar o panorama atual. “Multas mais pesadas, aplicadas após um efetivo trabalho de prevenção podem, em longo prazo, tornar a irresponsabilidade do condutor coisa do passado”, analisa o especialista em trânsito. (Texto: Felipe Adam)


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BRITAGEM BARRACÃO

Novo sistema é aliado para eficiência A Britagem Barracão introduziu nos últimos meses um sistema modular de lavagem de areia da companhia CDE Global, um dos maiores fornecedores mundiais de equipamentos para mineração. A novidade promete aumentar a eficiência da produção da empresa gasparense. Por alguns anos, a Britagem Barracão lavou seu material com a tradicional roda de água, mas o método trouxe dificuldades de espaço, perda de material utilizável e de água, além de custos altos de manutenção, o que resultou no encerramento da lavagem no local. Em instalações no Reino Unido, o diretor da Britagem Barracão, Antônio Assini, conheceu

ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

uma solução de lavagem que o animou. “As características das plantas que vimos foram um gasto mínimo, com máxima retenção de material e água e bom acesso para manutenção”, explica. Com isso, a fornecedora propôs uma solução mo-

dular que incluiu equipamentos para transformar o pó de brita em areia industrial, reciclar e recircular 90% da água em torno da planta. “Essa combinação integra diversas fases de processamento para a Britagem Barracão, com um gasto

reduzido para uma planta pequena e oferecendo pontos de corte precisos de granulometria incomparável e trazendo economias significantes ao reduzir a área necessária para acomodar tanques de decantação natural”.

A empresa Fundada em 2003, em Gaspar, Santa Catarina, a Britagem e Pavimentadora Barracão atua no mercado de mineração, e tem capacidade para produção de 160 mil toneladas mês de pedra britada em sua planta. O fornecimento aos seus clientes esta condicionada a demanda isso porque a empresa conta com uma frota própria e possui caminhões dos mais variados tamanhos, e atende toda a região do vale do Itajaí.

A Britagem está em constante desenvolvimento para oferecer aos seus clientes o que se trata de melhor em agregados de pedra com alto controle de qualidade, buscando sempre a excelência no atendimento, orientações técnicas e garantindo produtos eficazes para sua construção, reforma ou regularizações de terrenos.

Britagem Barracão | Rua José Melato, 655 - Barracão Telefone: (47) 3332-8119 | www.britagembarracao.com.br Facebook: Britagem e Pavimentadora Barracão


9. PREVENÇÃO CONTRA ENCHENTES

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Carta de cheias ajuda a mapear pontos mais críticos’ MARI INEZ TESTONI THEISS, COORDENADORA DE DEFESA CIVIL JEAN LAURINDO

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le está inconformado. Decepcionado, Willian Ramos se prepara para abrir a lanchonete da associação de moradores em uma segunda-feira à noite. O bairro Bela Vista enfrenta problemas sérios com enxurradas, em especial com os alagamentos na rua Amazonas e transversais. E é só perceber mudança no tempo que a preocupação assola a comunidade. “O caso já virou uma novela”, desabafa Reis, presi-

Sem verba para tirar projeto do papel, Defesa Civil se baseia em pluviômetros e em duas réguas instaladas nas margens do rio Itajaí-Açu

dente da Ambevi. Ao varrer o piso da associação, ele conta que há 40 anos reside no bairro e há um ano assumiu o comando da entidade. Nesse tempo todo como morador, já está cansado de esperar a situação da rua Amazonas se resolver. A obra de drenagem, tão esperada, está lenta e ainda não foi concluída. “Há pelo menos 20 anos trabalham nisso. E não sei porque não termina. Deve faltar dinheiro”, supõe o morador.


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Capacitações miram proteção aos bairros

ARQUIVO/CV

Problemas com recursos e chuvas são as causas apontadas para o atraso. Entretanto, o fato é que há um problema. Dados da Defesa Civil de Gaspar indicam que existem 58 setorizações de risco no município. Após a tragédia de 2008, muitas capacitações foram oferecidas com a intenção de orientar moradores a estarem preparados. Uma das comunidades que mais abraçou a causa foi justamente aquela que enfrentou um dos casos mais emblemáticos naquele fatídico novembro, há sete anos. Das 12 bateras adquiridas pela Defesa Civil gasparense, seis foram entregues à comunidade do Sertão Verde. Duas delas estão sob cuidados de Oziel Morais, presidente da associação do bairro. Durante um sábado, cerca de 10 pessoas receberam treinamento numa lagoa do bairro. “Foi importante porque a gente nunca sabe o dia de amanhã. O pessoal remava, mas não sabia como pegar no remo”. Morais é natural do Oeste do Estado, mas com 12 anos se mudou para Gaspar, onde passou a juventude no Sertão Verde. No tempo vivido na região, presenciou muitas enchentes e deslizamentos.


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Falta de verba distancia plano de cheias A primeira via de Gaspar que sofre com inundação é a rua Francisco Wessling, no bairro Coloninha, quando o nível do Rio Itajaí-Açu aponta 6,50m. O curioso é que esse valor não consta em nenhuma carta de cheias. Coordenadora de Defesa Civil, Mari Inez Testoni Theiss conta que há cinco anos a prefeitura acionou o Ministério das Cidades para captar recursos. Gaspar foi contemplada, mas o dinheiro não foi liberado. Em seguida, contatou a equipe da UFSC para projetar o caso. Porém, o valor beira os R$ 300 mil. “Hoje a Defesa

Civil não tem dinheiro para o projeto. E essas cotas seriam importantes para o planejamento da cidade”, reconhece. A carta de cheias ajudaria a apontar com quantos metros de cheia cada rua pode ser atingida. Hoje, as medições se baseiam nas réguas fluviométricas instaladas na empresa Linhas Círculo e no bairro Margem Esquerda. Além disso, nove pluviômetros monitoram os volumes de chuva registrados nos bairros. Enquanto isso, a Defesa Civil também teve atuação, como parceira, em obras estruturais. Destacam-se a

rua José Junges, no bairro Arraial e a recuperação na margem do Rio Itajaí na rua Pedro Simon. Outro exemplo foi o desmonte de residências atingidas por escorregamentos em áreas de alto risco, como rua Benedito Schramm, no Gaspar Mirim. A rotina de lidar com a inesperada natureza não é fácil. Pelo contrário, quando os problemas surgem, exigem ações rápidas. Principalmente quando começam a estalar os primeiros pingos nas telhas dos gasparenses. Que o digam os moradores da rua Amazonas. (Texto: Felipe Adam) ARQUIVO/CV

Conclusão de drenagem na rua Amazonas (foto), no bairro Bela Vista, é uma das maiores urgências do município no âmbito de prevenção de alagamentos


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LAVANDERIA

Lapratic amplia estrutura e comemora bons resultados FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

Inaugurada em 2 de junho de 2014, a lavanderia Lapratic teve resultados gratificantes logo em seu primeiro ano de funcionamento. Trabalhando com lavação de roupas de cama, mesa,

banho e vestuários em geral, a empresa familiar duplicou sua estrutura em menos de 12 meses. “Investimos bastante e dobramos a quantidade dos equipamentos para poder atender à demanda,

que vinha crescendo bastante”, relata o sócio-proprietário José Luis Junges. Leva e traz e ponto de coleta O resultado foi tão positivo que a Lapratic também modernizou seus processos, investindo em automatização e treinamentos especializados para a equipe. “Hoje atendemos com uma média de mil peças entregues por dia, mas temos capacidade para atender bem mais se for preciso”, explica Junges. A empresa conta hoje com serviço de leva e traz, serviço especializado em lavação de tapetes nacionais e importados, além de um ponto de coleta em Ilhota (na Av. Pe. Carlos Guesser, 90).

Capacidade de investir

José Luís, João Victor e Vera Lucia comandam a Lapratic

Com uma área de aproximadamente 300 metros quadrados, a Lapratic ainda tem espaço para crescer muito mais. “A procura no início foi maior do que previmos, mas a expectativa é crescer ainda mais. Se for necessário, temos espaço para novos equipamentos e uma ampliação ainda maior de nossos serviços”, garante José. O objetivo é ampliar os serviços nos segmentos de hotelaria, restaurantes, indústrias e clínicas estéticas que necessitam dos serviços de lavanderia, além de priorizar o atendimento no setor doméstico.

Lapratic Lavanderia | Rua Frei Antonino,180 | Coloninha Telefone: (47) 3332-2794 | www.lapratic.com.br


10. EDUCAÇÃO INFANTIL

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Mães não precisam deixar crianças fora da creche’ DIVA PAULO (E), MORADORA E LÍDER DA PASTORAL DA CRIANÇA NO RESIDENCIAL MILANO

FOTOS: JEAN LAURINDO

J Por Jean Laurindo

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redacao@cruzeirodovale.com.br

esde que se mudaram para o Residencial Milano, no bairro Coloninha, dezenas de mães sofrem com um problema comum também em outras localidades e municípios: a falta de vagas na educação infantil. Sem ter onde deixar os filhos, as mulheres acabam ficando impossibilitadas de trabalhar até conseguir uma vaga em um dos 14 Centros de Desenvolvimento Infantil, CDIs, do município, o que

chega a demorar até anos. Desde outubro do ano passado, a moradora Diva Paulo (foto, à esquerda) é responsável por levar o trabalho da Pastoral da Criança aos moradores do Milano. No contato com as famílias, ela confirma que a maioria das crianças ainda espera por uma vaga em uma creche. “É só vir aqui em qualquer dia de sol que você encontra a criançada brincando no pátio, acompanhada das mães. O nosso sonho seria que essas famílias pudessem ter vagas garantidas em uma creche, porque é um direito delas”, cobra Diva. No último encontro da Pastoral da

Criança, no início de maio, cerca de 30 crianças foram levadas pelos pais. Dessas, menos de 10 frequentam uma creche. “Quando nos mudamos, falaram que havia o projeto para construir um CDI aqui perto, mas hoje nem ouvimos mais falar disso”, lamenta a voluntária da Pastoral. Gestantes acompanhadas pelo programa, como as jovens Bruna Bornhausen, nora de Diva, e Bruna Carina da Silva Barbosa (centro da foto), já sabem da dificuldade encontrada pelas outras mães e acreditam que terão dificuldades para conseguir vagas para os filhos.


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Município promete CDI para o Coloninha Segundo a Secretaria de Educação, o problema de falta de vagas no bairro Coloninha pode estar prestes a ser solucionado. O projeto do novo CDI para as famílias da localidade vinha sendo coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, que também deveria licitar e executar obras em municípios. No entanto, desde 19 de maio, o FNDE autorizou os municípios a licitarem diretamente as creches aprovadas pelo órgão. A medida foi adotada para agilizar a construção de novos espaços e ampliar vagas no ensino infantil. “Agora nós teremos que escolher entre três projetos estruturais e informar o FNDE, que vai firmar um novo termo de compromisso com o município. A partir daí, podemos licitar e, já em seguida, iniciar a obra”, explica a secretária de Educação, Marlene Almeida (foto). Segundo ela, o valor de aproximadamente R$ 1,5 milhão prometido pelo FNDE para a obra segue reservado para o município. O novo CDI ficará em uma área da prefeitura na rua Jacob Muller, em um loteamento próximo ao Residencial Milano. Como o número de salas pode variar de acordo com o projeto escolhido, não há um número exato de vagas a serem criadas, mas a expectativa é atender entre 250 e 260 crianças. Atualmente, há cerca de 300 pedidos de intenção de vaga no bairro Coloninha.

Outros bairros Outras medidas buscam reduzir a fila de espera ao longo do ano em diferentes bairros, como a reorganização de salas em CDIs já existentes e o novo CDI do Belchior Central (veja abaixo). No ano passado, 329 vagas foram criadas com medidas como a ampliação do CDI Sônia Gioconda Beduschi Buzzi e a abertura dos CDIs Dorvalina Fachini e Professora Mercedes Melato Beduschi. Ainda assim, o déficit de vagas em todo o município ainda gira em torno de 600 vagas. Um processo do Ministério Público acompanha de perto as ações do município para reduzir a espera. Até o final de julho, a Secretaria de Educação promete in-

cluir no Portal da Transparência uma lista única com todos que esperam por vagas em Gaspar. Superada a demanda de Coloninha e Belchior Central, os olhares devem se voltar aos bairros Margem Esquerda, Santa Terezinha e Gaspar Grande, onde também se concentram muitas intenções de vaga. No entanto, nesses casos a alternativa deverá ser ampliar unidades já existentes. “Ao lado das Associações de Pais e Professores, as APPs, que são nossas grandes parceiras para manter a qualidade dos espaços, vamos trabalhar firme para ter o menor número possível de lista de espera”, pontua a secretária.

Previsão para novas vagas Vagas a serem criadas Cerca de 60 Cerca de 50 Entre 250 e 260 Entre 20 e 25 duschi, aberto no ano passado

Onde Todos os CDIs Belchior Central Coloninha Bateias

Fonte: Secretaria de Educação de Gaspar

Como Reorganização de salas e da estrutura atual Construção de novo CDI, prestes a ser licitado Construção de novo CDI, aguarda aval do FNDE Abertura de mais duas turmas no CDI Mercedes Melato Be-


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Pastoral garante acompanhamento Enquanto parte das crianças permanece fora da creche, as voluntárias da Pastoral da Criança garantem acompanhamento durante a chamada primeira infância no Residencial Milano. Gestantes e famílias com filhos entre 0 e 6 anos são acompanhadas de perto, com visitas aos apartamentos e conversas com os pais. Uma vez por mês, as crianças passam por uma pesagem. As informações são monitoradas pela equipe da Pastoral para saber se elas estão se desenvolvendo adequadamente. No entanto, apesar de acompanhar mais de 50 crianças atualmente, a participação tanto das mães quanto de voluntárias ainda não está no nível desejado pela líder Diva Paulo. “Temos muitas crianças que precisam ser atendidas, então precisamos de mais voluntárias e, também, que as mães tenham mais consciência para trazer seus filhos e também vir nos ajudar”, convoca. Graças a três padrinhos, os encontros de pesagem sempre contam com um lanche oferecido às crianças. Para os próximos meses, Diva espera contar com o apoio de mais pessoas para atrair novas famílias e oferecer outras opções. “Também temos outros desejos, como uma horta comunitária no residencial, um espaço seguro para as crianças brincarem e ônibus que passem por aqui, mas com certeza as vagas em creche são uma grande prioridade”, ressalta.

Saiba mais > ATÉ o final de julho, a Secretaria de Educação promete divulgar uma lista única de espera por vagas em creches do município no Portal da Transparência > OS ENCONTROS para pesagem da Pastoral da Criança no Residencial Milano acontecem uma vez por mês e as voluntárias pedem apoio de parceiros para a organização


A experiência do Bateias Apesar da dificuldade para conseguir vaga em creche em determinados bairros, uma vez matriculadas, as crianças que frequentam os CDIs do município têm acesso a um amplo suporte educacional. O trabalho é guiado por uma proposta pedagógica dividida em conceitos como artes, símbolos e linguagem e que usa interações e brincadeiras para ampliar o conhecimento e a educação das crianças. Um dos bairros que sofria com necessidade de mais vagas era o Bateias. Desde agosto do ano passado, o espaço que abrigava a escola Luís Franzói antes da construção da sua nova sede e que por alguns meses ficou desocupado foi transformado no Centro de Educação Infantil Mercedes Melato Beduschi. Em 10 meses, o CDI já conta com 130 crianças matriculadas e, nos próximos meses, deve ganhar mais duas salas, criando de 20 a 25 vagas, número próximo da demanda de intenção de vaga ainda existente na localidade. Como o prédio já era ocupado

por uma escola, não foi necessário construir um novo espaço, mas apenas adaptar as salas e a área externa para a necessidade das crianças. Nas salas, os alunos desenvolvem atividades e podem se distrair com os “cantos temáticos”, montados de acordo com o perfil das crianças e mudados quando o interesse delas diminui. “Além disso, possuímos espaços como sala de jogos, artes,

Interações e apoio dos pais Além disso, as crianças fazem interações com alunos de outras idades e também com a família. No último encontro desse tipo, em maio, pais levaram brinquedos antigos e se divertiram com os filhos e professores. As atividades são planejadas semanalmente e envolvem também aulas de dança e trabalhos sobre instrumentos musicais, para estimular o interesse nas crianças. “Desde a abertura do CDI, os pais são nossos grandes parceiros. Construíram a casinha e o deck que possuímos na área externa (foto superior) e estão sempre participando das reuniões e interações. Isso é fundamental para construir um CDI cada vez mais forte”, destaca Grasiela.

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fantasias, blocos de montagem e biblioteca, onde as professoras trabalham com grupos reduzidos ou até individualmente. O resultado é muito positivo porque consegue oferecer uma atenção diferenciada, um olhar individual para o aluno e para seu desenvolvimento em cada conceito da nossa proposta”, explica a diretora Grasiela Donini (foto abaixo).


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DRA. LUCIANA M. P. LARSEN

Cuide bem de seus dentes e ganhe qualidade de vida FOTOS: ARTE FOTOS FOTOGRAFIAS

A doutora Luciana M. P. Larsen é cirurgiã-dentista com vasta experiência. Especialista em ortodontia e com curso de cinco anos em ortopedia funcional

dos maxilares, ela investe muito em sua formação para melhor atender seus pacientes. Muitos cursos dos quais participa são, inclusive, com professores internacionais. “Fiz recentemente um curso com um professor japonês que veio nos ensinar como tratar sem cirurgia casos que a maioria dos profissionais só trata com procedimentos cirúrgicos”, lembra Luciana. Além de sua própria formação, ela explica que sua equipe também está em constante atualização. Com experiência de anos na área, as irmãs Josiane Borges Goedert e Fernanda Borges não param de aprimorar sua formação para dar um atendimento sempre especializado àqueles que procuram a Dra. Luciana. Os equipamentos do consultório também são modernos para oferecer segurança e conforto a todos.

Estética e qualidade de vida “Por mais que eu goste muito de ver os resultados incríveis que atingimos em estética, o que me satisfaz mais é lidar com qualidade de vida das pessoas que atendemos”, conta Luciana. Ela explica que problemas na mastigação podem causar efeitos em todo o corpo, como alteração de postura, dores de cabeça, problemas de respiração, zumbido no ouvido, cansaço, dores cervicais, entre outros. O profissional precisa ter sensibilidade para entender o que o cliente está passando e quais são as causas de cada sintoma apresentado, sem contar que precisa de toda a capacidade técnica para lidar com o caso do paciente. “Nosso foco principal é na honestidade e sinceridade com o cliente. Não criamos falsas expectativas de como vai ser o resultado e assim os clientes sabem que podem confiar no nosso trabalho”, garante Luciana.

Dra. Luciana M. P. Larsen Rua Cel. Aristiliano Ramos, 490 – sala 04 | Telefone: (47) 3332-0228


11. BEM-ESTAR ANIMAL

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Punição severa inibe casos de abandono e maus-tratos’ HENRIQUE DA ROSA ZIESEMER, PROMOTOR DE JUSTIÇA QUE ATUA EM CAUSAS ANIMAIS

FOTOS: ARQUIVO/CV

“T

em casos em que tu choras ou vira as costas”. A frase, carregada de sentimento e emoção, vem dos lábios de Paulo Estevão, morador do bairro Lagoa há quatro anos, mas que há duas décadas resgata cães abandonados. Juntamente com a esposa Sandra (foto), eles já reuniram 147 cachorros de uma só vez. Hoje, o número diminuiu, mas ainda é alto para o casal, que enfrenta dificuldades para manter os animais no terreno. Em dezembro passado, a família Estevão recebeu a ajuda de seis acadêmicos do curso de Engenha-

ria de Produção da Furb, de Blumenau. Eles propuseram construir um canil com 35 baias, com espaço adequado para ração, ferramentas e banho. Porém, o primeiro semestre de 2015 passou e nenhum abrigo foi realmente concluído. Conforme relato de Deise Zimmermann, uma das responsáveis, falta mão de obra, já que alguns colegas desistiram do projeto, inicialmente chamado de “AbrigaCão”. Além disso, a falta de materiais é outro empecilho que incomoda a finalização da estrutura. Entre eles, tela, areia com brita, cimento e moirão, sem contar as malhas quentes, essenciais para o inverno. “Precisamos de voluntários para fazer o acaba-

mento das 12 primeiras baias e colocar eternit. Com uma boa equipe, conseguimos fazer isso em um dia de trabalho”, conta a estudante. Promotor de Justiça desde 2004, Henrique da Rosa Ziesemer atua contra problemas envolvendo animais. Segundo ele, a punição está inserida no artigo 32 da Lei 9.605/98; porém, ela é branda. E isso nem é o pior: a principal dificuldade é a falta de conscientização. “O animal doméstico é um ser vivo que sente dor, fome, medo e também dá muito amor. Ele só é de rua porque alguém o abandonou ou é resultado de procriação desenfreada, o que deve ser enfrentado pelo município”.


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Responsabilidade coletiva Desde as “tradicionais” farras do boi na época da Páscoa, passando pela puxada de cavalos e pelo tráfico de animais silvestres, os casos de maus-tratos se multiplicam pelo Estado. E o abandono de cães e gatos no verão é um exemplo disso. “Há muitos casos em que pessoas adotam um animal e, depois, soltam-no na rua. Isso é que deve mudar. Quem não gosta ou enxerga o animal como brinquedo não deve adotar”, adverte o promotor. A prefeitura, por meio da Diretoria de Vigilância à Saúde, conclui que há a necessidade da instalação de um abrigo público, como um cen-

Mudança na legislação seria uma das alternativas para coibir a violência contra animais. A outra hipótese dependeria da conscientização de cada um, influenciada pela junção de governo e mídia

tro de controle de zoonozes. Mas não seria a única solução. “Castração e campanhas de adoção são trabalhos que auxiliam no controle desse caso, porém o problema somente será resolvido quando a população tiver de fato a consciência da posse responsável”, esclarece o diretor Luiz Carlos Venske. O poder público ainda reconhece a boa vontade dos voluntários gasparenses. Se não fossem eles, a cidade teria que acolher, aproximadamente, mais 400 animais hoje abrigados por eles. “Acreditamos, sim, que essas pessoas merecem auxílio, não só do município, mas de toda a população. Afinal, os

animais estão ali porque tem muita gente ruim que os largou à própria sorte”. Por parte do Executivo, o promotor sugere que a prefeitura poderia lançar mão de políticas a respeito do bem-estar animal e incentivo à adoção. Para ele, os custos não seriam altos, se bem planejados. “Os abrigos são paliativos. Eles transferem o problema, mas não a responsabilidade. Os abrigos devem existir para casos pontuais, necessários, mas não para tratar o problema como um todo, senão vira uma bola de neve”, conclui. (Texto: Felipe Adam)


12. ECONOMIA

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Formação profissional impulsiona crescimento’ JOSÉ EDUARDO DE SOUZA, PRESIDENTE DA ACIG

E

squeça a analogia de que Gaspar era a prima pobre de Blumenau. A cidade “Coração do Vale” se desenvolveu a passos largos nos últimos anos e hoje, ao menos no cenário econômico, consegue ser o cerne das atenções. Boa parte desse destaque ocorre porque Gaspar se tornou a sede de vários centros distribuidores. De acordo com informações da diretoria de Indústria e Comércio, 550 empresas – entre grandes, médias e pequenas – resolveram expandir seus negócios na cidade em 2014. A maioria delas na região do Belchior, bairro que mais cresce no setor econômico. Entre as razões, destacam-se a duplicação da rodovia BR-470 e a facilidade logística, característica refletida na proximidade com o Aeroporto Internacional de Navegantes, Porto de Itajaí e com a capital Florianópolis. Gaspar só não se impõe mais na região por estar ao lado de cidades também com crescimento acentuado, como Brusque e Itajaí. Hoje, o município ocupa a 19ª posição no ranking econômico do Estado. “Porém, calcula-se que Gaspar possa estar entre as dez maiores num prazo de cinco anos”, orgulha-se Raul Schramm, diretor de Indústria e Comércio, responsável pela captação de empresas. Schramm afirma que a maioria das empresas procura a prefeitura a fim de instalar a loja, parque fabril ou apenas o centro distribuidor (CD). BF Big Forta, distribuidora autorizada de óleo Texaco, no Belchior Baixo; Karsten, no Arraial; Distribuidora Condor, na Margem Esquerda e Inter Coatings Tintas Especiais, na rodovia Jorge Lacerda, são alguns dos nomes de empresas recém-instaladas em Gaspar. Sem mencionar a Segalla’s, distribuidor de alimentos em fase de instalação no Belchior Central.

FOTOS: JEAN LAURINDO

ARQUIVO/CV

Raul Schramm (acima) destaca aquecimento na economia com chegada de novas empresas ao município, impulsionadas pela facilidade logística; José Eduardo de Souza, da Acig, ressalta as oportunidades que se abrem nesse processo e a necessidade de formação de mão de obra para dar suporte ao crescimento


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Qualificação e mão de obra Na visão da Associação Empresarial de Gaspar, Acig, a cidade é privilegiada pela localização estratégica, sem contar a qualidade empreendedora da região. A instalação de um campus do IFSC no Bela Vista em setembro de 2012 e de uma unidade do Senai no bairro Figueira, ainda em fase inicial, prometem colaborar para a qualificação de pessoal. “A profissionalização será impulsionada”, aponta o presidente da entidade, José Eduardo de Souza. Segundo ele, toda empresa se mantém num tripé formado por pessoas, processos e ferramentas. E a corporação deve estar atenta quanto à mão de obra. “O exercício da competência se torna habilidade”, completa. Pesquisa do IBGE divulgada no início de maio indicava que Santa Catarina possui o menor nível de desemprego no país, com 3,9%. “Isso mostra que as empresas estão investindo. Problemas geram oportunidades e as empresas existem devido a eles”. No momento, o maior desafio da Acig é conseguir a conscientização dos empresários de que, unidos, conseguem resultados. (Texto: Felipe Adam)

Galpões para aluguel (acima) e nova sede da Segalla’s (abaixo) são vistos como notícias positivas da economia local


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13. ACESSIBILIDADE

A manchete que o leitor gostaria de ler

‘Direito de ir e vir passa a ser garantido a TODOS’

FOTOS: JEAN LAURINDO

“A manchete que eu gostaria de ver é que, através da mobilização do povo, dos meios políticos, da imprensa e da boa-vontade dos governantes, que ultimamente está faltando, nós conseguíssemos, se não alcançar o mundo ideal, mas chegar bem próximo disso, permitindo o deslocamento de pessoas com necessidades especiais sem precisar da ajuda de outros”. Luís Carlos Barbosa, 34 anos, morador do bairro Coloninha e cadeirante há oito anos. Entre os principais problemas apontados por ele está a falta de calçadas nos bairros, a não adaptação delas para pessoas com mobilidade reduzida em regiões como o Centro e a dificuldade de acesso também encontrada na entrada de lojas e estabelecimentos comerciais.

14. TURISMO

‘Entradas da cidade ganham nova SINALIZAÇÃO’ “Quem entra em Gaspar hoje não sabe ao certo qual a entrada do município, como faz para se deslocar na cidade e o que nosso município oferece. Já sugerimos projetos de pórticos nas entradas da cidade, em parceria com a iniciativa privada, mas a ideia ainda não andou. O objetivo é recepcionar o turista e dar informações na entrada e também nas ruas da cidade, o que hoje não acontece. Isso prejudica pessoas de outras cidades que visitam Gaspar, que precisam parar para pedir informações”. Sérgio Luís Spengler, sócio-proprietário do Raul’s Hotel e integrante do Conselho Municipal de Turismo, Comtur. Além do reforço na sinalização, ele destaca como necessidade para o setor turístico a volta dos repasses da prefeitura para entidades que organizam eventos, responsáveis por atrair visitantes de outras regiões a Gaspar. As subvenções foram suspensas desde 2012 e, segundo ele, prejudicaram a realização de alguns eventos esportivos e turísticos.


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15. TRANSPORTE PÚBLICO

‘Bairros têm ônibus de MEIA EM MEIA HORA’

Claudete Aparecida Arruda, 26 anos, moradora do bairro Bela Vista. Ela usa ônibus diariamente para ir ao trabalho, mas, se perde o horário das 15h, precisa esperar quase uma hora até o próximo ônibus. Segundo ela, pelo valor atual da tarifa, de R$ 3,25, o intervalo entre um ônibus e outro deveria ser de no máximo 30 minutos.

16. RELAÇÕES DE CONSUMO

‘Direitos dos CONSUMIDORES são cada vez mais respeitados’ Roberto Procópio de Souza, coordenador-geral do Procon de Gaspar. Segundo ele, o fator mais importante nessa área hoje é o fato de os consumidores saberem que têm seus direitos e que possuem ferramentas para buscar sua defesa e também informações. Entre os principais ele cita, além dos Procons, o site Consumidor.gov, portal do governo federal que reúne queixas de consumidores a empresas cadastradas, e também as redes sociais, locais onde informações sobre direito do consumidor são cada vez mais compartilhadas. Além disso, Roberto destaca as ações conjuntas dos Procons de todos os municípios de Santa Catarina, como a que suspendeu vendas da operadora de telefonia Oi, em 2014, como ações importantes para aumentar a defesa dos clientes em todo o país.

17. MORADIA SOCIAL

‘Famílias de novos residenciais terão ensino e transporte GARANTIDOS’ Ilse Cinara dos Santos Mandicaju, síndica e moradora do Residencial Milano, no bairro Coloninha. Diante dos problemas estruturais de alguns blocos e também de falta de vagas em creche, escola, linhas de ônibus e de acompanhamento do poder público enfrentados por famílias do Milano, ela defende mais estrutura para as áreas em que sejam construídos residenciais para famílias carentes. Ilse também defende a construção de mais residenciais, com maior padrão de qualidade.


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18. DROGAS

‘Altos investimentos em EDUCAÇÃO diminuem envolvimento de jovens com drogas’ FOTOS: ARQUIVO/CV

Egídio Maciel Ferrari, delegado da Polícia Civil de Gaspar. Trabalhando como delegado há mais de quatro anos e em Gaspar desde 2012, Egídio afirma que a falta de políticas públicas sociais oferecidas aos adolescentes e jovens é fator determinante no aumento dos casos de envolvimento com drogas. “Acredito firmemente que o tráfico e a violência crescem na medida em que o Estado se omite nas suas obrigações”, ressalta.

19. EMPREGO

‘Cresce oferta de CURSOS DE CAPACITAÇÃO para preenchimento de vagas’

Carlos José Oliveira, 42 anos, está desempregado há pouco mais de um mês. Segundo ele, está difícil encontrar vagas de emprego para pessoas sem capacitação ou experiência na área. “Já trabalhei em várias funções do setor têxtil, mas queria fazer algo diferente agora. Existem muitas vagas de emprego, só que a maioria quer formação ou experiência e nem todos podem sair de Gaspar para fazer um curso, já que aqui não há muitos”, ressalta. Para Carlos, o município deveria investir na capacitação da comunidade para que o mercado de trabalho ficasse mais acessível a boa parte da população. “Acho que se a prefeitura investisse em cursos seria muito bom tanto para as empresas quanto para as pessoas que estão à procura de uma vaga”.

20. ESPORTES

‘Festival encerra CALENDÁRIO ESPORTIVO gasparense’ Rubens Benevenutti, o Binho, 42 anos, morador do bairro Alto Gasparinho. Binho é um dos incentivadores e gestores de competições esportivas em Gaspar, e idealiza chegar ao final de ano com uma festa coletiva de todas as modalidades, quando se comemoraria um calendário esportivo em Gaspar que teria sido cumprido, sob o respaldo de uma boa infraestrutura. Assim, o esporte cumpriria uma das suas principais missões, que é cooperar com aspectos fundamentais da sociedade, como cultura e educação, além de bom convívio familiar e social.


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21. CICLOVIAS

‘Gaspar é considerada cidade modelo em IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIAS’

Nelson Alexandre Bornhausen é ciclista e percebe que ainda é um desafio muito grande para o município a implantação de ciclovias ou ciclofaixas. “Apesar de a implantação desses espaços ser um desafio, devido ao espaço já consolidado, isso não deixa de ser um sonho e uma possível realidade, pois daria outra dimensão ao trânsito da cidade”, ressalta. O adepto do ciclismo lembra ainda que não basta apenas incluir as ciclovias pela cidade. É necessário também que seja feita uma reeducação da comunidade em relação à mobilidade urbana para que um número ainda maior de pessoas utilizem a bicicleta como meio de transporte.

22. AGRICULTURA

‘Agricultores comemoram ALTOS PREÇOS pagos na colheita’ Ivanilde Rampelotti, 66 anos, moradora do bairro Alto Gasparinho. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gaspar, Sitrug, há 17 anos, Ivanilde gostaria de ver os preços não despencarem na hora da colheita. Segundo ela, os agricultores sofrem com a queda de valor na hora da revenda, na época em que a plantação em questão está madura. No caso do arroz, por exemplo, o produtor investe em trator, adubo, químicos, além de outros itens, para se deparar com um preço injusto momentos antes de levar o produto ao mercado.

23. ÁREAS DE LAZER

‘Parques recebem MANUTENÇÃO e novos brinquedos’

JEAN LAURINDO

Madjorry Vanessa Motta, 25 anos, moradora da rua Marciel do Nascimento, no bairro Bela Vista. Ela é vizinha de uma área de lazer que está há mais de um ano abandonada pelo poder público, com brinquedos danificados, ferro exposto e completamente tomada pelo mato. Por isso, o espaço não serve como opção para as crianças e nem para adultos como Madjorri, que poderiam usar o espaço como local de convivência. A falta de manutenção é realidade observada também em outras áreas de lazer dos bairros gasparenses.


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24. INFRAESTRUTURA

‘Ilhota acumula crescimento após CONCLUSÃO da ponte’

FOTOS: JEAN LAURINDO

Gentil de Oliveira, 60 anos, morador do Centro de Ilhota. Hoje no setor de manutenção da prefeitura, Gentil fez parte da primeira equipe de operários que trabalhou no levantamento das estacas da ponte. Natural de Chapecó, no Oeste Catarinense, ele mora há 20 anos em Ilhota e espera que até dezembro deste ano a tão sonhada conclusão da Ponte de Ilhota aconteça. Gentil afirma que não só o povo de Ilhota merece essa obra, mas toda a população do Vale do Itajaí, e acredita que a ponte vai ajudar muito no desenvolvimento da cidade.

25. DIREITOS LGBT

‘Preconceito fica no PASSADO’

Cláudio Gilberto Rolim da Silveira, técnico de enfermagem, homossexual. Sem medo de defender o respeito para todos, independentemente da orientação sexual, Cláudio reconhece que no Brasil o preconceito contra gays ainda existe, muitas vezes dentro da própria família. “Apesar desse cenário nacional, acredito que na nossa região somos privilegiados. Moro em Gaspar há mais de 15 anos e nunca sofri preconceito. Frequento muitos eventos, somos sempre bem tratados. O que às vezes ainda existe é algo velado, mas que temos que lutar para combater cada vez mais”, avalia. Cláudio recorda que desde a infância, no Rio Grande do Sul, identificava-se mais com o universo feminino. A resistência da família e da sociedade foi algo com que ele teve que aprender a lidar, sempre com uma postura firme, corajosa e combatente. Em 1980, fez um curso de enfermagem e se encontrou dentro da profissão, onde, segundo ele, nunca sofreu nenhum tipo de discriminação. “Já conseguimos avançar muito, fazendo com que as pessoas entendessem que homossexualidade não é doença, vendo que somos todos iguais. Mas essa vai ser uma luta diária. Todos os dias vão acontecer situações e vamos ter que estar preparados e ter personalidade para eliminar esses conceitos pré-concebidos”, avalia. “Hoje, aos 57 anos, posso dizer aos jovens que não tenham medo de se assumir, que conversem com suas famílias, porque esse é um passo importante para o respeito e a aceitação”, conclui Cláudio.


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