Jornal Brasília Capital 547

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Páginas 5

Mané Garrincha vira o ano rebatizado para Arena BRB Chico Sant’Anna – Página 10

Ano XII - número 547

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Brasília tem maior clube de vantagens da América Latina

O que a cadeia produtiva da moda espera de 2022 Verônica Goulart – Páginas 6 e 7

Brasília, 1 a 7 de janeiro de 2022

Izalci Lucas: Homem de confiança do presidenciável João Dória teve a pré-candidatura confirmada pelo PSDB

Geraldo Magela e Rosilene Corrêa: pré-candidatos disputam a indicação do PT para liderar a esquerda

Ibaneis Rocha (MDB): chefe do Executivo buscará a reeleição com a chancela do MDB Reguffe: Ainda não decidiu se disputará o Buriti. Se ficar no Podemos, precisará caminhar com Sergio Moro

Flávia Arruda (PL): ministra mira o Senado, mas pode montar o palanque do presidente Bolsonaro em Brasília

Seis candidatos e o destino do DF

Pelo menos quatro concorrentes tentarão tomar a cadeira do atual governador

Pelaí – Páginas 2 e 3


Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 1 a 7 de janeiro de 2022 - bsbcapital.com.br

Ex pedien te

O pior – De Simone Tebet ao Diário de Notícias, de Portugal: “Ninguém poderia imaginar que Bolsonaro viria a ser o pior presidente da história do Brasil, namoraria com o autoritarismo, ameaçaria as instituições e tentaria mudar o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias”.

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Os polos políticos de 2022 O Ano Novo começa com um assunto no centro das discussões políticas: as sucessões estaduais e presidencial. No Plano nacional, Jair Bolsonaro sonha com a polarização com Lula para tentar atrair o sentimento antipetista no segundo turno. TERCEIRA VIA – Mas terá o presidente que superar uma legião de candidatos que se apresentam como alternativa aos dois extremos. Já o ex-presidente buscará unir inclusive forças de centro-direita, como o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (ex-PSDB) para retornar ao Planalto.

DISTRITO FEDERAL – No DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) será o alvo de pelo menos três postulantes ao Buriti: os senadores José Antônio Reguffe (Podemos) e Izalci Lucas (PSDB) e o nome que vier pelo PT (no momento, o ex-deputado Geraldo Magela e a sindicalista Rosilene Corrêa). FLÁVIA ARRUDA – Correndo por fora e com chances de atropelar Ibaneis, aparece a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL). Embora o governador sonhe em tê-la como senadora em sua chapa, não será tão simples assim.

PALANQUE – Forças políticas ligadas ao Planalto e ao marido da deputada licenciada, o ex-governador José Roberto Arruda, não medirão esforços para que ela encabece uma coligação que dê palanque a Bolsonaro na Capital da República. ÁLIBI – Ibaneis apostará em sua correligionária Simone Tebet (MS). O apoio à senadora será o álibi para não se engajar na reeleição de Bolsonaro e sofrer com os ataques – que não serão poucos - ao Presidente. E isto é tudo que os bolsonaristas-raiz não querem.

Justo fica mais 4 anos na Acit O empresário Justo Magalhães foi reeleito, na última semana, presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit) para o quadriênio 2022/25. Ele concorreu com chapa única e teve 85 dos 210 votos dos associados aptos a votar.

FORMAÇÃO – A diretoria-executiva da Acit tem 11 titulares, 2 suplentes e 11 membros do Conselho Superior (ex-presidentes da entidade). O Conselho Fiscal tem três titulares e três suplentes e ainda foram eleitos 2 suplentes de diretoria.

PLANOS – No novo ciclo, Magalhães pretende construir o teto do auditório (4.250m²); organizar a Feira de Arte, Cultura e da Indústria de Taguatinga (Facita), em junho de 2022 (aniversário da cidade); concluir as obras do auditório para 280 pessoas e do salão de festas para 250 pessoas.


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Rádios AM viram FMs A 10 dias do fim de 2021, a Secretaria de Radiodifusão do Ministério das Comunicações autorizou a migração de 17 rádios AM (amplitude modulada) para FM (frequência modulada). As emissoras de Minas Gerais, Santa Ca-

tarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rio de Janeiro são parte da estratégia do ministro Fábio Faria para levar a mensagem do governo Bolsonaro ao interior do País. Em 2022, terá muito mais...

Amoêdo, do Novo, vai anular voto O empresário João Amoêdo (foto), que disputou a presidência da República em 2018 pelo Partido Novo, antecipou à Folha de S.Paulo que anulará seu voto em 2022, caso se confirme o segundo turno entre Lula e Bolsonaro. “Nunca votei nulo, não gosto da ideia. Mas o duro, como agente político, é você depois ter que justificar o que não é justificável. Votar em qualquer um dos dois não é justificável”, disse, revelando que em 2018 optou por Bolsonaro. MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

Um ano de resistência "Este ano que chega ao fim me ensinou novos significados para o verbo resistir. Aprendi a resistir com a sabedoria de Ailton Krenak e suas ideias para adiar o fim do mundo; com as aulas de humanidade do padre Júlio Lancellotti, que, quando precisa, faz justiça a marretadas; com a voz de Txai Suruí e os ecos da floresta que ela levou a Glasgow. O muro da resistência é feito de amor, solidariedade e riso". A frase é da jornalista Cristina Serra em sua coluna do sá-

bado (25) na Folha de S. Paulo. E complementa: "Os servidores públicos que resistem ao esfacelamento do Estado também nos ensinam sobre resistência. Os que fizeram o Enem, os que se arriscam para proteger o meio ambiente, os que cuidam do nosso patrimônio histórico. Os que aprovam vacinas e os que sustentam o SUS. Resistimos abraçando a vacinação e as máscaras para nos abraçar de novo. Resistimos porque em hospitais e UTIs tem gente com muito zelo e coragem salvando vidas".

Brasil nas mãos do Centrão – Um flagelo J. B. Pontes (*) DIVULGAÇÃO O Congresso Nacional acaba de aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2022, que agora vai à sanção do Poder Executivo. E enquanto o presidente de plantão dança funk e pesca, o centrão faz a festa com o dinheiro público. Um verdadeiro escárnio ao povo brasileiro, principalmente aos das camadas mais carentes. O Centrão aprovou um Fundo Eleitoral de R$ 4,9 bilhões para custear a campanha de 2022, quase três vezes o valor do último pleito. Somando-se ao absurdo valor do Fundão, temos ainda a aprovação de R$ 1,1 bilhão para o Fundo Partidário e mais R$ 738 milhões para cobrir a despesa com a propaganda eleitoral nas TVs e rádios. Assim, os políticos terão o valor recorde de R$ 6,7 bilhões para a farra da campanha de 2022. Perderam totalmente o pudor e o temor de qualquer represália por parte da sociedade... Enquanto isso, o País volta ao mapa da fome. Por outro lado, o valor do salário-mínimo ficou em apenas R$ 1.210, somente atualizando pela inflação, e a maioria dos servidores federais continuará sem previsão de reajuste salarial. Apenas duas categorias foram privilegiadas, por empenho do próprio mandatário de plantão: os policiais federais (R$ 2 bilhões), que vêm prestando bons serviços a ele e precisam continuar quietos no próximo ano para não atrapalhar a sua campanha pela reeleição; e os agentes comunitários (800 milhões), que têm contato direto com a população de mais baixa renda, na esperança, de supor-

-se, de que eles venham a aceitar um eventual pedido para falar bem do governo. Na LOA 2022, cada parlamentar pode apresentar emendas no total de R$ 17,6 milhões (16,6 milhões em 2021), alcançando as emendas individuais um montante de R$ 10,93 bilhões (R$ 9,7 milhões em 2021). Cada bancada estadual/distrital pode emendar até o valor de R$ 212,9 milhões, alcançando um montante de R$ 7,54 bilhões (R$ 6,7 bilhões em 2021). Mas não fica só por aí. Apesar dos abalos sofridos, os congressistas não desistiram das tais emendas de relator, identificadas com a sigla RP9, que alcançaram R$ 16,5 bilhões. Essas servirão para atender pedidos de deputados e senadores, principalmente. Mas, na prática, o Executivo também entra na partilha desse saque aos cofres públicos. E persiste a falta de critérios igualitários e justos para distribuição desses recursos. A destinação recorde de recursos para a campanha de 2022 é escandalosa. Estamos pagando muito caro para termos uma democracia capenga. Isto contribuirá para a manutenção do atraso, vez que dificultará muito a concretização da tão sonhada renovação do Parlamento. Parece claro que será quase impossível a um parlamentar em exercício deixar de ser reeleito, com a quantidade de recursos a ele disponível para comprar apoios de prefeitos e outras lideranças políticas e manter a mente dos eleitores anestesiada. Vida que segue com um povo cada vez mais sem o mínimo da consciência necessária para eleger bons representantes.

(*) Advogado e Consultor Legislativo do Senado Federal


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80 anos da Batalha de Moscou: o princípio do fim nazista Júlio Miragaya (*) AGÊNCIA BRASIL

22 de junho de 1941, exatos 129 anos após a invasão da Rússia por Napoleão Bonaparte, iniciou-se a operação Barbarossa, a invasão da União Soviética pela Alemanha nazista. Hitler dissera a seus generais: “quando a operação Barbarossa iniciar, o mundo prenderá a respiração”. De fato, foi a maior mobilização de tropas da História, reunindo 3,8 milhões de soldados numa frente de 2.900 Km. Desde a remilitarização da Renânia, em março de 1936, o renovado imperialismo alemão já anexara a Áustria e a região tcheca dos Sudetos (1938); o restante da Tchecoeslováquia e a porção oeste da Polônia (1939); a Dinamarca, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e França (1940) e a região dos Balcãs (Iugoslávia, Albânia e Grécia), em 1941. Hungria, Romênia, Bulgária e

Finlândia haviam se tornado Estados vassalos do 4º Reich. Fora do domínio alemão restavam na Europa os regimes fascistas da Península Ibérica (Espanha e Portugal); as “neutras” Suíça e Suécia; a Grã-Bretanha e a União Soviética. A ocupação desta consolidaria o domínio absoluto alemão sobre a Europa Continental e representaria a realização do lebensraum, a conquista do espaço vital para o povo alemão às custas dos povos eslavos do Leste (russos, bielorrussos, ucranianos e outros), processo advindo do século XIII, com os cavaleiros Teutônicos e a Liga Hanseática. Três meses após a invasão, a Wehrmacht havia penetrado fundo em território soviético (750 km), conquistado Kiev, sua terceira maior cidade; cercado Leningrado, segunda maior cidade e berço da Revolução Bolchevique e alcançado Smolensk, a menos de 300 Km da capital Moscou. O sucesso alemão, em grande parte, derivou de sua formidável máquina de guerra, mas também do desmantelamento provocado por

Stálin na cúpula do Exército Vermelho, pois nos processos de Moscou de 1937 expurgara 3 dos 5 marechais, 13 dos 15 comandantes de exército e 167 dos 280 comandantes de corpos de exército e de exército, muitos mortos, assim como foram fuzilados os 11 Subcomissários da Defesa e 75 dos 80 membros do Soviete Militar existentes em 1937. Mas a resistência do povo russo falou mais alto, e o avanço de cerca de 30 Km/dia nas 3 primeiras semanas, reduzira-se a 6 ou 7 Km/ dia nas semanas seguintes. Em 30 de setembro teve início a Operação Tufão, ofensiva final sobre Moscou. O avanço foi veloz até a metade de outubro, favorecido pela superioridade alemã em tropas (1 milhão versus 800 mil), tanques e aeronaves, tendo neste período conquistado cidades importantes como Briansk, Vyazma, Kaluga e Kalinin. Em 19 de outubro chegara a apenas 30 Km da capital, levando à decretação do Estado de Sítio em Moscou, com a transferência de parte do governo e do corpo diplomático

para Kuybyshev, a leste dos Montes Urais. Mas o quadro já começara a mudar com a chegada do general Zukov, em 12 de outubro. E com o agravamento da rasputitsa (estradas lamacentas); a chegada de reservas da Sibéria e a enorme determinação dos soldados, dos guerrilheiros e do povo soviético em geral, o avanço alemão foi contido no fim de novembro. Teve então início uma vigorosa contraofensiva, que expulsou os alemães para a linha de Kalinin-Kaluga-Orel, cerca de 100 a 150 Km a oeste de Moscou no fim de dezembro. Os nazistas perderam 500 mil homens, 1,3 mil tanques, 2,5 mil canhões e 15 mil veículos, sofrendo sua primeira derrota na 2ª Guerra. Estava selada a sorte da guerra. Depois vieram Stalingrado, Kursk e o avanço até Berlim. Era o princípio do fim do sonho do imperialismo alemão de subjugar os povos eslavos.

(*) Doutor em Desenvolvimento Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Utopias concretas Zélio Maia da Rocha (*) Do grego topos, utopia significa “não-lugar” ou “lugar nenhum”. À luz da etimologia, o utópico é considerado alguém que almeja o impossível e propõe o irreal. Sua ação, na realidade, é, então, a de quem contesta o mundo, mas não consegue agir para transformá-lo. As teses do utópico, ainda que simpáticas, são apenas bons diagnósticos, mas impotentes para mudar o que está estabelecido.

No entanto, desde da invenção da expressão “utopia” por Thomas More em “A Utopia” (1556), o termo ganhou novos significados. Do idealismo vão, converteu-se na idealização e organização de alternativas reais. O utópico de hoje rejeita o conformismo, porque despreza a capacidade criativa do eu, e o idealismo, que se restringe às boas intenções. Ele examina as situações, as causas que as determinam, assim como seus limites e possibilidades pessoais, para então planejar e executar o que deseja criar ou mudar. O impulso transformador das utopias concretas conduz-nos a grandes realizações. Quando menino, saí de Catolé do Rocha com meus pais em busca de melhores

condições de vida. As probabilidades de êxito não eram palpáveis e as dificuldades muitas. Tivemos êxito graças a uma profunda crença no sonho e a persistência no trabalho e estudo como condição para realiza-lo. Também foi assim quando, mais recentemente, assumi a gestão do Detran-DF. Pouca gente acreditava na possibilidade de mudarmos a imagem da autarquia. A visão predominante era de um órgão meramente arrecadador e punitivo. Baseado no “quadripé” inovação, educação, humanização e economia de recursos públicos, conduzimos um bem sucedido processo de transformação que tornou o Detran-DF conhecido por

diversas ações que trouxeram inúmeros benefícios à sociedade. Exemplos são muitos, da minha trajetória e de outros. Não basta apenas sonhar, é preciso bem planejar e executar com afinco o que se sonhou. Assim, atuando e transformando, a vida enche-se de entusiasmo e esperança. Que o espírito desse tempo faça-nos cultivar o horizonte das utopias concretas e, revigorados pela celebração do nascimento de Jesus, possamos iniciar juntos um novo ano de esperança e paz. Feliz Ano Novo!

(*) Advogado (licenciado), subprocurador-geral do DF, professor de Direito Constitucional e atual diretor-geral do Detran-DF


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Markt Club se torna maior clube de vantagens da América Latina DIVULGAÇÃO

Com um crescimento de 210% em 2021, marca brasiliense se destacou em um mercado competitivo e dominado por empresas que receberam pesados investimentos Os dois últimos anos foram complicados para economia no Brasil e no mundo. De uma hora para a outra, muitos empresários fecharam as portas e empregados ficaram sem trabalho. Mas esta não foi a realidade do Markt Club, que viu nesse período delicado uma oportunidade de crescimento. A empresa 100% brasiliense investiu em inovação, com destaque para a possibilidade de interagir com os fornecedores para levar o sistema drive-thru para dentro da plataforma do Markt Club, o que colaborou para que muitas empresas mantivessem as portas abertas e os empregos preservados. O Markt Club criou alternativas ao incentivar o consumo e fortalecer os negócios dos seus parceiros

CEO Roberto Camilo conta que a empresa começou em um subsolo de Brasília, mas triplicou o tamanho da sede, contando agora com um escritório de 300m2

durante o período crítico da pandemia e consolidou sua posição em um mercado no qual as empresas buscam incentivar seus colaboradores, clientes e associados por meio de descontos e benefícios. Com o crescimento sustentável, manutenção dos empregos e muita ousadia, a empresa cresceu 10% nos dois últimos meses. Também desenvolveu o site www.meuparceiro.com.br. Nele, a empresa parceira pode postar as ações de marketing que são replicadas pelo clube de vantagens e apresentadas ao público consumidor. Para os idosos, foi

criada uma facilidade especial: com o botão “voluntário”, eles podem escolher um familiar ou amigo, que recebe um acesso de 48h para realizar, em nome do titular, as compras no clube, preservando a integridade do grupo de risco, que pode ficar em casa e ainda assim obter os descontos. A EMPRESA – O Markt Club iniciou suas atividades em um subsolo em Brasília há sete anos. É comandada pelos sócios, o CEO Roberto Niwa Camilo e o CTO, André Rodrigues. Desde o início da pandemia, a empresa fez investimentos

em equipe, contratou, apostou e motivou seus talentos por meio de concursos internos de inovação e investiu na diversidade para gerar criatividade na gestão. O resultado foi um crescimento de 210% na pandemia. Com isso, foi possível triplicar o tamanho da empresa para 300m², com uma nova sede que tem mesa de sinuca, cafeteria, fliperama, área de treinamento e ainda oferece aos funcionários benefícios como bolsa de estudo e alteração do plano de saúde anterior e distribuição de lucro aos cargos de liderança no final deste ano.

Prêmio de Inovação O clube de vantagens Markt Club, com o objetivo de incentivar a inovação e o empreendedorismo nos estudantes de ensino superior do DF, promoveu, em outubro, o concurso Prêmio de Inovação. Ao todo, 32 inscrições foram efetuadas. Uma banca examinadora começou a analisar as propostas em agosto e, em setembro, foram selecionados cinco finalistas. O projeto vencedor foi o que apresentou

a melhor ideia para plataformas online e de e-commerce. A estudante do 6º período de Psicologia do UNICEUB, Luana Coutinho Aguiar, 21 anos, foi a vencedora do concurso com o projeto Assistência contra a violência à mulher. Ela recebeu um prêmio de R$ 5 mil e a possibilidade de contratação pelo Markt Club. A UDF se comprometeu a ofertar uma bolsa integral para

um curso de pós-graduação EAD. O CEO Roberto Niwa Camilo comentou que o concurso foi uma experiência extremamente enriquecedora. “A ideia era incentivar o mercado e motivar os jovens. Dentro de um diagnóstico geral, existe um déficit muito grande de profissionais da área de TI e ficou confirmado no concurso. Foram poucos os projetos ligados à área de desenvolvimento. O Brasil tem

cerca de 50 mil postos de trabalho não ocupados na área e, a previsão, é esse número aumentar muito. Existem oportunidades, mas não temos gente para preencher as vagas. No entanto, ficamos surpreendidos com a quantidade e qualidade dos jovens de outras áreas, que apresentaram propostas enriquecedoras, como a vencedora. São jovens com grande senso de responsabilidade social”, avaliou.


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O que a cadeia pr da moda espera d Em sintonia com o crescimento da indústria, o varejo de vestuário no Brasil deve crescer de 1% a 2% ao ano nos próximos anos Verônica Fialho Goulart (*) Pouca gente sabe, mas a cadeia produtiva da moda no Brasil emprega, aproximadamente, 1,7 milhão de pessoas em postos de trabalho diretos e 8 milhões indiretos, sendo 75% de mão de obra feminina – o que representa 13,15% dos postos de trabalho. É o segundo setor responsável pelo primeiro emprego, ficando atrás apenas da indústria de alimentos e de bebidas somados. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), o Brasil possui a maior cadeia produtiva integrada do Ocidente, produzindo das fibras às confecções. Em sintonia com o cresci-

mento da indústria, o varejo de moda no País deve crescer de 1% a 2% ao ano nos próximos anos. No Distrito Federal, segundo dados da Codeplan, o número de empresas com a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) destinadas à comercialização de artigos do vestuário e acessórios ocupa o terceiro lugar nas atividades da economia local. São cerca de 2 mil empresas varejistas voltadas para esse setor. Em Brasília, de acordo com o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindiveste-DF), o segmento possui 7.586 estabelecimentos, com CNPJ, localizados em 19 RAs. Destes, 88% são microempreendedores individuais (MEI) e 44% têm de um a cinco empregados. Quase a metade desses estabelecimentos está nas regiões administrativas de Taguatinga, Ceilândia e Plano Piloto.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Em 2022, renovamos a nossa esperança em que, finalmente um dia, os governantes olharão para a cadeia produtiva da moda e a verão com a importância que ela, de fato, possui. Só assim, poderemos demonstrar que a moda é uma solução importante para muitas mazelas do nosso País.

Solução de muitas mazelas Quando citamos a moda como solução de muitas das nossas mazelas, queremos fazer um paralelo à possibilidade rápida e com baixo custo de geração de emprego e renda para muitas mulheres em situação de vulnerabilidade, seja pelos altos índices de violência doméstica – só este ano no DF o aumento de feminicídios foi de 61% -, seja

pela necessidade econômica das famílias chefiadas por mães-solo (no DF, segundo Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – IPEA –, 32% das mulheres monoparentais não possuem ocupação econômica. A qualificação em diversos fazeres profissionais da cadeia produtiva do vestuário e da moda, como formações em

costura, modelagem, consertos e reformas do vestuário, bordados, confecção de bijuterias, entre outros, é uma solução rápida de inserção no mercado de trabalho e geração de renda, com pequenos investimentos, muitas vezes, resumindo-se a uma formação de três meses e a compra de uma máquina de costura.

Saiba+ Afinal, moda não é frivolid ade! Frivolidade: substantivo femin qualquer co ino isa de pouco va lor; coisa fútil.


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rodutiva de 2022 Combate à violência contra a mulher Ações isoladas do setor privado, de grandes marcas multinacionais do segmento da moda, têm sido feitas, e apontam como um caminho de combate à violência contra a mulher, com iniciativas de qualificação e inserção feminina na cadeia produtiva da moda, de forma que seja possibilitado a elas um meio de trabalho e sustento familiar autônomo. Tais atitudes são louváveis. Mas, não seriam esses objetivos do setor público, ao pensar políticas para as mulheres em situação de vulnerabi-

lidade? No entanto, no poder público as iniciativas que utilizem a moda como vetor de transformação social são tímidas. O GDF, por exemplo, possui três equipamentos públicos que poderiam ser utilizados para essas ações de formação, como o Centro de Educação Profissional / Escola Técnica de Ceilândia (CEP-ETC), o Centro Educacional Profissional Articulado do Guará Profª Teresa Ondina Maltese, e a Fábrica Social. No entanto, todos esses espaços estão subutilizados.

Uma agenda política para o segmento Com as eleições que se avizinham, será que podemos ter esperança de que o(a) próximo(a) ocupante do Buriti olhará para esse setor com o carinho e a importância que ele merece? Deixamos como proposta a sugestão de uma agenda para o setor da moda do DF, com implementação de políticas públicas por meio da criação de um instrumento de atuação específico para atender o segmento, como, por exemplo, uma Subsecretaria da

Moda, Vestuário e Inclusão Social. Desta forma, o setor, em conjunto com o poder público, por meio da formação em moda e vestuário, fortaleceria a economia criativa do DF e trabalharia a autonomia, principalmente das mulheres, com geração de emprego e renda e a inclusão de minorias que teriam na moda espaço para o seu desenvolvimento. Se pudéssemos fazer um pedido para o ano que vem, seria esse. Fica a dica!

(*) Designer de moda, especialista em Educação. Atualmente, é diretora educacional da Escola Moda Brasil @escolamodabrasil / escolamodabrasil.com.br

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Entidades debatem teletrabalho com empregados da Caixa A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (APCEF/SP), o Sindicato dos Bancários de São Paulo e o Sindicato dos Bancários de Brasília realizaram, na terça-feira (28), às 19h, reunião virtual para debater problemas enfrentados pelos empregados das áreas-meio. A política adotada pela direção da Caixa colocou os empregados das áreas-meio do banco em uma situação difícil. Com a devolução de prédios, o número de estações de trabalho disponíveis para os empregados atuarem presencialmente é menor que a quantidade de empregados das áreas. A alternativa colocada atualmente pela Caixa para esses empregados, que é o teletrabalho, possui diversos problemas, como a ausência de controle de jornada, transferências de custos e responsabilidades da empresa para os empregados e previsão de aumento das metas. Outro elemento que aumenta os problemas dos empregados dessas unidades é o fato de que a aplicação do teletrabalho em função da

pandemia está prevista para finalizar no dia 31 de dezembro, o que deve aumentar a quantidade de empregados sem posto para trabalhar. O diretor-presidente da APCEF/SP, Leonardo Quadros, explica que a reunião é para discutir esses problemas com os empregados dessas áreas e atualizá-los sobre como estão as discussões sobre teletrabalho com a Caixa. “É um tema que os empregados têm de se apropriar. A pandemia veio para antecipar um debate que era previsto para daqui há pelo menos 5 anos e é necessário termos regras claras para o teletrabalho na Caixa no pós-pandemia”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara, que também é secretária-geral do Sindicato. (*) Da Redação com Contraf-CUT

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


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Os devoradores de livros DIVULGAÇÃO

Escola de Ceilândia expande projeto de incentivo à leitura e à escrita

Poesia O monstrinho Henrique Raimundo Sobrinho Na nossa escola temos O grande devorador. Que depois evoluiu E se tornou um leitor.

Maria Félix Fontele Henrique é um monstrinho que, literalmente, comia os livros. Até que um dia alguém lhe ensinou a lê-los, em vez de devorá-los. Esse personagem faz parte do projeto Devoradores de Livros – viajando pelo mundo da leitura, da Escola Classe 43 de Ceilândia (EC 43), no Setor P Sul, mas que já ultrapassou as fronteiras da instituição e ganhou as ruas da cidade, ao envolver professores, alunos, pais e comunidade. A diretora Gracielle Bezerra Mendes, idealizadora do projeto, lembra que deu o pontapé inicial em 2014, na EC25, quando era supervisora pedagógica. Ao chegar na EC 43, em 2017, ela intensificou o Devoradores de Livros, apresentando o monstrinho extraterrestre Henrique e sua prima Manu, os quais vêm convidando as crianças a entrarem no mundo encantado da leitura. “Os índices de avaliação das duas escolas melhoraram desde que as crianças criaram o hábito de ler e escrever”, afirma Gracielle, ao destacar que

Eu estou falando dele Nosso monstrinho Henrique. Agora inteligente É bem letrado e chique. Na leitura encontrou Um mundo bem divertido. E hoje no universo É o monstro mais sabido. Viaja pelos planetas Conhece novas culturas. Com sua prima Manu Nas mais lindas aventuras.

Índice de avaliação das escolas aumentou depois que as crianças criaram o hábito de ler e escrever

os mascotes, em suas visitas, estimulam e inspiram os alunos a se transformarem em devoradores de livros, enquanto viajam pelas histórias dos contos de fadas, resgatando um contato maior com os clássicos

da literatura infanto-juvenil. Além disso, a escola convida escritores locais para apresentarem suas obras em eventos organizados pela instituição, como oficinas, o arraial literário e a feira empreendedora.

O brilho do cordel Nas oficinas, a grande estrela tem sido a literatura de cordel apresentada pelo escritor e orientador educacional Raimundo Nonato Sobrinho, morador de Ceilândia. Neste ano, ele já realizou quatro oficinas de cordel naquela escola, para turmas do 5º ano. “Em cada oficina, ele mostra o cordel de uma forma interessante, criativa, prendendo a atenção dos estudantes”, observa a professora Elienice Souza, ao ressaltar que é uma aprecia-

dora da literatura de cordel, até porque é descendente direta de nordestinos, oriundos do berço da cultura popular. Atualmente, Ceilândia abriga quase 70 por cento de nordestinos, sendo reconhecida pelo poder público como a Capital da Cultura Nordestina do DF. Raimundo Sobrinho lembra que já realizou, somente neste ano, 29 oficinas presenciais de cordel, em dez escolas. “Na EC 43 tive uma recepti-

vidade muito interessante por conta do projeto Devoradores de Livros, incentivador da literatura”. Sobrinho conta que seu projeto Cordel e seus encantos foi bastante apreciado pelos estudantes, tanto que já ficou acordado, para o ano que vem, a realização de mais oficinas na escola e em muitas outras, movimentando a cultura da cidade. “Cada oficina que faço é como se fosse a primeira, causando-me entusiasmo para propagar essa

linda literatura”, observa. Empolgada, a diretora Gracielle Mendes afirma que o projeto seguirá firme em 2022, com a possibilidade de se apresentar para outras instituições, envolvendo alunos, famílias, professores e funcionários em um rico trabalho de expansão do conhecimento por meio da leitura e da escrita. “Todos já estão na expectativa de verem o que o Henrique vai trazer de novidades no próximo ano”, arremata.


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A saúde como foco da política saudável Que bom! Chegamos em 2022 torcendo para que seja um ano melhor, que consigamos, como prevê a Organização Mundial de Saúde, superar a epidemia da covid-19. E é também um ano em que a política vai estar no centro das atenções – é ano eleitoral. E eu volto a lembrar a frase do Dr. Jofran Frejat dita em uma entrevista de 2010: “tem de haver é uma política de saúde e não política na saúde”. Não sou daqueles que demonizam a política. Mas quando a gente fala de “política na saúde”, se refere ao uso da estrutura de saúde pública para atender os interesses ou conveniências de alguém ou algum grupo específico – o que quase nunca caminha junto com o interesse do conjunto da sociedade. A politicagem na saúde dá margem a uma série de desvios e abre as portas à corrupção. Os reflexos disso a gente vê todo dia: nomeações sem critério técnico para cargos de decisão e de gestão; falta de visão administrativa das consequências das decisões tomadas e ações implementadas, como, por exemplo, no que foi feito com os postos de saúde do DF, quando decidiram acabar com os atendimentos especializados em clínica médica, pediatria e ginecologia. Acharam que estavam reinventando a roda – só que a fizeram quadrada e o atendimento à população só piorou e se criou um proble-

ma imenso no fluxo de pacientes em todos os níveis de assistência. Resultado: os hospitais e UPAs estão mais cheios do que nunca e a capacidade de atendimento é insuficiente. A colocação de pessoas em cargos de direção por critérios políticos também se presta a desvios, como abrir caminho para apadrinhamentos nas contratações e na política de gestão dos trabalhadores do quadro e favorecimento de alguns pacientes em detrimento de quem aguarda nas filas dos sistemas de regulação de consultas, exames e cirurgias. Abre margem também para favorecimento e criação de esquemas de corrupção e desvios, com participação de empresas privadas em compras, obras e execução de projetos. Essa versão distorcida de política está na raiz do caos na saúde. Desenvolvendo um pouco a afirmação do Dr. Jofran Frejat, além de fazer política de saúde de forma séria, eu acredito que precisamos levar uma visão de saúde para a prática da política como um todo. Tanto precisamos sanear o ambiente a as práticas políticas de hábitos e conceitos doentios quanto precisamos ter a visão de que saúde é uma questão central e transversal. A pandemia que enfrentamos deixou bem evidente o quanto o tema saúde se interrelaciona com outras áreas da vida pessoal e coletiva.

Vejam o quanto a epidemia afetou a economia e o emprego, por exemplo. O complexo econômico-industrial da saúde é considerado por alguns como uma das principais forças para o crescimento da economia neste século, tanto quanto o petróleo e a indústria automobilística no passado. A qualidade da saúde da população tem relação direta com o desenvolvimento das nações: um país de gente doente, gasta com a doença. Um país de gente saudável, aumenta sua produtividade e cria um círculo virtuoso de desenvolvimento. Na política, precisamos ter em mente que a qualidade da saúde da população tem reflexo direto também nos gastos do Estado, seja na prestação de assistência, seja na área previdenciária – nos gastos com pensões, auxílios e aposentadorias. Da mesma forma que a saúde afeta outros setores da vida das populações, outras questões têm impacto direto na saúde: a qualidade do transporte público, da mobilidade urbana e humana; a organização e crescimento das cidades; a qualidade e o custo da alimentação; o cuidado ou descuido com o meio ambiente; o nível de educação da população. Tudo impacta na saúde e tem reflexo na riqueza das sociedades. Por isso tudo, temos que inverter o atual

Dr. Gutemberg Fialho Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

estado de coisas: acabar com a politicagem na saúde, que só causa sofrimento e atraso, e fazer política com um olhar da saúde, para pavimentar o caminho para o pleno desenvolvimento de cada cidadão e do conjunto da sociedade.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

2021: um ano de prejuízos para a Educação brasileira 2021 ficará marcado não apenas pelos desafios impostos pela pandemia, mas, também, pela série de prejuízos impostos pelo governo Bolsonaro à Educação do País. Para as grandes potências – Japão, Alemanha e EUA, a educação sempre foi o alicerce de uma sociedade inclusiva e forte. Trajetória oposta à que vemos no Brasil nos últimos três anos. Somente este ano, várias Propostas de Emenda à Constituição, projetos de lei, políticas públicas e determinações do governo federal mostraram que a Educação nunca foi prioridade para Bolsonaro. São exemplos: a PEC nº 32, da reforma Administrativa, e a PEC n° 23, dos Precatórios, ou PEC do Calote, que atacam os direitos dos(as) professores(as) das escolas públicas. A reforma Administrativa pode privatizar as escolas, obrigando a população a pagar pelo ensino nas escolas públicas, que hoje é gratuito; e a PEC do Calote coloca em risco o repasse da educação para a população brasileira. Podemos somar à onda de retrocessos a política econômica de Paulo Guedes, que além de trazer de volta a fome e a miséria ao País, já afeta a realização de concursos públicos, cruciais para o oferecimento de uma educação pública de qualidade, agenda compartilhada

pelo governador Ibaneis Rocha, que no DF, atrasa a realização novos concursos. De 2015 a fevereiro de 2021 foram registradas 8.757 vacâncias de professores(as) da educação básica do DF: 7.232 aposentadorias, 837 falecimentos, 637 exonerações e 51 demissões. E de 2016 a outubro 2021, foram nomeados(as) apenas 3.371 professores(as). Um saldo de vacâncias de 5,3 mil na Carreira do Magistério nos últimos 5 anos. Retrocessos – Em seu segundo dia de (des) governo, Bolsonaro extinguiu as secretarias de Articulação com os Sistemas de Ensino e de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, criando uma subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares. No mesmo ano, regulamentou a contratação de militares. Essa estratégia maléfica hoje colhe frutos desastrosos em todo o país e no DF. Usando a cartilha de Bolsonaro, Ibaneis já implantou 12 escolas militarizadas, modelo que exclui a população mais necessitada e retira da comunidade escolar uma escola pública, além de não atender aos objetivos que tinham. Soma-se a isto as mudanças no Enem,

seguindo critérios ideológicos, que levaram a uma onda de demissões no INEP, além da apresentação de projeto para regulamentar a educação domiciliar, abrindo espaço para grupos econômicos prestarem assessoria às famílias (mais uma faceta da Lei da Mordaça). Citamos, ainda, as dificuldades para implementação de leis que garantam o acesso dos estudantes a recursos computacionais na pandemia e o trabalho do governo federal contra os direitos dos trabalhadores, inclusive da Educação. Outro ponto é o Fundef. No governo Collor os(as) professores(as) recebiam 60% desse fundo destinado a estados e municípios. Dos 40% do fundo também se poderia pagar funcionários da educação lotados em escolas de ensino fundamental. Com a alteração feita por Fernando Henrique Cardoso, esses profissionais foram prejudicados de 1999 até 2006. Com os governos de Lula e Dilma, os problemas estavam sendo contornados, mas todos os avanços estão sendo pulverizados por Bolsonaro. Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, Bolsonaro quer ficar com 40% do valor destinado para estados e municípios pagarem as dívidas com o governo. “Agora que os es-

tados e municípios estão ganhando na Justiça os precatórios do Fundef, o governo quer ficar com 40% do valor que são destinados para estados e municípios pagarem dívidas com o governo federal. Dos 60% restantes ele quer dividir em 10 anos o pagamento dos precatórios. Um prejuízo enorme para os profissionais da educação que tiveram seus direitos negados e não cumpridos durante anos”, explica. É diante desses aspectos e da onda de retrocessos que a Educação definha a cada dia. “Precisamos lutar para que a Educação volte a crescer. Educação não é só repassar conhecimento, mas dar oportunidade às pessoas de se posicionarem no mercado de trabalho, melhorarem sua condição social e econômica, fazer o país crescer e oferecer aos mais necessitados uma chance de corrigir injustiças históricas”, aponta Letícia Montandon, diretora do Sinpro-DF.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital


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Brasília

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Por Chico Sant’Anna

BRB dá carrinho sem bola no Mané Garrincha FOTOS: DIVULGAÇÃO

Jogada merecedora de cartão vermelho deveria ser analisada pelo VAR A jogada de marketing entre a Arena BSB e o Banco de Brasília (BRB), mudando o nome do estádio que homenageia o ex-jogador Mané Garrincha para Arena BRB equivale a uma entrada de carrinho, sem bola, pelas costas. Ação para cartão vermelho, totalmente sem fair play. Deveria ser analisada pelo VAR. Os questionamentos são de natureza legal e econômica. Pelo contrato de rebatismo, “naming rights”, o estádio receberá o novo nome a partir de 2022. E por três anos o BRB pagará R$ 7,5 milhões. A quantia equivale à metade do que a Arena BSB deve pagar no mesmo período ao GDF pela concessão do estádio, do ginásio Nilson Nelson, do complexo de piscinas e o direito de construir e explorar por 35 anos um shopping aberto na área contígua ao Complexo Desportivo. O GDF alegava que era necessário privatizar a gestão do estádio, pois ele consumia muitos recursos públicos. “Se fosse para bancar com recursos públicos a rentabilidade da empresa beneficiada com a privatização do Mané Garrincha, não precisaria privatizar!”, questiona a professora Fátima Sousa (Psol), que disputou o GDF com Ibaneis em 2018.

Segundo o BRB, alteração no nome do estádio dará retorno de imagem e está em linha com a estratégia de expansão do banco

Agnelo também entou mudar o nome Essa não é a primeira vez que tentam apagar da memória candanga o nome de Mané Garrincha, que por aqui também jogou vestindo a camisa do Ceub. Na gestão de Agnelo Queiroz (PT), tudo foi feito para que o nome não prevalecesse. O ex-governador, embora botafoguense, dizia que o estádio Mané Garrincha havia sido demolido e o que se erguera no Eixo Monumental era outra arena. Havia interesse do GDF, à época, em conceder o nome a uma grande multinacional de refrigerantes. GOLEADA – Há quem diga que a cor vermelha das cadeiras do Mané Garrincha foi escolhida nesse contexto. A população de Brasília se revoltou. A Câ-

mara Legislativa aprovou projeto da então deputada Liliane Roriz (então no PSD), assegurando a mesma denominação ao novo estádio. Agnelo não se deu por rogado. Vetou o projeto. Mais uma vez, a CLDF reagiu, e por 17 votos a zero, derrubou, em agosto de 2012, o veto do governador. Era a primeira goleada do novo estádio. Nessa ocasião, a hashtag Mané Garrincha tomou conta das redes sociais, chegando a mais de cem mil pessoas interagindo. A Fifa e alguns veículos da mídia ainda tentaram fazer não pegar o nome do estádio, denominando-o no calendário oficial das Copas das Confederações e Mundial de Estádio Nacional de Brasília.

Alteração fere a lei O acréscimo de denominação ou alteração fere a lei distrital nº 4.888, de 2012, que deixou claro que o nome do Estádio Nacional de Brasília é Mané Garrincha. Autora da lei, Liliane Roriz, lamenta a iniciativa do BRB e da Arena BSB. “Era uma homenagem a um grande jogador. Se fizessem uma consulta popular, aposto que a maioria iria manter o nome. Seria mais democrático. Deve prevalecer a vontade da maioria. Assim aprendi com meu pai, Joaquim Roriz, fervoroso botafoguense”. PATUSCADA – O deputado Chico Vigilante (PT) também reagiu. Ele vai representar junto ao TCDF e questionar o GDF sobre contrato. “O BRB tem que servir para desenvolver a economia local, financiar empresários da cidade, em vez de repassar dinheiro para uma empresa cuja privatização aconteceu mediante questionamentos”. Ele quer saber quanto o BRB vai gastar com essa “patuscada”. E ressalta: os recursos seriam melhor empregados na cultura e no esporte no DF.

“BRB terá retorno de imagem” O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, justificou que o banco “sempre associou sua história à de Brasília e dos brasilienses”, e que, “em meio ao nosso processo de crescimento, o compromisso é reforçar essa identidade e ligação com as origens, trazendo retorno para a nossa cidade”. Para o executivo, a mudança de nome do estádio vai contribuir para o retorno de imagem de forma ampla, e está em linha com a estratégia de expansão do BRB.


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QUESTÕES DA ALMA

Anna Ribeiro O que levar na mala? E o mais importante: o que deixar para trás? O que era desnecessário, pesado, obsoleto, passado: mágoas, expectativas frustradas, projeções de felicidade Serão seis dias, cinco noites e uma vida inteira a ser remontada. O que levar na mala – e o mais importante: o que deixar para

trás? Foi a primeira vez que fiz a mala assim. Pensando no que eu deixaria. O que era desnecessário, pesado, obsoleto, passado. As

ESPÍRITA

José Matos Olho grande e inveja Não é superstição. É uma energia negativa irradiada para atrapalhar o êxito de quem “dá com a língua nos dentes” Olho grande existe e não é superstição. É uma energia negativa que é irradiada para atrapalhar o êxito de quem “dá com a língua nos dentes”. Evite falar dos seus planos e êxitos. As pessoas, em geral, não sabem alegrar-se com o sucesso dos outros. Você conta tudo o que vai fazer, não dá certo e

você pensa que é azar ou macumba? Não. É a tua língua que te derrota. Cala a boca! Vivemos num oceano de energias boas e ruins. Faça o bem, vibre no bem e você atrairá as boas energias que circulam em nosso meio. Aprenda a irradiar o bem, orar pelos outros, fazer o bem sem segundas

mágoas, as expectativas frustradas, as projeções de felicidade. Tudo isso pode ficar para trás. Não há mala, avião, nave espacial que comporte algo tão pesado. É preciso deixar. Descarregar o peso morto. Morto, passado, sem vida, já vivido, ultrapassado. Deixo ir. Na bagagem só o que for leve, só o que me leve adiante. Leve. Serão seis dias, cinco noites e uma vida inteira a ser remontada. No itinerário está implícito resgatar afagos e afetos. Pés descalços, cara limpa, cabelos soltos. Leve! É tempo de ser e sentir de verdade. É tempo de perdão, o único possível, o autoperdão, e tantas outras coisas que só mesmo uma viagem pode fazer. Uma vida inteira a ser revivida em seis dias, cinco noites, incontáveis risos, abraços e aco-

lhimento das diferenças. Parece pouco, mas não é. No itinerário está implícito revisitar a infância, com direito a doces e sorrisos, comida afetiva, café com açúcar e cicatrização de feridas. Revisito a adolescência, testo os limites. Agora, de um jeito novo, limite entre uma onda e outra. É tempo de resgatar afagos e afetos. Perdão e tantas outras coisas que só mesmo uma viagem interna é capaz de fazer. Uma vida inteira a ser revivida em seis dias, cinco noites. O tempo, implacável como sempre, agora me parece amigável, justo e até bondoso. Serão seis dias, cinco noites que se repetirão incontáveis vezes dentro de mim.

intenções. É assim que você anula as energias negativas. Quando situações de fracasso e derrota se repetirem na sua vida, pergunte-se: O que ando pensando, falando, fazendo? mude! Padre Cícero, ensinava: “quando as coisas não estiverem boas pra vocês, mude, nem que seja os móveis de lugar”. Tudo é sintonia. Na faixa que você vibrar, atrairá. Mude o pensamento pela leitura edificante, palestras, conversas, ações no bem e tudo melhora. Há pessoas de sorte? Não. Há pessoas prudentes, organizadas e de bom coração que fazem o bem, pensam no bem e atraem o bem pela sintonia e pelo crédito que criam. Há pessoas azaradas? Não. Há pessoas negativas, nocivas que vibram na faixa da inveja, da maldade e atraem, pela sin-

tonia e Lei de Retorno, o que desejam aos outros! Macumba existe? É muito rara, vinda dos outros. A macumba real vem das próprias pessoas que cultivam maldade, inveja e pensamentos ruins. Mas se alguém dirigir uma macumba contra você e você for do bem, que ora e pratica caridade, ela voltará para quem fez e para quem mandou fazer. Quando alguém, dito azarado, muda de atitude, vigia os pensamentos, deseja e faz o bem aos outros, sua vida melhora, gradativamente. Aprenda com Jesus a chamada “Regra de Ouro”: Não faça ao outro o que não gostaria que fizessem com você. Faça ao outro o que gostaria de receber.

Anna Ribeiro Escritora

José Matos

Professor e palestrante


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Gastronomia ESPECIAL DICAS DE NATAL

CLASSIFICAÇÃO $ - BARATO $$ - MÉDIO $$$ - ALTO $$$$ - CARÍSSIMO

Dedé Roriz

Empresário e radialista divulgando a boa gastronomia e eventos de Brasília Instagram: @dederoriz

CHIC CHEF

DIVULGAÇÃO

Para quem não quer ter trabalho durante as festas Se o seu réveillon vai ser em casa, aproveite que a Chic Chef Congelados Gourmet montou um cardápio exclusivo para as festas de fim de ano. A empresária Andréa Roriz, que se especializou em comidas práticas para o dia a dia pensou em pratos para quem não quer trabalho nas festas. O máximo que a pessoa terá de fazer é levar os tabuleiros ao forno para aquecer! As encomendas são limitadas, mas a Chic Cchef ainda está aceitando pedidos de última hora. Os empadões da Chic Chef são um dos melhores de Brasília. Neste réveillon o cardápio terá empadão de pernil e empadão de camarão,

além de quiche de bacalhau e de frango defumado com abacaxi. O filé aos três queijos é o prato mais vendido e está no cardápio de Natal, além do camarão ao Thermidor. Também não faltará o tradicional pernil decorado e farofa de cebola. Uma curiosidade sobre Andrea Roriz é que, quando ela foi fazer o curso de culinária em Miami, chegou a cozinhar para o dono do Paris, 6 Izaac Azaar, e sua esposa Caroline. MAIS INFORMAÇÕES: Instagram: chic.chef.brasília Celular: 61-99585-9161

2021 foi mais um ano difícil. De muitos sacrifícios, desafios e incertezas. Mas também foi um ano de muito trabalho e de cuidados com as pessoas que mais precisam. Esse trabalho e esses cuidados trouxeram mais esperança. Geraram empregos e reforçaram a nossa certeza de que, um dia, os momentos difíceis iriam passar. Que venha 2022. Estamos preparados. Estamos prontos para voltar a sorrir e sermos felizes outra vez. Feliz Ano Novo.

O GDF trabalha para que em 2022 você tenha mais motivos para sorrir.


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