Jornal Brasília Capital 353

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Brasília Capital n Política n 6 n Brasília, 10 a 16 de março de 2018 - bsbcapital.com.br

SERGIO KREMER / DIVULGAÇÃO

Janela para interesses próprios Durante 30 dias está liberado o troca-troca partidário para as eleições deste ano da base estão se saindo bem nesse movimento. Agora, é cedo para dizer, mas omeçou na quarta-feira (7) a nossa expectativa é de que tenhamos e irá até 7 de abril o troca- na base um saldo positivo”, diz. Na avaliação de Roberto Pontes, -troca partidário para as eleições deste ano. Nes- consultor da Câmara, as janelas partise período de 30 dias da dárias abrem a possibilidade de adechamada janela partidária, os parla- quação das leis às necessidades reais mentares podem mudar de legenda da política. “Quando uma regra é sem perder o mandato. Isso porque o muito rígida, sempre se buscam alterentendimento é de que as vagas pre- nativas para que a realidade se impoenchidas em eleições proporcionais nha. A política é dinâmica. No último pertencem aos partidos e não aos par- ano da legislatura, num período de lamentares. Por causa dessa interpre- um mês, não me parece que fragiliza o princípio da fidelidade tação, uma lei foi criapartidária”, argumenta. da institucionalizando Já o líder do PSol, dea janela para ajeitar a “Transformou-se putado Ivan Valente (SP), situação. num grande diz que a lei mancha a Em 2016, isso perbalcão de atividade dos próprios mitiu que mais de 90 políticos. “A janela se deputados mudassem negócios aqui na transformou num grande partido. Legendas Câmara. Isso é de balcão de negócios como PT, PMDB e PSDB aqui na Câmara, e isso é perderam deputados e lamentável porque lamentável porque desPP, PR, PSD e DEM, endesmoraliza moraliza a política. Nós tre outras, ganharam a política” somos a favor da fidelidanovos representantes. de partidária, mas havenO maior perdedor à Ivan Valente do a janela partidária e a época foi o Partido transferência, ela não poda Mulher Brasileira (PMB), que hoje não tem mais re- de se dar em termos de negociação”, presentante na Câmara. No início de diz Valente. Desde o início da atual legislatura, 2016, o PMB tinha dezenove deputados. No fim de março daquele ano, em 2015, até fevereiro último, a Câmara registrou 185 movimentações contava com apenas um. O líder do governo na Câmara, partidárias, o que não significa, necesAguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirma es- sariamente, que 185 deputados trocatar acompanhando a movimentação e ram de partido, porque o parlamenavalia que o Planalto não sairá preju- tar pode ter mudado mais de uma vez dicado. “Nós temos acompanhado, ló- durante o período. gico, e eu estou vendo que os partidos

Da Redação

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Sandra Faraj foi inocentada na Câmara sob alegação de falta de provas

Denúncia à espera de votos Tribunal adia pela segunda vez decisão sobre acusação de estelionato contra a distrital Sandra Faraj A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) sobre aceitar ou não denúncia contra a deputada distrital Sandra Faraj (ex-SD), por crime de estelionato, foi adiada pela segunda vez na terça-feira (6). Existe a possibilidade de os desembargadores concluírem a votação a terça (13), uma semana após o segundo adiamento. A interrupção do julgamento ocorreu quando havia seis votos a favor de Sandra e três votos contrários. Um desembargador pediu mais tempo para analisar o processo. O advogado da deputada, Cléber Lopes, disse ao Brasília Capital que só comentará o caso depois do julgamento no TJDFT. Ele acha que avaliações suas antes da decisão poderão prejudicar sua clien-

te. Também assegurou que a parlamentar não comentará a situação. Sandra é acusada pelo Ministério Público de obter vantagem indevida ao embolsar verba indenizatória que deveria pagar um contrato de publicidade. Neste caso, a empresa responsável pelos serviços, Netpub, cobrou R$ 150 mil. O dinheiro teria saído dos cofres da Câmara Legislativa mas não chegou à empresa. De acordo com o MP, a Netpub firmou contrato com Sandra em 2015 para fornecer serviços de publicidade e informática no valor de R$ 174 mil. Depois de dois anos, teria recebido somente R$ 31,8 mil. Na Câmara, por quebra de decoro parlamentar, o caso foi arquivado sob alegação de falta de provas.


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