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Q U A RTA - F E I R A , 1 7
DE ABRIL DE
2013
Brasil&Mundo
NOTÍCIAS SOBRE COMPORTAMENTO, CALAMIDADE E CRIMES
CARANDIRU Ex-governador diz que não autorizou o massacre do Carandiru
Fleury nega ter dado ordem
O
então governador à época em que ocorreu o Massacre do Carandiru, Luis Antonio Fleury Filho, prestou depoimento no Júri Popular sobre o caso, que acontece no Fórum da Barra Funda, em São Paulo. O ex-governador disse não ter dado a ordem para a invasão policial ao presídio, quando 111 presos foram mortos. Ele garantiu que, se estivesse em São Paulo naquela dia, teria dado a autorização. “Não dei ordem para a entrada. Mas a entrada foi absolutamente necessária e legítima. Se estivesse no meu gabinete, teria dado [a autorização para a invasão da polícia]. A polícia não pode se omitir”, disse ele, durante o depoimento, que teve início por volta das 15h20 de ontem (16). A Polícia Militar entrou no Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru pouco depois do início de uma rebelião de presos. Segundo Fleury Filho, a informação era de que
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EX-GOVERNADOR disse que a polícia não pode se omitir
alguns presos haviam morrido, após uma briga entre os próprios detentos. Durante o depoimento, o ex-governador assumiu a res-
ponsabilidade política pelo episódio, mas negou qualquer outra. “A responsabilidade política do episódio é minha. A criminal cabe ao tribunal res-
ponder”. Em depoimento de 40 minutos, Fleury Filho contou que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992. “Era véspera de eleição municipal e estava em Sorocaba, porque sabíamos que em São Paulo não tinha possibilidade de o meu candidato se eleger prefeito”. Em Sorocaba, Fleury Filho disse ter recebido um recado dizendo que o secretário Claudio Alvarenga queria falar com ele. “Saí de lá (de Sorocaba) de helicóptero por volta das 16h ou 16h30. Quando cheguei no Palácio dos Bandeirantes, descobri que tinha ocorrido a invasão. Liguei, então, para o Campos e perguntei se havia necessidade de a polícia ter entrado. Ele me disse que sim”, contou o ex-governador. Fleury Filho foi a quarta testemunha de defesa ouvida na terça-feira, segundo dia do julgamento.
O PRESIDENTE dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o FBI, polícia federal norte-americana, investiga “um ato de terrorismo”, ao se referir às explosões registradas na segunda-feira na maratona de Boston.
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Cidades-sede já têm cobertura 4G O Brasil é o primeiro país da América Latina a lançar serviço de internet móvel com tecnologia de quarta geração (4G). Uma das empresas que oferecem o serviço, a Claro, lançou ontem (16) o serviço nas seis cidades que sediarão a Copa das Confederações – Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte e Salvador. “Já fizemos um investimento de R$ 510 milhões na primeira etapa de instalação dos serviços, o que deverá garantir a qualidade do serviço. Além dessas seis cidades, mais cinco oferecem os serviços”, disse o presidente da Claro no Brasil, Carlos Zenteno, referindo-se a Porto Alegre, Curitiba, Parati, Campos do Jordão e Búzios. Segundo Zenteno, os testes iniciais apontaram que o resultado foi “muito bom” nas cidades onde foram feitos. “A cobertura será completa nas seis cidades que sediarão os jogos da Copa das Confederações. Vamos cobrir 90% das áre-
as principais dessas cidades, bem como nos estádios e aeroportos”, disse pouco antes de iniciar videoconferência entre as seis cidades, usando a nova tecnologia. Durante o lançamento, a velocidade de conexão atingiu a velocidade de 42 megabits por segundo. Ao chegar ao evento, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, lembrou que a Copa de 2014 será o primeiro evento mundial com tecnologia 4G e que, com a nova tecnologia, o serviço 3G provavelmente vai melhorar, já que vários usuários devem migrar para o 4G, descongestionado o serviço atual. “Obviamente será um serviço mais caro do que as tecnologias anteriores, mas a tendência é de diminuição do preço”, disse o ministro. “Comprei um pacote [4G] em Curitiba e paguei mais barato do que o que comprei em 2010, de tecnologia 3G”, acrescentou Paulo Bernardo.