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Eça de Queirós - um dos nossos maiores escritores

Foi inaugurada, a 30 de abril, a exposição sobre o grande escritor, José Maria de Eça de Queirós, na Biblioteca Escolar.
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Esta exposição deveu-se à parceria entre a Biblioteca Escolar e a Professora Carmo Pires, que disponibilizou materiais e informação fundamental para uma mostra interessante, sobre o espaço habitado pelo escritor, nesta Cidade do Porto.
Como tal, na exposição encontram-se referências ao tempo em que Eça viveu na Cidade do Porto e os lugares emblemáticos que frequentou, tais como o Grande Hotel do Porto ou o Hotel Paris…
Nascido na Póvoa de Varzim em 25 de novembro de 1845, cedo veio para o Colégio da Lapa, onde conheceu os dois filhos do Conde de Resende, Luís e Manuel, dos quais também se tornou amigo. Assim, passou a frequentar a Quinta de Santo Ovídio e aí conheceu a sua futura noiva.

D. Luís de Castro, Conde de Resende, amigo de Eça, era irmão de Emília de Castro Pamplona, com quem Eça de Queirós casou, após alguma troca de registos epistolares, exibidos na exposição. Tinha Eça 40 anos, mais 12 anos que Emília Pamplona, quando casou a 10 de Fevereiro de 1886, após cinco meses de noivado, no solar de Santo Ovídio, Esta Quinta de Santo Ovídio estendia-se desde a Rua de Cedofeita até ao antigo Campo de Santo Ovídio, atual praça da República. Era uma bela e vastíssima Quinta com enormes parques, campos de cultura e jardins. Em finais do século XIX, seria vendida e urbanizada, situando-se a atual Rua Álvares Cabral, onde existem as mais belas residências daquele período, recentemente classificadas como de Interesse Público.
Do casamento com D. Emília Pamplona, teve 4 filhos: Maria (16-1-1887), José Maria (26 -2 -1888), Alberto (16-4-1894) e António (28-12-1889).
Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris. Teve um funeral de Estado, foi sepultado em Cemitério dos Prazeres de Lisboa, mas mais tarde foi transladado para o cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião.
Um pouco mais sobre Eça de Queirós: As obras de Eça de Queiroz foram traduzidas em cerca de 20 línguas e, sendo um escritor reconhecido pelo olhar crítico da sociedade portuguesa, a sua obra vem revelar costumes e propõe ao futuro o questionamento do que há-de vir. "O Crime do Padre Amaro" foi o seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do Realismo em Portugal. Foi considerado o melhor romance realista português do século XIX. A sua obraprima “Os Maias”, publicado pela Livraria Lello & Irmão no Porto, em 1888, ocupa-se da história da família Maia ao longo de três gerações e faz uma crítica aos costumes e pode falar de Portugal, no período histórico a que se reporta.
Estas e muitas outras obras devem-se a este génio da escrita que põe nelas as suas viagens, o seu humor e a sua cultura, das quais ainda se destacam: A Tragédia da Rua das Flores, O Primo Basílio, O Mandarim, A Relíquia, A Ilustre Casa de Ramires, A Cidade e as Serras, Contos, Prosas Bárbaras, O Conde de Abranhos, O Egito, entre outros.