Jornal arinos edição 991

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02 OPINIÃO

12 A 18 DE DEZEMBRO DE 2013

Artigo/Crônica

De onde vem a calma daquele cara?

É claro que me sentiria tão melhor mesmo se Eu me esforcei a eu visse aquele garomelhorar, e consegui, to sair andando e pueu melhorei o meu lando, quebrando todo humor, e como con- aquele hospital, com sequência a minha peripécias de crianças vida. Mas não me per- não doentes. Mas me gunte como consegui senti um tanto bem em essa proeza, pois, a saber que se ele pode minha fórmula de fe- sorrir, mesmo com um licidade não é a mes- problema maior até ma do resto do mun- que ele, eu também do. Alias, parece que posso com os meus o mundo ainda não problemas inúteis. aprendeu nem a dar Outro dia o sol me ‘Bom dia’, simples fra- acordou, vazou a jase essa que para mim nela e deu de cara em faz enorme diferença. mim. Levantei junto Existem pessoas com o Galo, e liguei que sofrem com a vida, a televisão para um e sofrem tanto, que café matinal. Não deteriam milhões de mo- veria ter feito aquilo. O tivos para nem sequer café, um tanto quanto gostar de viver, porém, doce, contrastava com surpreendem até a a difícil notícia que a própria alma, e sorriem âncora do jornal nopor qualquer situação. ticiava, logo nas priDigo isso, pois vi há al- meiras horas do dia. guns dias uma criança Dizia a moça jorna cama de um hospi- nalista que na matal, com uma doença drugada anterior três de nome impronunciá- pessoas morreram em vel, respirando com a decorrência da chuva ajuda da tecnologia, e que em duas horas que sorria muito mais caiu sobre aquele lugar do que eu, que tenho o previsto para todo uma saúde intocável. o mês. As pessoas Resisto à ideia de morreram soterradas, que criança não sabe pois, a casa de mao que está acontecen- deira, carcomida pelo do ao seu redor e por tempo, em que moraisso consegue sorrir vam, não aguentou a diante às adversida- mais uma tempestades. Tenho a opinião de. E eu reclamei do de que a criança, por sol que me acordou ainda não ser moldada sem pedir licença... pelo mundo, consegue E com essa notíter a verdadeira noção cia começou o meu de tudo o que se aco- dia. Dia comum que mete. Enfim, cheguei terminou numa cama à conclusão de que o aconchegante, dentro sorriso de uma crian- de uma casa segura ça doente, na cama de de qualquer revolta um hospital, com apa- da natureza. Como relhos ligados ao seu em tantos outros dias. corpo, é a verdadeira Cama boa, comida resposta às dificulda- boa, chuveiro quente, des que imaginamos felicidade particular. passar diariamente. Não demorou muito A nossa dificuldade para essa rotina boba e é a solução de mui- boa me mostrar a maior tos outros problemas. conclusão de meus E com essa pers- dias até aqui: a felicidapectiva enxerguei a mu- de não pode ser partidança, e fui atrás dela. cular. E quando é asAssim, de uns dias até sim todos os seres do aqui me senti melhor. mundo estão errados. Por Kallil Dib

(65) 3308.2222 Redação/Comercial

E é por isso que esse nosso mundo está de cabeça para baixo. A felicidade de uma pessoa deve ser contagiante e um sorriso de uma criança deve ser o combustível para que possamos um dia mudar a nossa realidade. É assustador perceber o consenso de qualquer roda de conversa ao surgir um assunto dizendo que esse nosso mundo está perdido. Não vejo ninguém defender a ideia de que todos nós somos tão pessimistas em achar tudo errado nesse universo. Porém, ainda alimento a esperança de tudo mudar ao ver o também consenso da maioria em afirmar que existem perspectivas, e que um dia tudo pode ser diferente, nem que o mundo comece novamente. Mas, efetivas razões por vezes me desanimam, e me deixam à vontade para jogar tudo pro alto, me abaixar ao mundo, e desistir de todas as minhas inspirações. Pois, recebi a notícia de que o garoto doente de cama, não se sustentou apenas por seu sorriso doce e encantador. Milhares de outras famílias morreram em tempestades, por não terem onde morar. E nas rodas de conversas o principal assunto é o mesmo, e as soluções as mesmas, porém, ninguém se meche para ser o salvador. Então, eu mantenho a calma; a calma que não sei de onde vem. Talvez seja de um Ser superior, ou da lembrança de um since ro sorriso. Sorriso salvador que só poderia vir de uma criança que não estava nem aí pra esse mundo perdido.

Se o sangue é vermelho, porque vemos as veias azuis? Você sabia que nossas veias são transparentes e nosso sangue é realmente vermelho devido a um pigmento chamado hemoglobina (célula rica em ferro) que dá a coloração.Como nossa veia não ter cor e nosso sangue é vermelho, o ideal é que as veias parecessem também avermelhadas, mas não é isso que nossos olhos enxergam. Quando a luz atravessa nossa pele, a frequência de ondas luminosas vermelhas é absorvida, e apenas a azul é rebatida.Segundo uma crença bem antiga, costumava-se dizer que a nobreza tem sangue azul, e isso faz sentido, pois de uma raça de pele sempre muito branca. Quanto mais oxigenado for o sangue, a coloração vermelha é mais vibrante. E se o sangue acabou de vir dos pulmões, onde é “recarregado” de oxigênio, ele será mais vivo e brilhante. No final do trajeto, já nos capilares, pequenos vasos que irrigam o oxigênio nos órgãos (seus lábios, por exemplo, são vermelhos devido aos capilares), para então voltar ao coração e no caminho de volta ao coração, ele passa pelas veias, já sem tanto oxigênio, e aí já é um vermelho escuro, quase roxo. Chegando ao pulmão começa tudo de novo. SEMENTE DE FÉ

O livro desprezado Certa vez, um chefe africano foi aprisionado por um inimigo tribal, e na terra do seu cativeiro podia locomover-se livremente, exceto por uma pesada cadeia de ferro em cada tornozelo, que lhe impedia de tentar a fuga. Um viajante europeu o viu e dele se compadeceu, mas não tentou ajudá-lo abertamente porque estava sendo observado. Obteve, contudo, a permissão de dar ao cativo um livro. O chefe ficou desapontado quando o recebeu, porque não desejava um livro. Por conseguinte, foi o livro posto de lado e logo esquecido. Três anos mais tarde, num momento de ociosidade, o prisioneiro apanhou o livro e o examinou cuidadosamente. Havia alguma coisa dura no dorso. Puxou-a, e eis que era uma lima, justamente o instrumento que mais ambicionava. Foi para o mato e trabalhou nas correntes até que elas caíram. Viajando de noite e escondendo-se de dia, pôs-se a caminho de sua terra. Viu-se livre, enfim, mas não podia olvidar os três anos de cativeiro que sofrera por negligenciar a leitura do livro. Transcorridos alguns anos mais, chegaram os missionários em seu país. O chefe descobriu, com grande surpresa, que o livro que havia desprezado era a Palavra de Deus, e ao aprender lê-lo, esta lhe falou ao coração. Reconheceu agora que, embora estivesse livre fisicamente, era escravo do pecado. Aceitando a mensagem do livro como seu código de vida e a Cristo como Aquele que podia resgatá-lo, experimentou, pela primeira vez, uma liberdade verdadeira e completa.

Pr Christian Piovesan

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