Jornal O DIA

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Jornal o dia Sábado, 7/maio/2011

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educação

Uespi terá plano de ação para angariar recursos e investimentos Universidade deve eleger prioridades para investimentos a curto e a longo prazo Repórter

Estudantes, professores, servidores, reitoria e parlamentares estiveram reunidos na manhã de ontem (6) na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) no campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, para discutir ações efetivas para a instituição. O consenso entre os participantes, inclusive o Ministério Público do Estado (MPE), é que a universidade, segunda maior estadual do país, deve ter um planejamento estratégico. A meta, de acordo com o debate, é que a Uespi tenha prioridades definidas para que investimentos sejam feitos a curto e a longo prazo. A previsão é que o plano de ação voltado para estruturar minimamente a universidade comece a ser elaborado durante um seminário que discutirá as necessidades mais urgentes da instituição. O reitor Carlos Alberto informou que a administração da Universidade já iniciou um levantamento prévio e

apontou que para dar as condições estruturais mínimas de funcionamento é preciso investimentos no valor de R$ 200 milhões. “Porque os recursos que disponibilizamos hoje são voltados apenas para pagamento da folha de pessoal e cumprimento de obrigações sociais, como água e luz. Eu só posso resolver os problemas da Uespi com o financeiro. Não tem mágica”, disse alegando ainda que o orçamento atual da instituição é insuficiente. Para a estudante Sara Fontenele, os problemas da Uespi não podem ser resumidos apenas às questões estruturais. Ela apontou que a instituição deve oferecer à comunidade acadêmica assistência estudantil e incentivo à pesquisa e à extensão. “Laboratórios, livros são apenas condições mínimas. Precisamos de um ensino de qualidade e isso vai além da estrutura física”, disse. O deputado estadual Firmino Filho (PSDB) defendeu a necessidade da autonomia financeira da

Universidade e da aplicação dos recursos previstos no orçamento da instituição. “Se é previsto R$ 7 milhões que todo o recurso seja aplicado. Só assim faz sentido em falar de autonomia financeira da Uespi”, completou. Já o deputado João de Deus (PT) destacou que através de um planejamento estratégico “será possível saber as condições a serem dadas para a universidade”. E afirmou: “A universidade precisa cumprir seu papel na sociedade piauiense e para isso é preciso investimentos”. O promotor dos Feitos da Fazenda Pública, Fernando Santos, lembrou do acompanhamento que o Ministério Público vem fazendo no caso da Uespi e reafirmou o comprometimento da instituição em ajudar na resolução do impasse. “Estamos atentos no que se refere à administração da universidade para que possamos acompanhar de perto aspectos como as obras inacabadas e a realização de concurso público para professores e servidores da Uespi”, pontuou.

reunião Comunidade universitária participou da reunião para definir futuro da Uespi

sem teto

Famílias reivindicam área ocupada na região da Vila Irmã Dulce O local ainda é coberto por mato e árvores. Ao poucos, homens, mulheres e crianças tentam construir o sonho de ter um local para dar prosseguimento às suas histórias. Mas o caminho parece não ser tão fácil assim. Cerca de 20 famílias ocupam atualmente uma parte de um terreno da Prefeitura de Teresina, localizado na região da Vila Irmã Dulce, zona Sudeste da cidade, esperando algum dia ter a posse definitiva da terra. E assim construir seu próprio teto.

Eliene de Nazaré, 29 anos, relatou que as famílias haviam ocupado uma área particular, mas foram despejadas violentamente pelo proprietário da área. “Quem tinha um pouco de dinheiro comprou um lote. Mas a gente não tem como comprar e nos mudamos para essa área que é da Prefeitura. Mas quase todos os dias mandam a gente sair”, disse. Maria dos Remédios, 30 anos, também sofre com a incerteza. “A gente só quer um local para pode ficar tran-

quilo. Temos crianças e todo dia a gente tenta montar a nossa casa mesmo de taipa para passar a noite”, comentou. No local, enquanto os homens são m busca de material para a construção das pequenas casas de taipa, mulheres e crianças fazem trabalho de vigília. Isso acontece durante quase todos os dias. Por enquanto, as famílias estão aguardando um posicionamento da Prefeitura para conquistar a posse definitiva do local. (Mayara Bastos)

urbanização Assis Fernandes/ O DIA

Mayara Bastos

Raoni Barbosa/ O DIA

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Moradores do Residencial Prado Júnior sofrem com avenida esburacada e lamaçal Juliana Dias

Natacha Maranhão

Especial para Em Dia

Editora

Logo na chegada ao Residencial Prado Júnior, na zona Norte de Teresina, o retrato do abandono. A água das chuvas se acumula na entrada do conjunto, formando uma enorme poça. Mais adiante, na avenida Jango, que corta o residencial, os carros se deparam com um filão de buracos na pista, que os obriga a entrar na contramão. No mesmo local, a reportagem de O DIA flagrou uma cena, no mínimo, curiosa. Os próprios moradores do conjunto, cansados de esperar pelo Poder Público, tomaram a iniciativa de capinar o canteiro central da via, tomado pelo mato. Deficiente físico, Gilmar Machado, 40 anos, é um dos moradores empenhados nesse trabalho. Ele falou dos problemas vividos pela comunidade. “A dificuldade está muito grande. É buraqueira, é

lamaçal. Na minha casa, não tem acessibilidade, sendo que esse conjunto foi feito com cota para deficientes. Tinha uma rampa, mas quebraram para fazer umas obras. Eu tenho que entrar pela porta dos fundos”, contou. O campo de futebol está cercado pelo mato. De acordo com Gilvan Santos, membro da Associação de Moradores do Conjunto, depois de muitas reclamações, uma equipe da SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano) Centro/Norte esteve no local e começou a limpeza em torno do campo, mas o serviço foi interrompido dois dias depois, antes da conclusão. No Residencial Prado Júnior e no Portal Nova Teresina, que fica ao lado, algumas ruas estão sem calçamento, e as poças de água

dificultam o acesso. “Quando chove, fica um mar de água. Cada vez fica pior. Já pedimos, mas a Prefeitura não resolve”, disse o vigia José Nilson Viana Filho, 42 anos. Vários ofícios já foram encaminhados pela Associação de Moradores à SDU Centro/ Norte, pedindo obras de drenagem ou construção de galerias e de calçamento. A SDU Centro/Norte informou que, quanto ao aterramento da área na entrada do conjunto, o trabalho, adiado devido a um problema nas máquinas, deve ter início na próxima semana. A limpeza do campo de futebol está no cronograma e deve ser feita também na próxima semana, segundo informou. Em relação à avenida esburacada, a SDU Centro/ Norte comunicou que oito equipes da Operação TapaBuracos estão percorrendo toda a cidade, sendo encarregadas de resolver o problema.


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