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Teresina, Terça, 20 de Dezembro de 2011

Editor: Marcelo Costa// email: jornalodia@jornalodia.com.br // Fale conosco: 86 2106.9924

Alimentação

Consumo do sal em grande quantidade pode afetar o coração, rins e cérebro Por provocar a retenção de líquidos no organismo, o sal acaba sendo um dos principais vilões do nosso organismo Marcelo Costa Editor Ele está presente na grande maioria dos alimentos que consumimos diariamente e é responsável por dar um sabor todo especial a eles, mas se consumido em grandes quantidades e por um longo tempo pode se transformar em um dos maiores vilões da saúde do ser humano. O médico cardiologista, Victor Lira de Carvalho, explica que isso acontece por o sal retém água no corpo e isso aumenta a pressão arterial. “Quanto mais se consume sal, menos urina. E as consequências disso são muito ruins”, explica. Victor Lira acrescenta ainda que “não sentir nada” não significa que está tudo bem. Isso porque normalmente a hipertensão arterial não apresenta nenhum sintoma. “Algumas pessoas chegam a sentir um mal estar e dor de cabeça, mas isso não é uma regra. Geralmente ela

(hipertensão arterial) não causa nenhum sintoma”, alerta. E já que não sentem nada, o mais comum acontecer é as pessoas continuarem consumindo muito sal todos os dias. Os danos deste alto consumo podem atingir os vasos do coração, dos rins e do cérebro, provocando infartos, insuficiência renal, arteriosclerose e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Onde se encontra As principais fontes de sal são os alimentos industrializados, cujo o produto é utilizado principalmente nos conservantes. “Muita gente não imagina, mas a Coca-Cola Light e Diet, por exemplo, apesar de não ter açúcar, possui uma grande quantidade de sal. Da mesma forma são os alimentos enlatados”, disse. O médico, no entanto, diz que tudo depende do estilo de vida e que o sal pode ser consumido, desde que em quantidades moderadas. “O mais comum é as pessoas reclamarem que sem o

O médico Victor Lira lembra que os alimentos industrializados possuem sempre muito sal sal a comida perde o sabor, mas existem boas alternativas. Uma delas é o uso do limão, do vinagre e de

ervas para dar um ganho maior ao sabor”, ressalta. A atividade física é outra ação bastante recomen-

dada pelos médicos, não só para o controle da pressão arterial, mas para todos os outros problemas do

nosso organismo. “Quando você pratica uma atividade física, naquele momento a sua pressão sobe, e isso é normal. Mas quando seu organismo volta ao estado de antes suas artérias estarão muito mais preparadas, mais adaptadas, digamos assim, para um aumento de pressão”, explicou. O infarto O médico Victor Lira destacou ainda que normalmente os infartos estão ligados a uma série de fatores. Segundo ele, quando acontece em pessoas com menos de 40 anos quase sempre tem como causa fatores genéticos. Já em quem passou dos 40 e quer evitar um problema desta gravidade precisa estar atento ao controle da hipertensão, do colesterol, diabetes e do sobrepeso. “E vale sempre repetir: uma das melhores coisas para isso é desenvolver uma atividade física, pelo menos durante 50 minutos por dia”, concluiu.

Mudanças

Dieta

Planos de saúde agora têm prazo máximo para agendar consultas e exames

Comer menos mantém a mente jovem e a longevidade, diz estudo

Katylenin França Especial para Em dia Entrou em vigor na manhã de ontem (19) a norma da Agência Nacional de Saúde (ANS) que estabelece prazos máximos para a realização de consultas, cirurgias e exames pelos planos de saúde. Com a nova regra, beneficiários não poderão esperar mais do que sete dias para uma consulta com especialistas das áreas mais procuradas como pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia. Para outras especialidades o prazo é dobro: 14 dias. Além disso, há ainda, um prazo de três dias úteis para serviços de diagnóstico por laboratório de análise clínica em regime ambulatorial, 21 dias para procedimentos de alta complexidade, entre outros. Sessões e consultas com psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos devem acontecer dentro de 10 dias, assim como

outras demandas, como exames e terapias. A norma, que foi aprovada em junho, entraria em vigor no dia 19 de setembro, mas teve sua data adiada para que as operadoras de planos tivessem um prazo de adaptação às regras. Para dona de casa, Sônia Oliveira, a medida é no mínimo uma garantia de que seus direitos serão atendidos, já que pelo atual plano de saúde contratado por seu marido, as consultas demoram, em média, um mês e 15 dias para acontecer. “Como o meu plano atende várias empresas, acho que a demanda para eles está cada vez maior. Assim que contratamos o serviço, conseguíamos agendar consulta para o outro dia. Mas agora, uma simples consulta com o endocrinologista que me acompanha há anos, demora mais de um mês para acontecer. Para mim, isso sempre foi um absurdo já que estamos pagando por um serviço, parece até

que é o sistema de saúde pública”, reclamou. A partir de agora, se o consumidor não conseguir uma consulta na prestadora credenciada ao plano, no prazo previsto pela lei, ele poderá acionar a operadora e obter uma alternativa para atendimento solicitado. A orientação da ANS é que esse beneficiário acione a operadora para obter uma alternativa ao atendimento solicitado. Neste caso, a escolha do profissional, por sua vez, será da operadora do plano de saúde, que marcará a consulta ou procedimento com o profissional da área solicitada que tiver disponibilidade. Como a cobrança é da operadora do plano e não da rede credencial (hospital), em casos de ausência na rede de assistência, a operadora terá a obrigação de garantir o atendimento em outra rede não credenciada ou transporte do cliente até uma prestadora credenciada, assim como seu retorno à sua cidade.

O descumprimento da norma pela operadora prevê multa de R$ 80 mil, entre outras penalidades. E, em casos de descumprimentos reincidentes, a operadora poderá passar por medidas administrativas, como a suspensão de serviços e a decretação do regime especial de direção técnica, com a possibilidade, inclusive, de afastamento dos dirigentes da empresa. Para Astrogildo Assunção, presidente da comissão de direitos do consumidor da OAB Piauí, a nova norma é mais uma lei que visa reforçar os direitos do consumidor, além de impor limites para as operadoras de planos, que sem regras claras, vinham abusando dos seus próprios direitos e descumprindo deveres. “Agora o consumidor tem a garantia de que, ao procurar um atendimento, consulta ou exame em uma prestadora de serviços, terá um tempo espera para ser atendido”, declarou o advogado.

SUS

Ministério da Saúde passa a fornecer novos tratamentos contra o infarto Tenecteplase, Alteplase e Clopidogrel podem ser nomes estranhos para a maioria da população, mas representam qualidade de vida para quem sofre de infarto agudo do miocárdio. Esses medicamentos estão na lista dos tratamentos que foram incluídos pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), representando um investimento anual de R$ 34,9 milhões. Além dos medicamentos,

usados na prevenção e dissolução de coágulos que entopem a artéria, também está na lista a Troponina, que oferece um rápido diagnóstico do infarto. Essas medidas foram tomadas com o objetivo de diminuir as mortes e sequelas decorrentes dessa doença, popularmente conhecida por infarto do coração, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, somente em 2009, fez 319 vítimas fatais somente no

Brasil. Como a doença é provocada pelo excesso de gordura nas paredes das artérias do coração, as principais recomendações para prevenir a doença são uma dieta balanceada, a prática regular de atividades físicas, além de evitar o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas. Para o doutor em cardiologia Júlio César Ayres Ferreira Filho, a inclusão dos novos medicamentos

nos tratamentos oferecidos pelo SUS representam um grande avanço para a medicina do Brasil. “Essas novas medicações são fundamentais para um tratamento adequado e otimizado tanto na fase aguda quanto na fase crônica da doença, como é o caso do uso diário de clopidogrel para aqueles que são submetidos a angioplastia com implante de stent com o intuito de evitar rejeição do mesmo”, ressalta.

Cientistas italianos relataram ontem que uma dieta rígida é capaz de preservar o cérebro dos estragos típicos da idade avançada. Em outras palavras: comer menos pode manter a mente jovem. Publicada no jornal americano “PNAS”, a pesquisa tem como base o acompanhamento de camundongos que receberam 70% menos comida do seu consumo normal. Segundo os cientistas, essa dieta com restrição de calorias estimulou uma molécula de proteína, a CREB1. Ela é quem ativa uma série de genes ligados à longevidade e ao bom funcionamento do cérebro. “Nossa esperança é encontrar uma forma de ativar a CREB1 por meio de novas drogas para manter o cérebro jovem sem a necessidade

de uma dieta rigorosa”, diz o principal autor, Giovambattista Pani, pesquisador do Instituto Geral de Patologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Católica do Sagrado Coração, em Roma. A CREB1 é conhecida por regular importantes funções cerebrais como memória, aprendizado e controle da ansiedade e sua atividade é reduzida ou fisiologicamente comprometida pelo envelhecimento, acrescenta o estudo. As cobaias geneticamente modificadas para perder a CREB1 não apresentaram nenhum dos benefícios da memória observados no grupo das que seguiram uma dieta pouco calórica. Mas tiveram as mesmas deficiências das que foram superalimentadas. A conclusão que se chega é que menos é mais.

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