Jornal O DIA

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Opinião

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Teresina, Domingo 25 de Setembro 2011

Editora: Viviane Bandeira // Envie artigos para jornalodia@jornalodia.com.br // Fale conosco: 86 2106.9924

Editorial

A parte de cada um

A Serra do Quilombo, que abrange terras nos municípios de Bom Jesus e Monte Alegre, Sul do Piauí, vive um boom de desenvolvimento proporcionado pelo agronegócio e apresenta uma das maiores produtividades de grãos do país. A estimativa é de que cerca de 150 produtores, de pequenos (terras de até 300 hectares) a grandes (mais de 10 mil hectares), cultivem aproximadamente 150 mil hectares na Serra do Quilombo. Em todo o cerrado piauiense, os números que envolvem a produção de soja, milho, arroz, feijão e algodão são gigantescos: a safra 2011/2012, cuja área plantada é estimada em 550 mil hectares, consumirá 90 mil toneladas de calcário, 25 mil toneladas de gesso, 220 mil toneladas de adubo com base em fósforo, 100 mil toneladas de fertilizantes com base em potássio e R$ 400 milhões de reais em defensivos (como herbicidas e inseticidas). O progresso do

agronegócio no cerrado do Piauí atrai multinacionais como Bunge e Cargill e impulsiona serviços relacionados ao setor, como revendas de insumos e de máquinas agrícolas, transportadores de cargas e passageiros. O comércio local também sente os efeitos da grande produção de grãos e é evidente a multiplicação, nos últimos anos, de mercadinhos e lojas que comercializam produtos de grandes marcas. O setor educacional também ganha investimentos movidos pelo desenvolvimento do agronegócio. O campus Cinobelina Elvas, da Universidade Federal do Piauí, oferece cursos voltados para suprir a demanda de mão de obra para o setor agrícola: Engenharia Agronômica, Zootecnia, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Biologia. Embora esteja em franco desenvolvimento, a Serra do Quilombo carece de infraestrutura: as estradas são ruins e o fornecimento de energia

elétrica é precário. Para suprir essas carências, os produtores costumam reunir-se para fazer melhorias em estradas e pagar para que a energia elétrica chegue a suas fazendas. É urgente investir em melhoramento das condições de tráfego, com a conclusão da ferrovia Transnordestina e da rodovia Transcerrados e em qualificação do abastecimento de energia e água do cerrado, a fim de proporcionar o efetivo desenvolvimento da região. É fundamental garantir não apenas o escoamento ágil da produção, mas todas as condições para que a agroindústria piauiense se modernize e gere mais emprego e mais renda ao povo e ao Estado. Os agricultores e comerciantes da região estão fazendo a sua parte: investindo em tecnologia de produção para evitar o desperdício e os danos ao meio ambiente e gerando o desenvolvimento. Falta o poder público fazer a parte que lhe cabe.

Frases do dia “Eu não encaro como falta de prestígio. Porque o Piauí é um estado com população relativamente pequena, comparado com outros estados como o Maranhão, Ceará, Bahia...portanto, não podemos dizer que estamos sendo preteridos”. Osmar Júnior Deputado federal (PCdoB)

“O Governo disse que não negociaria com a gente em greve e só nos recebia se fizéssemos uma contra-proposta. Nossa parte está feita. Informalmente soubemos que o Governo não vai aceitar. Se for assim, pior. O movimento vai endurecer mais ainda”. José Rodrigues dos Santos Vice-presidente do Sintect-PI

“As SDUs têm um setor para tratar da regularização fundiária, mas percebemos que esse trabalho não estava sendo suficiente. Precisamos de um órgão que pense, 24 horas por dia, a questão habitacional e urbanística”.

João Alberto Secretário de Planejamento da PMT

Artigos Namorar é bom, casar também José Hamilton Bezerra Lima - Promotor de Justiça

No dia 12 de junho, é Dia dos namorados. Dia certamente romântico, de céu mais azul, de brisa suave e aromatizada, de horizontes claros e diáfanos como o coração dos namorados. Ninguém mais feliz que um par de namorados. Vivem eles num mundo de sonhos, de idílios, de fantasias, ao embalo do amor, da ternura e do carinho. O namoro é o vestibular para a faculdade do casamento. É como a infância em relação à maturidade,

portanto uma quadra nimbada ainda de ternura, de encantos, de devaneios, de platonismo. O que torna mais encantador esse período é o modo como um e outro se olham, se contemplam. Os olhos são claros e puros, e só enxergam bondade e virtudes no outro. Os defeitos são adelgaçados pelas lentes coloridas e pelos vitrais da sensibilidade e do coração. Ainda, quando distantes continuam inebriados com o fascínio daqueles olhares tão

meigos e doces, em que se contemplaram longamente. Passam a viver sempre na perenidade desta contemplação mística e espiritual, porque para eles amor é êxtase, é deslumbramento, é transfusão de alma. Costuma-se dizer como aforismo que o casamento é a morte do amor. Isto porque se compara a vida conjugal, na sua rotina, com os tempos de enlevo do namoro. Mas tal não é verdade, se os casados continuassem a se olhar

sempre como namorados. O que faz a diferença é o modo de olhar. O namoro é o encontro de dois olhares. O casamento é a união dos dois olhares. No namoro, os dois olhares se cruzam e se fixam numa hipnose. No casamento, os dois olhares se juntam para mirar na mesma direção, contemplar os mesmos horizontes, os mesmos objetivos. No noivado, o olhar é uma provocação. No casamento, o olhar é uma intenção. No noivado, o

olhar é sempre terno. No casamento, o olhar deve sempre ser eterno. O que mata o amor no casamento é a rotina. O casamento tem que ser uma perene conquista. Uma constante redescoberta. Um continuado amanhecer. Como o músico que cada dia arranca do seu instrumento, por mais familiar que seja, novas harmonias e sinfonias, assim os casados têm que dedilhar no coração novas e diferentes motivações de amor e

de afeto. O coração do outro deve ser como os céus estrelados, que, quanto mais o contemplamos, mais estrelas descobrimos. Meu Domingo de hoje é para Vocês, meus queridos namorados, com votos de que a experiência vivida neste tempo de enlevos, de encantos e ternura continue na perenidade do casamento feliz, na plenitude de um lar iluminado com a mesma luz que hoje brilha nos olhos de Vocês.

Fernanda Lages – Não à impunidade Rosário Bezerra - Vereadora de Teresina (PT)

Aproximando-se o 30° dia da morte da estudante de Direito Fernanda Lages, a sociedade piauiense clama por elucidação do caso. Justiça e punição para os verdadeiros responsáveis por essa barbaridade é uma exigência de todos os cidadãos. A impunidade gera a violência que se reproduz em mais mortes. Nesse momento, manifesto minha irrestrita solidariedade à família e aos amigos de Fernanda, como mãe, filha, mulher e cidadã, por essa perda de uma pessoa amada, cheia de vida e de uma infinita beleza, duas das prin-

cipais características dessa jovem que teve sua trajetória e seus sonhos interrompidos, brusca e covardemente, por uma pessoa ou pessoas que a sociedade precisa tomar conhecimento. Fernanda deixou enorme saudade e uma lacuna profunda entre seus amigos e amigas, tristes e chorosos pela demora da solução do caso. É lamentável constatar que centenas de ocorrências e fatos relacionados com a violência contra a mulher ainda se repetem dia-a-dia sem que os responsáveis sejam exemplarmente punidos conforme manda a Lei Maria da Penha e

outras leis do gênero. O caso Fernanda Lages mexeu fortemente com o sentimento popular e intimou as instituições responsáveis pelo processo a darem uma resposta urgente sobre “o que aconteceu com Fernanda”, sob pena de terem sua credibilidade vigorosamente questionada. Na condição de Presidente da Comissão de Assuntos de Interesse da Mulher da Câmara Municipal de Teresina e membro da Comissão dos Diretos Humanos, estive, no último dia 21/09, juntamente com outras entidades de defesa da Mulher, em

audiência com o Secretário de Segurança, Dr. Raimundo Leite, onde cobramos a solução e celeridade para o processo de Fernanda, além de lembrarmos também outros casos de assassinatos ainda impunes, onde o matador trafega livre e lépido pelas ruas de nossa cidade. O Secretário nos garantiu que este caso terá sim a elucidação e a punição dos culpados. Estamos atentas, vigilantes, pois essa tragédia está fazendo parte do cotidiano de todas as famílias piauienses, das redes sociais, das conversas em restaurantes, bares

e rodas de amigos, preocupados com seus filhos e filhas vivendo sua juventude com todos os direitos que essa idade produz, mas com todos os cuidados que a violência nos impõe. É indigno para todas nós convivermos com qualquer tipo de impunidade, em especial contra mulheres, pois já são mais de 11(onze) assassinatos somente nos últimos dois anos no Estado. Sabemos que muitos têm sido os avanços na luta de libertação das mulheres contra o preconceito velado ou expresso em suas mais variadas formas, mas

a questão da violência vem se revelando muito desafiadora nos dias atuais. É preciso, pois, fortalecer muito mais os instrumentos de defesa e proteção das mulheres, como as casas-abrigo, delegacias especializadas, programas de saúde e outros, além da cobrança da rigorosa aplicação dos princípios de justiça para os crimes cometidos contra as mulheres. Somente assim continuaremos construindo uma sociedade mais fraterna e mais solidária, onde nossas mulheres se sintam seguras e respeitadas como verdadeiras cidadãs.

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