REVISTA DA CAMPANHA 2012

Page 33

D

esde os atos terroristas ocorridos em Nova Iorque, em setembro de 2001, e das guerras no Oriente Médio e no Afeganistão temos ouvido um pouco mais sobre os países de maioria muçulmana. Ter notícias daquela parte do mundo não significa que estamos ouvindo verdades absolutas. Tenho vários amigos muçulmanos e por mais de uma década tenho trabalhado para apresentar-lhes Jesus, o Príncipe da Paz. Não tenho medo de afirmar que a maioria muçulmana, nos mais de 50 países considerados islâmicos, não quer a guerra, mas sim que deseja trabalhar, educar seus filhos, ter uma vida digna.

Na verdade, os muçulmanos são pessoas como nós. Porém, infelizmente, existe uma minoria que, por meio de escolas de pensamentos radicais, tem promovido um grande barulho em muitas partes do mundo. Entendo que a nossa luta é contra o sistema islâmico, comandado por satanás, e não contra os muçulmanos. Estes, afinal, têm sofrido debaixo desse sistema, que não oferece segurança para as famílias e em nenhum momento garante a salvação, mesmo que sejam realizadas todas as obrigações da Lei Islâmica. Nesse sistema, o conceito de paz é bem diferente da que é proposta aos que realmente seguem Jesus Cristo, o Senhor e Salvador.

O conceito de paz no Islamismo Inicialmente precisamos entender quais são os livros que guiam a vida dos muçulmanos. No islamismo, o Corão (ou Alcorão) é o livro sagrado. Dos vários nomes atribuídos a ele, o mais famoso é “A Mãe dos Livros” (Umm al-kitab). Segundo os muçulmanos, o Corão é o selo dos livros, escrito na língua árabe pelo próprio Deus (Alá) e enviado a Maomé pelo arcanjo Jibril (Gabriel). O profeta Maomé é considerado o selo dos profetas e o men-

sageiro de Deus. Durante a vida de de guerra” (bait-al-Harb) – quer diMaomé, vários de seus seguidores zer, o mundo não-muçulmano – em observaram todos os detalhes e “casa de paz” (quem não é muçulações do profeta e, após sua mor- mano vive na “casa de guerra”). Para isso treinam missionários islâte, escreveram livros sobre tudo que micos; os homens casam com muele fez. Desde conselhos para uma vida feliz até como cuspir semen- lheres não-muçulmanas e têm vátes de melancia estão lá registrados. rios filhos; muitos entram na polítiEssas coleções de livro são chama- ca e nos parlamentos (como está acontecendo na Europa) para criar das de Hadith. Basicamente, o que leis que favoreçam o crescimento regula a vida do muçulmano está do islamismo; e divulgam, com diescrito no Corão e nos Hadiths. ferentes estratégias de marketing o A coleção mais conhecida foi tal “islamismo da paz”. escrito por Sahih al-Bukhari. Esse homem escreveu, no volume 4, livro 52, que Abu Huraira, um dos companheiros do profeta, narrou que a guerra é um engano; isto é, deve-se evitá-la mesmo que haja a necessidade de mentir (no islamismo existem alguns tipos de mentira que são aceitas e não são computados como más obras. São elas: salvar sua própria vida, efetuar a paz para reconciliação, persuadir uma mulher numa viagem ou expedição etc.).

Mais recentemente, os muçulmanos têm usado a estratégia de proclamar islamismo significando paz. Alegam que a palavra SALAM (paz em árabe) apresenta a mesma raiz triliteral de ISLAM (islamismo em árabe) e MUSLIM (muçulmano em árabe) e por isso islamismo significa paz. Para os que conhecem a língua árabe é claro que tal comparação gramatical não tem fundamento.

O Corão tem muitos versos incentivando a paz, mas também existe o que se pode chamar de contradição. A sura (capítulo) 8 e ayat (verso) 61 diz que se os não-crentes (ou seja, os não muçulmanos) propuserem paz, aceite-a e creia em Deus, pois Ele é quem tudo ouve e que tudo conhece. Já a sura 47 e ayat 35 diz que os muçulmanos não devem ter paz diante de não crentes (não muçulmanos). Os exegetas muçulmanos, para justificar esta e outras contradições dentro do Corão, desenvolveram o conceito de ab-rogação (an-naskh). Assim, dizem que a sura 8 foi revogada ou abolida pela sura 47.

Jesus Cristo é reconhecido como aquele que promoveu e viveu o verdadeiro significado de paz. Durante sua vida Ele ensinou sobre o Reino de Deus, este sim a verdadeira “casa de paz”. Falou de um Reino que não foi e nunca será abalado por religião, seita ou diferenças étnicas. Dentro desse Reino é que a verdadeira paz pode ser vivida. Nossos amigos muçulmanos precisam ser conduzidos no caminho reto, que vai direto ao Reino de Deus, e onde há somente uma porta de entrada: Jesus Cristo. Não podemos identificar quem está e quem não está nesse Reino invisível, somente Deus. Mas é claro que, ao conviver com pessoas, podemos ter uma ideia de quem pertence ou não ao Reino de Deus.

Ao ler o Corão e os Hadiths entendemos que os muçulmanos realmente falam de paz, mas apenas para aqueles que querem fazer parte da “casa de paz” (bait-as-salam), ou seja, a casa da submissão ao islamismo. Os muçulmanos têm como objetivo transformar a “casa

O Reino de paz

Precisamos olhar para o que Jesus ensinou sobre entrar no Reino de Deus e avaliar as formas para ter acesso a esse Reino. Primeiramente, o Senhor ensinou que o camiRevista da Campanha 2012

31


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.