Gestao da inovação paulo tigre

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C AP Í T U L O 3

A era fordista e a concorrência oligopolista N o início do século XX, uma trajetória inteiramente nova se abriu para a organização interna da firma e sua interação com o mercado. Inovações tecnológicas e organizacionais que havia décadas estavam em gestação entraram em fase de rápida difusão, ampliando a escala e a dimensão geográfica dos negócios. Surge, nessa época, a grande empresa industrial, uma força capaz de acelerar o processo de concentração econômica. O oligopólio se transformou na estrutura característica de vários segmentos das indústrias europeia e norteamericana e o “capitalismo proprietário” já havia cedido lugar ao “capitalismo gerencial” como motor dominante do desenvolvimento econômico. Um novo modelo de empresa se tornou necessário para lidar com a crescente complexidade organizacional das atividades industriais, com a necessidade de aplicar conhecimentos científicos à indústria e com os altos custos fixos de investimentos em máquinas e equipamentos voltados para a produção em massa. Neste capítulo, veremos como as teorias econômicas sobre a firma evoluíram gradualmente no sentido de incorporar a nova realidade do processo concorrencial. Análises e contribuições de diferentes correntes do pensamento criaram um corpo teórico alternativo para lidar com as questões de economias de escala, escopo, transações e progresso técnico em um mercado dominado pela grande corporação. Nesse período, Joseph Schumpeter desenvolve suas interpretações sobre o papel da tecnologia na competição e no crescimento econômico. Mas, antes de analisar as novas correntes teóricas, vamos identificar, seguindo a metodologia adotada nos capítulos anteriores, as inovações que alimentaram a dinâmica econômica na primeira metade do século XX.


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