Álbum de Casamento - Nora Roberts

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lembra que uns meses atrás um sujeito bateu no carro novo do Del e tivemos que chamar o reboque? O mecânico cuidou de tudo, arranjou um reboque e o estacionamento. Droga, como é mesmo o nome dele? Onde estão os mágicos cartões de visita da Parker? – Ligue para o Del, ele vai lembrar. É por isso que somos amigas. Você fica linda quando toma a frente das coisas, Mac. – Então me empreste o seu carro. – Dê os telefonemas e ele será todo seu.

Sentia que estava certa. Sentia-se forte. Quando acabou a sessão de fotos, foi ver sua encomenda, parou para comprar arame para a Laurel e decidiu que merecia mesmo sapatos novos. Talvez, levando-se em consideração o trauma e o triunfo das últimas semanas, também merecesse uns brincos. Os brincos eram por causa de Linda. Os sapatos por causa de Carter. Celebração e comiseração. Talvez passasse na casa dele no caminho de volta, enquanto se sentia forte e íntegra. Os dois eram inteligentes e gostavam um do outro. Com certeza, encontrariam uma solução para aquilo, um meio-termo. Não queria perdê-lo, pensou. Não queria passar a vida sem ele. Perambulou pelo centro comercial até encontrar o Santo Graal, o departamento de sapatos da Nordstrom. Talvez precisasse de botas novas também. Elas nunca eram demais. Sapatos e botas novos iam lhe dar a sensação de autoconfiança de que precisava para ir até a casa de Carter. Podia levar uma garrafa de vinho, como uma espécie de bandeira da paz. Conversariam e ele olharia para ela daquele jeito que ele olhava. E... isso a transformaria em Linda, já que estava com o carro da Laurel. Mesmo assim, poderia dar uma passadinha por lá e levar o vinho. Podia convidá-lo para jantar na casa dela. Seria uma brincadeira, algo para quebrar o gelo. “Oi, trouxe esse vinho para você. Por que não vem jantar comigo mais tarde e o leva também?” É claro que teria que passar em algum lugar para comprar a comida. Ou podia fazer uma incursão pelos suprimentos deixados pela Sra. G. Não, decidiu, escolhendo um par de botas azul cintilante que era a sua cara; teria que cozinhar. Precisava mostrar que ele era importante a ponto de fazê-la se esforçar. Ele era. Tudo era importante. E por isso mesmo estava tão chateada. – Oi... Você é a Meredith, não é? Mac se virou e viu uma loura vagamente familiar. – Não sou eu, não.


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