4 os mistérios de sir richard

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– Eu não tenho nenhuma voz nesse assunto? Os lábios da mãe tremeram e ela encarou o marido. – Será como ela deseja – sentenciou o pai, depois de pensar um pouco. – Não vejo nenhuma razão para obrigá-la a esperar. Deus sabe que Daisy e ela vão brigar o tempo todo. – O Sr. Smythe-Smith se voltou para Richard. – Não é agradável conviver com Iris quando ela está de mau humor. – Papai! Ele a ignorou. – E não é agradável conviver com Daisy quando ela está de bom humor. O planejamento de uma cerimônia de casamento fará com que esta aqui – meneou a cabeça para Iris – se sinta infeliz e a outra fique em êxtase. Eu teria que me mudar para a França. Richard apenas sorriu. O humor do Sr. Smythe-Smith era do tipo amargo e não toleraria uma risada. – Iris – disse o cavalheiro mais velho. – Maria. Elas o seguiram até a porta. – Eu o verei em dois dias – anunciou o pai de Iris a Richard. – Espero que tenha a licença especial e todos os papéis preparados. – Não faria menos do que isso, senhor. Ao sair da sala, Iris olhou por sobre o ombro e seus olhares se cruzaram. Por quê?, ela parecia perguntar. Por quê? Nesse momento, percebeu que ela sabia. Sabia que ele não havia sido tomado pela paixão, que o casamento forçado fora orquestrado, embora não com muito talento. Richard nunca se sentira tão envergonhado.


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