Assassin's Creed 2 - Irmandade

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fechado, impedindo que o inimigo ganhasse terreno dentro do forte. As tropas dos Assassinos se reorganizaram com a presença de seu líder e conseguiram trancar os portões. Mas segundos depois, ouviu-se um poderoso estrondo e a grande barra de madeira que mantinha o portão fechado entortou assustadoramente. Os franceses conseguiram levar um aríete até o portão principal enquanto a atenção dos defensores estava nos soldados franceses que atacavam as muralhas. — Nós deveríamos ter construído um maldito fosso! — gritou Bartolomeo. — Não havia tempo pra isso! Ezio gritou para que os mosqueteiros direcionassem os tiros para as tropas francesas reunidas do lado de fora do portão. Bartolomeo subiu nas ameias e ficou ao lado de Ezio. Ele congelou ao ver a cena que se desdobrava Tropas francesas haviam aparecido de lugar nenhum, em grandes números. — Estamos cercados pelos filhos da mãe! — praguejou Bartolomeo. Atrás deles, um dos portões menores estourou em uma chuva de farpas, e, antes que qualquer um dos defensores pudesse fazer alguma coisa, um grande destacamento de infantaria francesa invadiu o forte, com espadas na mão e vontade de lutar até a morte. Essa invasão repentina conseguiu isolar o quartel de Bartolomeo dos italianos. — Meu deus, o que eles estão planejando agora? — gritou Bartolomeo. Os soldados dos Assassinos eram mais bem treinados do que os franceses e, normalmente, mais dedicados à causa, mas a desvantagem numérica e o ataque de surpresa os pegaram despreparados. Tudo o que podiam fazer era manter a linha de defesa e, vagarosamente, tentar repelir os franceses. O caos do combate corpo a corpo permeava o ar. Eram tantos combatentes dividindo o mesmo local que em certos pontos a batalha parecia ter se tornado uma briga de socos, pois não havia espaço para usar armas. A atmosfera também estava quente e claustrofóbica com a tempestade que se formava. Os deuses pareciam estar desgostosos com a cena, e 242 formavam grandes nuvens opressivas no céu. A poeira do chão do pátio se levantou como uma névoa, e o dia, que estava tão bonito, ficou negro como a noite. Logo depois, a chuva começou a cair torrencialmente. A batalha apertada se tornou um tumulto confuso, no qual duas forças opostas mal conseguiam enxergar o que estavam fazendo. O chão virou lama e a luta ficou cada vez mais caótica e desesperadora. Então, como se os inimigos tivessem cumprido algum objetivo, as trombetas francesas soaram e os homens de Valois debandaram com a mesma rapidez que chegaram. Demorou algum tempo para restaurarem a ordem, e a primeira preocupação de Bartolomeo foi substituir o portão destruído. Obviamente, eles já tinham um substituto pronto para o caso de uma eventualidade, mas levaria uma hora para instalá-lo. Enquanto isso, ele levou Ezio para seu alojamento. — O que diabos eles queriam? — perguntou ele ao vento. — Meus mapas? Eles são preciosos! Mas foi interrompido por mais um toque das trombetas francesas. Com Ezio ao seu lado, ele subiu uma das escadarias que levavam às ameias mais altas, sobre o

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