enviado por Deus

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Malária

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pre era bem -vindo. A maneira carinhosa com o o tratavam fazia com que nada faltasse a um cansado peregrino. A princípio, M an oel não reconheceu o robusto sueco de outrora. O hom em que agora tinha diante de si era com o uma sombra do antigo: m agro, franzino e com a barba encobrindo sua antiga pele de nenê. Seus olhos angelicais e alegres estavam averm elhados da febre, e o terno parecia pendurado no corpo. N ão podendo conter as lágrim as, abraçou-o. N a manhã seguinte, foram todos para os seus respecti­ vos trabalhos, e a casa ficou vazia. A o lado da cama de Daniel, colocaram uma jarra de água para que pudesse beber quando a febre apertasse. A pesar de saber que Jesus estava presente, tinha uma certa sensação de aban­ dono. Am arraram D aniel a uma porta que puseram em cim a de quatro cadeiras, e em cada pé puseram uma lata com querosene para protegê-lo de escorpiões e cobras, pois tem iam que ele se m exesse durante o sono e caísse no chão, de m odo que não sabiam o que poderia acontecer. Geralm ente, D aniel costumava deitar-se em redes, mas ali podia dorm ir esticado. M an oel havia mandado um m ensageiro à procura de Gunnar, mas dem oraria vários dias até que o localizas­ sem. O prim eiro dia fo i lon go demais para D aniel. Era d ifíc il não poder fazer as necessidades, e D aniel precisa­ va beber muita água. O suor salgado que escorria por sua testa, ardia nos olhos e de nada adiantava tentar lim pá-lo com as mãos pois estavam igualm ente ensopadas de suor. Daniel esperava ansiosamente pela sesta de m eio-dia para alguém v ir ajudá-lo. H a via tem po de sobra para pensar em V argõn e no lar paterno.


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