A probabilidade estatística do amor à primeira vista jennifer e smith

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Hadley sorri. — Então ele se redimiu. — Do jeito dele, acho — diz Oliver —, mas ele deve ter comprado a luz naquele mesmo dia, certo? Ele podia ter dado para mim quando voltou da loja, ou ligado antes de eu dormir. Preferiu fazer isso sem que ninguém visse. — Oliver olha para Hadley, e ela fica surpresa com sua expressão de tristeza. — Por que estou contando isso? — Porque perguntei — responde Hadley. Ele respira fundo e ela vê que suas bochechas estão vermelhas. O assento da frente se mexe, o homem ajeita um travesseiro em volta do pescoço. Tudo está quieto no avião, a não ser pelo barulho do arcondicionado, de páginas sendo viradas e o ocasional movimento dos passageiros tentando ficar mais confortáveis nas últimas horas antes da aterrissagem. De vez em quando, o avião se mexe um pouco mais, como um barco numa tempestade, e Hadley pensa em sua mãe e nas coisas horríveis que falou para ela em Nova York. Olha para a mochila no chão e novamente sente que não queria estar passando pelo Atlântico para poder ligar para ela. A seu lado, Oliver coça os olhos. — Tenho uma ideia brilhante — diz. — Que tal conversarmos sobre alguma coisa que não seja nossos pais? Hadley concorda. — Bem melhor. No entanto, os dois ficam calados. Um minuto se passa, depois outro, e, depois de certo tempo em silêncio, começam a rir. — Acho que vamos ter que falar sobre o tempo, se você não inventar algum outro assunto mais interessante — diz ele, e Hadley levanta as sobrancelhas. — Eu?

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