02 cavaleiro eterno (rev prt)

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Kresley Cole

Cavaleiro Eterno

Eu tropecei tantas vezes que minhas mãos estavam cobertas por elas, meu cabelo também. Restos mortais. No meu cabelo. Finn estava bem à frente, Matthew ao meu lado como um peixe-piloto. Selena e Jackson andavam como se não conseguissem controlar as próprias pernas, bem à frente enquanto nos dirigíamos ao sul para o próximo vale. Ela mencionou ver uma torre lá no seu mapa; supus que estávamos indo até lá. Jackson também deveria estar. Tanta coisa aconteceu nas últimas vinte e quatro horas que eu lutava para digerir tudo. A derrota de Arthur, o retorno de algumas lembranças minhas, o confronto com Joules, o sonho com a Morte. Jackson admitindo o que pensava de mim. Selena foi bem clara quando disse que ele estava enojado. Eu teria dado qualquer coisa para conversar com ele, explicar que eu poderia não estar certa, mas que aquilo não era uma escolha que fiz para magoá-lo. Não era uma escolha em absoluto. — Tudo bem aí atrás, Evie? — Finn perguntou com uma expressão preocupada. — Talvez devêssemos parar por um minuto. — Tudo bem. — Estou morrendo! — Temos que continuar. — Eu cortaria a minha mão direita marcada para parar. Nunca tivemos que pelejar com lama antes. Esperava que ela atrasasse quaisquer zumbis — ou Arcanos — que decidissem nos perseguir. — Ok. Legal. — Ele continuou na frente como se eu tivesse lhe dito a verdade ou algo do tipo. Mal conseguia falar, mas perguntas rondavam na minha cabeça. Com a respiração entrecortada, disse. — Matthew, ontem à noite eu sonhei com uma vez em que a Morte ceifou uma Imperatriz passada com uma espada. Você me mandou esse sonho? — Sim. — Por que agora? Eu já descobri as minhas habilidades. — Usei a maior parte delas ontem e hoje. — Aprender a derrotar Morte. Você lutará com ele com os seus poderes. Aquela Imperatriz no meu sonho não foi capaz de usar os seus poderes para que eu pudesse aprender alguma coisa. — Todos esses sonhos pareceram familiares, mas nesse pude sentir a espada da Morte entrar no meu corpo. — Você sentiu. — É, foi o que acabei de dizer. Ele assentiu, andando ao meu lado sem esforço. — Você sentiu em uma vida passada. Me virei para ele, falando entre os dentes: — Vida passada? — Ele nunca me disse que os pesadelos de fato eram sobre mim. — Nunca disse que éramos reencarnações. Claro, ele nunca disse que éramos reencarnados. Eu não tinha suspeitado? Pelas visões que Matthew revelou, testemunhei uma Imperatriz do passado tão medonha que a batizei de bruxa ruiva. Mas as suas façanhas não pareciam lembranças? 35 | P R T


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