Informe Abimde Setembro 2016

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s indústrias nacionais que atuam no setor de defesa e segurança se destacaram na Olimpíada no Rio de Janeiro, oferecendo soluções tecnológicas de ponta para as Forças Armadas. Além de conquistar importantes contratos, o evento esportivo contribuiu com a indústria nacional ao promover a exposição internacional das soluções empregadas na segurança dos Jogos Olímpicos. “Diretamente, tivemos a conquista de importantes contratos para o fornecimento de equipamentos, mas a Olimpíada no Rio de Janeiro foi uma importante vitrine para a indústria nacional, pois mostramos como o País está preparado para oferecer produtos e serviços de qualidade”, destaca o presidente da ABIMDE, Carlos Frederico Queiroz de Aguiar. Esse resultado é fruto de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, impactando na produção de soluções inovadoras, algumas delas inéditas no País, além de sistemas de gerenciamento de tráfego aéreo, VANTs (veículos aéreos não tripulados), sistemas de monitoramento e vigilância, armamento não letal e muito mais. Os turistas, atletas e delegações utilizaram dessa estrutura de segurança já na chegada ao País, nos aeroportos. Os Centros de Controle de Área (ACC) e os Centros de Controle de Aproximação (APP) contam com o SAGITARIO (Sistema de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional). Desenvolvido pela Atech, empresa do Grupo Embraer, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), o SAGITARIO é uma nova solução na comunicação, navegação e vigilância para o comando e o controle do espaço aéreo brasileiro. Disponibiliza um conjunto de ferramentas operacionais de apoio à tomada de decisão mais objetiva e ágil, seguindo as melhores práticas e recomendações no mercado internacional, dentre elas os sistemas especificados pela Eurocontrol (Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea). Outro aliado no espaço aéreo brasileiro, também desenvolvido pela Atech, é o Sigma (Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos), solução desenvolvida para maximizar a eficiência do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. O sistema já está em operação no País e contribui para reduzir os atrasos, principalmente em momentos como os dos Jogos Olímpicos, quando os aeroportos recebem um volume maior de usuários. O sistema possibilita atuar estrategicamente na fase de planejamento dos voos regulares e taticamente durante a operação diária no gerenciamento de tráfego aéreo, minimizando impactos decorrentes do eventual desequilíbrio entre capacidade e demanda, a fim de garantir a segurança das operações, a regularidade e a pontualidade dos voos. Monitoramento Para garantir a segurança do público, as forças de segurança apostaram em diversas tecnologias para o monitoramento e vigilância das instalações olímpicas e regiões próximas, com o uso de equipamentos e sistemas desenvolvidos por empresas nacionais. Um dos suportes para tal monitoramento foi com os helicópteros Esquilo, da Helibras, que estão sendo usados nas operações de segurança pública, além dos novos EC145 adquiridos pelo Estado do Rio de Janeiro para uso da Polícia Militar. As Forças Armadas utilizaram os VANT’s (Veículos Aéreos Não Tripulados), fornecidos pela empresa nacional FT Sistemas, pioneira no segmento. O VANT FT100 pode ser empregado em missões de vigilância, monitoramento, detecção de alvos e levantamento de informações, bem como para ações especiais que demandem grande mobilidade e agilidade. Os VANTs contam com sistemas de monitoramento embarcados, transmitindo imagens em tempo real - tecnologia essencial no apoio à segurança dos Jogos. Além disso, a Altave forneceu quatro balões com 13 câmeras embarcadas. Os equipamentos ficaram a 200 metros de altura, monitorando a área ao redor das instalações onde ocorreram as competições olímpicas.


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