O Quilombismo

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Etnia Afro-Brasileira e Política Intenacional

(Rodrigues, 1964: 285), de Moçambique e de Angola. Além do mais, o Brasil converteu-se num verdadeiro ninho de criminosos racistas e genocidas, acoitando entre outras sinistras figuras, os últimos dirigentes salazaristas a infelicitar os povos de Portugal e desgraçar os povos da África: Marcelo Caetano e Antônio Tomaz. Possuía bem fundadas razões um representante belga na Comissão de Informações dos Territórios não-Autônomos das Nações Unidas (Rodrigues, 1964: 417) que sustentou a tese do “colonialismo interno” com vistas à proteção dos índios brasileiros; só que a estes devemos, por uma questão de justiça, acrescentar os milhões de afro-brasileiros submetidos a toda sorte de indignas agressões, humilhantes proscrições e clamorosa ameaça de extermínio, tudo por causa de sua cor, etnia e origem racial.

Tratado

do

Atlântico

Sul:

urânio,

supremacia

branca,

anticomunismo... O problema do Atlântico Sul está hoje na ordem do dia internacional devido à sua importância estratégica e comercial; tem sido uma preocupação crescente de políticos e militares brasileiros, e logo depois da Segunda Guerra Mundial, o então coronel Golbery do Couto e Silva, atual Chefe da Casa Civil da Presidência e ex-Chefe de Serviços de Inteligência, advogou o Atlântico como uma suposta “rota de paz”, na busca de cooperação e amizade (Rodrigues, 1964: 371). Entretanto, parece que o antigo sonho de um Tratado do Atlântico Sul que englobaria Portugal, África do Sul, Brasil e 269


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