16 minute read

Trajetória “Célio de castro: médico, político e cidadão” | Mauro Werkema

Advertisement

Trajetória Célio de Castro: médico, político e cidadão

Mauro Werkema

Célio de Castro foi uma destas pessoas raras que se revelam naturalmente pela excepcionalidade da sua personalidade. Como cidadão, médico e político, vai se distinguir pelas suas qualidades amplamente reconhecidas de homem cordial, sempre sereno e equilibrado, ampla formação intelectual, participante e solidário com as iniciativas voltadas para a justiça social, aguda consciência política, adepto de um socialismo humanitário, dotado de grande capacidade de ouvir e de produzir consensos, com especial habilidade para construir alianças, desprovido de vaidades, de vida pessoal austera e marcada por rigorosa observância ética de condutas. Posicionado ideologicamente, com convicções políticas claras, que expressava com firmeza, mas sem arrogância, marcou com estas características sua vida pessoal, de profissional da saúde, dirigente sindical, deputado federal por dois mandatos, constituinte de 1988, gestor público e, por duas vezes, prefeito de Belo Horizonte por ampla escolha da sua população.

Aos que com ele conviveram, nas diversas etapas de sua vida, Célio deixou vivas lembranças. E há ampla concordância de que relembrar suas qualidades humanas é tarefa importante e oportuna. Igualmente importante é seu exemplo de político, até perante o porquê passa a representação política e seu papel no aperfeiçoamento da república e da democracia brasileira. Célio nasceu em Carmópolis de Minas em 1938, filho primogênito do terceiro casamento do farmacêutico Antenor de Castro e de Maria de Lourdes Paolinelli Castro. Fez o curso primário em Passa Tempo, no Grupo Escolar Gabriel Andrade, e realizou o curso de admissão ao Curso Ginasial em Oliveira, no Instituto Pinheiro Campos, matriculando-se no primeiro ano em 1944. Mas, em setembro desse mesmo ano, transferiu-se para Belo Horizonte onde

14

matriculou-se no Colégio Arnaldo, concluindo os cursos ginasial e científico. Ingressou na Faculdade de Medicina da UFMG em 1953 e formou-se em 1958. Já como estudante especializou-se na Clínica Médica, que exerceu em toda a sua carreira. Casou-se, em maio de 1961, com Maria das Dores Matta Castro e teve quatro filhos, Adriana, Rodrigo, Marcelo e Ana Paula.

Célio foi chefe do Serviço de Urgência Médico do Pronto Socorro de Belo Horizonte, o João XXIII, onde trabalhou por 37 anos. Dizia que o Pronto Socorro era verdadeira escola de vida, como também de Medicina, formando profissionais temperados pelos dramas e sofrimentos humanos, enfrentados todo dia e toda hora, às vezes em condições bastante difíceis. De 1975 a 1980, exerceu a coordenação do treinamento e formação de estudantes de Medicina no Pronto Socorro, em programa resultante de convênio com a UFMG, capacitando dezenas de médicos que se destacaram na sua vida profissional. Criou cursos de Residência Médica em várias cidades do interior. Paraninfou a Turma de Medicina da UFMG de 1987 e foi homenageado por várias outras. Trabalhou nos hospitais Semper, Santa Mônica, hoje Hospital Belo Horizonte, Hospital das Clinicas da UFMG e no Mater Dei, onde criou, em 1980, a convite de José Salvador Silva, o Departamento de Clínica Médica, tendo os médicos Ivan Cunha Melo e Jefferson Torres Penna como coordenadores auxiliares.

Célio publicou vários textos sobre a Medicina e a prática profissional e é co-autor do livro “Emergências médicas”, adotado por várias escolas de Medicina do Brasil e de outros países. Exerceu também a Medicina em seu consultório particular, atividade que nunca deixou, mesmo quando ocupava cargos públicos, para atender o grande número de clientes antigos. Embora com o título de clínico geral, Célio, segundo depoimento de seus colegas, era também pediatra, ginecologista, otorrino, famoso no infalível diagnóstico, opinando também sobre psiquiatria, cirurgia geral, traumas e prevenções. Era grande conhecedor da Farmacologia, sobretudo antibióticos, sobre os quais era frequentemente chamado a fazer palestras.

Em 1957, Célio publica no jornal PH7, mantido pelo Diretório Acadêmico da Faculdade, o artigo “O problema da Psicologia Médica”, no qual já demonstra sua preocupação com as relações entre o médico e o cliente, característica

que o distinguirá em toda a sua carreira, como profissional com imensa capacidade de ouvir e de transmitir confiabilidade, atributos ampliados por seus amplos conhecimentos. Ainda como estudante, nas manifestações e eventos acadêmicos, Célio já demonstra sua preocupação com a ordem política e econômica, tornando-se um militante das causas que propunham a transformação da sociedade com o objetivo de reduzir as grandes injustiças sociais que ainda hoje persistem na sociedade brasileira.

Em 1975, Célio de Castro e um grupo de médicos criaram o Grupo de Estudos Médicos, destinado a discutir questões da profissão, “cada vez mais assalariada e menos liberal”. O Grupo ampliou-se, ganhos muitos participantes, incentivou a discussão de várias questões relativas à prática da Medicina, direito dos médicos, a conduta das instituições médicas e a necessidade de melhorar o atendimento à população. E ultrapassou as fronteiras de Minas Gerais para alcançar outros Estados. Questionava também o regime ditatorial implantado pelo golpe militar de 1964. Um desdobramento natural do Grupo foi o Movimento de Renovação Médica, decorrente da constatação da necessidade de reformular também as entidades médicas, como a Associação Médica e o Conselho Regional de Medicina, acusados de certo elitismo e de estarem mais voltados para a Medicina particular. Decidiu-se também pela efetiva implantação do Sindicato dos Médicos, criado anteriormente, mas não concretizado. A implantação do Sindicato contou com apoio decisivo do Sindicato dos Jornalistas, atuante na criação, renovação e retomada de várias entidades do movimento sindical mineiro. Célio de Castro foi seu primeiro presidente, cargo que assumiu por dois mandatos de 1980 a 1986.

Nestas campanhas muitos foram os companheiros de Célio, com destaque para os médicos Evilásio Teubner Ferreira, cirurgião geral, e seus irmãos José Teubner e Roberto de Assis, professores da UFMG, como também o pediatra Athos Carvalho. Evilásio, companheiro de Célio no Pronto Socorro, sintetiza sua atuação: “À frente do Grupo de Estudos Médicos e, mais tarde, do Movimento de Renovação Médica, Célio tinha uma preocupação social com a Medicina, muito além de uma luta corporativista. Com sua visão política aprofundada, ele conseguiu envolver as entidades em torno de um ideal: os interesses da categoria aliados às necessidades da população”. E conclui: “Com uma capacidade de doação e desprendimento incomum, ele se dedicou mais ao coletivo em detrimento de suas conquistas pessoais.

15

16

Foi um grande professor, principalmente de vida”. Sua atuação política e sindical provocou denúncia e enquadramento na Lei de Segurança Nacional pelo regime ditatorial, levando-o a ser julgado, no dia 20 de março de 1972, na Auditoria Militar da 4ª Região Militar, em Juiz de Fora, junto com vários colegas e outros ilustres nomes dos meios intelectuais, acadêmicos, culturais e políticos de Minas Gerais. Era o tempo do terror maior do regime militar, radicalizado após a edição do Ato Institucional nº 5, em dezembro de 1968. Foi absolvido pelo Tribunal Militar.

Como presidente do Sindicato dos Médicos, Célio publicou texto sobre a ética médica que constitui peça inovadora, bastante atual em razão das questões que envolvem a prestação de serviços médicos e a atuação do profissional. Neste documento, Célio apresenta também a carta-programa do Sindicato, considerada um resumo ético e programático de sua atuação, refletindo também a luta contra o regime opressivo da ditadura militar da época. O documento reivindicava “a participação efetiva dos médicos na elaboração de uma política nacional de saúde; união com o movimento sindical autêntico, defendendo as bandeiras de lutas dos trabalhadores brasileiros, como garantia de emprego, direito de greve, liberdade e autonomia sindical, movimento contra a carestia, salário mínimo unificado, contrato coletivo e trabalho pela unidade sindical; renúncia ao uso do saber e autoridade do médico na prática ou justificativa da tortura física e moral contra a pessoa humana; repúdio à triagem e discriminação ideológica das instituições públicas e privadas e lutar pela reintegração dos médicos e docentes cassados nos empregos e funções universitárias, assim como todos aqueles atingidos pelos atos de exceção do regime militar; integração de todos os movimentos populares nas lutas pelas liberdades democráticas; luta pela revogação de todos os atos e leis de exceção, pela liberdade de opinião, reunião e organização, inclusive a ideológica e a partidária”.

Atuante no movimento sindical, sempre presente nas causas e movimentos em favor da redemocratização do País, Célio de Castro foi vítima de atentados. O primeiro, em 22 de junho de 1984, quando participava de um debate, tendo seu carro destruído. O segundo, em 1987, quando uma bomba explodiu em sua casa em Belo Horizonte. Os atentados, atribuídos ao CCC, Comando de Caça aos Comunistas, não impediram a continuidade da atuação de Célio, que recebeu ampla solidariedade de todos os movimentos democráticos e populares.

Em 1986, com a redemocratização brasileira e o movimento pela reforma constitucional, Célio de Castro é lembrado como uma das lideranças importantes para integrar o Congresso Nacional Constituinte. Com apoio de várias entidades, dos movimentos e entidades médicas, sindicais e populares, é lançada sua candidatura a deputado federal. Eleito deputado constituinte pela coligação PMDB/PC do B, com 35.656 votos, Célio dedicou seu mandato às lutas populares e democráticas e à luta por uma nova Constituição, liberal e progressista. Atuou nas áreas de direitos individuais, direitos sociais, defesa dos trabalhadores, saúde e educação e sua inclusão ampliada e com visão moderna na nova Constituição Federal.

Seu trabalho foi destacado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) como um dos “Deputados Nota Dez”, distinção concedida a apenas quatro parlamentares entre os 53 representantes de Minas Gerais na Câmara Federal. Célio criou, em Belo Horizonte, o Grupo de Acompanhamento Parlamentar, que discutia as questões do seu mandato e a atuação na Câmara e que chegou a reunir mais de 300 pessoas no auditório da Faculdade de Medicina. Em documento de prestação de contas da sua atuação na Constituinte, em 1988, Célio afirma que “Meu desempenho na Assembléia Nacional Constituinte e fora dela, em nosso Estado e por este Brasil afora, foi sempre a expressão política de meu compromisso em favor das mudanças estruturais e conjunturais de que este País há tempos necessita e seu povo historicamente exige”. Em 1991, Célio foi reeleito deputado federal já pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

A atuação de Célio de Castro nos mandatos parlamentares é ampla. Algumas ações merecem ser lembradas: participação contínua na Comissão de Seguridade Social e Família; empenho na aprovação da Lei de Custeio da Previdência Social e ao projeto que criou o Sistema Nacional do Sangue, Componentes e Derivados, estabelecendo o controle da coleta e distribuição de sangue no País; participação na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público; criação da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou, por seis meses, o extermínio, maus-tratos a crianças e adolescentes; participação na Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou fraudes na Previdência Social; autor da proposta de criação da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos; luta contra a privatização

18

da Previdência Social e de serviços públicos; denúncia sobre as privatizações fraudulentas; denúncias contra atentados á cidadania e contínua luta pelos diversos elementos e condições da justiça social. Integrou a Comissão Especial que apurou a questão dos desaparecidos políticos durante o regime militar. É autor do requerimento que instituiu a Comissão Parlamentar Mista para acompanhar e fiscalizar o Programa Nacional de Desestatização. Célio foi um dos autores da Lei Orgânica da Saúde e um dos articuladores da criação do SUS – Sistema Único de Saúde. Participou ativamente do processo de impedimento do então presidente Fernando Collor. Exerceu a liderança do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara Federal.

Seu desempenho na Câmara Federal caracterizou-se também pela luta em favor da soberania da Assembléia Nacional Constituinte e pela revogação dos dispositivos autoritários então em vigor; participou da Subcomissão de Direitos dos Trabalhadores e Servidores Públicos; integrou a Subcomissão de Saúde, Seguridade e Meio Ambiente, a Comissão da Ordem Social, a Comissão Temática da Ordem Econômica e a Comissão de Reforma Tributária. Participou de movimentos reivindicatórios de trabalhadores, funcionários públicos, médicos, professores, trabalhadores rurais, comunidades indígenas, movimentos de jovens e mulheres.

Célio renunciou ao seu mandato para candidatar-se a vice-prefeito de Belo Horizonte na chapa de Patrus Ananias, em 1992, aceitando o compromisso de implantarem na cidade uma gestão democrática e popular. Com a vitória, assumiu a Secretaria Municipal de Ação Social, realizando vários projetos, entre eles o Projeto Miguilim, que visava retirar crianças e adolescentes da rua. Em 1996, foi eleito prefeito de Belo Horizonte com 809.992 votos, pelo Partido Socialista Brasileiro. Em 2000, então filiado ao PT, foi reeleito para a Prefeitura com 72% dos votos válidos, demonstrando a aprovação da população de Belo Horizonte para com sua gestão.

Realizou na Prefeitura gestões de rigorosa honestidade, sobre as quais nunca se levantou qualquer denúncia de mau uso dos recursos públicos. Presidiu a Frente Nacional dos Prefeitos por dois mandatos, congregando 5.100 prefeitos de todo o Brasil. Presidiu a Rede Mercocidades, que reunia 63 municípios brasileiros, argentinos, paraguaios, uruguaios,

chilenos e bolivianos. Iniciou a transferência dos camelôs das ruas para os “shoppings populares”, medida de grande importância para a qualificação de várias ruas do centro de Belo Horizonte. Enfrentou a questão dos transportes ilegais. Ampliou e incentivou o “Orçamento Participativo”. Estimulou a atração de empresas para Belo Horizonte, apoiando a ação do seu vice-prefeito, engenheiro e empresário Marcos Santana, secretário de Indústria e Comércio e que assumiu a Prefeitura várias vezes. Presidiu as comemorações do Centenário de Belo Horizonte, em 1997. Criou a expressão “inversão de prioridades” para indicar a necessidade de investir mais nas periferias e nas regiões mais pobres da cidade. Implantou em seu gabinete, na Prefeitura, o projeto Gabinete de Arte, com mostra de artistas a cada dois meses. Apreciador da arte, dizia que “a cultura é um bem sólido, jamais frágil verniz”. Apoiou decisivamente a realização do Salão do Livro de Minas Gerais, embrião da Bienal do Livro até hoje realizada.

Em evento no Hospital Mater Dei, em 2000, Célio de Castro, já prefeito de Belo Horizonte, afirma: “Tenho profundo respeito por todos os cidadãos de Belo Horizonte. As políticas público-sociais aqui empregadas procuram resgatar a dignidade da pessoa humana... Acompanhei o sonho de Salvador, que era a construção do Mater Dei. Com ele compartilhei o início de concretização desse sonho. Tempos depois, a convite dele, passei a chefiar o Serviço de Clínica Médica - espaço livre, aberto, absolutamente despido de qualquer preconceito – para que pudessem fluir os conhecimentos de todos os que aqui trabalham mas também com uma característica de manter sempre: alma humana, carinhosa, generosa, sobretudo quando se trata de pacientes que utilizam este hospital, .....incorporando valores como: rigor no conhecimento científico, exigência de conduta ética, trabalho em equipe como forma superior de aprendizado coletivo e, finalmente, o que me encanta mais, o respeito à dor das pessoas....”.

Do seu equilíbrio e serenidade, como também dos conteúdos, saia a respeitabilidade de sua palavra. Tornou-se naturalmente liderança confiável e sempre ouvida em todo o meio sindical mineiro. Na política, tornou-se amigo de grandes personalidades que gostavam de ouvir sua opinião, posicionada ideologicamente, mas sensata. Lula, seu amigo, chegou a falar na possibilidade de convidar o Célio para seu vice. Acabou sendo votado até por pessoas conservadoras, mas que no fundo, acreditavam no profissional correto e na sinceridade profundamente ética de sua conduta. Obteve

19

20

votos em mais de 500 municípios mineiros, dados pela classe médica, pela militância de esquerda, pelos movimentos democráticos e populares. Militante político, junto com muitos companheiros lutou contra a ditadura militar, que o processou. Reformulou a representação da classe médica de Belo Horizonte de Minas. Estimulou o debate e a reflexão da categoria em torno de suas questões básicas, exercício profissional, representação sindical, ética de conduta, participação política. Jornalistas e artistas, quase todos, eram seus clientes. Deputado e prefeito, não mudou sua conduta. Fazia questão de atender aos antigos pacientes toda segunda-feira e, mesmo com grande renome, não ganhou dinheiro. Mesmo quando consagrado pela expressiva eleição, já falado para o Governo do Estado, não escondia certa angústia, às vezes causadora de uma expressão de recolhimento e reflexão. Conhecedor de Guimarães Rosa, leitor e amigo do filósofo francês Alan Badiou, o “filósofo do impossível”, a quem recebeu em Belo Horizonte e visitou em Paris, exercitava a convivência de espírito, a boa conversa, em especial quanto às condutas humanas e a política.

Por seu conteúdo, revelando seu modo de ver e pensar o mundo, merecem lembrança algumas frases, reunidas no livro “Célio de Castro – O Doutor Beagá”, de Ray de Oliveira: “ É preferível que a sociedade aja, não sob ameaça, mas sob um impulso muito mais generoso, que é o da justiça social”; “Que cada um de nós tenha a coragem necessária para sonhar e viver com os seus sonhos”; “Tenho a mais profunda certeza de que luto pelo possível. Pela cidadania, que se desloque da retórica para ser plenamente vivenciada. Na defesa intransigente da vida. Pelo futuro. Pela possibilidade de nascer um sentimento generoso, o da justiça social”; “O socialismo não morreu. Cabe às esquerdas estudarem a fundo as causas da crise do socialismo”; “Existem conceitos errôneos que tornam incompatíveis o socialismo e a democracia. O valor da democracia é comumente visto como algo absoluto, mas é relativo, bem relativo. Nós conhecemos apenas a democracia burguesa, nascida no bojo do capitalismo. Aqui no Brasil a democracia para o pobre morador de favela é bem diferente daquela vivenciada por um bem sucedido burguês”.

Em novembro de 2001 sofreu um acidente vascular cerebral que o obrigou a licenciar-se, assumindo a Prefeitura o vice Fernando Pimentel, também do PT. A lesão cerebral não lhe cortou a memória, mas impediu de falar e andar. No dia 20 de julho de 2008, após longo período de paraplegia e coma, Célio de Castro faleceu. Velado no saguão nobre da Prefeitura, na Avenida Afonso Pena, foi sepultado no dia 21 no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, com a presença de centenas de amigos, familiares e admiradores. Na despedida, o presidente Lula, presente no sepultamento, disse: “Mais do que o grande médico, Célio foi uma daquelas figuras humanas que nós gostaríamos que existissem mais, porque o mundo seria muito melhor. Célio era um anjo em pessoa”.

ij

21

22

This article is from: