Tribuna do Espiritismo - janeiro de 2016

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Janeiro de 2016

A corrupção e a infância Pequenas atitudes podem formar uma cultura corruptiva. IBEM

educacao@educacaomoral.org

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IBEM – Instituto Brasileiro de Educação Moral, traz para você neste mês, uma séria reflexão sobre o papel da família na educação moral dos filhos. Boa leitura. A nossa sociedade convive com o ato da corrupção há séculos. Alguns dizem que ela iniciou em nosso país logo em sua descoberta pelos portugueses, quando segregaram da sua localidade pessoas que cometiam delitos graves e eram punidos com a deportação para o Brasil colônia; outros dizem que se iniciou no século XVI quando funcionários públicos responsáveis pelas nossas fronteiras, “fechavam os olhos”, através da propina, para a entrada de produtos importados em nosso território que eram comercializados clandestinamente; seja como for, qual é a relação da corrupção com a educação das nossas crianças?

Sob o ponto de vista social ocorre que a família possui uma responsabilidade importante nesse contexto. Ora, se a nossa sociedade

Ora, se a nossa sociedade é composta por grupos familiares, que poderíamos chamálos de núcleos educativos, então a família é o primeiro núcleo educativo moral em que a criança desde tenra idade tem contato.

é composta por grupos familiares, que poderíamos chamá-los de núcleos educativos, então a família é o primeiro núcleo educativo moral em que a criança desde tenra

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idade tem contato. Sabemos que a criança possui um sentimento moral nato embrionário e que se desenvolve progressivamente durante os anos. Os pais ou responsáveis diretos e diletos, tem por objetivo principal com a criança, não somente prover a sua subsistência física, mas também a sua “subsistência” moral. Por isso, a importância de se criar uma cultura de labor para a conquista de valores morais e materiais. Observa-se, no entanto, o inverso, onde muitas vezes são os próprios familiares que sugerem através de pequenos ensinos cotidianos a cultura da corrupção para os pequeninos, citando como exemplos: “Filho, fale isso pra mim e te dou uma bala... “; “Filha, diz para minha amiga que está ligando que não estou em casa... “; “Que bom achou essa carteira com dinheiro! Use a grana pra comprar doces! É mixaria mesmo!”; “Você ganhou essa caneta linda na escola? Legal!”; “Amigo, esse é meu filho! Pode conseguir a vaga naquele colégio sem ter que fazer prova? Ah! Obrigado!!”. Assim, quando se ensinam pequenas atitudes moralmente erradas, está se criando uma cultura corruptiva e alimentando negativamente a personalidade moral da criança. Óbvio que no desenvolver do seu entendimento durante a vida, ela possivelmente, entenderá como certos os “ensinos” que recebeu. É no exemplo dos personagens da família, onde a criança se mira e busca a orientação para a construção da sua moralidade. Cabe ao tutor da criança,

orientar nas pequenas atitudes o seu tutelado, para que aos poucos ele vá formando o perfil do seu caráter vitalício. Na atualidade, com o advento das novas tecnologias, a internet tem permitido a interação das crianças nas redes sociais, através de portais onde a comunicação deve ser vista com cautela pelos pais. Essas plataformas tecnológicas, permitem o acesso a nível nacional e internacional com outros usuários, facilitando a interferência, sob uma vulnerabilidade qualquer na personalidade da criança, pois ela passa a ter contato, também com pessoas que já possuem o caráter formado. Sem perceber ela passa a deixar se influenciar pelos comentários e “orientações” que recebe. Também, portais que oferecem vídeos, artigos e outras mídias permitem o mesmo. Os pais têm o papel fundamental em observar a conduta dos seus filhos diante desse processo. O mesmo deve ocorrer na mídia televisiva de massa, onde mediar a informação visual através de filtros morais, é buscar a melhor orientação para o seu filho que está assistindo aos eventos. Como podemos ver, tudo isso colabora para a formação moral da criança em nossa sociedade, onde a família ocupa papel principal no “ranking” da educação. Portanto, pode-se sugerir a reflexão onde a corrupção é um problema moral, que ela se inicia no processo de educação infantil e recebe um impulso interno da família e externo da sociedade, desenvolvendo os próprios valores natos do ser educado, cabendo à família na representação dos seus responsáveis, fazer o papel correto de núcleo educativo moral da criança e cumprir o objetivo de auxiliar na formação do cidadão que praticará os seus deveres corretamente em nossa sociedade. r


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