Edição 617

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FARROUPILHA, 6 DE DEZEMBRO DE 2019

PRELIMINAR

De volante à meia ‘pifadora’

Quem rala e rala muito

Fotos: Ramon Cardoso

Dionatan Rodrigues, o Cachoeira, preparador de goleiras, o superintendente Alosir Sberse, o preparador físico Aurélio dos Santos, o auxiliar Paulo Motterle... foram todos lembrados na comemoração do título por parte dos dirigentes e isso torna o Brasil um clube especial. Transforma aquele comentário, que às vezes soa como clichê, de que “quando ganham, ganham todos, quando perdem, perdem todos”, na mais pura e sincera realidade. O presidente Elenir Bonetto também fez questão de reconhecer o trabalho do técnico Fernando Varani, que conduziu o Brasil até a semifinal. Descabe aqui enumerar todos que contribuíram. Os que ajudaram sabem que tiveram um papel importante na conquista.

Bruninha teve trabalho na etapa inicial, especialmente após a expulsão de Luana, quando o Brasil perdeu sua meia de ligação. O Oriente se aproveitou, avançou as linhas e impôs dificuldades. Na etapa final, o técnico Guilherme Lange fez uma troca decisiva. Bruna Fachini limpou o trilho no meio campo das rivais e Bruninha foi avançada para a posição de meia. Em lançamento preciso, ‘pifou’ Tuca no gol que sacramentou a vitória farroupilhense. Foi a pequena gigante do meio campo rubro-verde. Começou o ano na reserva, ganhou a posição e cresceu nos jogos grandes. Disparado a que apresentou maior evolução no grupo.

Pati e Tuca: letais

A centroavante e a atacante pelo lado foram decisivas no duelo contra o Oriente. Pati fez um golaço olímpico que até goleiros do futebol masculino teriam dificuldades para defender. Ela abriu o caminho para a vitória após o 1º tempo onde o Brasil não foi bem. Tuca teve uma arrancada de Bruno Henrique, Éverton Cebolinha, Michael... podem escolher. Passou voando pela defesa do Oriente e ainda driblou a goleira para empurrar para as redes. Artilheiras Pati e Tuca com a bandeira de Farroupilha, a taça e o gol onde sedimentaram a vitória rubro-verde: faro de gol

Vendo o golaço de Pati de camarote

A meia Luana estava inconformada no vestiário no intervalo do confronto por conta da expulsão. Mas se serve de consolo, ela não fritou no sol escaldante do meio-dia e, de quebra, ainda viu de posição privilegiada o gol olímpico de Pati. Fez uma competição de alto nível e, claro, estava aliviada com a conquista, embora desejasse, claro, ter ficado em campo. Sem chuteira e meião Luana sofreu à distância com a expulsão na metade da etapa inicial: no final, celebrou

‘Pifa’ aí, guria A lateral esquerda Adri (que gastou a bola no estadual) bloqueia avanço da rival enquanto Bruninha busca a possibilidade de lançamento: marca e arma com a mesma intensidade

As baixinhas gigantes do Brasil

Tai e Vick na direita se revezaram ao longo da competição. Nenhuma deve ter concluído uma partida por conta de lesões, pancadas, enfim. Mas sempre tiveram atuações muito consistentes, como Adri na esquerda. Ela é destra e isso enaltece ainda mais a sua performance ao longo da temporada. Talvez tenha sido a atleta que jogou no mais alto nível, com poucas e raras oscilações.

A segurança do ferrolho defensivo

Bruna Fachini entrou no intervalo do duelo decisivo e foi determinante. Djuli, mamãe recente, retornou ao time na reta final. Foram o suporte da defesa rubro-verde, inclusive cobrindo as subidas das laterais. A volante Bianca também fez boa temporada, com direito a golaço diante do Oriente nas Castanheiras, no returno. Ifi e Luane tiveram bom entrosamento na zaga e a goleira Gil demonstrou a segurança habitual. Nos cinco jogos contra as adversárias do interior (dois contra o João Emílio e três contra o Oriente), o time levou apenas quatro gols. O setor foi o que mais teve modificações ao longo dos jogos, mas todas que atuaram tiveram papel fundamental para a campanha exitosa.


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