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INFORMATIVO DOS PORTOS

NAVEGAÇÃO BRASILEIRA

Cargas projeto ganham transporte inédito na cabotagem Aliança Navegação e Logística afretou navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos de grandes dimensões, como turbinas, guindastes e pás eólicas A partir de maio, as cargas de projetos – aquelas que possuem dimensões ou peso acima do permitido para embarque em contêineres e que exigem equipamentos especiais para todas as etapas da logística – passam a contar com um transporte considerado inédito na cabotagem brasileira realizado pela Aliança Navegação e Logística. A empresa colocará em operação o serviço de cabotagem especialmente desenvolvido para o setor de cargas de projeto. Para isso, a empresa afretou um navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos com grandes dimensões e volumes, entre eles, transformadores, reatores, turbinas, torres de transmissão, guindastes, geradores e pás eólicas. A expectativa é de que o setor de carga de projeto equivalerá a 6% dos negócios de cabotagem da Aliança. A embarcação terá bandeira brasileira e tripulação 100% nacional. Nomeado de “Aliança Energia”, o navio tem capacidade para transportar 19 mil toneladas de carga e é equipado com três guindastes que juntos podem içar peças de até 800 toneladas. Segundo Mark Juzwiak, gerente-geral de assuntos institucionais da Aliança, o objetivo é desenvolver um serviço de transporte marítimo porto a porto confiável, regular e competitivo na cabotagem para as cargas de projeto. Inicialmente, a empresa pretende atender todo o território nacional, com destaque para as regiões Norte e Nordeste. “Quando viável, estenderemos o serviço até a Argentina, Uruguai e Chile, países que mantêm acordos bilaterais com o Brasil”, explica. O executivo explica que a cabota-

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gem com navios especializados tem vantagens competitivas, comparando aos outros modais, devido à grande distância entre as indústrias e o destino final, a infraestrutura rodoviária limitada e deficiente, a falta de transporte apropriado, longo tempo de percurso, custos, espaço para armazenagem e menor índice de avarias. Com o uso da cabotagem, o tempo de viagem, comparado ao rodoviário, pode reduzir significativamente, dependendo do transporte, de 50 dias para, no máximo, 6 dias, em uma viagem de Santos para Fortaleza. “O modal marítimo é ágil e rápido. O investimento nesse setor é um pedido dos clientes, que necessitam de um serviço de credibilidade, e também do mercado, reflexo das obras que estão sen-

do realizadas no Brasil nas áreas de energia, óleo e gás, infraestrutura”, completa. Sobre a Aliança Fundada em 1950, a Aliança foi consolidando sua liderança no mercado brasileiro, passando a atuar em todos os continentes. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd, empresa alemã fundada em 1871. Com faturamento de R$ 3,3 bilhões em 2013, a Aliança tem forte atuação no segmento internacional e é líder no transporte de cabotagem. No ano passado, movimentou mais de 673 mil TEUs. Atualmente, opera regularmente em 17 portos nacionais e possui 12 escritórios próprios no Brasil. g


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