CLB - Euclides da Cunha

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*Edu Garcia/AE

Pontes, futuro secretário de Cultura do governo de Fernando Collor de Mello entre 1990 e 1992, representa o Brasil nos festivais de Cannes (França) e San Sebastian (Espanha). 1978 Edmundo Moniz situa, em A guerra social de Canudos, o movimento liderado pelo Conselheiro na linha do pensamento utópico de Thomas Morus e considera, em uma interpretação controversa, que houve a tentativa de estabelecer uma sociedade socialista no sertão da Bahia.

O peruano Vargas Llosa, cujo A guerra do fim do mundo (1981) parte de Os sertões

1980 A Biblioteca Ayacucho, de Caracas, publica tradução espanhola de Os sertões, feita por Estela dos Santos, com prólogo, notas e cronologia de Walnice Nogueira Galvão.

1974 Walnice Nogueira Galvão reúne, em No calor da hora, os artigos e as reportagens sobre a 4ª Expedição contra Canudos, publicados nos jornais de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Ataliba Nogueira publica, em Antônio Conselheiro e Canudos, um dos cadernos manuscritos com os sermões e as prédicas do líder da comunidade, que revelam que ele seguia um catolicismo penitente corrente na Igreja do século 19.

1976 Walnice Nogueira Galvão analisa, em Saco de gatos, a reviravolta de opinião de Euclides entre a cober tura jornalística da guerra e o livro de 1902. O documentário Canudos, de Ipojuca

1983 O cérebro do escritor, guardado em recipiente de vidro no Museu Nacional, do Rio, é sepultado, em 10 de setembro, na Casa de Euclides da Cunha, em Cantagalo, sua cidade natal. Nicolau Sevcenko aborda, em Literatura como missão, as obras de Euclides da Cunha e Lima Barreto como representativas das tensões sociais e culturais na primeira década do século 20, quando se deu a reforma urbana do Rio de Janeiro. Em Euclides: a espada e a letra, Franklin de Oliveira interpreta Os sertões como ensaio de crítica histórica e faz a biografia intelectual do escritor. 1984 A Pastoral da Terra passa a celebrar em 5 de outubro de ca-

*Casa de Cultura Euclides da Cunha

1975 Olímpio de Souza Andrade transcreve, em Caderneta de campo, o caderno de notas utilizado por Euclides na cobertura da Guerra de Canudos, contendo o seu diário de campanha, os desenhos e croquis, os rascunhos de suas reportagens e os primeiros esboços de Os sertões.

1981 O escritor peruano Mario Vargas Llosa recria, no romance La guerra del fin del mundo, inspirado em Os sertões, o conflito de Canudos como um monstruoso “mal-entendido”. A tradução brasileira de Remy Gorga Filho sai no mesmo ano.

1982 Os restos mortais de Euclides e de seu filho Quidinho são trasladados, em 15 de agosto, em duas pequenas urnas envoltas pela bandeira brasileira, do Cemitério São João Batista no Rio para um mausoléu em São José do Rio Pardo, à beira do rio, onde se encontram até hoje.

Mausoléu com os restos mortais do escritor, levados do Rio para S. José do Rio Pardo em 82 44


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