Revista iMasters #20 - Novembro

Page 53

Capa // 53

até os desenvolvedores mais jovens, façam deploys no código logo nas primeiras semanas. E o mais interessante: eles torcem para que o código quebre. A ideia por trás disso é criar o sentimento de responsabilidade pelo produto, incentivar o desenvolvedor dando a ele autonomia e, principalmente, criar uma cultura organizacional forte entre todos os membros do time, fortalecendo que todos são igualmente responsáveis pelo produto e pelas decisões.

As ferramentas Quando falamos de ferramentas para engenharia de software, precisamos ter em mente que este é um cenário extremamente volátil e robusto. A ES é norteada pela demanda do mercado, pela concorrência e pelas pesquisas feitas por empresas e pela academia. Temos alguns pontos técnicos imprescindíveis no desenvolvimento de ferramentas, o que é o caso da automatização dos processos. Muitos players do mercado seguem a premissa: automatize tudo o que for possível. Essa prática aumenta, e muito, a entrega do software, a qualidade e os deploys diários. A automação de tarefas rotineiras é imprescindível e a automação de testes é algo mandatório, afim de garantir a qualidade do software das empresas. Algumas ferramentas muito utilizadas no ciclo de desenvolvimento de software para automação são o Jyra, jenkins e ansible. Entretanto, se você se concentrar apenas nas práticas tecnológicas das ferramentas, sua empresa corre o risco de perder mercado. Muitos desenvolvedores acabam esquecendo a parte principal da aplicação: o usuário. É o cliente, muitas vezes, que demanda a necessidade de evolução do

código, das interfaces, da entrega e do processo como um todo. É necessário entender como funciona o processo humano do nosso sistema a fim de transformá-lo em uma ferramenta de sucesso. A cada novo desafio proposto pelo mercado, surgem novas formas de pensar e construir software. Os métodos ágeis são um bom exemplo dessa resposta da indústria de software aos desafios de flexibilidade e agilidade requerido pelo mercado. “A indústria de software passou e continua passando por transformações. Os métodos ágeis trouxeram uma avalanche de ferramentas e práticas para as empresas. Foi preciso aprender essa nova maneira de produzir software”, firmou Sambinelli. Como levantando pelo especialista, o mindset Lean, em sua premissa de identificar o que é valor para o cliente, também é uma prática mandatória no mercado da engenharia de software. Você já se perguntou por que o Uber, Booking e Netflix fazem tanto sucesso? Porque além de incorporar boas práticas de programação e a metodologia ágil, eles dão muito valor a experiência do usuário na utilização dos seus sistemas. Pensando nisso, algumas empresas já estão desenvolvendo algo que é chamado de design antecipatório. Um exemplo interessante do design antecipatório é o seguinte: Imagine a sua experiência ao utilizar o Uber. Agora, imagine que você não tem mais a necessidade de pegar o seu celular para chamar um carro. Segundo a ideia do design antecipatório, o Uber, por exemplo, teria acesso a sua agenda de compromissos e a alguns dados pessoais, como o local aonde você mora. Assim, a empresa saberia quando e onde você precisaria de um carro, enviando-o sem que seja necessário solicitá-lo por meio do aplicativo.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.