Revista Iate - 41

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86 MEMÓRIA

Neutralia, mais que um retrato da interação com a natureza, uma declaração política. Abaixo, Desespero de Alfa e a serigrafia de Andy Warhol de O Grito. Na outra página, em Angst a mesma configuração de O Grito: o cais e pessoas aflitas

A

s paisagens na obra de Edvard Munch refletem seus estados psicológico e emocional de forma consistente, mesmo quando seu estilo mudou ao longo da carreira. O mar foi frequente tanto na vida como na obra de Munch, que admirava as configurações costeiras e os muitos fiordes esculpidos na paisagem norueguesa. É exatamente essa faceta que a exposição Edvard Munch e o Mar explorou, de 9 de abril a 17 de julho, no Tacoma Art Museum, em Washington (EUA), explorando o mar em obras do artista que variam da solidão de alguém a pano de fundo para turistas de verão e reflexões psicológicas, emocionais ou simbólicas. Foi uma oportunidade de mergulhar no universo conturbado do artista, conferir 27 obras poderosas raramente exibidas, oriundas de vários museus dos Estados Unidos, como a National Gallery of Art, o Metropolitan Museum of Art, o Museum of Modern Art, o Los Angeles County Museum of Art e colecionadores particulares. “Embora seja mais conhecido por sua obra icônica O Grito, Munch explorou muitos outros temas. Esta exposição focou no mar como elemento profundo em sua obra. Ele usou o mar como tema de paisagens, como cenário para interações humanas e como metáfora para o amor, a saudade, a tristeza, a alegria e outras grandes emoções humanas”, disse Margaret Bullock, curadora de coleções e exposições especiais. A exposição homenageia o aniversário de 125 anos da Universidade Luterana do Pacífico e a herança nórdica, “como forma de honrar os no-


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