referencial-teorico

Page 56

Projeto: Programa de Adequação Ambiental LERF/LCB/ESALQ/USP Publicação/site: http://www.lerf.esalq.usp.br Participantes e Localização: Daterra Atividades Rurais-MG, Usina Branco Peres, Usina Vertente, Usinas Moema – Orindiúva-SP, Usina da Pedra – Serrana-SP, Usina Ipê, Usina São João – Araras-SP, Usina Guarani – Olímpia-SP, Usina Catanduva – Catanduva-SP, Usina São Manoel – São Manoel-SP, Usina Vale do Rosário – Orlândia-SP, Usina Cerradinho – CatanduvaSP, Usina Santa Elisa – Sertãozinho-SP, Usina Alta Mogiana – São Joaquim da Barra-SP, Usina Mandu – Barretos-SP, Siemens - Itapecerica da Serra-SP, Cia Cimentos Ribeirão Grande – Ribeirão Grande-SP, Fazenda Figueira – Londrina-PR, Usinas Batatais – Batatais-SP, CTEEP, Rodovia dos Bandeirantes, Prefeitura de Limeira, Riocell/Klabin – Guaíba-RS, Usina Junqueira – SP/MG, Sindicato Rural de Batatais – Batatais-SP, Município de Paulínia, Projeto Beira Rio – Piracicaba-SP, Campus da ESALQ/USP – Piracicaba-SP, Usina São Manoel – São Manoel-SP. Por que a questão genética está inserida? Os Programas de Adequação Ambiental LERF/LCB/ESALQ/USP são organizados a partir de um diagnóstico ambiental detalhado de todas as propriedades inseridas no programa, detectando as situações em cada propriedade com potencial ou não de auto-recuperação. Dessa forma, os ecótipos regionais são favorecidos e conservados por meio da condução da regeneração natural. Além das áreas antropizadas, os fragmentos florestais degradados também passam por ações de restauração, de forma que os mesmos possam contribuir para a recuperação das áreas do entorno a partir da chuva de sementes produzida pelos mesmos e da coleta de sementes para a produção de mudas em viveiros locais, favorecendo a reinserção de genótipos regionais nessas áreas. Uma das etapas do Programa é a marcação de matrizes para a coleta de sementes. Além de se buscar marcar o maior número possível de espécies, visando garantir a diversidade florística, busca-se também atingir a meta de 12 matrizes por espécie, de forma a se obter uma diversidade genética adequada para as ações de restauração. Como uma forma de estimular o uso de espécies e genética regionais, são instalados viveiros de produção de mudas nativas em cada uma das empresas que participam do programa. Além disso, foi organizada uma Rede de Sementes entre as empresas que estão executando esses Programas de Adequação Ambiental. Essa rede funciona da seguinte forma: uma vez por mês, todos os viveiros são visitados e parte das sementes produzidas pelos mesmos é fornecida à equipe da rede, a qual, por sua vez, distribui essas sementes entre esses viveiros. Trata-se basicamente do compartilhamento das sementes e da ajuda mútua entre os participantes, no qual cada viveiro doa e recebe sementes de várias espécies. Dessa forma, eventuais falhas de frutificação ou problemas para a coleta de uma determinada espécie não comprometem necessariamente sua produção no viveiro, já que alguns dos participantes da rede podem ter um excedente de sementes coletadas dessa espécie, o qual pode ser trocado por sementes de alguma outra espécie. Além da questão florística, a questão genética também é abrangida pela rede. Durante as visitas, é realizada a chamada “mistura de lotes”. Funciona basicamente dessa forma: mesmo que um determinado viveiro já tenha sementes de certa espécie transportada pela equipe da rede, essas sementes são misturadas e repartidas entre o viveiro e a rede. Como essas sementes foram coletadas em locais distintos e de árvores diferentes, essa mistura resulta na ampliação da base genética da espécie, ou seja, as sementes são provenientes de um número maior de indivíduos e de um número maior de fragmentos remanescentes, promovendo a ampliação crescente e contínua da diversidade genética.

54


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.