HORNSUP Nº1

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we are the damned O Diabo é o Pai do Rock

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We Are The Damned

The Shape Of Hell To Come Raging Planet

Sinceramente não mudava absolutamente nada, já que espelha bem as dificuldades, a força e a dedicação que pusemos no álbum. Foi uma espécie de prova a nós mesmos como músicos e até onde poderiamos ir, e só por esse facto, não mudava nada. Não é perfeito mas tem muito “feeling”. Como foi trabalhar com o Palle Schultz? Por quê o escolheram? O Palle é um visionário, não conhecia as bandas que gostamos, mas foi isso que nos fez apostar nele, deviado a sua abertura e interesse pelos We Are The Damned. Gostámos da abordagem e maneira de ver dele em relaçao a nós, não só como banda, mas como seres humanos. Vejo que tem vários concertos marcados. Como está sendo a recepção do público? Bastante positiva, conseguimos num curto espaço de tempo por a banda a rodar, a tocar ao vivo, e penso que já há muitas pessoas que conheçem a banda.

Nota alguma diferença por parte do público, por terem uma frontwoman? Notamos apenas porque não é muito comum, especialmente no nosso país, ver uma rapariga a cantar neste tipo de bandas. A Sofia, até onde eu sei, vive no Porto e o restante de vocês, em Lisboa. Não tem tido difilcudades por conta da distância? Não, antes pelo contrário, as coisas funcionam bem melhor de quando tive bandas em que morávamos todos perto um dos outros (risos). O que o futuro reserva ao We Are The Damned? Agora, a seguir ao Verão, vamos começar a preparar o álbum novo, se bem, que vamos adoptar a mesma “táctica” do anterior, não vamos pensar muito...

Da junção de membros de diversas bandas do underground português como TwentyInchBurial, Painstruck e From Now On, surgiu o We Are The Damned. O álbum de estréia “The Shape Of Hell To Come”, carrega uma mistura infernal de Hardcore com Southern Rock, com nuances de Slayer e alguma ambientação Doom de Black Sabbath das antigas. Conseguem controlar toda essa miscelânia de estilos de forma convincente, deixando o som com bastante dinamismo, agressividade e um ar “Old School” bem interessante. Boa parte da brutalidade do WATD reside na garganta de Sofia Loureiro (From Now On). Uma front woman potente, incansável, com berros capazes de fazer corar muito marmanjo por aí. Ricardo Correia apresenta riffs mais roqueiros e recheados de groove, do que nos havia acostumado no extinto TwentyInchBurial, entrosando bem suas referências de Rock, Hardcore e Death Metal. A faixa de abertura, “Hell is My Witness”, dá início ao clima diabólico que irá permear o restante do registro. Com um empurrãozinho do produtor dinamarquês Palle Schultz, que tratou da mixagem a masterização, “The Shape Of Hell To Come” se mostra coeso, explosivo e variado. Destaques para “Miskatonic”, The Nihilist” e “Release The Wolves”. Esse é o inferno do We Are the Damned. Matheus Moura

www.myspace.com/wearethedamned

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