Hoje Macau 12 MAR 2019 #4245

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Qualquer pessoa é interessante durante uma hora, mas poucas duram mais do que duas. PALAVRA DO DIA

V. S. Naipaul

Roadhouse Noite de comédia amanhã

Para começar de forma bem-humorada as celebrações do Dia de São Patrício, o Roadhouse apresenta amanhã uma noite dedicada ao standup com três comediantes no alinhamento: Joe Rooney, Karl Spain e Patser Murray. O início dos espectáculos está marcado para as 20h e a entrada custa 290 patacas com direito a duas bebidas.

Zona de risco ONG denunciam perigo para a população voltar a viver em Fukushima

COREIA DO NORTE SEUL ATENTA A ACTIVIDADE EM BASE DE MÍSSEIS

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Exército da Coreia do Sul anunciou ontem que vigia atentamente a actividade nas instalações de lançamento de mísseis da Coreia do Norte porque suspeita da preparação de um lançamento balístico. “Em cooperação com os Estados Unidos estamos a vigiar e a seguir todos os movimentos [do Exército norte-coreano], incluindo os possíveis preparativos para o lançamento de mísseis”, disse ontem o porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Kim Joon-rak, durante uma conferência de imprensa em Seul. “Não podemos comentar detalhes em concreto”, acrescentou Kim Joon-rak quando confrontado com as notícias da agência Yonhap sobre eventuais movimentações detectadas na estação de lançamento de Sohae, noroeste da Coreia do Norte, na semana passada. Imagens captadas por satélite mostraram que o regime da Coreia do Norte está supostamente a reconstruir algumas das estruturas da base o que leva Seul a considerar que está em preparação o lançamento de um satélite a bordo de um foguetão especial. O lançamento do alegado satélite é apontado como um ensaio encoberto de mísseis intercontinentais para pressionar os Estados Unidos, sobretudo no quadro das recentes negociações inconclusivas entre Washington e Pyongyang que decorreram na capital do Vietname.

terça-feira 12.3.2019

Coloane Novo acidente de viação grave com cidadão do Interior da China

Um carro conduzido, ontem, por um cidadão do Interior da China chocou, contra um residente, de 40 anos, que seguia numa mota, em Coloane. De acordo com o Macau Daily News, o homem do Interior da China circulava num carro com matrícula dupla, é trabalhador não-residente e as autoridades estão a investigar se estaria a trabalhar de forma ilegal no território. Por sua vez, o residente ficou preso debaixo do carro da marca Audi e, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, foi transportado para o Hospital Conde São Januário com ferimentos na boca, no braço e com uma fractura exposta no pé. O acidente acontece numa altura em que várias associações contestam o reconhecimento mútuo das cartas de condução entre Macau e o Interior da China. Há duas semanas, uma residente de 22 anos perdeu a vida, depois da mota onde seguia ter sido atingida pela viatura de um outro cidadão do Interior da China, que as autoridades suspeitam que estava a exercer de forma ilegal as funções de motorista.

CAXEMIRA RESPONSÁVEL DE ATAQUE MORTO A Greenpeace acredita que em alguns lugares “a exposição à radiação ao longo da vida pode exceder o nível aceitável de saúde pública”

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ITO anos após o acidente nuclear em Fukushima, o Governo japonês garante que os habitantes podem voltar a viver na zona sem correr riscos, mas várias organizações não-governamentais (ONG) denunciam que ainda há perigo para a população. “A autarquia de Fukushima é apenas uma das 47 autarquias do Japão e apenas 2,7 por cento desta região ainda está sob ordem de evacuação”, disse o ministro da Reconstrução, Hiromichi Watanabe, aos jornalistas antes da cerimónia que assinalou o trágico tsunami de 11 de Março de 2011, que esteve na origem do desastre de Fukushima. Devido aos esforços de descontaminação e reconstrução, em 97,3 por cento da autarquia “é possível levar uma vida normal”, acrescenta o ministro. Para as ONG Greenpeace e Human Rights Now (HRW) essa informação do Governo japonês é falsa, de acordo com vários relatórios da ONU.

A Greenpeace referiu que os habitantes que retornam tendem a limitar as suas vidas para minimizar os riscos, o que não é exactamente “viver uma vida normal”. “(Os habitantes) podem mudar o seu comportamento, por exemplo, evitando ficar muito tempo no exterior”, observou a organização num relatório. A ONG acredita que, em alguns lugares nas comunidades onde a ordem de evacuação foi suspensa, “a exposição à radiação ao longo da vida pode muito bem exceder o nível aceitável de saúde pública”.

DIVISÕES INTERNAS

Vários relatores e órgãos da ONU têm repetidamente criticado a decisão do Governo japonês de elevar a 20 millisievert/ano a exposição aceitável e torná-lo o nível de referência para o levantamento de ordens de evacuação, enquanto que normalmente seria de 1 millisievert/ano. Para as ONG, essa generosidade com as cifras combinada com a cessação gradual dos subsídios para os deslocados

colocam os antigos habitantes num beco sem saída, uma vez que, por razões financeiras, sentem-se compelidos a retornar. A situação das crianças é considerada de grande preocupação pelas ONG e pelas Nações Unidas. Em Outubro, num comunicado, um especialista em direitos humanos da ONU pediu que o Governo “parasse de trazer as crianças e mulheres em idade reprodutiva para áreas onde os níveis de radioactividade permanecem mais altos do que os considerados seguros antes do desastre”. Em particular, o Governo japonês respondeu que essas observações são prejudiciais à imagem da região. Na segunda-feira, um relatório do Instituto de Protecção contra Radiação e Segurança Nuclear de França (IRSN, sigla em francês) lamentou que “a questão das consequências da radiação sobre a saúde tenha se tornado tabu porque arrisca a dividir a população” entre aqueles que confiam nas autoridades e os outros.

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polícia indiana anunciou ontem a morte num tiroteio com as forças governamentais de um dos “principais conspiradores” do ataque suicida de meados de Fevereiro no qual morreram pelo menos 40 paramilitares indianos na Caxemira indiana. Mudasir Ahmed Khan, morto no domingo, era segundo as autoridades um dos comandantes do grupo islâmico Jaish-e-Mohammad (JeM), sediado no Paquistão e que reivindicou o ataque de 14 de Fevereiro. Este ataque, o mais mortífero desde o início em 1989 da revolta separatista contra Nova Deli naquela região, provocou como resposta um ataque aéreo indiano contra um alegado campo de treino do JeM em solo paquistanês. Seguiram-se combates aéreos indo-paquistaneses, com a captura pelo Paquistão de um piloto indiano libertado dois dias depois. A polícia da Caxemira indiana declarou ontem que um inquérito tinha revelado que Mudasir era um dos “principais conspiradores” responsáveis pelo ataque de 14 de Fevereiro. Desde a independência em 1947, a Índia e o Paquistão disputam Caxemira, zona montanhosa de maioria muçulmana na origem de duas guerras entre os vizinhos.


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