Tipos de tecnologia Existem vários tipos de sistemas de ar-condicionado central. Há sistemas que controlam apenas a temperatura, alguns que controlam temperatura e umidade, e outros que controlam temperatura, umidade e pressão. Basicamente, as soluções são compostas por compressor, evaporador, condensador, conjunto de válvulas e tubulações. Existem os sistemas de VRF (fluxo de gás refrigerante variável), onde as unidades externas são chamadas de conden-
sadoras e as internas, de evaporadoras (com dutos ou de ambiente), sendo que, nesse caso, o que as difere dos sistemas unitários tipo Split é que uma unidade externa pode atender muitas unidades internas ao mesmo tempo. Existem as centrais de água gelada, onde este fluido circula em climatizadores terminais chamados fancoils. Existem ainda os sistemas do tipo “self contained”, de condensação a ar ou a água. Enfim, são várias as possibilidades e combinações.
Os equipamentos utilizados nesse tipo de instalação dependem do tipo do sistema central e da capacidade instalada. No caso de VRF, são utilizados condensadores e unidades evaporadoras. Já nos sistemas de água gelada, são utilizados chillers, fancoils, bombas e, eventualmente, torres de resfriamento. Nos sistemas “self contained”, que reúnem a condensadora e a evaporadora num gabinete único, são utilizados condicionadores de ar e, eventualmente, bombas e torres de resfriamento.
Sistema VRF
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O ar-condicionado VRF (do inglês, variable refrigerant flow) é um modelo de sistema central, desenvolvido especialmente para residências de alto padrão e edifícios comerciais de médio e grande porte. O ar-condicionado VRF possui sistema multi-split com apenas uma condensadora potente (unidade
externa) ligada a múltiplas unidades internas (evaporadoras), que operam individualmente por ambiente, podendo chegar a 64 máquinas. O gás do sistema do ar-condicionado VRF é preferencialmente o R- 410A, chamado de agente refrigerante, sendo o responsável pela captura térmica e intercâmbio do ar ambiente com o meio externo. O sistema VRF, como o próprio nome diz, varia o fluxo do gás refrigerante, distribuindo o ar gelado de acordo com a capacidade que é solicitada por cada evaporadora. Na prática, é como se fosse um multi- split residencial convencional, mas a diferença está na condensadora que é mais robusta e potente. “O grande diferencial desse sistema é a combinação de tecnologia eletrônica com sistemas de controle microprocessados, aliada à combinação de múltiplas unidades internas em um só ciclo de refrigeração”, explica Luciano de Almeida Marcato, presidente do Departamento Nacional de Ar-Condicionado Central da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento). Geralmente, as potências costumam variar entre 2 e 100 TR. Não há consumo desnecessário de energia,
pois cada evaporadora pode operar de forma independente. Ou seja, cada ponto possui controle preciso de temperatura. O sistema não necessita de dutos ou casas de máquinas, possui expansão modular, podendo ser instalado em qualquer tipo de construção existente, como os splits tradicionais. Possui baixo nível de ruído, quando comparado ao sistema de dutos. Devido à complexidade do sistema VRF, a instalação deve ser feita por empresas com técnicos treinados pelo fabricante e realizada mediante critérios rigorosos de qualidade, a saber: 1) Armazenamento das tubulações em local livre de umidade em cavaletes (devem estar tamponadas). 2) Procedimentos de brasagem com conjunto maçarico e nitrogênio passante. 3) Teste de estanqueidade (pressurização com N2 - nitrogênio) 41 kgf/cm2. 4) Desidratação do ciclo (procedimentos de vácuo) 500 microns de Hg − deve ser utilizada bomba de dreno e vacuômetro eletrônico. 5) Carga de refrigerante − quebra de vácuo (utilização do gás HFC R-410A). 6) Ligações elétricas de comando (conexão com cabo bipolar de dados com blindagem contra interferência eletromagnética). Revista da InstalaçÃO 43