LIVRO DIDATICO DE EDUCAÇÃO FISICA

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Educação Física

Estamos vivendo numa sociedade cada vez mais excludente, e isto acaba refletindo no estilo de vida que levamos. Com este modo de vida tão atribulado, sobra pouco tempo para o lazer e outras atividades. Desse modo, não é de se estranhar quando você escuta os seguintes comentários: “vivemos uma vida muito corrida”, “não temos tempo para fazer nada”. A vida é repleta de obrigações e compromissos, deixando-nos pouco tempo para valorizar “coisas” simples do nosso cotidiano. Com este novo estilo de vida, cresce também os problemas relacionados ao corpo e à saúde. Nesse sentido, as doenças relacionadas à contemporaneidade da sociedade capitalista, como stress, depressão e tantas outras, são decorrentes do excesso de horas de trabalho, o qual se constitui como a única alternativa de sobrevivência das pessoas. Fazendo com que essas não tenham tempo e espaço para fazer outras “coisas”, como o lazer. Dessa forma, como fica a saúde das pessoas?

z Analisando o terceiro segredo: o corpo na história da arte O corpo, como já anunciamos, foi objeto de preocupação ao longo da história, diferenciando-se, em determinados momentos, de acordo com os objetivos e parâmetros estabelecidos histórica e socialmente. Será que um corpo belo significa necessariamente um corpo saudável? A busca pelo corpo belo é sinônimo de saúde? Como inserir as discussões sobre a saúde nesta busca? Os gregos acreditavam que os exercícios físicos eram uma forma de expressão da imortalidade, tornando o homem um herói, um semideus “(...) em pleno equilíbrio e harmonia, dentro da mais perfeita compreensão do ser humano. O adestramento do corpo constituía um meio para a formação do espírito e da moral” (RAMOS, 1982, p.101). A partir da citação anterior, você pode deduzir que os exercícios físicos constituíam-se em prática significativa na cultura grega. Esses eram praticados pelos gregos ao longo da vida, desde a mais tenra idade até a velhice, por ambos os sexos. Por isso os gregos foram considerados modelos de beleza humana. Aristóteles, escritor de mérito, assim descreve o grego: “Espáduas largas, coxas grossas, peito aberto e porte harmonioso, sem predominância do abdômen, capaz de romper o equilíbrio do corpo e prejudicar o desenvolvimento do espírito”. (RAMOS, 1982, p.102)

Para melhor compreender algumas das discussões sobre a saúde, ver Folhas: “Saúde é o que interessa? O resto não tem pressa!”

Os segredos do corpo 147


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