Escura-me | poesia | Ingrid Valencia (2017)

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interiores.” Estes lugares interiores resistem e se fazem linguagem e poesia, e nos salvam na permanência da palavra. Há nesta poesia densa, dura, que luta dentro de si mesma como um redemoinho de metáforas de pedra e carne, uma aposta na vida que se revela em instantes luminosos dentro das trevas profundas. Esta poesia o leitor deverá colher como o mineiro arrebata a pepita em sua bateia quando a mergulha no riacho (linguagem). O fino fio de metal precioso (o verso) pode ser de ouro.

JOSÉ EDUARDO DEGRAZIA Porto Alegre, Brasil

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