A saga dos capelinos volume 06 jesus, o divino discípulo (albert paul dahoui)

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Indra. Naquele período conturbado da história da Índia, os indianos haviam substituído os deuses védicos por Brahma, Vishnu e Shiva. Os deuses arianos, Varuna, Mitra e Indra estavam relegados a segundo plano. Vindapharna atendeu muito bem os dois homens quando soube que um deles era judeu e, o outro, monge budista. Mandou que se apresentassem à sua augusta presença e conversou com Issa, em perfeito aramaico, e com Udayana, em sânscrito - bhasha samskrta -, a língua perfeita. Issa deu-lhe o rolo que recebera de Melchior e o rei o leu com cuidado. Depois disso, olhou atônito para o belo homem, à sua frente. Vindapharna estava em sua sala real, rodeado de seus ministros e prepostos, e pediu que os dois homens se sentassem. -Vou lhes contar uma história maravilhosa - disse o rei. E, com isso, toda a corte sentou-se para ouvir a história do monarca, que tinha fama de ser exímio narrador. Vindapharna havia sido um viajante quando seu pai ainda reinava e costumava fazer enormes caravanas para negociar com outros povos. Várias haviam sido as ocasiões em que sua vida correra perigo. Contava suas aventuras para deleite da corte e as narrava com gosto e perfeita entonação. - Há pouco mais de vinte anos, eu, Balthazar, filho do príncipe Sartbozenai, khchathrapa (sátrapa) do rei partho, e Melchior, filho de Tirídate, o sumo-sacerdote de Pasargadae, fizemos uma grande expedição de negócios, divertimentos e estudos a Heliópolis. Na realidade, Melchior, que era um grande magi, tinha visto traços do renascimento de Xaosiante nos astros. Uma nova estrela estava para surgir, e ele estava convencido de que


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