Revista Moderna edição 11

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Viagem

Por Redação

Natal no exterior

A cada ano se torna mais difícil satisfazer os desejos materiais das crianças. Em épocas como o Natal, famílias viajam para o exterior para fazer compras

crédito: Stockphoto

Uma das datas mais esperadas pelas crianças está chegando. Dezembro é época de Natal e sinônimo de árvore cheia de presentes. No entanto, o bolso dos consumidores padece na hora de agradar o desejo dos filhos e muitos optam pelas compras no exterior. O especialista Cristiano Diehl Xavier, do escritório Xavier Advogados diz, os tributos cobrados são abusivos e determinam a fuga dos pais para outros países. “Está mais fácil e barato viajar para o exterior. Além de comprar os presentes por valores muito mais baixos, a família aproveita novas culturas e consegue satisfazer os pedidos dos filhos”. Segundo a BDO RCS, empresa de auditoria, brinquedos como bolas e bonecas possuem valores muitos maiores do que realmente custam.

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Uma bola de futebol tem quase 50% de impostos imbutidos, enquanto no exterior custa quatro vezes menos. “Um videogame, por exemplo, se torna impossível de ser adquirido no Brasil ao custo de R$ 4 mil pela maioria das famílias, enquanto os pais podem viajar para os EUA e comprar o mesmo produto por R$ 950”, explica. Dentre os artigos mais procurados no exterior estão brinquedos, videogames e roupas. A justificativa dada pelas multinacionais é que o Brasil tem alta carga tributária e isso reflete nos preços das coisas por aqui. “A facilidade em viajar e a dificuldade em comprar aqui fez com que os brasileiros se tornassem os turistas que mais compram nos EUA, passando até mesmo os japoneses”.

Dicas para fazer compras fora do País – Escolher um país com preços bem menores que os praticados no Brasil, tais como: EUA, Panamá ou o próprio Paraguai e até mesmo os tradicionais free shops uruguaios. – Comprar a passagem e reservar o hotel com bastante antecedência, visando gastar menos com essas despesas e aumentar ainda mais a vantagem da viagem de compras. – Comprar com cartões de viagem pré-pagos e fugir do IOF de 6% incidente nas faturas dos cartões de créditos tradicionais. – Não ultrapassar a cota de compras no exterior, a qual para viagens aéreas é de U$ 500,00 e nas terrestres e marítimas de U$ 300,00 por pessoa. A boa notícia é que desde outubro de 2010 alguns produtos de uso pessoal adquiridos no exterior, tais como relógios (máximo de três unidades por pessoa), celulares/ máquinas fotográficas (uma unidade por pessoa), roupas/sapatos (máximo de três unidades de cada tipo/modelo por pessoa) e cosméticos não entram na cota pessoal por serem considerados produtos de uso pessoal. – No caso de aquisição de produto que ultrapasse a cota de isenção, mesmo assim a compra pode ser vantajosa, pois o viajante para seguir com o bem terá que efetuar o pagamento de uma multa, calculada à base de 50% do que exceder a cota de isenção (valor total dos bens – cota de isenção). Considerando o exemplo do Playstation 4 que custa no Brasil em torno de 400% a mais do que nos EUA, mesmo pagando a penalidade antes referida, a compra em questão pode ser um bom negócio.


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