ABC de Macabu

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ABC de MACABU

Volume I

Dicionário dos topônimos, Histórias e curiosidades de Conceição de Macabu

Marcelo Abreu Gomes

Editora ...


Apresentando: Neste primeiro volume, os leitores conhecerão as origens e os significados dos nomes dos bairros, localidades, distritos do município de Conceição de Macabu, além das regiões limítrofes. Ao estudo “dos nomes de lugar” chamamos de topônimos. Também conhecerão algumas curiosidades, lendas e histórias do município. Algumas e ainda por cima resumidas, pois precisaria escrever outros livros se quisesse reunir todas as nossas histórias e lendas. Conforme visto, trato também de topônimos de regiões limítrofes à Conceição de Macabu, que estão ligadas ao nosso município por laços culturais, sociais, mas principalmente laços geográficos e econômicos. Neste caso, imaginariamente, as fronteiras de nosso município, ao norte, se estenderam até o Rio Imbé em Santa Maria Madalena, onde englobei estudos sobre Agulha dos Leais, Osório Bersot, Triunfo, Loreti, Cambotas e Santo Antônio do Imbé, entre outros. Próximo a Macabuzinho, não poderia deixar de fora Paciência, que pertence a Campos, e ao sul, uma área rural pertencente a Macaé, englobando Serra da Cruz, por exemplo. Com Trajano de Morais, a relação foi mais passional, pois dividimos meio a meio com esse município algumas de nossas mais belas paisagens. No volume 2, tratarei apenas de expressões e gírias típicas de Conceição de Macabu. No volume 3, meu maior desafio, apresentarei aos macabuenses biografias das pessoas que deram nomes a ruas, vilas, praças, escolas, prédios públicos e privados. O volume 2 está previsto para o ano que vem, pois já tenho alguns estudos em andamento; já o volume 3, os leitores terão que esperar mais, pois se trata de uma difícil e demorada pesquisa. Espero que apreciem, pois foi um trabalho prazeroso e trabalhoso, tanto para mim quanto para os muitos colaboradores com que contei.

MARCELO ABREU GOMES


Observação mais que importante Esse livro, que de certa forma é um pequeno dicionário, prioriza o regionalismo, assim, os interessados no Rio Carukango, por exemplo, o acharão na letra R de rio, e também na letra C de Carukango, pois o termo não se refere só ao rio, mas a toda uma região que conhecemos por Carukango. Por outro lado, se buscarem Vila Esperança, por exemplo, não procurem em “Esperança, Vila”, como nos dicionários tradicionais, mas sim em Vila Esperança , como falamos em Conceição de Macabu. Busquem os termos como eles são falados entre nós. Esse é um livro feito para o povo de Conceição de Macabu e arredores, não o fiz preocupado com especialistas, etc. As normas que valem aqui, são as do bom entendimento entre o que eu escrevo e os leitores da minha região. O resto... Como não é possível ser perfeito, peço que críticas, sugestões e, quem sabe, elogios, sejam enviados para:

Marcelo Abreu Gomes Rua Esmeraldo Alfenas, 23 Paraíso Conceição de Macabu/RJ CEP.: 28.740-000 Tel.: (22) 2779-2901 marceloabreugomes@hotmail.com


Homenagens: Aproveito a oportunidade para prestar sinceras homenagens a pessoas que tive a sorte de conhecer e conviver. E mesmo que não tenha tido a real competência de sugar-lhes o que transmitiram ou transmitem de melhor, pelo menos um pouco (mas valioso) ficou. Personalidades da cultura local e regional, que embora nos tenham deixado muito cedo, podem ter certeza que suas mensagens foram ouvidas: Adelino Antonio de Campos Tavares (En Memória) Conceição de Macabu Jesus Edésio de Faria (Em Memória) Quissamã Macabuenses, testemunhas da nossa história, exemplos de uma vida especial, dedicada a família e aos mais próximos: Antonio Augusto Fidalgo - 102 anos (em memória) Jola (José Belmont Daumas) – 99 anos Leôncio Belmont - 103 anos Maria Magnólia da Conceição – 110 anos (em memória) Ramira Maria da Conceição - 108 anos Baluartes, resistências vivas, heróis e heroínas populares, que nunca deixam morrer a esperança de dias melhores. Como dizia Bertold Bretch: “Lutam o tempo todo, são imprescindíveis”. Tia Cellina Bellas, Tia Laurinha (Laura Bouçadas Araújo), Cecília da Silva Moura, Nadir da Silva, Evandro de Paula Gomes e Francisco Ferreira do Cabo. Um guerreiro, símbolo de vitalidade e caráter, pesquisador incansável:

Edgard de Carvalho – Rio das Ostras


Este trabalho é dedicado: Aos filhos e sobrinhos:

Leonardo, Pedro, Sávio, Júlia e Maria Clara. Às avós:

Bernarda Ornellas Gomes Sílvia Soares Abreu

Aos colegas de trabalho e alunos:

Do CIEP 271 - Dr. José Bonifácio Tassara – C. de Macabu Do Colégio Antônio Barcelos – C. de Macabu Do CBO - Macaé Do Castelo - Macaé Da UNED - Macaé

AO MÉRITO

Manuscritos deixados pelo meu avô Herculano Gomes da Silva, foram importantes para esclarecer as origens dos topônimos de São Domingos, de São Vicente, do Barão Dourado, da Bocaina, da Calçadinha, do Porto, da Vila Nova, do Córrego das Almas, do Córrego do Purgatório, do Paraíso e do Inferninho.


Considerações Iniciais As Tradições Diversas nomenclaturas (topônimos) macabuenses e regionais, tem explicações comuns, que chamei de tradição, pois seguem um mesmo conjunto de elementos culturais. Esses elementos culturais, formadores dessas tradições, estão ligados ao nosso passado de território colonizado por portugueses católicos, aonde a natureza teve uma grande influência e, a um passado um pouco mais recente, digamos centenário ou sesquicentenário, onde suíços e franceses, também católicos, introduziram seus costumes. Percebi principalmente três tradições, que são:

I – Tradição Luso - Católica

O leitor perceberá que predominam os nomes de Santos (as), uma tradição Católica, marcante na cultura de nossos ancestrais portugueses, que foi reforçada no passado pelos missionários que mantinham contato com os indígenas do vale do Rio Macabu, no sentido de catequizá-los, etc. No caso dos missionários, principalmente os Jesuítas, os nomes de Santos e Santas serviam também para marcar as trilhas de acesso ao vale do Macabu. Essa tradição é uma das mais presente na região, não estando restrita apenas aos missionários, mas sobretudo aos inúmeros proprietários rurais que também batizaram suas fazendas e sítios com o nome do Santo ou da Santa de sua devoção. Por conseqüência e extensão, a tradição luso-católica foi absorvida por imigrantes e migrantes, tornando-se comum por demais em nosso município. Percebi uma predileção pelos Apóstolos, em especial Pedro e João, além de outros personagens célebres da Bíblia, ou personagens da história da Igreja Católica, com destaque para São José, Santa Isabel, Santa Ana (Santana), Santo Agostinho, e claro, Maria, seja com tal denominação (Santa Maria), ou como Nossa Senhora em suas diversas variações, com especial destaque para Nossa Senhora da Conceição, muito devotada em Portugal no Século XIX. Também há um predomínio de Santos e Santas de grande devoção em Portugal, como Santa Catarina, São Sebastião e Santo Antônio de Lisboa, também conhecido como Santo Antônio de Pádua, ou simplesmente Santo Antônio.


II – Tradição Francesa

Também há grande influência da língua francesa, porque durante décadas a figura carismática do francês Victor René Sence, industrial e grande proprietário rural, dominou a região de Conceição de Macabu. Com a mais absoluta certeza, Victor Sence foi responsável pelos nomes São Henri (Henri Sence era seu filho), hoje um dos nossos maiores bairros, e, São Luís (Luís também era seu filho), uma localidade do 2° distrito. Pela tradição francesa, você pode homenagear alguém “santificando” seu nome, como percebemos claramente com os filhos do industrial. Não há certeza absoluta, mas o nome Balancé, outro dos nossos maiores bairros, pode ter derivado da palavra francesa “balancè”. E por fim, o bairro da Usina tem seu nome obviamente relacionado à indústria fundada por Victor Sence. Dentro desta tradição, está agregada a influência de colonos suíços e seus descendentes, que migraram diretamente para cá, ou vieram da região de Nova Friburgo. Como a maioria dos imigrantes suíços de Nova Friburgo falava francês, a Tradição Francesa foi reforçada entre nós. Sobrenomes comuns, outros nem tanto, em Conceição de Macabu, evidenciam a origem suíça de seus portadores, como: Genelhoud, Genoud, Jaccoud, Moura*, Schwartz**, Tardin, Poubel, Bersot, Boechat**, Moretti, Monnerat**, Simon, Folly, Allemand, Daumas, Lugon, Keller*** e Dafflon. Outros evidenciam a origem francesa, como Borret, Sence, Brochot e Agarrat. E outros, de origem francesa, deixam dúvidas, se são realmente franceses, suíços, ou franco-suíços: Berbat, Lannes**, Belmont, etc. Tudo isso só serve para reforçar, que o francês já foi uma segunda língua por aqui. *Sobrenome presente em imigrantes de outras nacionalidades, como portugueses e espanhóis. **Respeitando a grafia original, segundo o consulado da Suíça. *** Imigrantes originários da Suíça alemã.

III – Tradição Naturalística

Bichos, plantas, formas geográficas, também são comuns, e serviam para “marcar” uma região, evidentemente pela sua abundância, beleza, destaque, ou pelo espanto provocado... É uma marca muito presente e curiosa em nossos topônimos, como por exemplo Bocaina, Piabas, Poaia, Corcovado, Pãode-Açúcar, e outros. Sem pestanejar, afirmo que a maioria dos nossos topônimos tem sua origem na tradição naturalística.


Casos Especiais: O leitor deve prestar atenção em duas outras constatações: a presença de dezenas de topônimos iniciados pelo substantivo feminino fazenda e a existência de outros inexplicáveis ou sem uma explicação que pudesse ser confirmada. Dividi-os em dois grupos de topônimos:

I – Aspecto Rural

Muitos são os nomes ligados direta ou indiretamente à fazenda e sítios, até porque essa é uma região essencialmente agrária até os dias de hoje. Ao aspecto rural da região juntam-se as tradições Luso-Católica e Francesa, além da Influência da Natureza.

II – Topônimos Desconhecidos

Por fim, não foi possível explicar todos os nomes, e, em muitos casos existem diversas explicações, como é o caso de Palióca, Balancé, Sacarrão, entre tantos outros. Nestes casos, o leitor pode colaborar se souber de uma versão.

Marcelo Abreu Gomes


Glossário Básico Afluente Curso de água que deságua em outro curso de água, considerado principal, ou em um lago, contribuindo para lhes aumentar o volume; tributário. O Rio do Meio é afluente do Rio Macabu. O Rio Macabu é tributário da Lagoa Feia.

Aluvial/Aluvião O nome diz respeito aos cursos hídricos que não são encachoeirados, geralmente localizados em planícies, e, que durante as enchentes, formam depósitos em suas margens e fundo. Todos os rios do município têm uma fase encachoeirada e outra de aluvião, com exceção do Rio Carukango, que é todo encachoeirado, e o Rio do Meio, que é todo de aluvião.

Canal Campos-Macaé Grande obra da engenharia nacional, em funcionamento desde 1848, mas, definitivamente concluído e inaugurado em 19 de fevereiro de 1872, constituiu-se num canal fluvial que unia as cidades de Campos e Macaé, numa extensão superior a cem quilômetros. Além de acelerar as comunicações dessas cidades, o canal atendia as necessidades de escoamento da produção de vastas regiões agrícolas, como as que hoje fazem parte de Carapebus, Quissamã e Conceição de Macabu, naquela época pertencentes ao município de Macaé. O canal cortava diversos rios e lagoas, que acabavam servindo de meios vicinais de comunicação, com destaque para o rio Macabu, navegável até o antigo povoado de São João do Macabu. A navegação era feita por balsas, canoas, pranchas e pequenos barcos, movimentados à vela, por remadores, ou rebocados por pequenas embarcações movidas a vapor, como o rebocador chamado ‘Macabu’.

Cidade

É a sede de um município, chamado também de Primeiro Distrito. A cidade tem o nome do município a que pertence. Os municípios, em sua maioria, são divididos em distritos e o primeiro distrito é a sede do município. Ex.: Município de Conceição de Macabu, cidade de Conceição de Macabu.

Companhia Estrada de Ferro Barão de Araruama Ramal ferroviário da Companhia Estrada de Ferro Macaé-Campos, teve suas obras iniciadas em 5 de dezembro de 1877. A previsão inicial, era de que o “Ramal Conde de Araruama”, como também era chamada a companhia, unisse a Macaé-Campos com a Estrada de Ferro de Cantagalo em dois anos. Tudo transcorreu como previsto até


Conceição de Macabu, aonde os trilhos chegaram no dia 18 de julho de 1878, e em Triunfo, no ano seguinte. Daí para frente, as dificuldades financeiras dos sócios, e as obras demoradas e custosas para transpor as serras, retardaram as obras por duas décadas, até sua conclusão (sem a interligação entre as estradas de ferro), em 1898. Obra fundamental para o desenvolvimento de Conceição de Macabu e arredores, o ramal foi extinto em 1965, para transporte de passageiros, e definitivamente erradicado em 1991, com a falência da Usina Victor Sence. A construção do ramal ferroviário até Conceição de Macabu, reuniu esforços dos proprietários locais, que auxiliaram com escravos, mantimentos e dinheiro, financiamentos e projetos ingleses, e o empenho decisivo da elite agrária e política da região, personificada nas figuras do Coronel Amado, barão de Macabu, barão de Santa Maria Madalena, e da nobreza quissamaense em geral.

Curso A direção que um rio segue da nascente à foz. Da sua nascente até a sua foz, o Rio Macabuzinho percorre um curso inferior a 20 Km.

Distrito

Cada uma das divisões do município, com sede e território, sendo que o Primeiro Distrito é a sede do município, a cidade. Alguns municípios possuem apenas um distrito, caso de Quissamã; outros possuem diversos, como é o caso de Campos. Em Conceição de Macabu, temos dois distritos: o primeiro, que é Conceição de Macabu, e o segundo, que é Macabuzinho.

Estrada Geral de Canta Gallo Um dos nomes, possivelmente o oficial (mantive a grafia da época), de uma estrada que ligava a “Região de Canta Gallo” aos portos fluviais do Rio Macabu, ou diretamente ao porto de Macaé, dependendo das condições climáticas. Também é conhecida como Estrada de Cantagalo, e Estrada Macaé-Cantagalo. Construída a partir de 1840, escoava o café da “Região de Cantagalo”, e era trafegada por tropas, constituídas de dezenas de muares. Por incrível que pareça, alguns remanescentes dessa estrada ainda podem ser encontradas, e, mais incrível ainda, em alguns lugares da Amorosa, por exemplo, a estrada ainda é utilizada.

Foz Ponto onde um rio (ou outro curso fluvial) termina, desaguando no mar, num lago ou em outro rio; desembocadura, embocadura. A foz do Rio Carukango fica nas proximidades do Sítio do Biju, na Amorosa, onde ele deságua no Rio Macabu.

Freguesia


Antigo nome dado aos distritos de um município. Sua criação dependia da fundação de uma paróquia, onde os padres documentavam os nascimentos, casamentos, óbitos e os registros de terras (a partir da Lei de Terras de 1850). Algumas freguesias tinham divisões internas, chamadas de distritos. Ex.: Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, fundada em 6 de outubro de 1855, tinha três distritos: o Curato de Santa Catarina, a Estação de São João de Macabu e Paciência do Macabu.

Localidade Todo e qualquer lugar, tendo ou não uma vila, aldeia ou sede distrital. Ex.: Curato de Santa Catarina, localidade com povoação; Santo Antônio, localidade com uma fazenda, algumas casas, etc.

Logradouro Espaço público, inalienável. Pode ser rua, praça, avenida, vilarejo,etc.

Margem

O terreno que ladeia um curso de água ou que circunda um lago, uma lagoa , um córrego, ou um rio; beira, orla.

Município

Divisão interna, autônoma, de um Estado, governado por um Prefeito e pela Câmara Municipal. No passado, sua administração estava relegada somente a Câmara, que nomeava entre os vereadores um intendente, ou administrador, que fazia o papel de prefeito.

Nascente Fonte principal de um curso de água; cabeceira. Onde começa um rio ou córrego. O rio Santa Catarina tem suas nascentes nas serras de Santo Agostinho, São João, Sobra de Terras, etc.

Rio Curso de água natural, de extensão mais ou menos considerável, que se desloca de um nível mais elevado para outro mais baixo, aumentando progressivamente seu volume até desaguar no mar, num lago, ou noutro rio, e cujas características dependem do relevo, do regime de águas, etc. Ex.: Rio Macabu, nasce na serra do Macabu, deságua na Lagoa Feia, tem curso de aproximadamente 120 Km.

Serra do Deitado

Antigo nome do conjunto de serras existentes nas divisas territoriais de Conceição de Macabu com Macaé. A nomenclatura tem origem remota, e se explica no fato dessas


serras, uma vez observadas do Rio Macaé, ou do Rio São Pedro, parecerem um homem deitado de costas.

Terras Provinciais Terras do nosso município que pertenciam ao governo da Província do Rio de Janeiro, hoje Estado do Rio de Janeiro. Essas terras, quase todas situadas entre as regiões de Santa Catarina e São Domingos, foram ocupadas de diversos modos pelos proprietários rurais da região, e alguns aventureiros, isso, entre a metade do século XIX e o início do século XX.

Vargem O mesmo que várzea, ou seja, uma planície fértil, úmida, inundável em tempos chuvosos. Também recebe os nomes de varge, vargea e vargedo.


Índice A Acácias, Fazenda das/Localidade da Agulha dos Leais Álcalis, Bairro da/Colônia de Férias da Amazonas, Fazenda Amorosa, Cachoeira da /Região da Andorinha, Fazenda/Posto

B Balança ou Subida da Balança, Bairro da Balancé, Bairro do Banco, Serra do Barão Dourado, Fazenda Barata, Bairro do/Fazenda do (Macabuzinho) Barro Branco, Fazenda do/Localidade do Barro Vermelho, Fazenda do/ Localidade/ São José do Batatal, Balneário do/Fazenda do /Localidade do Beira linha, Bairro da Beira Rio Bertioga, Fazenda da/ Localidade da Biju, Localidade do/Sítio do Boa Esperança, Fazenda da/Localidade da Boa Vista, Fazenda da/ Assentamento da Bocaina, Bairro da Bom Destino, Fazenda (do) Brinco, Fazenda do/Localidade do

C Cachica, Pedra da (região da Amorosa) Cachoeirão (Rio Imbé) Caju, Fazenda do /Localidade (Macabuzinho) Cajueiro, Morro do/Subida do Calambau Calçadinha, Bairro da Cambotas, Fazenda das/Região das Campo do Rio Branco (Bairro da Garapa/Vila Nova) Canudos, Fazenda de /Localidade de (Macabuzinho) Capelinha, Assentamento de/ Fazenda da


Capelinha do Amparo/Localidade de (Macabuzinho) Carrapeta, Fazenda da (Santo Agostinho) Carukango, Região do Cascata Centro (Bairro) Chácara de Santana (Bairro da Vila Nova) Chácara de Sílvio (Bairro da Beira Linha) Chalé, Morro do Clube do Bosque Conceição de Macabu, (1º Distrito), Cidade de/Município de Corcovado, Pedra do/Fazenda do Córrego das Almas Córrego da Campanha Córrego do Catrame Córrego da Perigosa Córrego do Purgatório Curato de Santa Catarina, Localidade

D

E

Doutor Loreti Eldorado/ Bairro do Escura, Fazenda da

F

G

H

I J L

Fumaça, Cachoeira/Pedra da Garapa, Bairro da Gaivota, Fazenda da /Serra da/Loteamento Inferninho ou Rua 15 de Março (Bairro da Vila Nova) Ipê, fazenda do (Vila Tavares) Lama Preta, Fazenda da/Localidade da Leitão da Cunha, Fazenda/Localidade Loteamento Folly (Bairro da Bocaina)

M

N

Macabu, Conceição de/Região de Macabuzinho, 2° Distrito/Região de Mandingueiro, Estrada/Fazenda do/Localidade Mirante da Parabólica Monte Cristo, Adutora do Morrinho, Localidade do Morro da Biquinha (Bairro da Usina/Vila Nova)


Morro da Caixa D’água (Bairro da Bocaina) Morro da Mijada (São João) Mutirão (Vila Progresso) Niterói Nossa Senhora de Lourdes, Conjunto Habitacional

O

P

Q

Onça, Fazenda da Osório Bersot/Localidade Paciência, Fazenda/Localidade Palioca, Localidade Pão-de-Açúcar, Morro do (Amorosa) Paraíso, Bairro do Patos, Fazenda dos/Lagoa dos/Trevo dos (Macabuzinho) Pedra Branca, Serra da/Fazenda da Periquito, Pico do (Santo Agostinho) Piabas, Fazenda dos/Localidade dos Piteira, Bairro da Poaia, Fazenda da/ Região da (Curato de Santa Catarina) Pontal, Pedra do Ponto Pinheiro Porto, Bairro do Porto Novo (Bairro do Porto) Posse de Dentro,Fazenda/Localidade Praça (Centro) Procura, Localidade do Quarenta, Fazenda/Trevo Quilombinho

R Rego Barros, Educandário/ Colégio Agrícola (FIA) Rhódia, Bairro da Ribeirão Vermelho Rio Carukango Rio das Aduelas Rio Macabu Rio Macabuzinho Rio do Meio Rio Santa Catarina Rio São Pedro Rochedo, Fazenda do Roncador, Córrego/Estrada/Localidade


S Sacarrão, Localidade do Santa Catarina, Bairro/Localidade Santa Isabel, Fazenda Santa Maria, Fazenda/Localidade Santo Antônio, Fazenda/ Localidade de /Serra do/ Santo Antônio do Imbé São Domingos, Assentamento/Fazenda/ Córrego São Henri, Bairro do/ Fazenda do São João, Fazenda/Serra de (I/II) São Jorge, Fazenda/Serra do São José, Vila (Bairro) São Luis, Fazenda do/Localidade do São Manoel, Fazenda Serra de São Pedro São Tomé, Serra do São Vicente, Fazenda Sapucaia, Fazenda Serra da Cruz Serra de Santa Catarina Serra do Mundo Novo Seringueira/Localidade Serrinha Sertão, Fazenda do/Ponte do Sobra de Terras, Serra da Socó, Fazenda do/Serra do Subida do Malibu (Bairro da Vila Nova)

T Torre da Rádio, Bairro da Transmac (Bairro da Bocaina) Tribo (Bairro) Triunfo, São Pedro do

U Usina, Bairro da Vila da Ponte (Bairro) Vila Esperança (Bairro) Vila Leolinda (Bairro da Usina) Vila Nova (Bairro) Vila Progresso (Mutirão)

V

X

Z


Vila São José (Bairro) Vila Tavares (Bairro) XV de Março (Bairro da Vila Nova)

OBSERVAÇÃO: LIVRO ESCRITO EM LINGUAGEM POPULAR.


A Acácias, Fazenda das/Localidade

No passado existia apenas a expressão Fazenda das Acácias, hoje, as Acácias são uma referência, um ponto da RJ-182, uma localidade. O nome é uma referência baseada na tradição naturalística, provavelmente pela admiração da beleza de uma frondosa árvore, cujas flores caem em cachos dourados: a acácia (Acácia cultriformis). Segundo o Dicionário Aurélio: Acácia [Do lat. acacia < gr. akakía; tax. Acacia.] S. f. Bot. 1. Gênero das leguminosas mimosóideas, que abrange cerca de 800 espécies nativas das regiões mais quentes da Austrália, e da África. 2. Qualquer espécie desse gênero como, p. ex., a Acacia cultriformis, cujos glomérulos são amarelos e perfumados, e que é conhecida, vulgarmente, como esponjinha. 3. Qualquer espécime desse gênero, ou a flor dele. 4. Impr. Designação de árvores e arbustos do gên. Cassia.

Agulha dos Leais

Localidade pertencente ao distrito de Santo Antônio do Imbé, o terceiro do município de Santa Maria Madalena é, juntamente com Osório Bersot e Triunfo, uma localidade de muita afinidade econômica, social e cultural com Conceição de Macabu. A Agulha, como é mais conhecida, é uma comunidade rural, famosa pela excelente farinha de mandioca, mas, no que se destaca mesmo é a produção de leite e seus derivados, como os queijos curados, tipo Minas. Não se sabe precisamente quando surgiu o nome Agulha dos Leais, que é uma referência ao pico de quase 400 metros que domina a paisagem da região. Como em Santa Maria Madalena existem duas agulhas, a Agulha do Imbé e a Agulha dos Leais, é bem possível que o sobrenome Leal (no plural Leais) – família importante e numerosa até hoje, tanto lá quanto aqui em Macabu – tenha sido usado para diferenciar as duas, já que o nome Agulha do Imbé é bem mais antigo que Agulha dos Leais. O fato é que os Leais deram o nome ao lugar, marcando sua importância no panorama regional. Segundo Geraldo Azevedo Osório, colaborador quando o assunto é a Agulha ou o bairro do Balancé, o imperador (não se sabe precisamente qual), doou aos irmãos Manoel, José e Paulino Ignácio Leal, uma sesmaria (grande lote de terras) na região, que posteriormente veio a receber o sobrenome dos três.


Álcalis, Bairro da/Colônia de Férias da

O termo refere-se ao bairro localizado entre a Vila Nova e a Tribo, que foi um apêndice da Vila Nova, tendo se constituído a partir dos anos 40 do século XIX, com a construção da Estrada Geral de Cantagalo, também conhecida como Estrada Macaé-Cantagalo. Apesar da antigüidade, o povoamento e o nome Álcalis, só vieram nos anos 60 do século passado, quando a Companhia Nacional de Álcalis, sediada naquela época em Cabo Frio (hoje em dia Arraial do Cabo), instalou em nossa cidade, exatamente naquela região, uma colônia de férias. A Colônia da Álcalis, instalada numa chácara, com um belo casarão, piscina, pomar, valorizou o local, atraindo novos moradores nos anos 70 e 80, provocando o rápido povoamento da região. A Colônia de Férias da Álcalis tem sido muito importante para divulgação da nossa cidade, graças à bela localização da colônia, as instalações, a simpatia e a culinária dos funcionários. Em Cabo Frio e Arraial do Cabo, chega a ser difícil encontrar alguém que não conheça, ou que não tenha ouvido falar bem da Colônia de Férias da Álcalis. O bairro da Álcalis é basicamente residencial, contando com poucos estabelecimentos comerciais. É um bairro pequeno, que ainda se apóia muito nos serviços e no comércio do vizinho e poderoso bairro da Vila Nova. Segundo o Dicionário Michaelis: Álcali ou Álcalis (Plural) [Do ár. al-qalC, pelo lat. med. alcali, alkali.] S. m. Quím.

1. Qualquer hidróxido dos metais alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio e césio) e p. ext., óxidos, carbonatos e bicarbonatos destes metais. Observação: Existiu naquela região, no século XIX, uma propriedade rural chamada de Inferno. Sobre esse assunto veja também Córrego das Almas.

Amorosa, Cachoeira da/Região da

O termo refere-se à mais famosa cachoeira do município, formada pelas águas do Rio Carukango, localizada na divisa do nosso município com Trajano de Morais. Amorosa também define uma região rural, serrana, razoavelmente habitada, contando com dezenas de casas de veraneio, alguns bares e uma pousada. O nome Amorosa é controvertido. Uma versão diz que o nome está relacionado às lendas indígenas daquela região. Como são lendas românticas,


dramáticas, o nome Amorosa teria tudo a ver com o romance lendário dos índios macabuenses. Uma outra versão, pouco divulgada mas citada em entrevistas por macabuenses maiores de 90 anos, diz que a atual cachoeira tinha o nome de “Véu-de-Noiva”, tendo derivado para “Cachoeira dos Amores” e daí para Amorosa. Os maiores indicativos nos dão uma quase certeza que o nome Amorosa tem mesmo a ver com as lendas romanceadas que sempre fazem referência à região. Até os anos 60 do século XX, o acesso à cachoeira era dificultado pelas péssimas estradas. Com o progressivo desenvolvimento da pecuária leiteira (anos 60), extrativismo vegetal (anos 70/80), e o veraneio (dos anos 70 aos 90), a região passou a ser vista de forma diferente, sendo inclusive vitima de grandes depredações, que resultaram em grandes crises ambientais, cujas conseqüências são visíveis até hoje. A lenda da Amorosa – versão (resumida) do autor Ipojucam e Jandira eram índios sacurus que viviam em diferentes tribos. Ele, caçador afamado, vivia com sua comunidade na parte alta, onde os rios Carukango e Vermelho se unem. Jandira, conhecida pelas redes e cestas de palha que fazia usando a folha seca da macaúba, vivia com sua comunidade na parte baixa, onde existe até hoje um grande bambuzal. Desde jovens se conheciam, brincando entre as pedras do rio, banhando-se na cachoeira. Ela fazia para ele belos cestos de caça, ele trazia para ela os mais diferentes animais. Um dia, Ipojucam caçava para Jandira quando encontrou um estranho rastro, uma pegada humana, que ele seguiu até um imenso tronco oco. Lá dentro dormia um estranho ser, que parecia um pequeno índio, mas era muito cabeludo e tinha os pés voltados para trás. Ipojucam, curioso, acordou a criatura, que assustada montou num caititu que passava nas redondezas e sumiu mata adentro. Ipojucam seguiu a criatura até deparar-se com ela às margens de um regato. _ Quem é você ? Perguntou Ipojucam. _ Sou o Curupira, defensor da mata e dos animais. Por que você não me matou enquanto eu dormia ? _ Por que não costumo matar seres indefesos, só enfrento quem pode me enfrentar. _ Você é esperto, garoto, não gosto de caçadores, mas você não caça, você enfrenta os animais dando-lhes oportunidade. Fique com Tupã. E o Curupira sumiu pela floresta montado em seu caititu.


Os anos se passaram, Jandira e Ipojucam cresceram belos e fortes. Como era de se esperar, enamoraram-se, tornaram-se noivos, até que os pajés das duas tribos marcaram o casamento para a primeira noite de lua cheia de novembro. Na véspera do casamento, pela manhã, Ipojucam ofereceu uma bela caça a Tupã, como se pedisse as bênçãos pelas núpcias. Anhangá, o maligno deus da morte dos sacurus, que invejava a destreza e a inteligência de Ipojucam, desde que ouvira falar do jovem através do Curupira, surgiu para ele na forma de uma onça branca e o desafiou para uma luta de caça. Com destreza, Ipojucam derrotou a onça, ferindo-a de morte no peito. Irritado, Anhangá ressuscitou o animal, levando Ipojucam a perseguilo até a cachoeira onde Jandira colhia palha para fazer sua rede nupcial. Quando Anhangá, na forma da onça branca, avistou Jandira, resolveu atacá-la para vingar-se de Ipojucam. Quando percebeu o ataque, Jandira gritou por Ipojucam, que vinha em perseguição à onça, este imediatamente investiu sua lança contra o animal, trespassando-o mortalmente. Imediatamente, Anhangá, humilhado pela derrota que seu animal sofrera, transformou-se numa tromba d’água arrastando Jandira e Ipojucam para as profundezas da cachoeira, que passou a se chamar Amorosa.

Observação: Os nomes dos personagens são do tronco lingüístico Tupi, mas não há certeza se os índios sacurus eram Tupis ou Jês. A maldição da Amorosa – versão (resumida) do autor Cachoeiras são geralmente locais belos, interessantes, mas como todos sabem, também podem ser locais perigosos por causa de fatores naturais: (o lodo, as correntezas, as pedras, etc.). Esses fatores naturais geralmente são agravados pelo excesso de confiança dos banhistas, falta de preparo físico, mas, principalmente, bebidas alcoólicas. A cachoeira da Amorosa, ao longo de quase 30 anos, fez suas vítimas: 16, 17 ou 18 (não há um consenso) pessoas sofreram graves acidentes e vieram a falecer. Esses acidentes têm coincidências muito curiosas: todas as vítimas eram homens, todas eram originárias de outros municípios (os chamados forasteiros) e, a maioria, estava bêbada. Surgiu logo uma explicação, ou melhor, uma maldição, para justificar a sina cruel desses infelizes. Contam os antigos, que há muitos anos, quando toda a região era habitada apenas por índios sacurus e goitacazes, que uma guerra fraticida envolvia as duas tribos, que disputavam a cachoeira, onde adoravam o deus Tupã e a deusa Imá. A guerra já durava vários anos, quando surgiu no vale do Macabu um elemento novo, homens brancos, vestidos com roupas, trazendo armas metálicas e de fogo. Eram mercadores, homens rudes, gananciosos, que tentavam abrir uma trilha que unisse o rio Macabu, navegável, às fazendas de café de Cantagalo.


Os goitacás, habitantes das áreas pantanosas do valo do rio Macabu, tiveram contato com os brancos, repelindo-os. Os sacurus, habitantes das áreas mais altas e secas do vale do Macabu, igualmente repeliram o contato com os brancos. Os mercadores, espertamente, resolveram valer-se do conflito indígena para destruir uma das tribos e, depois usando de outros recursos, liquidar o restante dos índios, e, assim, abrir as trilhas para os cafezais de Cantagalo. O chefe dos brancos era um mercenário suíço chamado Leopold Krueguer, famoso como capitão-do-mato, acompanhado por outros dois mercadores: José Maria Sebastiano e Marcos Luís Sampaio Pinto, além de dois índios tamoios e dois escravos, cujos nomes não se conhece. Na intenção de liquidar os sacurus, procuraram os índios na região da Caxicha, e propuseram ao chefe da tribo apoio e armas de fogo para liquidar os goitacás. A proposta, considerada imoral pelo conselho da tribo foi rejeitada por unanimidade e os forasteiros brancos foram expulsos da tribo. Preocupados com a presença maligna dos brancos, o chefe mandou sua filha ao chefe dos goitacás para propor-lhe uma trégua e avisar-lhe do perigo que corriam. No caminho, quando a índia passava pela cachoeira da Amorosa, foi surpreendida pelos brancos, que suspeitando de algo, torturaram a índia e fizeram-na beber para que ela confessasse. Como a índia desfaleceu, embriagada, sem nada dizer, seu corpo foi atirado nas corredeiras, onde ela afogou-se. Nesse mesmo instante, o feiticeiro da tribo dos goitacás, teve um pressentimento negativo ao ler o futuro nas espumas do rio: viu um peixe-rei tentar enfrentar uma enorme traíra para salvar seus filhotes, empurrando os mesmos para as espumas das corredeiras e, deixando-se matar, para salvar os pequeninos. O feiticeiro goitacá, avisou ao cacique da tribo que algo estava errado, pois vira o peixe-rei – símbolo dos sacurus – sacrificar-se para evitar que a traíra, símbolo dos traidores, delatores, assassinos destruísse seu futuro – simbolizado pelos filhotes. Os goitacás saíram em direção à cachoeira da Amorosa, onde pretendiam pedir ajuda a Tupã para resolver o enigma. A caminho, um dos guerreiros encontrou o corpo da jovem, que foi logo reconhecida como filha do chefe sacuru. Nesse exato momento, os brancos surgiram dentre as pedras, apontando suas armas para os índios, rendendo-os. O chefe dos brancos, não querendo mais perder tempo, deu ordem aos demais para que fuzilassem todos os índios. Nesse instante, o espírito da índia agarrou os pés de Leopold, jogando-o no redemoinho de um sumidouro onde este desapareceu, dando tempo aos goitacás para reagir e liquidar os outros dois brancos. Os tamoios e os escravos, aprisionados, foram levados aos sacurus onde confessaram o assassinato da índia.


O fato pôs fim a luta entre as tribos, que passaram a dividir a Cachoeira da Amorosa. Até hoje, o espírito da índia protege a cachoeira, vez por outra levando para junto de si alguns forasteiros mais atrevidos, principalmente os bêbados. Curiosidade: Em janeiro de 2001, a prefeitura de Conceição de Macabu explodiu uma pedra, que segundo alguns, era responsável pelo afogamento e outros acidentes fatais na região da Amorosa. A pedra, que ficava no município de Trajano de Morais (cerca de 62% de sua massa total), bem em frente a Cachoeira da Amorosa. De fato, dos dezoito mortos, cerca de quatro faleceram ali, mas por ironia do destino, poucos dias após a explosão, outro acidente fatal lá ocorreu. Segundo ironizava-se na época: “daqui a pouco vão querer explodir a BR-101, ou, o Oceano Atlântico”. O que falta mesmo, é educação, a melhor dinamite contra todos os males.

A Senzala do Dr. Antunes Indo à Amorosa, antes da entrada do bambuzal, é fácil perceber numa baixada ao lado do Rio Macabu, uma construção de pedra, que nos últimos anos foi usada como curral. Na verdade, se o leitor tiver tempo, e o proprietário da área não se ofender, dê uma olhadinha mais de perto no tal curral e perceberá que suas grossas e altas paredes não são típicas desse tipo de construção. Com um pouco mais de atenção, perceberá o leitor que existem outros alicerces ao redor da construção, inclusive uma outra parede, degraus, etc. O curral era uma senzala, o local era um entreposto comercial. Existia ali além da tal senzala, um enorme armazém, algumas casas e, um pequeno porto fluvial. Quase todo local pertencia a um rico médico chamado Dr. Antunes, fazendeiro de café, comerciante, traficante de escravos – numa época em que os escravos já não vinham mais da África, mas sim dos decadentes canaviais do Nordeste. Contavam nossos antepassados, que o Dr. Antunes vinha fazendo um grande investimento no local, principalmente na dragagem do rio, mas, uma prolongada seca frustrava-lhe, mantendo baixo o nível d’água e, por tabela, diminuindo a produção de café. Prevendo melhores dias, depois de um ano ruim, adquiriu o Dr. Antunes uma grande carga de cativos, que, por questões burocráticas, e os precários meios de transporte da época, só chegaram à sua senzala pelos dias finais de abril. A seca continuava castigando, as vendas de escravos eram cada vez menores, o prejuízo era diário. Porém, Dr. Antunes não desistia, sabia que escravo na senzala era dinheiro em caixa mais hora menos hora. Entretanto, o baixo nível do rio, dificultando o transporte, a seca matando os cafezais, era só o início da desgraça para o médico. Poucos dias depois da chegada de seus escravos, veio a notícia que a princesa Izabel havia assinado a Lei Áurea, que colocava fim à escravidão no país. Desesperado, falido, Dr. Antunes, abriu sua senzala, libertou seus escravos, trancou-se e matou-se com um tiro na boca.


Receita Amorosa Na verdade é um bolo pudim de laranja, que a Nestlé batizou de Amorosa (não sei explicar), mas que serve para caracterização e divulgação da nossa Amorosa. Vamos a ele: Ingredientes: Calda – 2 xícaras de chá de açúcar Pudim – 1 lata de leite condensado/a mesma medida da lata (395 ml) de suco de laranja/3 ovos Bolo – 4 ovos/1 xícara de chá com açúcar/1 xícara de chá com suco de laranja/2 xícaras de chá com farinha de trigo/ 1 colher de sopa com fermento em pó/raspas de laranja Modo de preparo: Calda – Em uma panela de fundo largo, coloque açúcar. Leve ao fogo baixo, deixando derreter suavemente. Quando estiver bem dourado, junte uma xícara de chá com água fervente e mexa com uma colher de pau. Deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar. Forre uma forma redonda (26 cm de diâmetro) com essa calda e reserve. Pudim – Bata os ingredientes no liquidificador e despeje na forma. Reserve. Bolo – Bata as claras em neve firme, junte as gemas, uma a uma, e acrescente o açúcar às colheradas. Bata bem, reduza a velocidade e despeje o suco de laranja aos poucos. Misture bem e desligue a batedeira. Junte a farinha, o fermento, as raspas de laranja e mexa com uma colher. Despeje essa massa sobre o pudim e asse em banho-maria, em forno médio (180ºC), por 1 hora. Espere esfriar bem para desenformar. Rendimento – 10 porções; Dica – Se desejar, prepare a receita numa forma retangular grande (22 X 23 cm).

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Cortesia da Nestlé

Melhor que a Amorosa não é, mas é bom.

Amazonas, Fazenda

Era uma propriedade rural como qualquer outra, até ser ocupada pelo MST – Movimento dos Sem-Terra – e, tornar-se uma referência em toda região, embora a ocupação não tenha sido bem sucedida.


O nome Amazonas foi atribuído aquela propriedade, porque houve um tempo em toda região era coberta por florestas fechadas. Mas isso é coisa do passado.

Andorinha, Fazenda/Posto

Por admirar, pela presença marcante, ou mesmo pelo simbolismo de alguns animais, o homem vem tomando o nome deles emprestado para batizar fazendas, sítios, empresas, sobrenomes e nomes. O caso da Fazenda Andorinha, que deu origem ao Posto Andorinha, ambos localizados na BR-101, em área disputada pelos municípios de Carapebus e Conceição de Macabu, é um caso de admiração, de presença marcante e de simbolismo. Isso porque as andorinhas, muito comuns naquela região, tinham a admiração do proprietário da fazenda e, simbolizavam harmonia e paz. Segundo o Dicionário Aurélio: Andorinha [Do dim. * hirundina, do lat. hirundine, 'andorinha'.] S. f. 1. Bras. Zool. Designação comum a várias espécies de aves passeriformes hirundinídeas, que se alimentam só de insetos, e contam cerca de 14 espécies em nosso país. Realizam periodicamente migrações, vindo algumas espécies do hemisfério norte nidificar no Brasil, em buracos, nos barrancos, em ocos de paus, ou nos telhados das habitações. [Cf. uiriri.]

B Balança ou Subida da Balança/Bairro da

Também chamado simplesmente de Balança, é um dos bairros de nossa cidade que mais cresceu nos últimos anos . Teve sua origem na expansão dos dois bairros que lhe são vizinhos: a Calçadinha e o Porto. O nome está relacionado a uma balança de pesar gado, que pertenceu ao senhor Anísio Barcelos. O bairro é cortado pela RJ-182, sedia o Parque de Exposição Anísio Barcelos, onde hoje são realizadas duas das maiores festas de nosso município: a Exposição Agropecuária e Industrial e a Macaipira. O bairro mescla aspectos residenciais com comerciais. Não é grande, embora seu formato longitudinal deixe a impressão que é maior do que realmente aparenta.


Balancé, Bairro do

Um dos maiores bairros de Conceição de Macabu, o Balancé tem pouco mais de trinta anos, embora já abrigasse moradores desde o princípio do século passado. Localizado entre os bairros da Rhodia e do Paraíso, é predominantemente residencial, embora existam comércios diversos, como padarias, açougues, mercados e bares. A formação do Balancé está relacionada ao fracionamento de propriedades rurais naquela região, que num passado um pouco mais remoto, foi famoso por sua produção canavieira e leiteira. Com o processo de falência da Usina Victor Sence, tal qual ocorreu com Mutirão, Rhodia, Usina e Calçadinha, o Balancé recebeu uma grande quantidade de moradores oriundos das zonas rurais de Conceição de Macabu e Santa Maria Madalena, o que transformou o bairro em um dos de maior crescimento populacional nos últimos quinze anos em nossa cidade. Se explicar o crescimento do bairro não é uma tarefa das mais complicadas, elucidar o significado do termo Balancé é uma tarefa difícil, pois não existe consenso, de forma que temos, pelo menos, três versões viáveis sobre a origem do nome. Vamos a elas: 1 – Balancé vem de...pântano Parece estranho, e é, pois essa versão que me foi narrada por Geraldo Azevedo Ozório (Bicho Feio), nos dá conta de que antigamente, lá onde o Balancé forma uma planície que vai de encontro ao rio Macabu, havia pântanos e alagados cobertos por uma vegetação densa que formava uma espécie de colchão d’água. Ao ser pisada, a vegetação balançava, mas não afundava, resultando numa brincadeira, que segundo alguns foi à origem do nome Balancé. 2 – Balancé vem de balança Menos estranha, porém bem menos conhecida é a História de que o industrial francês Victor René Sence, tinha naquela região uma balança para pesagem de gado bovino. Como o gringo tinha dificuldade em pronunciar certas palavras e, entre elas estava balança, que ele dizia balancê , o termo acabou denominando o bairro do Balancé. 3 – Balancé vem de balanço, dança, etc. Esta versão está relacionada ao fato de que a região do Balancé abrigou vários terreiros de Candomblé, de Jongo e, era área de concentração ou partida de Folias de Reis. Alguns misturam essa versão com a anterior, dizendo que Victor Sence ao se referir à região dizia balancé , que na língua do francês quer dizer dança. Essa versão musical para o nome Balancé é reforçada


de maneira diferente por Godofredo Guimarães Tavares em seu livro Imagens de Nossa Terra:

“...firme no propósito de registrar os fatos de forma leal, confesso ignorar o motivo do nome Balancé, contudo, a tradição oral relembra que existiu outrora, naquele recanto, um trovador popular que cantava o seguinte”:

Vim lá do Balancé, Gingando o balancé balanceado; De dia eu lá trabalho em pé E de noite eu durmo deitado.” Cabe ao leitor ajudar a decidir qual versão utilizar para explicar o termo Balancé, pois toda informação nova é bem-vinda.

Banco, Serra do

Segundo pude averiguar, embora não possa dizer que com certeza absoluta, o nome Banco é uma referência ao formato de assento da referida montanha. A mesma montanha, dependendo do ângulo de visão, possui a forma de uma dupla corcova (como a dos camelos), o que pode ter influenciado no nome Corcovado, que denomina uma fazenda e, já denominou uma localidade daquela região. Fica a dúvida.

Barão Dourado, Fazenda

Localizada na região da Agulha dos Leais, seu nome não tem uma explicação lógica, pois a propriedade formou-se no século XX, e nenhum de seus proprietários possuiu título de nobreza. Aliás, seu primeiro proprietário foi Joca Tavares (João Baptista Tavares), famoso por organizar na fazenda grandes festas de São João, isso nos anos 20 do século passado. Seu Joca também ficou famoso por seu automóvel e seu telefone. O automóvel, um Ford 1925, embora não fosse o primeiro nem o único da região, era muito usado nas festas, em especial no carnaval macabuense, transportando foliões pelas nossas esburacadas ruas. Já o telefone doméstico, era muito raro, o do seu Joca ligava a Barão Dourado ao estabelecimento comercial que seu genro Mário Freire de Carvalho tinha em Conceição de Macabu.

Barata, Fazenda do/Bairro do (Macabuzinho) Localizado no Segundo Distrito, Macabuzinho, o Barata foi um dos bairros do município que mais cresceu nos últimos anos. Esse crescimento esteve diretamente relacionado ao processo de falência da Usina Victor Sence, que fez com que seus funcionários naquela região, buscassem terrenos e casas a preços acessíveis, o que sucedeu em diversos bairros de Conceição de Macabu e Macabuzinho, inclusive o Barata.


O nome do bairro (já que está inserido no Perímetro Urbano de Macabuzinho), vem da Fazenda do Barata, que sugere que ela tenha pertencido a um certo Sr. Barata – sobrenome por sinal muito pomposo no Rio de Janeiro. Mas o que pude averiguar, é que, na verdade, Barata deveria ser usado no feminino, pois se refere ao asqueroso inseto, inimigo fidagal de 10 entre uma dezena mulheres. O que me consta, é que no passado os canaviais da região foram atacados por uma praga de insetos, que se não eram baratas, deviam ser muito parecidos, porque o nome barata ficou e pegou em toda região. Mas por que passou do feminino (a barata) para o masculino (o barata), não sei dizer. Na concepção do Michaelis: Barata [Do lat. blatta, com suarabácti.] S. f. 1. Zool. Ortóptero onívoro, de corpo achatado e oval, que põe ovos em ootecas. Pode ser silvestre ou doméstico, e tem hábitos noturnos.

Barro Branco, Fazenda/Localidade do (Ponto Pinheiro)

Barro Branco é um tipo de argila, relativamente comum em nossa região, tanto é que definem duas regiões: uma, no município de Santa Maria Madalena e outra, em Conceição de Macabu. A região de nosso município que tem esse nome, coincidentemente possui barro branco. Coincidentemente, porque na verdade é parte de Ponto Pinheiro, tendo recebido o nome de Barro Branco para designar uma escola estadual, importante nos anos 60-70, mas há muito tempo desativada. O nome foi uma estratégia usada por políticos macabuenses para conseguir mais uma escola para o município. Tal fato ocorreu em fins dos anos 60 do século passado, quando o então governador do antigo Estado do Rio de Janeiro, Jeremias de Mattos Fontes nos ofereceu escolas e pontes. No intuito de conseguir o maior número possível de obras, especialmente escolas, o presidente da Câmara Municipal sugeriu ao prefeito, que repetisse alguns nomes de localidades de municípios vizinhos em Conceição de Macabu, para que o governo estadual construísse mais escolas. Assim, tanto em Santa Maria Madalena, quanto em Conceição de Macabu foram construídas escolas com o nome Barro Branco, sendo que, de fato e de direito, a localidade só existia lá. Na definição do Aurélio: Barro [De or. pré-romana.] S. m.


1. Argila (2 e 3). 2. Constr. Substância utilizada no assentamento da alvenaria de tijolo em obras provisórias, obtida pela mistura de argila com água. 3. A argila como é encontrada no barreiro, própria para fabricação de tijolos e telhas.

Barro Vermelho, Fazenda do/ Localidade do/São José do

O nome barro vermelho também designa um tipo de argila, que é tão comum quanto a tabatinga ou o barro branco. No caso, o nome se originou da antiga Fazenda São José do Barro Vermelho, uma das referências mais importantes para tropeiros e outros viajantes que trafegavam pelas estradas da região no século XIX, principalmente a Estrada Provincial da Carreira Comprida ou a Estrada Geral de Cantagalo, a Macaé-Cantagalo.

Batatal, Balneário do/Fazenda do (Usina)

O Batatal já foi uma Amorosa, ou seja, já foi o grande balneário de Conceição de Macabu, nos tempos em que a Usina Victor Sence era proprietária daquelas terras, e suas porteiras viviam abertas aos banhistas e pescadores. Em 1986, a circulação no Batatal ficou restrita, pois foi inaugurada a represa que deveria solucionar os problemas de abastecimento em nossa cidade. Nos anos 90, o golpe de misericórdia foi dado quando a Fazenda Batatal foi vendida a um certo estrangeiro chamado popularmente de “o peruano”, que restringiu o acesso ao balneário. O nome Batatal é óbvio, referindo-se a experiências com plantio de batatas naquela fazenda. As batatas não serviam para consumo doméstico, mas para produção de fermentos especiais, que integravam o processo de produção de alcooquímicos da Usina Victor Sence. A fazenda é bem mais antiga do que parece, pois fez parte da Fazenda Juraci, que em 1913 foi adquirida por Victor Sence. O Batatal fica no rio Macabuzinho, entre a RJ 182 e a Serra da Gaivota. Como diz o Michaelis: Batatal [De batata1 + -al1.] S. m. 1. Quantidade mais ou menos considerável de batateiras dispostas proximamente entre si; batateiral.

Beira Linha, Bairro da

O nome diz tudo: o bairro da Beira Linha tem seu nome ligado ao antigo ramal ferroviário que durante quase cem anos ligou Conceição de


Macabu ao mundo. Mas no princípio não era assim, pois quando o ramal foi concluído em 18 de julho de 1878, até ser desativado para o transporte de passageiros quase noventa anos depois, o movimento constante das locomotivas e a fiscalização atenta das companhias ferroviárias, não permitia a ocupação das margens da linha. A partir de 1967, com o transporte ferroviário restrito apenas aos meses da safra de cana-de-açúcar, o consentimento não oficial da Rede Ferroviária Federal e o crescimento natural dos bairros do Porto e Centro, levou a ocupação dos fundos dos grandes quintais daquela região – que faziam limites com a linha, resultando na formação de um novo bairro, que, para muitos, ou se confunde com o Centro, ou com o Porto. O bairro é constituído principalmente de residências, embora existam muitos comércios varejistas, como bares e mercados. Não é um bairro grande, pelo contrário, é dos menores, pois está com seu crescimento limitado a uma estreita faixa de terras, não tendo muito para onde se expandir. A principal rua do bairro é a Itamar Gomes, que homenageia o comerciante português cuja padaria ainda existe em nossa cidade, cerca de cento e catorze anos depois da sua fundação. Possui uma divisão interna, a Chácara de Sílvio, uma espécie de subdivisão do bairro. Ver também: Chácara de Sílvio.

Bertioga, Fazenda da/ Localidade da

Não sei o que aconteceu com os modernos dicionários brasileiros, tipo Aurélio, Michaelis, etc., pois nenhum deles traz uma definição para bertioga. Acabei encontrando a tal definição num velho dicionário dos anos 60: “Porto fluvial ou pequeno porto marítimo”. No nosso caso faz sentido, pois na atual região da Bertioga, na antiga Fazenda da Bertioga, havia um porto fluvial às margens do rio São Pedro até os fins do século XIX. Naqueles tempos, quando Conceição de Macabu era parte do município de Macaé, quase toda população do distrito vivia no interior, ou em fazendas ou lugarejos, e as comunicações eram muito precárias, fazendo com que aquela parte do distrito só fosse atingida por meio de barcos a remo que trafegavam pelo rio São Pedro. Era mais prático chegar à Bertioga via Macaé, navegando pelos rios Macaé e São Pedro, do que por Conceição de Macabu, na época distante um dia de viagem a cavalo, se não chovesse. A antiga fazenda teve seus tempos gloriosos, quando pertenceu ao Barão da Póvoa do Varzim, cidadão português rico e poderoso. Lá viveu, praticou suas atrocidades e foi assassinado (tocaiado), o temido criminoso


Pires da Bertioga, também de nacionalidade portuguesa, cuja história já divulguei em outros livros e reportagens.

Biju, Localidade do/Sítio do

Biju ou beiju é uma iguaria da culinária indígena, feita de massa de farinha de mandioca ou tapioca, muito consumido em Conceição de Macabu até os dias de hoje. Duas localidades de Conceição de Macabu tornaram-se referências locais por se chamar Biju, embora com explicações diferentes, vejam só: 1 - O nome refere-se à casa de farinha do senhor Joaquim Gomes, que fazia excelentes bijus (ou beijus). A referência se manteve. O Biju é parte da Palioca, onde a família do Sr. Joaquim Gomes é uma das mais antigas. É comum ouvir falar e falar: “Vou ao Biju”. Ou “Fica perto do Biju”. 2 – Na Cachoeira da Amorosa existe o Sítio do Biju, hoje cedido à Associação de Moradores e Produtores da Amorosa, a AMPA. Segundo o Dicionário Aurélio: Beiju ou Biju [Do tupi.] S. m. Bras. Cul. 1. Bolo de massa de tapioca ou de mandioca, do qual há numerosas espécies. [Sin.: beijuaçu ou beijuguaçu, beijucica ou beijuxica, beijucuruba, beiju-membeca, beijumoqueca ou beiju-poqueca, beijuteica, biroró, malcasado, sarapó, sola e tapioca.Var.: biju.]

Boa Esperança, Fazenda da/Localidade da

A Fazenda Boa Esperança pertenceu durante quase toda sua existência à Usina Victor Sence, tendo sido vendida a José Norberto Milagres e sócios, a quem pertence até hoje. A produção era de madeira, cana-de-açúcar e café até meados de 1929. Daí em diante, apenas cana e madeira, além de alguns bois e cavalos, até tornar-se exclusivamente produtora de gado de corte e leite, isto após sua última venda. Enquanto pertenceu a Usina Victor Sence, a fazenda abrigou dezenas de famílias que trabalhavam no cultivo e colheita da cana. Após o fechamento da UVS e a venda da fazenda, a maior parte das famílias se foi, embora algumas ainda permaneçam lá, constituindo uma comunidade com algumas dezenas de residentes.


Boa Vista, Fazenda da/Localidade da

O nome é uma referência ao visual bonito que se tinha naquela região, assim que foi adquirida pela Usina Victor Sence: uma bela vargem, morros florestados, árvores frondosas... A fazenda chegou a ser uma das mais movimentadas da falida UVS, com dezenas de moradores. Após o fechamento da empresa, a propriedade tornou-se área de pastagens e criação extensiva de gado, o que resultou no êxodo de seus moradores para Conceição de Macabu. Hoje em dia a fazenda é palco de uma experiência interessante: um assentamento rural com lotes financiados pelo Banco da Terra. Com isso, a Boa Vista recuperou sua tradição de propriedade densamente povoada.

Bocaina, Bairro da

Maior bairro de nossa cidade, com população, comércio, rede de saúde, rede escolar, enfim, serviços públicos e privados, comparáveis aos de pequenas cidades de nossa região. Isso mostra que a Bocaina é grande e importante, além do que, o principal sistema de saúde do município está implantado lá, que é o Hospital Municipal Ana Moreira, além de grandes escolas, como a Escola Estadual Bocaina e a Escola Municipal Rozendo Fontes Tavares. A Bocaina é limitada naturalmente por vertentes de morros, como o da Caixa D’Água, pela Rua Coronel Castro e, pela Vila São José. É um bairro tão grande para os padrões locais que possui até divisões internas, como a Transmac, o Morro da Caixa D’Água e o Loteamento Folly. A História da Bocaina remonta ao século XIX, sendo um dos mais antigos bairros da cidade. Sua origem está na Fazenda Descoberta Feliz, importante propriedade rural que pertenceu ao casal José de Oliveira Gomes e Luzia Pereira Braga Gomes, que só para constar, eram os pais do coronel Nestor Gomes, lá nascido em 1875, e que tornou-se governador do Estado do Espírito Santo entre 1920 e 1924. A fazenda era altamente produtiva, uma das melhores da região, sempre citada com destaque nos relatórios agrícolas da Província do Rio de Janeiro. Sua produção variava entre café, cana, milho, algodão (isso mesmo, algodão em Macabu), pita (ou sisal, para fazer cordas), gado bovino e eqüino, milho, mandioca, moinho, alambique. Além disso, tinha uma das maiores senzalas da região, como escravos eram patrimônios que poucos podiam obter... A divisão dessa fazenda, já no século XX, e a instalação da Fazenda Modelo Wenceslau Bello (São Domingos, Rego Barros, etc.) em 1923-25, e a proximidade com o Centro da cidade, resultou no povoamento acelerado do bairro, inicialmente no Morro da Caixa D’Água, depois seguindo o Córrego do


Procura, por fim espalhando-se pela região já conhecida. O crescimento da Bocaina seguiu ritmos diferentes: até 1923, era região de chácaras e sítios; até meados dos anos 70, ainda existiam algumas chácaras, mas predominavam os grandes quintais, embora já existissem regiões do bairro com ocupação semelhante a atual; nos anos 80 e 90, praticamente desapareceram as chácaras, restando alguns quintais grandes e, iniciando-se o processo de ocupação de áreas antes mais isoladas, além da verticalização do bairro, e o surgimento de loteamentos como o Folly. O nome Bocaina é de fácil explicação até um certo ponto, pois define acidentes geográficos típicos de regiões montanhosas. Bocaina quer dizer “depressão entre morros ou serras”, ou “depressão numa serra ou morro” – segundo os dicionários Aurélio e Michaelis. Essas depressões são encontradas mais de uma vez na Bocaina: no Morro da Caixa D’Água, onde a serra tem formato de uma meia boca; em dois locais da Transmac e nas proximidades da antiga fábrica Brindex (Morro da Parabólica). Na verdade existem bocainas na Bocaina, o que suscita uma polêmica entre os mais velhos moradores do bairro e de Conceição de Macabu. Para alguns, a Bocaina era dividida em duas partes: o Morro da Caixa D’Água e a Bocaina propriamente dita, que seria hoje em dia perto da Transmac. Segundo estes, o nome pioneiro foi Caixa D’Água, depois assimilado por Bocaina. Para outros, a Bocaina sempre foi aquela da caixa D’Água. Temos aí, conforme eu já disse, uma relativa facilidade para explicar a origem do nome Bocaina, pois para nossa grata surpresa, são muitas bocainas (depressões em forma de boca, no linguajar local) na Bocaina. Cabe ao leitor a decisão: qual bocaina deu origem a Bocaina ? Conferindo no Dicionário Aurélio: Bocaina [De boca1 (ô) + -ana1, com i epentético.] S. f. 1. Bras. Depressão numa serra. 2. Vale ou canhada entre duas elevações do terreno.

Veja também: Loteamento Folly, Morro da Caixa D’Água, Transmac.

Bom Destino, Fazenda (Amorosa)

Situada entre Conceição de Macabu e Triunfo, dominando a planície aluvial do Rio Macabu, é uma das maiores e melhores propriedades rurais da região. Pertence a Bernardino Barbosa, conhecido por Ninito Barbosa. Seu nome é um bom presságio, um desejo eterno de boa sorte.


Brinco, Fazenda do/Localidade do

A fazenda recebeu esse sugestivo nome por se tratar de uma excelente propriedade rural, que no dizer local: um “brinco”. Trocando em miúdos, a fazenda era excelente, ou seja, “era um brinco”. Segundo o Michaelis: Brinco [Do lat. vinculu.] S. m. 1. Adorno ou jóia que se usa presa ao lobo da orelha ou pendente dela. [Cf. arrecada, pingente (2) e bichas.] 2. P. ext. Pessoa ou coisa delicada, fina, elegante, muito bonita. 3. Coisa feita, arrumada, etc., com muito apuro; primor, perfeição.

C Cachica, Pedra da (Amorosa)

A Pedra da Cachica fica na região da Amorosa, trata-se de um platô de aproximadamente 800 metros de altura, tendo mais de 50 hectares de área relativamente plana ou com pequenas depressões. Na Cachica existem algumas curiosidades, como a estrada de acesso ao local, só transitável por motos ou a pé e, em boa parte do percurso, pavimentada em pedras – uma obra do século XIX. Outra curiosidade, é um lago de altitude que existe (?) no alto da pedra da Cachica, que transborda em épocas de muitas chuvas, molhando um precipício de trezentos metros aproximadamente, facilmente visível da estrada de acesso.Esse lago já foi bem maior, mas arrebentou em 1998 após as grandes enchentes que assolaram toda região. Hoje, o lago é um brejo nas épocas secas e uma pequena lagoa, em tempos chuvosos. O nome verdadeiro é de origem indígena - “caachica” - e refere-se a um arbusto cujas flores produzem uma tintura azulada, muito usada como anil. Outro nome popular da caachica é anileira-verdadeira, e conforme nos diz o dicionário Michaelis: Caachica S. f. Bras. Bot. 1. Arbusto da família das leguminosas papilionáceas (Indigofera anil), de flores róseas, que produz anil de qualidade e possui propriedade insetífuga; caachica, caaobi, guajaná-timbó, timbó-mirim. [Pl.: anileiras-verdadeiras.]

De caachica para cachica foi um pulo. O nome indígena denota mais uma vez a presença dos sacurus e de outras tribos em nosso município. Curioso


é o fato do arbusto produtor de anil – corante azul muito usado no passado – chamar a atenção dessa forma. Fico especulando: terá sido aquela região produtora de anil? Se foi, terá a produção de anil estimulado a construção daquela estrada?

Cachoeirão (Rio Imbé)

Localizado no terceiro distrito de Santa Maria Madalena, mas distante apenas 15 Km de Conceição de Macabu, contra 26 Km de Madalena, é a parte mais bonita do Rio Imbé, onde o mesmo se precipita numa grande cachoeira, que é a razão do nome, e dezenas de poços. Além de ser agradável para banhos, é bom para pescar. O problema do lugar fica por conta das estradas, que fazem um passeio que deveria levar dez minutos, ser completado em trinta minutos. Muito freqüentado por nossos veranistas, inclusive o que vos escreve, sofreu uma estranha modificação em 1998, quando foi atingido por uma grande enchente, a maior em 30 anos, que fez “desaparecer” algumas cachoeiras e poços, vítimas do assoreamento. Mesmo assim, permanece interessante por se tratar de local bem preservado, onde se roga méritos ao proprietário Simão Ciro Moreira.

Caju, Bairro/Fazenda/Localidade (Macabuzinho)

Achava que o nome Caju estava relacionado ao Sítio do Caju, propriedade de Carlos Edivar Barbosa Aded, baseado no apelido de seu filho: Caju. Errei feio. O nome Caju é bem mais antigo, já aparece em documentos do final do século XIX, referindo-se a uma fazenda e a uma estrada. O golpe de misericórdia veio numa conversa que tive com o saudoso Erival Gomes, mais conhecido como Erval de Macabuzinho , quando esse me disse: “Caju é o filho de Edivar, a localidade já tinha esse nome antes, foi só coincidência.” Bem, taí, a localidade do Caju tem seu nome devido à abundância de cajueiros em uma antiga fazenda daquela região. A Fazenda do Caju, pelo que pude averiguar, destacou-se pela produção de gado, madeira, mandioca e cana, além de servir como pousada para tropeiros que vinham do interior para o importante porto fluvial de Paciência, hoje Macabuzinho. Embora o povoamento da região seja remoto, foi a partir da década de 70 do século XX, que ele se intensificou, principalmente devido aos baratos terrenos existentes ao longo da RJ-186. Hoje, apesar de não ser um grande bairro, no tamanho, tem sérios problemas de saneamento básico, que foram recentemente amenizados, com a pavimentação da rodovia.


Cajueiro, Morro do/Subida do

Morro de subida íngrime, na estrada para o Imbé, recebeu esse nome por causa dos inúmeros cajueiros nativos que acompanham a estrada.

Calambau

O estranho nome marca uma das regiões mais bonitas de Conceição de Macabu, na divisa com Trajano de Morais, banhada pelo Ribeirão Vermelho, afluente do Rio Carukango. O nome é indígena, provavelmente de origem Tupi (a região foi habitada por Puris e Coroados) e, significa “lugar onde o rio faz curva”. O nome faz sentido, cachoeiras, poços e “belas curvas” não faltam naquela região.

Calçadinha, Bairro da

O nome Calçadinha não é polêmico, é de fácil explicação, tendo a ver com uma antiga calçada de pedras que existia naquela região e que era parte da Estrada Provincial Macaé-Cantagalo, cujo nome verdadeiro é Estrada Geral de Cantagalo. A história do nome é bem mais antiga e vai para o ano de 1840, quando o governo da Província do Rio de Janeiro resolveu facilitar o escoamento da produção cafeeira da região de Cantagalo para o porto de Macaé (na época se escrevia Macaé com h e Cantagalo com dois eles), construindo uma estrada para o tráfego de tropas, como eram chamados os conjuntos de burros e mulas que levavam sacos de café e outros produtos. Até aquela época, o único meio de transporte era o fluvial, via rio Macabu, mas, nas estiagens e nas grandes enchentes, o transporte tornava-se difícil, além do que, o rio só era navegável até o antigo povoado da Estação (hoje Fazenda São João). Essa estrada, concluída em 1845, possuía uma série de ramais ou estradas vicinais, como a Estrada do Mandingueiro, a da Palioca, a do Roncador, a da Carreira Comprida, etc., e, como sua função básica era garantir o transporte na região em qualquer época do ano, nas áreas mais pantanosas ou íngrimes era comum que os construtores fizessem uma espécie de calçamento. Foi o que ocorreu entre os vales do atual bairro da Calçadinha. Neste trecho, como em tantos outros, a estrada foi calçada para evitar que os animais de transporte atolassem, e daí para o nome Calçadinha, foi um pulo. Quando o bairro começou a se formar não se sabe ao certo, mas teve um grande impulsionador que foi o senhor Anísio Barcelos, que ia loteando pequenos espaços de suas propriedades, facilitando o pagamento, enfim, povoando as regiões dos atuais bairros da Calçadinha e Subida da Balança.


Merecidamente, uma das ruas do bairro da Calçadinha recebeu o nome de Anísio Barcelos. O bairro é um dos maiores de nossa cidade, sendo uma espécie de portão, pois é cortada pela RJ-182, a mais movimentada estrada de rodagem que serve aos macabuenses. Além de centenas de residências, uma creche, a Escola Estadual Macaúba, diversos bares, constituem a Calçadinha, que também destaca-se por ser um celeiro de esportistas e músicos.

Cambotas, Fazenda das/Região das

A Fazenda das Cambotas é famosa por ter sido o lar de uma das mais importantes famílias do município, a Fidalgo, cujo patriarca Antonio Fidalgo, um simpático lusitano de 103 anos, é um dos homenageados neste livro. Entretanto, a família Fidalgo não foi a única família famosa daquela região. Em meados dos anos oitocentos, lá viveu José Joaquim da Silva Freire, o futuro Barão de Santa Maria Madalena, numa fazenda que tinha o nome de Santa Ilidia e era cortada pelo ribeirão das Cambotas. Apesar de ser o Barão de Santa Maria Madalena, foi figura importante na história macabuense. Já o nome Cambotas, polêmico, era explicado com o significado de arco para roda de carroça, ou, pelo que eu entendi, o arco onde se prendem os raios da roda. Também pode ser cimbre, que são armações usadas em construção civil para se sustentar arcos de portas, janelas, ou uma pessoa de pernas tortas. Segundo Manoel José Fidalgo, cambotas também é o nome popular de uma árvore lenheira, muito comum naquela região até os dias de hoje. Embora antigos e novos moradores do local não expliquem o nome Cambotas, creio que a versão contada por Manoel José Fidalgo é aquela que melhor se afina com a região. Concluindo, num documento oficial, a Lei 480, de 10 de novembro de 1901, que tratava de limites interdistritais, aparece pela primeira vez o nome Ribeirão das Cambotas. Usando informações dos dicionários Michaelis e Aurélio, reuni alguns verbetes semelhantes ao termo Cambotas: Camboatá Bras. MG RJ Bot. Designação comum às árvores pequenas da família das meliáceas, pertencentes aos gêneros Guarea e Trichilia, de flores ger. alvas, e frutos capsulares, piriformes; açafroa, bilreiro, camboatá, carrapeteiro, cedrão, jatuaúba, macaqueiro, pau-bala.

Camboatã

[Do tupi.] S. m. Bras. Bot.


1. Designação comum a árvores pequenas, da família das sapindáceas e das meliáceas, dotadas de madeira apropriada à confecção de cabos de ferramentas

Cambaio

[De cambar1.]Adj. 1. De pernas tortas. [Sin.: acambetado, cambado, cambembe, cambeta, cambo, cambota, cambuta, e (bras.) bichento, zãibo, zãimbo, zambeta, zambo, zambro. ] [Sin., nesta acepç. (bras., pop.): cambota, cambuta, perna-de-xis.]

Campo do Rio Branco (Garapa/Vila Nova)

O campo que pertence ao Rio Branco Futebol Clube, fica entre os bairros da Garapa e da Vila Nova, marcando a divisão desses bairros, e servindo de referência para os dois, pois tanto faz. Embora não seja o objetivo desse livro falar no Rio Branco F.C., pois o tricolor macabuense por si só já daria outro livro, para qualquer macabuense é um orgulho saber que trata-se do clube de futebol mais antigo em atividade no interior do Estado do Rio de Janeiro. Segundo Godofredo Guimarães Tavares, no livro Imagens da Nossa Terra, o clube foi fundado pelos alunos do Instituto Rio Branco, isso, no dia 15 de fevereiro de 1914. As provas de Godofredo são inquestionáveis: o jornal A Gazeta de Macabu, de 22 de fevereiro de 1914.

Canudos, Fazenda de /Localidade de (Macabuzinho) Hoje em dia, o nome Canudos designa uma pequena região de Macabuzinho, que recebeu esse nome por razões divergentes: para uns, foi devido à Fazenda de Canudos, para outros, em decorrência da instalação de uma Igreja ligada a uma congregação de Canudos. Apesar das dúvidas quanto ao nome, o certo é que existiu a tal fazenda, e se ela deu nome ao lugar, por que Canudos ? Arrisco uma explicação: canudo é uma planta, também chamada de junco, comum em brejos, a fazenda teve seu nome relacionado a ela, sendo mais um caso da tradição naturalística. No Aurélio: Canudo [Do lat. vulg. *cannutu, 'cana', 'junco'.] S. m. 7. Bras. Bot. Planta da família das convolvuláceas (Ipomoea fistulosa).

Capelinha, Fazenda (Assentamento)

A Fazenda Capelinha (na verdade Capelinha I e Capelinha II), era propriedade da Usina Victor Sence até ser vendida a um particular e ser desapropriada para fins de reforma agrária pelo INCRA, em 1998. O nome tem a ver com a localidade de Capelinha do Amparo.


Já o Assentamento de Capelinha, que chegou a ter o nome provisório de Acampamento Luís Carlos Prestes, é o segundo do nosso município. Em termos organizacionais e estruturais, é orientado pelo MST, Movimento dos Sem Terra, principal defensor da reforma agrária no Brasil, e, um dos mais bem estruturados movimentos populares do mundo.

Capelinha do Amparo, Localidade (Macabuzinho)

Capelinha, como é mais conhecida a localidade, tem seu nome devido à construção no início do século XX, de uma capela consagrada a Nossa Senhora do Amparo. A região desenvolveu-se bastante com a construção e posterior asfaltamento de acessos rodoviários, hoje chamada de BR-101, ligando Campos ao Rio de Janeiro. A região de Capelinha do Amparo desde 1952, pertence ao segundo distrito, Macabuzinho, mas nos últimos anos, com a emancipação de Carapebus, esse território foi, digamos, tomado pelo novo município. Capelinha é hoje área de litígio entre os vizinhos Carapebus e Conceição de Macabu, embora historicamente seja território macabuense.

Carrapeta, Fazenda da (Santo Agostinho)

A região da Fazenda Carrapeta, já foi conhecida por Fazenda São José do Sossego, pertencendo em 1856 ao senhor José Laurindo de Azevedo, que a comprou em leilão no dia 11 de maio de 1854, e posteriormente, pertenceu ao sr. Lino Feliciano Pimentel, entre 1870 e 1877, segundo o Almanak Laemmert. Hoje, seu novo nome, que se refere a uma árvore muito comum, é bem mais famoso, graças ao Hotel Fazenda Carrapeta. Segundo o Dicionário Michaelis: Carrapeta (ê). Pop. 1. Bras. V. carapeta. 2. Bras. MG RJ Bot. Designação comum às árvores pequenas da família das meliáceas, pertencentes aos gêneros Guarea e Trichilia, de flores ger. alvas, e frutos capsulares, piriformes; açafroa, bilreiro, camboatá, carrapeteiro, cedrão, jatuaúba, macaqueiro, pau-bala.

Carukango/Região do

O termo Carukango é usado para definir uma região rural entre os municípios de Conceição de Macabu, Trajano de Morais e Macaé, bem como um dos principais afluentes do rio Macabu, o rio Carukango, onde encontramos diversas corredeiras e cachoeiras, das quais destaca-se a da Amorosa. Em 1855 começaram a ser feitos os Registros Paroquiais de Terras da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, baseados na famosa


Lei de Terras de 1850. No mesmo ano do início dos registros, a região do Carukango já surge como localidade rural, e pertencendo ao senhor Thomaz José Cardoso. Em 1876, o Almanak Laemmert destaca o cidadão Joaquim da Silva Neves como proprietário da “Fazenda do Carucango”, segundo grafia do almanaque. A grafia correta O nome Carukango já foi muito discutido quanto a sua grafia. Já foi escrito Carocango, Careocango, Curunkango, Querocango, Querocongo, até que um diplomata moçambicano, estudioso de dialetos africanos, indicado pelo senador Darci Ribeiro, cujo nome perdeu-se na memória, recentemente matou a questão, definindo a grafia correta como C a r u K a n g o. O nome é dos mais antigos da região, pois já era citado em 1819, quando o Primeiro Visconde de Quissamã, José Carneiro da Silva, citou a região do “Careocango” como área de nascente do rio Macabu. Embora estivesse errado, pois o rio Macabu nasce bem longe de lá, o visconde fez o primeiro registro sobre uma região que foi muito comentada naquela época, por abrigar o célebre Quilombo do Carukango. É de Carukango, líder do quilombo, que veio o nome para toda região e para o rio que nasce lá. O Quilombo do Carukango – Versão resumida Carukango, natural de Moçambique, era escravo de um fazendeiro da família Pinto, na antiga Freguesia de Nossa Senhora das Neves, em Macaé. Inconformado com a escravidão, rebelou-se, fugindo para a Serra do Deitado, hoje divisa entre Macaé e Conceição de Macabu, e onde, posteriormente, organizou um quilombo, recebendo outros escravos que iam sendo libertados em ataques feitos às senzalas da região. Com o passar do tempo, aumentou a intensidade dos ataques às fazendas, onde Carukango e seu grupo buscavam alimentos, armas, ferramentas e libertar outros escravos, o que acabava fortalecendo seu quilombo. Incapazes de enfrentar o quilombo, os fazendeiros da região requisitaram a interferência da força militar da Capitania do Espírito Santo, que na época tinha seu raio de atuação estendido até Campos. Os militares eram comandados pelo coronel Antonio Henrique Coelho Antão de Vasconcelos, que uniu suas forças às de populares e empreendeu uma luta contra Carukango e os demais quilombolas. No mês de abril de 1831, os quilombolas foram atacados e encurralados no planalto que ficava no topo de uma grande montanha, onde era a sede do quilombo. Após lutas, Carukango, vestindo um grande manto com um enorme crucifixo no peito, rendeu-se se entregando ao único filho de seu dono. Quando a luta parecia cessada, Carukango retirou uma pistola debaixo do manto e matou o rapaz. Imediatamente, os demais atacantes lincharam Carukango e os negros que


conseguiram apanhar, já que muitos preferiram se atirar de uma montanha para o suicídio.

Na Literatura e na Internet

A literatura regional muito se dedicou ao Quilombo do Carukango, com destaque para Antão de Vasconcellos, neto do destruidor do quilombo, Alberto Lamego, Godofredo Guimarães Tavares, Godofredo Tinoco, Hervê Salgado, Antonio Alvarez Parada, Alaor Scicínio e João Oscar – este último, transformou a história num interessante romance, um verdadeiro roteiro cinematográfico, que se fosse estadunidense, já teria sido aproveitado nos telões da Metro, Disney, Fox, etc. Jorge Picanço Siqueira narrou a história de Carukango na forma de cordel, uma forma de expressão literária muito rara entre nós, bem comum no Nordeste. Muito curioso, interessante de ler ou ouvir, ilustra bem a história, e nos faz pensar o quanto usamos pouco, ou nada, os cordéis, como forma de comunicação com a massa. Observe o último verso: “Mas os homens que o cercavam”. Carukango então mataram e foi tudo destroçado os que viram é que contaram Carukango e seu quilombo Nesse dia se findaram.” Na Internet existe, desde 1997, uma versão romanceada da História do Quilombo do Carukango, que pode ser acessada: www.castelo.com.br/projetos/quilombo. Além da página do Castelo, esse trabalho está disponível em outras 30 páginas brasileiras e 7 estrangeiras, o que para mim é motivo de orgulho, por ser macabuense e autor do referido trabalho.

Lenda tornando-se verdade Se por um lado temos certeza que o quilombo existiu, por outro a História de Carukango sempre foi cheia de dúvidas, principalmente em relação ao final, que sempre soou fantasioso, apoteótico, teatral. Com o passar dos anos e o conseqüente avanço das pesquisas históricas, a verdade vem aparecendo. A última confirmação que tivemos com relação à História do Quilombo do Carukango, diz respeito exatamente ao seu final, quando pesquisadores do Centro de Memória Antonio Alvarez Parada, de Macaé, descobriram em Trapiche, mais exatamente na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, um registro de óbito de duas pessoas que morreram combatendo um quilombo “no pé do rio Macabu”, e uma delas foi morta após um episódio idêntico ao final da História de Carukango, com direito a manto, crucifixo, tiro, etc. O documento tem uma folha e meia, confirma a História que narrei acima, mas não cita o nome Carukango, até porque não era o óbito dele, e sim de dois brancos que morreram combatendo o referido quilombo.


Para mim esse documento é de uma importância sem precedentes, pois não só confirma a dramaticidade que marcou o fim do Quilombo do Carukango, como nos leva a crer que estamos na pista certa, usando os meios e as fontes adequadas para narrar a verdadeira História do Quilombo do Carukango. Além disso, no dia 2 de março de 2003, descobri no Registro Paroquial de Terras da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, o seguinte: “ ...Lúcio Pereira da Rosa é possuidor de uma posse no lugar de Macabu, no lugar das vertentes donde foi o quilombo... 26 de janeiro de 1856...” Estou seguindo as pistas, que quanto mais se investiga, mais surgem, mas o concreto, é que existiu o Quilombo do Carukango, e que em nenhum outro lugar sua “memória” parece estar mais bem conservada que em Conceição de Macabu.

Cascata

Região rural próxima a Triunfo, tem seu nome relacionado a uma queda d’água em forma de cascata. Segundo o Aurélio: Cascata [Do it. cascata.] S. f. 1. Pequena queda-d'água (q. v.).

Centro, Bairro do (Praça)

Em Conceição de Macabu é comum chamar o Centro da cidade de Praça, uma alusão direta a nossa única grande praça, a Dr. José Bonifácio Tassara. Apesar de ser o coração econômico e político da cidade, não é nem de longe o maior bairro, ficando aquém da Bocaina, Vila Nova, Balancé, regulando com a Rhodia e a Calçadinha. Economicamente, também já não apresenta mais a ostentação do passado, embora ainda seja o principal veio comercial do município. A História do Centro é uma das mais antigas e representativas de todo o município. Foi inicialmente habitado por tribos de sacurus, que depois deixaram a região seguindo para a Missão de Nossa Senhora das Neves, onde foram catequizados por Jesuítas e religiosos de outras ordens. Com a decadência da Missão, os índios retornaram às suas antigas tribos, entre elas a que ficava no Centro. A partir daí, a História se inverteu, pois a região passou a atrair aventureiros, missionários, grileiros de terras. Nas primeiras décadas do século XIX, o Centro, juntamente com Paciência (Macabuzinho), Curato de Santa Catarina e a Estação (São João), eram os principais povoados da região do Macabu, embora não passassem de pequenas aldeias. A partir de 1842, com intensificação do transporte de café


entre Cantagalo e o porto de Macaé, via rio Macabu e a Estrada MacaéCantagalo, a região povoou-se rapidamente. Em 1878, foi a vez do transporte ferroviário beneficiar o Centro, tornando-o estrategicamente o melhor local para estabelecimento de negócios e moradias, pois os rios infestados de doenças prejudicavam Paciência e a Estação, e o isolamento não beneficiava o Curato. A ferrovia foi decisiva para definição de que local seria destinado ao crescimento e ao progresso em Conceição de Macabu. Nesse item, nem a Estação, nem o Curato foram beneficiados. Como centro irradiador de crescimento econômico e político, esta foi a região do município que encabeçou a vinda da Usina Macabu (1913), e a emancipação (1952), sempre reservando para si o destaque, e a importância de ser o coração da Cidade Simpatia. No Centro da cidade estão as melhores condições de vida de todo município, seja pela estrutura de saneamento, de educação, transportes, empregos, saúde, bancos, lojas, enfim, o nome que recebeu, não foi á toa. Veja também Praça.

Chácara de Santana (Bairro da Vila Nova)

O topônimo se refere a família Santana, em especial o casal Durval e Dulce Alves Santana – que para quem não sabe, eram pais do saudoso vereador Guaraci Alves Santana, o Guará - proprietários da chácara que originou a localidade em questão. A Chácara de Santana (ou Chácara dos Santana), faz parte do bairro da Vila Nova, localizada entre a rua Godofredo Guimarães Tavares e o Morro da Biquinha.

Chácara de Sílvio (Bairro da Beira Linha)

Faz parte da Beira Linha, e tem seu nome relacionado ao seu proprietário, o senhor Sílvio de Souza, cujos familiares foram residindo nas terras da chácara onde vivia, dando origem a uma comunidade, que embora pequena, está sempre em crescimento.

Chalé, Morro do (Centro/Paraíso)

Morro localizado entre o Centro e o Paraíso, recebeu esse nome porque durante décadas abrigou uma casa em forma de chalé. Segundo opiniões divergentes, essa casa foi posteriormente reformada, perdendo as características de chalé. Hoje em dia, a casa não existe mais, mas o nome permanece muito vivo. O chalé que deu nome ao morro, foi construído e serviu de moradia para o padre Antonio Chiaromonte entre 1880 e 1889, e segundo fontes que não posso revelar, um dos “povoadores” do município.


Clube do Bosque (Centro/Vila Nova)

O clube recebeu esse nome por estar situado próximo a uma grande floresta que ainda hoje cobre boa parte da área do clube. Foi fundado em 1970, possui piscinas, sauna, salão de festas, campo de futebol, bar. Está localizado entre a Vila Nova e o Centro da cidade.

Conceição de Macabu /1º Distrito/Cidade de/Município de

Esse verbete por si só já mereceria um livro, pois boa parte da nossa História relaciona-se ao próprio nome do nosso município. Serei breve, se não teria que escrever outro desse e aí, não dá. Bem, Conceição é fácil de explicar, enquadra-se nas tradição lusocatólica, uma referência a Nossa Senhora da Conceição, que também é a padroeira de Carapebus, e de diversas capelas da região, o que demonstra uma tendência dentro do antigo município de Macaé, pois nenhuma santa ou santo era tão popular quanto esta. Nossa Senhora da Conceição provavelmente foi adotada pelos missionários que sucederam os jesuítas na região, porque enquanto estes últimos dominaram o cenário religioso, os sacurus, primeiros povoadores e repovoadores da região do rio Macabu, viviam entre eles em Nossa Senhora das Neves. Com o retorno dos indígenas ao atual município de Conceição de Macabu entre 1799 e início do século XIX, e o conseqüente estabelecimento de comunidades mais atreladas à cultura européia, é que Tradições Católicas como a do estabelecimento de padroeiras (os) se fizeram presentes. Foi nessa época, entre fins do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, que surgiram pela primeira vez expressões como Nossa Senhora da Conceição do Rio Macabu, São Sebastião do Rio Macabu (Macabuzinho), Nossa Senhora das Dores do Rio Macabu (Dores de Macabu em Campos), São João do Rio Macabu (Estação/Estação Velha/São João), São Pedro do Rio Macabu (Itapuá/Triunfo em Madalena). Não demorou nadinha e os “Rios” presentes nas nomenclaturas caíram, enquanto as preposições foram trocadas por “de”. Portanto, em meados do século XIX, já encontramos as seguintes nomenclaturas: Nossa Senhora da Conceição de Macabu, Paciência (Macabuzinho), Nossa Senhora das Dores de Macabu, São João de Macabu e São Pedro de Macabu. Mudava-se o “rio”, o “de”, o “do”, não importa, mas a padroeira permaneceu no nome até pelo menos 1º de maio de 1891, quando da criação do Município de Macabu, excluindo-se a padroeira por influências dos Positivistas que Proclamaram a República em 15 de novembro de 1889, e defendiam a


separação da Igreja com o Estado. O Município de Macabu foi extinto faltando menos de uma semana para completar seu primeiro ano e, segundo diziam na época: “É isso que dá mexer com a Santa, o município não durou nem um ano”. Cruz credo! Se é fácil explicar a origem de Conceição, o mesmo não posso dizer de Macabu. Macabu vem do Rio Macabu, uma explicação tão óbvia que parece infantil. Mas e a palavra Macabu, realmente significa o fruto de uma palmeira que foi muito abundante na região? Ou existem outras explicações? O leitor já deve ter desconfiado que existem outras explicações... E existem! De uns tempos para cá, descobri que essa não era a única explicação para Macabu. Descobri outras explicações para o nome Macabu, embora uma explicação não chegue a anular as demais, provoca certa confusão.Vamos a todas: 1 – Macabu: o fruto da macaubeira Crescemos sabendo que Macabu é uma palavra de origem indígena que significa “fruto da palmeira doce”, e, que era pronunciado originalmente mak’a’bium. Quanto a denominação da palmeira, dependendo da região, era chamada de macaíba, macaúba, macaubeira, ou coco-de-catarro. Enfim, segundo o Aurélio: Macaúba S. m. Bras. N. a L. Bot. 1. Espique ornamental, da família das palmáceas (Acrocomia sclerocarpa), de fruto drupáceo, comestível, amarelo-pálido, de aroma agradável, flores monóicas, suavemente aromáticas e amareladas; coco-baboso, coco-de-espinho, coco-macaúba, macajuba, macaibeira, macaúba, macajá, macaíba, mucajá, mocajá, bocaiúva. [Pl.: cocos-de-catarro.] Antenor Nascentes, no seu Dicionário Etimológico , diz que Macabu é uma palavra derivada da palmeira macaubeira (esse é o nome corretamente aportuguesado), e que significava o fruto dessa. Essa é a versão que todos conhecemos, é uma versão bonita, que nos relaciona aos índios (grandes usuários das folhas e frutos dessa palmeira), que nos deixa mais em contato com um mundo bem ancestral, natural, quase divino. Mas, como profissional da História, tenho compromisso com a verdade, e, tenho que relatar as outras versões. 2 – Macabu deriva da palavra Macacu O nome Macabu foi dado ao rio Macabu pelos Sete Capitães, personagens da História do Norte Fluminense, considerados os primeiros exploradores e proprietários das terras da região. Miguel Aires Maldonado, o líder dos capitães, escreveu em seu diário:


“...atravessando parte da Lagoa Feia até ao oeste, aonde passou por uns chavascais em direitura a um rio que topamos da parte do oeste, ao qual lhe demos o apelido de Macabu, derivado do rio Macacu, nas vizinhanças do Rio de Janeiro...”

A versão é contundente, pois se trata de um documento escrito e assinado, datado do dia 1 de janeiro de 1633. Essa versão é o que os Historiadores Tradicionais chamam de inquestionável. Além do que há um agravante: Macacu é uma planta que os índios usavam para fazer tinta, se o rio Macacu era o rio das plantas de fazer tinta, porque o rio Macabu não poderia ser o rio das palmeiras? Os Sete Capitães podem ter mesclado duas idéias, a do rio das palmeiras, com a do rio das tinteiras... Conforme disse anteriormente, uma hipótese não anula a outra. 3 – Macabu significa “barulho bom” Essa é do barulho. Investigando a profusão do nome Macabu pelo mundo (Ver Macabu), descobri uma banda de Jazz e Blues chamada Macabu e, pasmem, a explicação para o nome era: “...no idioma Tupi, macabu significa barulho bom, barulho agradável...” Fiquei estarrecido. Se Macabu é barulho bom, como ficam as palmeiras? Seria possível no mesmo idioma, o indígena Tupi, uma palavra significar duas coisas totalmente diferentes ? Será correta essa explicação? Ou os índios da nossa região não pertenciam ao grupo lingüístico Tupi ? Macabu: Tupi ou não Tupi? Uma resposta veio através dos dois maiores especialistas em índios do Brasil: o indigenista Orlando Villas Boas e o antropólogo Darci Ribeiro. Ambos, embora desconhecessem a palavra Macabu, foram claros em afirmar que os Goitacás não eram do ramo lingüístico Tupi. Darci chegou a dizer (e depois escreveu em seu livro O Povo Brasileiro) que os Goitacás eram do ramo lingüístico Macro-Jê ou Jê. Se os Goitacás, ao que tudo indica a tribo majoritária na região, eram do grupo Macro-Jê, qual a possibilidade dos sacurus e outras tribos da região serem Jês ? Macabu: o que podemos concluir?! Os indígenas falavam diversas línguas, que eram divididas em troncos lingüísticos. Em quase todo litoral do Sudeste do Brasil, os índios falavam línguas do tronco Tupi, com exceção do Norte Fluminense, habitado principalmente pelos goitacás, que falavam uma língua do tronco Macro-Jê. Podemos dizer com absoluta certeza que Macabu deriva da palmeira macaubeira ? Podemos dizer com certeza absoluta que os Sete Capitães, ao


batizarem o rio, não se deixaram influenciar pela abundância das palmeiras ? E o “barulho bom”, o que podemos dizer? Caro leitor, numa região em que existiam, pelo menos, dois troncos lingüísticos indígenas, o Macro-Jê e o Tupi, não podemos afirmar que a palavra Macabu teve esta ou aquela origem. O que impediria por exemplo, de existir na nossa região uma fusão do Tupi com o Jê, como acontece nas fronteiras brasileiras, o chamado “portunhol” ? Se formos nos prender só na História, que é uma Ciência, que como tal, aposta muito no que está escrito, e que pode ser comprovado, só existiria uma versão: a dos Sete Capitães. Macabu: um termo Globalizado Imagine o leitor a surpresa deste que vos escreve ao descobrir pela Internet, usando páginas ou sítios (“sites/home-pages”) de busca, como o Google e o Altavista, que o nome Macabu, já marcado nas artes, na política, no cinema, nos esportes, também era um nome Globalizado, existente nos quatro cantos do mundo? Pois é, leitor, descobri que a palavra Macabu em inglês tem 32 ocorrências (aparece em 32 trabalhos na Internet); em alemão, 12 ocorrências; espanhol, outras 12; italiano, 5; francês, esperanto e letão, 2 ocorrências em cada língua; sueco, turco e japonês, 1 ocorrência cada e 1 ocorrência numa língua que não identifiquei, mas deve ser do ramo “baltoeslavo”, provavelmente o lituano, idioma próximo do letão. Em inglês, o nome Macabu aparece em páginas na Austrália, Inglaterra e principalmente Estados Unidos. Grande parte dessas páginas são ecológicas, o que nos leva ao Instituto Pró-Natura, que há dez anos vem trazendo pesquisadores estrangeiros para a região. Mas há páginas que nada tem a ver com Ecologia. Por exemplo, a de uma empresa norte-americana que em 1914 exportou para a Usina Conceição diversas máquinas e cujos registros existem até hoje. Outra página, inglesa, sobre locomotivas, lembra que as últimas da marca Baldwin pertencem à Usina Victor Sence. Chamou-me a atenção foi a existência de um tipo de banana, a “Red Macabu”, muito cultivada no sul dos EUA e no Caribe, por ser uma espécie resistente ao frio. Também curiosa é a existência de uma trepadeira nativa da Mata Atlântica, coletada em nosso município e levada para o Jardim Botânico de Nova Iorque, onde é destacada por sua beleza. Das referências em alemão, muitas se referem à boate (Macabu Tabledance) e ao restaurante Macabu, em Stutgard, que hoje, após contato com o proprietário, o simpático Joacquim Ott, sabemos que é apenas uma coincidência, pois o Macabu dele é uma referência a Maria e a Carl Burtz,


irmãos do seu avô. Veja a pergunta que enviei – graças a tradução do meu aluno Mateus Handam Alvim - e, a resposta, em alemão: Leonardsplatz, 24 (Leonhardskirche) 70182 Stuttgart Telefon 0711245169 Ich bin Brasilianer und wohne in einer Stadt mit dem namen Macabu. Gerne möchte ich wissen, warum Sie ihren Dance-Club Macabu nannten. Ich freue mich auf Ihre Antwort. Mit freundlichen Grüssen, Marcelo

A tradução é a seguinte:

Eu sou brasileiro e moro numa cidade com o nome Macabu. Eu gostaria de saber porque o senhor nomeou seu Clube-de-Dança, Macabu. Eu espero por sua resposta. Atenciosamente, Marcelo

E o proprietário respondeu...

Data: 1/Sep/2001-00:47 De: MacabuFourRoses@t-online.de (Ott) Para: marcelo1967@uol.com.br Assunto: Name Macabu Hallo Marcelo, Vielen Dank für Deine Anfrage über den Namen Macabu. Der Name kommt aus den Fünfzigern des letzten Jahrhunderts. Meine Großtante und mein Großonkel hießen Maria und Carl Butz. Wenn man nun die Anfangssilben der Namen zusammensetzt kommt man auf Ma Ca Bu. Daher also kommt der Name. Es würde mich aber auch interessieren wo die Stadt Macabu in Brasilien liegt. Wenn Du Zeit hast, kannst Du mir es ja mailen. Übrigens Du findest uns auch im Internet unter www.macabu.de Viele Grüße Joachim Ott

Eis a tradução, cortesia de outro aluno, esse alemão, David Steinacker: Oi Marcelo, Muito obrigado por sua consulta sobre o nome Macabu. O nome vem dos anos 50 do último século. Minha tia-avó e meu tio-avô se chamam Maria e Carl Burtz. Se colocarmos as primeiras partes dos nomes Maria, Carl Burtz, você tem MACABU. Gostaríamos de saber mais sobre a cidade de Macabu, no Brasil. Espero que tenha tempo para nos responder. Temos uma página na internet.


Abraços. Joachin Ott

De qualquer forma, serviu para conquistarmos amigos na Alemanha, e hoje, eles é que querem saber mais sobre nós. Não posso, mais uma vez, omitir a colaboração gigantesca do meu ex-aluno Mateus Handam Alvim e, do meu aluno David Steinacker, que atuaram como tradutores. Em alemão, encontrei também trabalhos sobre Esportes e Ecologia, mas essa da Macabu Tabledance é impagável. Em espanhol, de cara há um mistério, pois o nome Macabu é um substantivo próprio, nome de um trovador medieval da região da Galícia. Minha última descoberta nesse idioma foi a empresa Inversiones Macabu Ltda, de Santiago, Chile. Veja só Inversiones macabu ltda. Tax Id : 78345190-5 arturo prat 673 Santiago – Santiago (56) - (2) – 6325429 Chile Há também um endereço destinado a divertimentos, como jogos, piadas, cujo nome é Macabu e, pertence a um jovem da região da Galícia, na Espanha. Fora isso, os trabalhos referem-se a já citada banana red macabu e aos macabuenses Eliéser Gomes e Ângela Maria. Eis o termo Macabu como substantivo próprio (nome de um trovador): “POESíA DEL seculo XV (del cancionero) A finales del seculo XI en Provenza nace la primera manifestacion culta de una lirica romance. Esta poesia esta muy proxima a la sociedad imperante. Refleja perfectamente el caracter feudal. La poesia de estos trovadores es la primera tentativa de una poesia culta en lengua moderna. Tuvo un gran exito y se extendio por otras partes de Europa como Alemania, Italia y España. En estos paises se pone de manifiesto un fuerte arraigo en cuanto al tema. En España llega a los diferentes reinos con distinta intensidad : 1. Aragon-Cataluña. Debido al parecido de los idiomas y ala cercania con Provenza. 2. Castilla-Leon. En el reinado de Alfonso XI hay importantes trovadores, como Macabu. 3. Portugal. Que adquirio su independencia con un conde borgoñes, que lleva la influencia literaria a Portugal. El Camino de Santiago tb influye. “

Em língua espanhola foi imprescindível o auxílio da professora Ana Maria Pujol e, de sua filha – residente em Santiago/Chile – Verônica Donoso Selaive.


Em italiano, existe uma página sobre futebol, onde há uma ficha completa do macabuense Júnior (Aloísio da Silva Neves), incluindo sua transferência do Botafogo para o Bursaspor, do futebol turco. Existem também referências ao ator macabuense Eliéser Gomes (em inglês e francês também), protagonista do maior sucesso de bilheteria do cinema nacional, O Assalto ao Trem Pagador e os demais 15 filmes em que trabalhou. Uma página italiana, sobre turismo, no Caribe faz referências a esportes aquáticos no Rio Macabu, só que esse rio fica na ilha da Martinica, que também abriga um parque ecológico chamado: “Reserva Natural do Grande Macabu”. Coincidência, né?! Deve ser a sina do Rio Macabu. Aliás, olha o outro rio Macabu aí: “ Oggi abbiamo ripetuto la sceneggiatura, cambiando le ambientazioni. E' la volta della spiaggia di Macabù. Stessa macchina, stessa cartina, inversione dei ruoli fra pilota e navigatore. (...) Al solito, appena lasciata la statale, manca poco che un Tarzan qualsiasi ci tagli la strada, avvinghiato alla sua liana (in realtà, è più probabile che ci attraversi la strada una delle mucche locali, veramente enormi!!). Finalmente, dopo qualche peripezia e un paio di retromarce, avvistiamo un cartello piiiiiiiiccolo, che indica "Grand Macabù"! I nostri cuoricini si allargano dalla gioia, ma il sospiro di sollievo ci si strozza in gola quando, 10 m più là, scorgiamo un secondo cartello, piiiiiiiiccolo pure lui, che recita tutto fiero "Petìt Macabù"...orca l'oca...di (...) Molliamo la macchina e ci avviciniamo a quello che sembra un cancello di recinzione, dove un cartello recita "Riserva Naturale di Grand Macabù". “

Em síntese, baseando-me numa tradução feita pela Irmã Dagmar Nilger de Almeida, colega de trabalho em Macaé, o texto quer dizer o seguinte: um grupo saiu em busca de um rio, o Grande Macabu, mas depois de muita procura, só encontrou a reserva natural que leva o nome do rio. Detalhe: tudo isso na Martinica. Em francês, além do Eliéser Gomes, Macabu aparece via trabalhos ecológicos. Também há uma relação com o Pró-Natura. Já em esperanto e letão, eu nem desconfio, pois Macabu parece uma palavra desses idiomas, aparecendo em minúsculas. Caso o leitor domine uma dessas línguas, ajude-me. Até hoje o mais próximo que cheguei da Letônia foram as janelas da nossa bela estação ferroviária, importadas de Riga, a capital desse simpático e desconhecido país do Báltico. Em japonês, o termo Macabu aparece junto com as palavras “qmalup” e “malozak”, junto com o verbo da língua inglesa “hunt”, que significa caçar. Deu


para entender o que a palavra Macabu tava fazendo lá ? Não ? Nem eu. Só falta a palavra caçar, em japonês, significar “macabu” . Em sueco, é uma página sobre Turismo e Ecologia. A única pessoa que eu conheço que sabe sueco é a minha grande amiga Lúcia Maina, macabuense de coração, que apesar de ter vivido em Stockolmo por doze anos, gosta mais da Amorosa. Em turco , um trabalho sobre o time de Júnior, o Bursaspor. Curioso é que depois de recebermos dezenas de imigrantes turcos (não estou falando dos sírios e libaneses, geralmente confundidos com os turcos) em Macabu, exportamos um macabuense para lá. Infelizmente, com o falecimento de dona Razume, a última e mais conhecida cidadã turca de Macabu, ficou difícil traduzir a página. E ainda ficou faltando a ocorrência de Macabu numa língua que eu não consegui identificar. Interessante ressaltar que o termo Macabu, na maioria das ocorrências, é uma referência direta a Conceição de Macabu, mas em alguns casos, que podemos chamar de misteriosos, o termo “macabu” surge como palavra de um determinado idioma. Esse segundo caso ocorre no japonês, letão, esperanto. Também aparece como nome próprio, no caso do trovador espanhol, na empresa chilena e na página espanhola, e ainda há um totalmente desconhecido, cuja língua não identifiquei. Veja e tente traduzir: Multimēdiju kompaktdisku bibliotēka Kompaktdisku lietošana ir jauna un perspektīva mūsdienu informācijas tehnoloģija, jo CD var būtiski ietekmēt pašreizējo izglītības sistēmu; CD satur lielu informācijas apjomu, kas ar attēlu un video palīdzību padarīts viegli uztverams un saprotams; ar CD skolēns pats izvēlas kur, kad, kādā secībā un cik ātri apgūt informāciju; CD spāj aizvietot skolotāju un macabu grāmatas kā informācijas avotu, atstājot skolotājam orientiera, padomdevēja un konsultanta funkcijas; izmantojot CD-ROM iekārtu un diskus, nav jāpērk dārgas grāmatas; ...”

Os quadradinhos significam letras inexistentes em nosso alfabeto, só para mostrar a “estranheza” dessa língua. O texto parece citar a palavra CD, que vem do inglês, Compact Disc, e, é a única que eu me arrisco a interpretar. Para que serve isso tudo, leitor ? Somente curiosidade ? Pode até ser, mas, principalmente, serve para nos mostrar que estamos diante de uma palavra de abrangência mundial, presente nos continentes Americano, Asiático e Europeu. Evolução Legislativa de Conceição de Macabu:


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Em 29 de julho de 1813, a região de Macabu é desanexada da Villa de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, e anexada a recém criada Villa de São João de Macahé; Decreto Provincial Nº 812 de 6 de outubro de 1855 – Criou a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu; Decreto Estadual Nº 205 de 1º de maio de 1891 – Criou o município de Macabu, chamado de “Villa de Macabu”, sendo o Curato de Santa Catarina, o segundo distrito; Decreto Estadual Nº 52 de 29 de abril de 1892 – Suprimiu o município de Macabu; Decretos Estaduais Nº 1 de 8 de maio e 1 A de 3 de Junho – Conceição de Macabu voltou a ser distrito de Macaé; Decreto Estadual Nº 641 de 31 de março de 1938 – O distrito passou a se chamar Macabu; Decreto-Lei Estadual Nº 1063 de 28 de janeiro de 1944 – Foi ordenado como 5º distrito de Macaé; Lei Estadual Nº 1438 de 15 de março de 1952 – Criou o município de Conceição de Macabu, constituído da união do 5º e do 10º distritos de Macaé.

Prefeitos:

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Coronel José Manoel Tavares de Castro – 07/05/1891 a 29/04/1892/Recebia o título de Intendente; Rozendo Fontes Tavares – Prefeito em duas ocasiões: 04/01/1953 a 31/01/1955 e 31/01/1959 a 20/08/1962; Francisco Barbosa de Andrade – Entre 31/01/1955 e 31/01/1959 João Barbosa Moreira – Presidente da Câmara, assumiu quando Rozendo Fontes Tavares e Luiz Dias de Oliveira (Prefeito e Vice) licenciaram-se para concorrer à eleição. Governou de 20/08/1962 a 31/01/1963; Dr. Jorge Armando Figueiredo Enne – Entre 31/01/1963 e 31/01/1967; João Tavares Daumas – Entre 31/01/1967 e 31/01/1971; Archimedes Custódio – Entre 31/01/1971 e 31/01/1973; Délcio Pontes Pacheco – Entre 31/01/1973 e 31/01/1977; Sílvio Soares Tavares – Entre 31/01/1977 e 15/03/1983; Dr. José Sebastião de Castro – Prefeito em duas ocasiões: 15/03/1983 a 15/03/1989 e 01/01/1993 a 01/01/1997; Dr. Leopoldo César da Silva – Entre 15/03/1989 e 01/01/1993 ; Dr. Ercínio Pinto de Souza – Entre 01/01/1997 e outubro de 2000; Dr. Nilo Siqueira – Vice-Prefeito, assumiu por afastamento do prefeito, entre outubro e novembro de 2000; Marcos Paulo Cordeiro Couto – Presidente da Câmara, assumiu na renúncia do viceprefeito, entre novembro e dezembro de 2000; Cláudio Eduardo Barbosa Linhares – Entre 01/01/2001 e...

Curiosidades e Recordes de Conceição de Macabu:

Quilombo do Carukango – o maior do Rio de Janeiro;


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O nome do Rio Macabu surgiu pela primeira vez num documento de 1 de janeiro de 1633; Motta Coqueiro – último homem livre, vítima da pena-de-morte no Brasil, executado em 1855; Abastecimento de água canalizado – primeiro sistema da região implantado em 1876; Acetona, butila e butanol (solventes) – pioneiro na produção no continente americano, único a produzir da cana-de-açúcar; Imigração japonesa – primeira colônia agrícola do Brasil, em 1907; Rio Branco Futebol Clube – um dos mais antigos clubes do estado, o mais antigo em atividade da região, foi fundado no dia 15 de fevereiro de 1914; Salto livre de pára-quedas – primeiro do Rio de Janeiro; Manteiga Macabuense – a melhor do Brasil; A bacia leiteira do Rio Macabu, próximo a Macabuzinho, é considerada a melhor do Estado; Os laticínios de Conceição de Macabu estão entre os melhores da região Sudeste; O “tatuí”, produto com receita semelhante a de uma rosquinha salgada, e as roscas amanteigadas de Conceição de Macabu são apreciadas em todo estado do Rio; Macabuenses com destaque em outros municípios e estados: Ângela Maria, a Sapoti, Rainha do Rádio, Maior Cantora do Brasil; Eliéser Gomes, o Tião Medonho ator principal do clássico O Assalto ao Trem Pagador; Nestor Gomes, senador e governador do Espírito Santo, exemplo de administração pública honesta, a ponto de, hoje em dia, todas as cidades capichabas, terem uma rua, praça, rodovia ou escola com seu nome; Policarpo Ribeiro (Poli), titular da Seleção Brasileira da Copa de 1930; Dr. Dermeval Barbosa Moreira, médico humanitário e uma das maiores personalidades de Nova Friburgo; Dr.Sylvio de Lemos Picanço, vereador e prefeito de Niterói; Dr. Mário Nunes Picanço, vereador e curador do Colégio São Vicente de Paula, em Niterói; Dr. Waldir Barbosa Moreira, deputado, secretário de estado, prefeito e vice-prefeito de Teresópolis; Dr. Walter Barbosa Moreira, vereador mais votado da cidade do Rio de Janeiro; Naim Restum, General; Dr. Milne Evaristo da Silva Ribeiro, jurista, prefeito de Macaé; Padre Antonio Ribeiro do Rosário, pároco e vereador em Campos; Roberval Pessanha dos Santos, o Teixeirinha, vereador em Barra Mansa; Dr. João Célem Antônio, primeiro a instalar um marcapasso no Brasil; Pedro Farah, humorista; Dr. Geraldo Sebastião Tavares Cardoso, reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF); Dr. Geraldo Valente Machado, maior especialista em Anatomia Animal do Brasil; José Augusto Guimarães, Francisco Amado de Aguiar (Coronel Amado), Rozendo Fontes Tavares, Chico Tobias, Etelvino da Silva Gomes (Coronel Etelvino), João Nunes Viana, Guilherme Barbosa (Coronel Guilherme Barbosa), João Barbosa Moreira, Atilano Souza Rocha, Paulo Novaes e Paulo Tavares Lessa, vereadores em Macaé; Joilson Mobarak, vereador em Nerópolis, Goiás; Dermeval Morais, chefe de gabinete do governador Amaral Peixoto; Dr. Aloysio Tavares Picanço, jurista e escritor, autor do lema


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“Anistia Ampla, Geral e Irrestrita.”, usado na campanha pela Anistia dos presos e exilados políticos em 1979; Dr. Elias Grego (Médico), Dr. Milne Evaristo da Silva Ribeiro (Jurista), Dr. Macário de Lemos Picanço (Escritor, Jurista e Secretário de Estado), Dr. Waldir Barbosa Moreira, foram deputados estaduais; Paulo Tavares Lessa, foi Deputado Federal; Jarbas Brasil de Morais, aquarelista, especialista em retratar orquídeas, premiado no Salão Nacional de Belas Artes; Família Saad, donos da grife Dijon; Maria Apparecida Picanço Goulart, residindo em Niterói, é advogada, professora, escritora, poeta, contista e ensaísta, membro da Academia do Estado do Rio de Janeiro e Carioca de Letras, entre outras; Manoel Picanço Goulart, Bacharel em Direito, foi diretor do Tribunal Regional Eleitoral; Dr. Melchíades Picanço, macabuense de coração, foi Jurista, Escritor, Promotor Público, Procurador Geral do Estado, Presidente da Ordem dos Advogados Fluminenses, membro da Academia Fluminense de Letras, e Conselheiro da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil; Evandro de Paula Gomes – recordista no Radialismo (programa de rádio mais antigo, feito pelo mesmo radialista, no mesmo horário, no mesmo dia, sem remuneração), e no Carnaval (Bloco Eu Sozinho, há 41 anos desfilando, sozinho); Pioneiro em Plebiscito Popular de Emancipação no Brasil– 20/01/1952 Único Plebiscito de Emancipação Unânime do Brasil – 100% em Conceição de Macabu; Maior índice de aprovação num Plebiscito Popular – 99,8% - Macabu e Macabuzinho; Pioneiro na união de dois distritos (o 5º Conceição e, Macabuzinho, o 10º) para formação de um novo município; Casamento Singular – o suíço Adrien Allemand esperou sua noiva recém nascida chegar aos 15 anos para se casar; O rio Macabu passa próximo a Macabuzinho, e o rio Macabuzinho passa próximo a Conceição de Macabu; Godofredo Guimarães Tavares – além de historiador, foi autor dos hinos de Conceição de Macabu e do Fogo Simbólico da Pátria; O macabuense Poly, Policarpo Ribeiro, foi titular da Seleção Brasileira na primeira Copa do Mundo, disputada no Uruguai em 1930; Nos anos sessenta, a peça teatral A Força do Perdão, dirigida por Celina Bellas, a eterna tia de todos os macabuenses, alcançou sucesso regional, excursionando pelos municípios vizinhos; Dr. José Bonifácio Tassara – médico humanitário, exerceu a medicina por 62 anos (1930-1992), recorde regional; Dr. Euclides Monteleone – médico humanitário, exerceu a profissão por 62 anos (1940-2002) em nosso município, outro recorde regional; Conceição de Macabu foi capital do Estado do Rio de Janeiro durante dois dias, na gestão do governador Jeremias de Matos;


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Existiu um barco a vapor, para transporte de passageiros, chamado “Macabu”; Granada, grafite, vários tipos de granitos, areia, argilas e pedras para construção civil, são as principais riquezas do subsolo macabuense; Existe um tipo de granito chamado “Verde Macabu”; Existe uma variedade de banana chamada “Red Macabu”; Na ilha caribenha da Martinica existe um rio chamado “Macabu”; A Banda Jorge Luís Sardinha, da Escola Estadual Elsa Barbosa Daumas, é detentora do título de campeã estadual, na categoria fanfarra; Derci Gonçalves fugiu para se juntar a Companhia de Teatro de Maria Castro em Conceição de Macabu; A antiga Praça Santos Dumont foi um projeto de Roberto Burle Marx, idealizador dos jardins de Brasília, e o maior paisagista do mundo em sua época; Os dirigíveis Graff Zeppelin e Hindenburg, esquivando-se de tempestades no litoral, sobrevoaram Conceição de Macabu, duas vezes cada um, provocando grande rebuliço; Na época da construção da Hidrelétrica do Macabu, formou-se um conjunto musical, chamado Jazz Macabu; A Hidrelétrica do Macabu transformou o Rio Macabu, no único que nasce duas vezes e deságua três, só para termos idéia do desastre ambiental proporcionado; Freqüentavam a cidade: o compositor e instrumentista Sérgio Mendes, autor do tema da Olimpíada de Los Angeles em 1986, e diversas vezes ganhador do Grammy (Oscar da Música). Arhur Maia, baixista e arranjador de nove em cada dez astros da MPB, e a atriz Carla Marins, cuja avó materna, dona Rosália, ainda mora em Macabu, ainda freqüentam a cidade; Fernanda Keller, a campeoníssima triatleta, e Aline Maria, a modelo cordeirense esposa de John Casablanca, dono da Ford Models, são filhas de pais macabuenses. O casal Aline e John Casablanca, anualmente ajudam os internos da Fundação para Infância e Adolescência; Com um samba antológico que dizia “...O sonho.../ Começou em Macabu/E encantada é...” a Escola de Samba Rosas de Ouro foi tricampeã do Carnaval de São Paulo em 1994, homenageando a macabuense Ângela Maria; Havia na cidade três bezerros considerados exóticos: um tinha duas cabeças, os outros tinham olhos, orelhas e bocas de dois animais num único corpo; Em 1848 foi registrado um casamento coletivo de escravos: 13 casais de uma só vez, todos de um único proprietário; Recebeu grande variedade de imigrantes estrangeiros: portugueses, espanhóis, franceses, suíços, alemães, italianos, tchecos, iugoslavos, ingleses, sírios, libaneses, turcos, jordanianos, palestinos, japoneses, argentinos, uruguaios, chilenos, estadunidenses, ganenses, nigerianos, moçambicanos, angolanos, etc.; Na comunidade asiática de Conceição de Macabu, havia: Católicos, Cristãos Ortodoxos, Cristãos Armênios, Muçulmanos e Judeus – todos convivendo


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pacificamente. Os japoneses, que aqui permaneceram por cinco anos, eram Budistas; Segundo a tradição oral e documentos históricos, nosso território foi habitado por cinco tribos indígenas: sacurus, goitacás, puris, coroados e guarús (guarulhos). Algumas famílias tradicionais da região, por exemplo, são descendentes dos coroados e dos puris; Ostenta o título de Cidade Simpatia, pela hospitalidade de seu povo; Serviu de refúgio para a cantora Emilinha Borba, quando ocorreu o Golpe Militar de 1964; Esportistas macabuenses já conquistaram títulos estaduais, nacionais, sulamericanos e panamericanos de Motocross, Bicicross, Atletismo e Artes Marciais; Conceição de Macabu é nome de rua em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Niterói, Vitória, Governador Valadares, Macaé, Nova Friburgo, Teresópolis, Volta Redonda, Campos e São Gonçalo; Compositores e intérpretes macabuenses comumente conquistam primeiros lugares em festivais da canção, nas mais diferentes cidades dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Como na Internet tem de tudo um pouco, encontrei um sítio ou página, com todas as informações sobre Santos e Santas, e a respeito de Nossa Senhora da Conceição, que nos emprestou metade do nome do município, é dito o seguinte: Imaculada Conceição –Nossa Senhora da Conceição Em 1854, atendendo aos anseios mais profundos de toda a Igreja, o Papa Pio IX proclamou como dogma de fé a Imaculada Conceição de Maria. Quase desde o seu nascimento, o Brasil vive sob o manto e o patrocínio de Maria Imaculada. Nossa Pátria, filha e de certa forma obra-prima de Portugal, desde 1646 estava consagrada à Imaculada Conceição, pois naquele ano o Rei D. João IV, reunido com as Cortes gerais do Reino, consagrou Portugal e todos os seus domínios a Nossa Senhora da Conceição. À mesma Padroeira Imaculada - sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida - o Brasil se quis devotar desde seus primórdios de nação plenamente emancipada. Em 1904, a Imagem da Aparecida foi solenemente coroada, por mandado do Papa São Pio X, com uma coroa de ouro cravejada de 40 brilhantes que lhe fora oferecida pela Princesa Isabel. E em 1930, atendendo a uma solicitação do Episcopado Brasileiro, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora da Conceição Aparecida Padroeira Principal do Brasil.

Ver também Macabu.

Confira você: www.santododia.com.br

Corcovado, Pedra do/Fazenda do

Corcovado diz respeito ao que tem corcova, geralmente relacionado às pessoas corcundas e a alguns tipos de animais, como dromedários e camelos.


Na região da Piteira, indo para a Fazenda do Socó, bem visível da estrada para Triunfo, existe uma formação rochosa de 350 metros de altura, que lembra uma corcova. Essa pedra recebeu o nome de Corcovado, como aliás ocorre com quase todas as montanhas desse tipo. Indo da Piteira para os Piabas, encontramos outras duas formações rochosas assim. A Pedra do Corcovado tem seu nome relacionado a uma tendência nacional de batizar esse tipo de rochedo dessa forma, e não em alusão ao famoso Corcovado no Rio de Janeiro. Já o nome da Fazenda Corcovado está relacionado à pedra do mesmo nome. Segundo o Dicionário Michaelis: Corcovado [De corcova + -ado1.] Adj. 1. Que tem corcova (1 e 2).

Córrego das Almas (Álcalis, Vila Nova, Centro, Paraíso)

O sugestivo nome desse córrego surgiu a partir de 1909, quando o cemitério de Conceição de Macabu foi transferido do Centro da cidade (ficava onde hoje é o Colégio Estadual Tobias Tostes Machado) para o morro situado na rua Plácido Freire, onde está até hoje. Atrás do morro passava um córrego, que inclusive recebia algumas nascentes que vinham do Morro do Cemitério (hoje em dia as nascentes não existem mais), e que acabou recebendo o nome de Córrego das Almas, como se as almas saídas do cemitério navegassem pelas nascentes até o córrego, e, por ele até...o Paraíso. Já as almas de pessoas consideradas ruins, avarentas, egoístas, etc., em vez de descer o córrego para o Paraíso, subiam-no em direção ao Inferno (nome de uma fazenda que existia na região da Álcalis, mais ou menos)...daí Inferninho. Antes de descer o Córrego das Almas até o Paraíso, ou subi-lo até o Inferno, alguns almas permaneciam no brejo que existia atrás do Cemitério. Esse brejo, bem como uma parte do Córrego das Almas, era chamado de Córrego do Purgatório. O Córrego das Almas é uma prova de quão imaginativo é o povo macabuense, que a partir da mudança de localização do cemitério, criou histórias que deram origem, não só ao nome do córrego, como também a duas localidades de nossa cidade: o bairro do Paraíso, e o Inferninho. Veja também: Álcalis, Córrego do Purgatório, Inferninho e Paraíso.

Córrego da Campanha (Ponte Branca)

Esse pequeno afluente do rio Macabu, que nasce na Agulha dos Leais e deságua no Macabu pouco antes da Ponte Branca, já foi muito piscoso, rico


principalmente, de piabas e mandis, mas hoje em dia, está assoreado. Tem um nome que eu não consigo explicar. Aguardo o auxílio dos leitores.

Córrego do Catrame (Amorosa)

Catrame é uma palavra italiana que significa alcatrão. Como não é possível um rio de alcatrão, só posso deduzir que era um córrego de águas escuras, tipo cor de coca-cola ou café, o que é pouco comum em Conceição de Macabu, pois esse tipo de coloração só ocorre em riachos cujas águas têm grande concentração de matéria orgânica, geralmente localizados ou nascidos em regiões de florestas densas e úmidas. O córrego é um dos principais afluentes do rio Carukango e, como a região já foi muito silvestre, além do que já pertenceu a uma família ítalobrasileira, a Gambetta, temos aí uma explicação razoável para o termo italiano catrame.

Córrego da Perigosa

Córrego afluente do Rio Macabuzinho, localizado entre a as regiões da Fazenda Corcovado, Piabas, Procura e Fazenda Boa Esperança. Suspeita-se que seu nome esta relacionado a uma lagoa, que tinha fama de perigosa, e que no passado mais remoto, foi uma das muitas que faziam parte da micro-bacia hidrográfica do Rio Macabuzinho.

Córrego do Purgatório (Centro)

Refere-se a um córrego existente atrás do cemitério, que também recebe o nome de Córrego das Almas. Quem quiser maiores detalhes, ver Córrego das Almas, Paraíso ou Inferninho.

Curato de Santa Catarina, Localidade do/Região do

O nome vem da tradição luso-católica, a mais abrangente entre os topônimos de Conceição de Macabu, e está muito provavelmente relacionado à presença dos missionários católicos, inclusive jesuítas, em nosso município, e que durante anos usaram as trilhas daquela região para buscar os índios catequizáveis de lá, e de todo vale do Macabu. Além da catequese, os religiosos buscavam a região do atual Curato de Santa Catarina, para escapar das epidemias palustres (malária, febre amarela, tifo, quebra ossos, cólera...) que assolavam periodicamente as planícies dos rios Macaé e São Pedro onde tinham sua base catequizadora, a Missão de Nossa Senhora das Neves. O nome Curato, no entanto, nada tem a ver com cura (do verbo curar) ou curandeiros, como já foi dito por aí. Curato vem de cura, mas cura sinônimo de padre. Curato é um termo religioso que era usado para designar aldeias e povoados com as condições necessárias para se tornar uma freguesia, ou seja, tornar-se o distrito de um município. Assim, até 1855, tanto Santa Catarina,


quanto Nossa Senhora da Conceição do Rio Macabu, eram curatos subordinados à Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita. No ano acima citado, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita, enquanto que o Curato de Santa Catarina manteve o antigo nome. Como é possível perceber, Santa Catarina é um nome muito antigo, provavelmente do século XVIII, quem sabe até do século XVII. De qualquer forma, é um pouco menos antigo que o nome Macabu, que apareceu pela primeira vez em 1633. No século XIX e até às primeiras décadas do século XX, Santa Catarina era uma importante região agropecuária do nosso atual município, tanto que chegou a tornar-se o segundo distrito, quando aconteceu a primeira emancipação de Conceição de Macabu, entre 1891-92. Naqueles tempos, falar em Santa Catarina era falar na Serra de Santa Catarina, até hoje um imponente rochedo de quase setecentos metros visto da RJ-182 como uma pirâmide esverdeada; era também falar de um rio, o Santa Catarina, hoje parcialmente rebatizado (popularmente) de Santo Agostinho e, principalmente, era falar do Curato de Santa Catarina, um dos mais antigos núcleos populacionais da região. Enquanto povoação, o Curato de Santa Catarina é tão ou mais antigo que Conceição de Macabu, tendo sua origem em aldeias indígenas sacurus, e nas edificações elevadas pelos Jesuítas e outros missionários Católicos. Há quem diga, sem confirmação exata, que o Curato nem sempre foi localizado onde está hoje em dia, tendo sido constituído originalmente às margens do rio Santa Catarina (o popular Santo Agostinho) e posteriormente, transferido para onde está por conta das inúmeras epidemias. Se isso realmente aconteceu, foi antes de 1759, quando os jesuítas foram expulsos da região, pois se os mesmos procuravam um local para fugir das epidemias dos rios Macaé e São Pedro, porque viriam para uma região também flagelada com esses males? Mais uma dúvida dentro da nossa história. Enquanto Conceição de Macabu foi o 5º distrito de Macaé, entre 1889 e 1952 (antes os distritos eram chamados de freguesias), o Curato pertenceu ao distrito. Esse período não foi bom para o Curato, principalmente de 1913 (início da Usina Conceição/Victor Sence) até 1978 (conclusão do asfaltamento da RJ-182), pois viu seu progresso esvaziado em direção a Conceição de Macabu e Macabuzinho – tanto é que durante a nossa definitiva emancipação não se cogitou o Curato como 3º distrito.


A partir de 1978, o asfalto valorizou as terras do Curato de Santa Catarina, atraiu novos moradores, mas foi o fim da Usina Victor Sence em 1993, com o conseqüente êxodo rural que afetou todo nosso município, que provocou uma explosão populacional, resultando em dezenas de novas famílias agregadas àquela comunidade. Hoje, não tenho dúvidas em afirmar, que o Curato de Santa Catarina, entre as comunidades situadas fora do perímetro urbano, é uma das que mais cresce, já fazendo por merecer sua elevação a 3º distrito de nosso município. Não poderia encerrar essas linhas sobre o Curato, sem citar dona Ramira Maria da Conceição, a anciã mais idosa do município, com 108 anos, verdadeiro baluarte da simpatia, hospitalidade, dona de uma lucidez e uma vitalidade de fazer inveja a muita gente, inclusive eu próprio. Segundo o Dicionário Aurélio: Cura [Do lat. cura.] S. m. 9. Vigário de aldeia ou povoação: 2

Curato

[De cura (9) + -ato1.] S. m. 1. Cargo de cura (9). 2. Residência de cura (9). 3. Povoação pastoreada por um cura (9). Nota: Boa parte da região de Macabu era constituída de terras devolutas, e de terras provinciais até meados do século XIX. A maioria das terras provinciais estavam na região de Santa Catarina. O destino dessas terras, tem sido uma das maiores polêmicas da nossa História, pois se uma parte das terras foi adquirida honestamente em leilões, outra parte, e que parte, foi surrupiada.

Veja também: Santo Agostinho/Serra de Santa Catarina.

D E Doutor Loreti

Quarto distrito do município de Santa Maria Madalena, dista 27 Km de Conceição de Macabu pela RJ-182, e 6 Km de Trajano de Morais pela mesma rodovia.


Seu nome é uma homenagem ao doutor Leonel Loreti, político e jurista de grande atuação na região, e sua elevação à categoria de distrito se deu em 28 de janeiro de 1944, pelo Decreto-Lei Estadual Nº 1455.

Eldorado, Bairro do

Os primeiros exploradores das Américas sonhavam encontrar uma cidade onde as casas fossem cobertas de ouro, as ruas de diamantes, as árvores produzissem esmeraldas e rubis. Esse lugar maravilhoso, onde ainda por cima era possível viver eternamente, bastando beber da “Fonte da Eterna Juventude”, era chamado de “Eldorado”. “Eldorado” passou a significar perfeição, terra da abundância, das maravilhas terrestres. Em Conceição de Macabu não foi muito diferente. Num antigo sítio, próximo ao bairro do Paraíso, local antes habitado apenas por poucas famílias, e um único estabelecimento comercial de grande porte, uma serraria, surgiu um loteamento que trazia o sonho do “Eldorado”, recebendo assim este sugestivo nome. É um bairro novo, datado dos anos 80, mas já é um bairro grande, com sua rua principal asfaltada, creche, e inúmeras construções de comércios e residências em andamento. O Eldorado limita-se com os bairros da Torre da Rádio, Paraíso, Rhodia, Garapa e Usina Victor Sence. É predominantemente um bairro ‘dormitório’, como aliás acontece com a maioria dos bairros de nossa cidade, o que pode ser percebido pelo grande fluxo de moradores que deixa diariamente, pela manhã, suas casas, indo para outros bairros de Conceição de Macabu, Quissamã, e principalmente, Macaé, para trabalhar, retornando ao fim do dia, ou, no fim de semana.

Escura, Fazenda da

Um dos passeios mais interessantes para os praticantes de treking, trilhas de motos e jeeps, ou mesmo curiosos, é utilizar uma estrada que liga Santa Maria a Santo Agostinho, passando por trás da Serra de Santa Catarina. Ela não é grande, mas as vezes é muito íngrime, e sempre ladeada de florestas, além do incrível visual proporcionado pela já citada serra. Essa estrada, muito antiga, baseada numa antiga trilha de tropeiros, por vezes se torna “escura”, devido a intensa sombra das florestas e da Serra de Santa Catarina, o que explica o nome sugestivo da referida fazenda. O leitor não deve deixar de visitar a região, mas vá prevenido. Uma curiosidade: a fazenda que conhecemos como Escura, na verdade se chama Bela Vista, segundo me informou o popular Nini – Eucenir Ramalho Daumas – filho de um dos proprietários da região.


F G Fumaça, Cachoeira da/Pedra da (Amorosa)

Há 90 anos uma notícia veiculada no jornal macaense O Lynce, dizia que as prefeituras de Macaé e Madalena construiriam uma hidrelétrica na Fumaça, para gerar energia elétrica para Triunfo e Conceição de Macabu. Sei lá por que cargas d’água, o projeto não vingou. Mas se tivesse dado certo, perderíamos um raro espetáculo, que diariamente é proporcionado pela bela Cachoeira da Fumaça. Ficamos na época sem energia elétrica, ganhamos no presente um espetáculo comparável à Cachoeira da Amorosa. O nome é uma referência às gotículas que formam uma nuvem de fumaça sobre aqueles que se aproximam da queda. É um nome antigo, já citado por exemplo, em 1890, quando foi construída a Estação da Fumaça, um local onde as locomotivas que subiam a serra eram abastecidas com água e alguns passageiros da região podiam embarcar ou desembarcar. Localizada na divisa Conceição de Macabu – Trajano de Morais, município com o qual dividimos nossas maiores e melhores cachoeiras, é constituída pelas águas do Rio Macabu. Localizada numa garganta de pedras, acima da cachoeira existe um dos maiores sumidouros da região, formado no meio de dois precipícios rochosos, em forma de cânion (este sim, o maior que existe por aqui), e ao lado, a Pedra da Fumaça, com 600 metros de altitude.

Garapa, Bairro da

Um dos mais folclóricos bairros do município, com musicalidade, gírias, expressões e lendas muito particulares, que tem seu nome ligado à existência de uma enorme garapa, árvore muito frondosa, comum em nossa região. Como o povoamento do bairro foi iniciado com um loteamento do Sr. José Caldas, bem à frente da tal garapa, o nome pegou. O bairro é basicamente residencial, mas bares, oficinas e lojas são encontrados. Dispõe de uma escola pública, o CIEP 271, na divisa com o Bairro da Usina, mas carece de serviço de saúde por exemplo, embora o bairro fique muito próximo do Centro. Bairro folclórico, diversas palavras e gírias de um “dialeto” local farão parte do meu próximo livro, quando tratarei desse tema. Ainda sobre o tema Folclore, a Lenda da Garapa é uma das mais populares em Conceição de Macabu. Lenda da Garapa – Versão resumida


Era um pé de garapa que existia nas proximidades da Usina, que inclusive deu origem ao nome do Bairro da Garapa. Muitas histórias surgiram por causa da árvore, considerada mal assombrada. À noite, ninguém tinha coragem de passar naquele trecho da rua, em direção à Usina e vice-versa. Certa vez, um senhor chamado Alcebíades Rosa, o popular Alcibidinho, que era pedreiro e morava na Usina, ao passar em frente à árvore em direção a sua casa, a sua bicicleta furou o pneu, fazendo um barulho enorme. Ele, pensando que fosse assombração, pulou da bicicleta e correu exclamando: __ Mataram Alcibidinho e pernas pra que te quero. E segundo dizem: “Deve estar correndo até hoje.”

Também músicas foram feitas, como este samba-enredo da Escola de Samba da Garapa, feito por Hélio Bessa, e que valeu à estreante agremiação o primeiro lugar naquele disputado Carnaval, deixando a Unidos da Usina em segundo e a Acadêmicos da Praça em terceiro. Mas vamos ao samba: Lendas e Assombrações da Garapa Olê, olê,olá Ouvi canto de sereia Que não estava no mar. Lendas da árvore frondosa Que margeava a Avenida principal E deu seu nome a um bairro Que hoje relembra em carnaval. Da Garapa à meia-noite Tem os antigos histórias pra contar Trazia para o seu tronco Imagens do além para assombrar. Havia Saci, (havia saci) Mula sem cabeça e boi tatá (boi tatá) Sua visão à meia noite Fazia gente forte arrepiar. Levanta a saia comadre Força no calcanhar Assombração vem aí Assombração vai pegar.

Conferindo no Dicionário Michaelis:


Garapa 6. Bras. BA a RS MT Bot. Árvore ornamental, da família das leguminosas (Apuleia praecox), de folhas imparipenadas, compostas de folíolos alternos, coriáceos e de cor avermelhada, flores alvas ou esverdeadas, dispostas em cimeiras axilares, e cujo fruto é vagem ovóide, monosperma e indeiscente. Fornece madeira de lei de cerne amarelado e ondeado. [Sin., nesta acepç.: amarelinha, garapa-amarela, garapiapunha ou grapiapunha. ]

Gaivota, Serra da/Fazenda da/Loteamento (Usina)

A serra da Gaivota fica entre os rios Macabu e Macabuzinho, fazendo vizinhança com o bairro da Usina. Já foi mais habitado, principalmente no final do século XIX, quando inicialmente teve parte de sua área ocupada respectivamente por cafezais e canaviais da Fazenda da Gaivota, pertencente ao capitão Augusto Daumas, segundo o Almanak Laemmert de 1868. Na Serra da Gaivota nascem importantes córregos que fluem para os rios da região. A serra é 80% coberta pela Mata Atlântica, tem 476 metros em seu ponto mais alto e, 450 metros em seu outro cume. No topo existiu por muitos anos uma torre para retransmissão de sinais de TV e rádio, que atendia sobretudo aos bairros da Usina, Garapa, e alguns pontos adjacentes, incluindo o centro da cidade. Seu nome é sugestivo para uma cidade que não tem mar, mas é facilmente explicável, pois o formato da serra, semelhante à letra N minúscula, lembra também o desenho de uma gaivota. As primeiras referências à Serra da Gaivota surgiram em meados do século XIX, quando se tornou uma referência para os tropeiros e os navegadores que viajavam para a região. O nome gaivota, provavelmente, foi dado por esses viajantes. Também no século XIX, fez parte da Fazenda Juraci, uma das maiores e mais importantes que já existiram por aqui. Em 29 de setembro de 1943, o então proprietário João Barbosa Ramos, vendeu a propriedade para a Usina Victor Sence. No mês de março de 2003, foram iniciadas as obras de terraplanagem do Loteamento Gaivota, localizado as margens da RJ 182, em frente a Serra da Gaivota, futuro bairro de nossa cidade, e por conseqüência, até o lançamento desse livro, a localidade e o topônimo caçula da região.

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Inferninho ou Rua 15 de Março (Vila Nova)


A rua 15 de Março no bairro da Vila Nova deu origem a um dos locais cujo nome é dos mais curiosos: o Inferninho. Embora muitos moradores prefiram considerá-lo como parte da Vila Nova e chamá-lo apenas de “Rua 15 de Março”, alguns acham que ele já faz por merecer o título de bairro. De uma forma ou outra, não poderia deixar de explicar o surgimento do nome desse bairro, ou parte da Vila Nova, como queiram. Surgiu uma versão de que o termo Inferninho estava relacionado à existência de um estabelecimento comercial, cuja agitação provocava certo rebuliço na região. Na verdade, tantas foram as confusões, brigas, e até mortes, que realmente a região foi transformada num inferno. Entretanto, quando esse estabelecimento comercial existiu, o nome Inferninho já o precedia. O nome Inferninho é mais antigo e se explica no mesmo contexto do Paraíso e do Córrego das Almas, como o leitor já deve ter percebido. Mesmo assim, explicarei outra vez. Atrás do Morro do Cemitério há um córrego, hoje poluído por esgotos domésticos, que devido a sua sugestiva localização recebeu o nome de Córrego das Almas. O córrego nascia na região entre a Álcalis e o Inferninho, onde no passado, embora ninguém saiba as razões, havia uma fazenda, as margens da Estrada Geral de Cantagallo, chamada de “Inferno”. O pequeno córrego fluía suas águas no sentido do nascente (leste), onde desaguava no Rio Macabu, passando numa região passou a ser conhecida como Paraíso, até hoje nome de um bairro da cidade. Bem, se o córrego das Almas passava no cemitério e ia para o Paraíso, levando as almas já salvas, como já disse, esse mesmo córrego vinha de uma região do poente (oeste), chamada “Inferno”, que por conta disso, teve o nome modificado para Inferninho. Em resumo, o Córrego das Almas nasce (ou nascia?) no Inferninho, passa pelo cemitério e segue em direção ao Paraíso. Segundo a tradição popular e folclórica macabuense, havia ainda o Purgatório, que era exatamente o brejo existente atrás do Morro do cemitério. Sugestivo? Com certeza, até porque, quando esses nomes foram atribuídos, nem o Inferninho, nem o Paraíso eram habitados como hoje são, nem alguém poderia prever que o fossem um dia, pois tudo se deu em 1909 (nesse ano o cemitério foi transferido para onde está hoje), quando o centro urbano de Conceição de Macabu resumia-se à “Praça”, à Bocaina e Caixa D’água – nem a Vila Nova existia enquanto bairro.


Para os que consideram o Inferninho um bairro, ele é dos menores que temos. Estritamente residencial, é famoso por seu sossego e a hospitalidade de seus moradores. Ver também: Córrego das Almas, Córrego do Purgatório e Paraíso.

Ipê, Fazenda do (Vila Tavares)

O nome da Fazenda do Ipê, localizada nas proximidades da Vila Tavares, está relacionada a Lagoa do Ipê, uma das maiores que existiam acompanhando o curso do Rio Macabu. A lagoa foi destruída pela Usina Victor Sence, que por sua vez vendeu a propriedade no auge da sua crise entre 1990 e 1992. Ipê é uma referência a uma imensa e maravilhosa árvore, no caso de flores amarelas, que durante décadas enfeitou as margens da lagoa. Segundo o Dicionário Michaelis: Ipê [Do tupi = 'árvore cascuda'.] S. m. Bras. Bot. 1. Designação comum às árvores do gênero Tabebuia (antes, Tecoma), da família das bignoniáceas, de que há dois tipos: a de flor amarela e a de flor violácea. Muito ornamentais pela floração belíssima, são dotadas de lenho muitíssimo resistente à putrefação. O ipê é considerado árvore nacional. [Sin.: pau-d'arco e peúva. Var. pros. (menos us.): ipé (q. v.).]

Lama Preta, Fazenda da/Localidade da

O nome vem da tradição naturalística, a mais comum entre nós, e se refere a uma mistura de argila com turfa preta, que dá origem a uma “lama negra”, amolecida pela umidade, muito abundante nos subsolos das baixadas daquela região.

Leitão da Cunha

Pequeno arraial, que pertence a Triunfo, possui esse nome por causa da Fazenda Leitão da Cunha, que homenageia um de seus proprietários: Antônio Leitão da Cunha. Se hoje é apenas uma propriedade dedicada à pecuária, no passado, segundo constatei lendo “Mas...e o Sangue Faltou”, curioso livro escrito por uma das proprietárias da fazenda, Maria Elvira, já produziu de tudo, principalmente café. O mesmo livro relata interessantes histórias, como a de prisioneiros de guerra alemães, usados em obras na propriedade e enchentes provocadas pela abertura irresponsável das comportas do Rio Macabu, na época da construção da Hidrelétrica do Macabu.

Loteamento Folly (Bocaina)


A família Folly é uma das mais importantes e numerosas do bairro da Bocaina. Os Folly vieram da Suíça para o Brasil no princípio do século XIX, instalando-se em Nova Friburgo, cerca de 120 Km de Conceição de Macabu. A colônia suíça de Friburgo fracassou e dezenas de famílias abandonaram aquela região, procurando terras mais férteis, quentes, conseqüentemente, mais baixas, como os vales macabuenses. Por razões como essa e outras, Bersot, Boechat, Folly, Allemand e Daumas, além de tantos outros ramos familiares suíços vieram enriquecer etnicamente e culturalmente Macabu. O loteamento Folly é parte da Bocaina, seu nome é obviamente uma homenagem a família Folly.

M Macabu, Conceição de/Região do

Conceição de Macabu já foi explicado anteriormente, ou, pelo menos, tentei explicar. Aproveito o espaço para mostrar uma pesquisa que fiz sobre a abrangência do nome Macabu pelo mundo. O termo Macabu, relacionado ao rio de mesmo nome, no século XIX era usado como referência e mesmo parte da denominação de vários lugares e localidades. Por exemplo, analisando documentos e mapas, alguns com quase dois séculos de idade, tínhamos da Lagoa Feia, foz do Rio Macabu, até a Serra do Macabu, onde estão as nascentes, as seguintes denominações: Barra do Macabu, região onde o rio era cortado pelo Canal Campos-Macahé; Nossa Senhora das Dores de Macabu (hoje Dores de Macabu/Campos) ; São Sebastião do Macabu (Macabuzinho); Nossa Senhora de Santana do Macabu (Paciência/Campos); Barra do Sertão do Macabu (Sertão); São João do Macabu (hoje Fazenda São João); São Pedro do Macabu (Triunfo) e Alto do Macabu (Alto Macabu/Trajano de Morais). Como dá para perceber alguns termos foram bem modificados com o tempo, mas numa época em que o meio de transporte mais rápido era feito pelos rios, como o Macabu, ele tinha mesmo de se tornar referência. Essas referências são regionais, ligadas ao rio que nos emprestou o nome, tal qual ocorre(u) com outros rios como Macaé, Muriaé, Macacu, etc. E fora daqui, o termo Macabu é bem difundido? Surpreendentemente, sim. Na Internet, encontrei Macabu em 2.590 referências até o dia 10 de fevereiro de 2003. A primeira vez que procurei Macabu na Internet, em 1996, apareceram apenas 132 referências, quase


todas relacionadas a empresas de transporte coletivo, como horários da Macaense, por exemplo. De 1996 a 2003, houve um crescimento de 1.947% do termo Macabu na Internet, contra 1.900% da própria Internet dentro do Brasil – crescemos (sic) mais que a própria Internet... A pesquisa foi feita usando recursos de busca da Internet, e o Altavista especialmente o Google (www.google.com.br) (www.altavista.com.br), onde pesquisei sobre a existência do nome Macabu. Isso não contabilizando a quantidade de vezes que Conceição de Macabu aparece na Internet, através de alguns de seus filhos famosos: Ângela Maria (17.600 referências), Eliéser Gomes (11), Victor Sence (26) e Nestor Gomes (253), só para citar os mais comuns. Parte dessa pesquisa o leitor já viu quando tratei do termo Macabu . Pesquisa recheada de curiosidades, como por exemplo a diversidade de idiomas: tem Macabu em espanhol, inglês, francês, alemão, italiano, japonês (quem não acredita, ai vai: www.geocities.co.jp/sikroad.forest/17422), sueco, letão, esperanto, turco, além é claro, de muita coisa em português. Tratarei agora de Macabu pelo Brasil, e o leitor tenha certeza, estamos em toda parte. Separei quinze casos de ocorrência, além de um especial: Caso 1 – Uma infinidade de Assuntos – Macabu aparece ligado a assuntos variados, como por exemplo: Carnaval (quando a Rosas de Ouro de São Paulo foi campeã homenageando Ângela Maria e falando em Macabu), Hidrelétrica do Macabu, Ernane Silva (escritor), Jurubatiba, Meteorologia, Hotelaria, Agricultura, Turismo, Medicina, Educação, Ecologia, Governos, Congressos, Igrejas, Reforma Agrária, no Histórico de cidades como Guarulhos-SP (incrível), Locomotivas, Orquídeas, Bibliotecas, Rádios, Bandas, Nobres do Império, Selos postais, entre outros. Nos últimos anos, cresceu muito o material disponível sobre a “Disputa territorial com Carapebus”, “o caso da tentativa de estupro de uma defensora pública” e “exploração de granitos”. Caso 2 – Tristão de Ataíde – O célebre poeta cita macabu em um de seus poemas. Quem sabe, por se tratar de um autor petropolitano, com passagens por Teresópolis e Nova Friburgo, não recebeu influência dos Barbosa Moreira, influente família macabuense radicada naquelas paragens? Caso 3 – Vera Lúcia Andrade Bueno – Nascida em Conceição de Macabu, filha de uma das mais tradicionais famílias do município, aparece num sítio niteroiense sobre arte, onde é elogiada por suas pinturas. Navegue você mesmo: www.niteroi-artes.gov.br/verabueno.html


Caso 4 – Banana com Jabuticaba – Em 2001, a agrônoma santista, mas de coração macabuense, Talita, leu uma notícia da Folha de São Paulo, sobre a extinção da jabuticaba branca, que citava Conceição de Macabu. Ao voltar à Conceição de Macabu, contou-me o ocorrido, que rapidamente descobri via Internet: Flora - Jabuticaba Branca, em via de extinção Folha de São Paulo - 09/02/2001 “Salvar a jabuticabeira-branca, espécie em via de extinção, é o projeto de um grupo de amigos comandado pelo fotógrafo Silvestre Silva e pelo psicanalista Flávio Carvalho Ferraz. Autor dos livros” Frutas no Brasil “e” Flores do Alimento “, o mineiro Silvestre Silva diz que, nos últimos dez anos, só conseguiu mapear seis exemplares da árvore no país: três em Guararema (Vale do Paraíba, SP), um no interior de Minas (Carmo de Minas), dois no Rio de Janeiro (um em Parati e outro em Conceição de Macabu).”

Não consegui contactar os autores do livro, nem encontrei a tal jabuticabeira branca, mas me lembro que quando era criança, não era uma fruta incomum, embora não possa recordar com precisão onde as roubava, ou melhor, as pegava. Na Internet descobri uma banana macabuense. Digo que descobri, porque sabia da existência de uma “Laranja Macaé”, única homenagem “frutifica” da região, mas me surpreendi, com 3 páginas norte-americanas e uma da Colômbia, sobre a banana “Red Macabu”. A espécie é bem avaliada, considerada de bom sabor, com “gosto exótico”, especial para indústria de doces, mas gostaria de saber mais sobre a dita cuja. Navegue você mesmo: www.icfes.gov.co e www.wegmans.com/ktchen/ingredients/colossus.net

Caso 5 – Banda Macabu – Banda de jazz e blues, com três CDs gravados, sediada no Rio de Janeiro e, freqüentadora do circuito principal do seu gênero musical. Foi na página dessa banda que descobri uma nova versão para o nome Macabu, como já foi visto antes. Navegue você mesmo: www.bandamacabu.com.br

Caso 6 – Rua Conceição de Macabu – Impressionante ! Em Recife, no bairro da Ilha Joana Bezerra, existe uma rua com o nome Conceição de Macabu. Não faço idéia do porquê. Em São Paulo, no bairro Jardim São Carlos, há uma Rua Macabu, igualmente inexplicável. O mesmo acontece em Governador Valadares/MG, no bairro Vila Bretas, e em Volta Redonda (são duas ruas lá), nos bairros Santo Agostinho e Jardim Belmont (será a família Belmont daqui ?) e São Gonçalo/RJ, no bairro Boa Vista, mas também, em nenhum dos casos, sei


explicar os motivos que levaram os vereadores dessas cidades a nos homenagear. Em Vitória - ES, Nova Friburgo, Teresópolis, Niterói, Campos, Macaé e Rio de Janeiro (em Coelho Neto), também existem ruas com o nome do nosso município, mas nesses casos eu arrisco um palpite: todas foram governadas ou tiveram vereadores macabuenses (no caso do Rio e de Campos), e daí rolou o nome. Rio das Ostras também tem uma rua Conceição de Macabu, mas aí a explicação é outra, pois embora a cidade nunca tenha sido governada por macabuenses, tal como aconteceu com Barra de São João, nossos conterrâneos foram os precursores da exploração turística, tanto em um quanto em outro lugar. Não custa lembrar Joaquim do Rego Barros, nordestino de alma macabuense, um dos pioneiros do desenvolvimento de Rio das Ostras, por exemplo. Mas e Recife ? E São Paulo ? E Governador Valadares ??????? Navegue você mesmo: www.emtu.pe.gov.br , www.ww6prefeitura.sp.gov.br e www.pegue.com.br/utilidades, www.turismo.terra.br/mapas, www.valadares.mg.gov.br

Caso 7 – Granito Macabu – Chama-se “Verde Macabu”, e encontrei num catálogo alemão e em outro americano sobre granitos para decoração. Nunca tinha ouvido falar. Navegue você mesmo: www.abcooredwidestone.com/selected.asp?type=granite

Caso 8 – Alto Macabu – Região montanhosa, de clima frio, muito exuberante quanto às riquezas naturais, onde nasce o Rio Macabu, divisa de Bom Jardim, Nova Friburgo, Macaé e Trajano de Morais, deu nome a alguns projetos interessantes: CD Alto Macabu, de Norberto Macedo/Hotel Himalaia do Macabu. Navegue você mesmo: www.morgenlich.com.br

Caso 9 – Famílias Macabuenses – Achei trabalhos sobre as famílias Daumas, Pareto e Reid, todos relacionando estas famílias ao nosso município. Detalhe: o da família Pareto é exclusivamente em inglês, pois foi feito por um ramo da família que imigrou da Itália para os EUA, mas cita o ramo macabuense. Nesse momento o acesso a página da família Daumas não é possível. Navegue você mesmo: www.freepages.genealogy.com/~vepareto/pareto%20brasil.pdfr

Caso 10 – Esportes em Geral – É destacada nossa presença em páginas sobre canoagem, motocross, jeeps, ralis em geral, cavalgadas, concursos hípicos, bicicross, capoeira, judô, jiu-jitsu, futebol, vôlei. Mas o mais estranho é um trabalho sobre vôo-livre, em que o autor diz ter voado 150 Km de asa-delta, fazendo escala aqui e parando em Macaé. Encontrei muitas


referências ao macabuense Júnior, jogador do Bursaspor da Turquia – um dos maiores clubes do país. Caso 11 – Família Macabu – Não é uma família macabuense, mas principalmente distribuída entre Campos e Casimiro de Abreu. É grande o número de ocorrências na Internet, relacionadas a essa família. Segundo minha aluna Larissa Macabu, um de seus antepassados tinha uma companheira, que se chamava Conceição, que foi apelidada de Conceição de Macabu, de forma que o apelido tornou-se o sobrenome de seus descendentes. Caso 12 – Conflito Territorial – Todo mundo em Conceição sabe que travamos uma desesperada disputa territorial com Carapebus, onde estamos prestes a perder o que sempre foi nosso. Uma disputa atual, sem prazo para terminar, embora Carapebus (bem assessorado e com disposição política para luta), tenha vencido a primeira batalha. Entretanto, descobri trechos de um livro (Caminhos Percorridos – Memórias Inacabadas), escrito por um jornalista capixaba Luiz Serafim Derenzi, que ele diz : “A velha pendenga entre os municípios de Santa Maria Madalena e Conceição do Macabu, por contestarem certo trecho de divisa, se reacendera, causando duas mortes: a do presidente da Câmara do primeiro município e a do fiscal de renda do segundo. Os dois municípios estavam em pé de guerra. A política fluminense foi sempre um caldeirão fervente. Fui comissionado para fazer o levantamento topográfico da zona contestada, com o fim de encontrar uma divisa natural. Eu devia começar meu trabalho levantando o rio Imbé que, depois de descer a serra, serpeia pela baixada alagadiça de Conceição de Macabu-Campos, semeando febres, disenteria e morte. Convencionou-se que o meu estudo começaria na estação de Paciência, do ramal ferroviário que liga Conde Araruama a Santa Maria Madalena, hoje suprimido.”

Creio que o autor se confundiu. Não conheço disputa territorial Madalena-Macabu e, naquela época, Macabu pertencia a Macaé, se houvesse alguma disputa, e não houve, teria sido Macaé-Madalena . Mas houve uma disputa Madalena-Campos, na região citada, e com mortes. Como para averiguar as divisas intermunicipais de Campos com Madalena, o autor teve de se hospedar em Macabuzinho, o mesmo acabou produzindo uma confusão dos diabos, “pondo para brigar”, dois municípios que nunca tiveram problemas desse tipo. Navegue você mesmo: www.gazetaonline.globo.com/caminhos

Caso 13 – Bichinhos de Estimação – Achei alguns animais domésticos batizados com o nome Macabu. Um cavalo da raça Campolina, chamado “Gaita Macabu”, aliás um animal premiado e, o mais surpreendente, um cachorro, do ator da Rede Globo, Cláudio Cavalcanti, também chamado Macabu. Sobre o cão


do ator, tomei conhecimento numa entrevista que o dito cujo concedeu ao provedor UOL: CLÁUDIO CAVALCANTI “QUERO SER LEMBRADO PELO BEM QUE FIZ AOS ANIMAIS”

Ator recolhe e dá proteção aos bichos abandonados pelas ruas, como um moderno São Francisco

“Você está no Rio de Janeiro e topa com um cachorro acidentado? Chame o ator Cláudio Cavalcanti e sua mulher, Maria Lúcia, também atriz. Em pouco tempo, os protetores chegam para socorrer o bicho, seja na Vieira Souto, seja na favela da Rocinha. Para ter uma idéia, em seu apartamento tríplex de Copacabana habitam, além deles, Alba Valéria, uma cadela terrier, e treze gatos vira-lata, todos órfãos e recolhidos ao acaso – vamos lá, são eles: Julião, Chico, Lilith, Ana Freud, Estela, Mariana, Nestor, Macabu ... .”

Escrevi para o ator, mas ele ainda não me explicou a razão do nome. Mas com certeza, no caso dele, é uma homenagem, pois é costume do ator, usar seus animais, que muito considera, para lembrar de amigos, etc. Navegue você mesmo: www.uol.com.br/focinhos/personalidades

Caso 14 - Dengue – Caro leitor, neste início de 2003, Conceição de Macabu bateu o recorde estadual de casos de dengue, colocando o município na contramão do Estado e, a Internet não nos poupou:

Conceição de Macabu apresenta aumento nos casos de dengue Simone Noronha, do DIA para o iG (editorultimosegundo@ig.com)

RIO - Enquanto o número de casos de dengue diminuiu em todo estado, Conceição de Macabu apresentou um aumento considerável em relação ao ano passado. Foram notificados 90 casos este ano, com 24 sendo confirmados. Secretária de Saúde admite que existe um surto da doença e pediu ajuda ao governo do estado. (Grifo do autor.)

Em fevereiro de 2003, a situação ficou tão grave que foi classificada como “epidemia”, com o número de casos quase triplicando em relação a reportagem acima. A dengue em Macabu foi notícia em todo o país, através dos jornais O Globo, Extra, O Dia, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, O Estado do Paraná, Gazeta do Povo (Paraná), e O Liberal, este último de Belém, no Pará. Veja o que foi noticiado pelo jornal O Liberal, no Pará, dia 19 de fevereiro:


Enquanto isso nossos impostos... Caso 15 – Budismo – Essa é demais: o nome Macabu tem relação com o Budismo, a religião que mais cresceu nos últimos anos em todo mundo. Não me perguntem mais nada, quanto mais eu investigo menos eu sei... Veja só: 1. Macabu Byenkegu (ritual de purificação do nascimento entre os budistas de Newa) pelo ms. Hira Nani Shakya e pelo ms. Shobha Nani Shakya

Por essa eu não esperava, só achei esse trabalho no dia 10 de fevereiro de 2003, foi uma surpresa. Navegue você mesmo: www.w1.185telia.com e www.rcnepal.org

Caso 16 – Fera de Macabu – Sítio do “best seler” de mesmo nome escrito pelo jornalista Carlos Marchi, macabuense honorário, filho e neto de macabuenses ilustres (seu avô, Barcímio Amaral foi jornalista aqui), tornou-se um dos mais comentados livros do final dos anos 90, sendo objeto de reportagens e entrevistas nos pesos pesados do jornalismo nacional: O Globo,

Jornal do Brasil, O Dia, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Veja, Isto É, Época, Jô Soares Onze e Meia, Marília Gabriela, Sem Censura, só para citar

as que eu vi ou colecionei. Livro empolgante, sítio igualmente interessante, trata-se de um trabalho de profissionais do mais alto gabarito. Aliás, o livro, editado pela toda poderosa Record, já nos dá uma idéia da grandiosidade da obra. Para nós, macabuenses, é uma leitura obrigatória, não só pela qualidade da narrativa, ou pelo conteúdo da obra (Motta Coqueiro), mas também pelo fato de levar o nome do nosso município às mais altas esferas da literatura nacional.


Em dezembro de 1998, estive no lançamento em Macaé, ocasião na qual convidei o autor para fazer o mesmo em Conceição de Macabu. Com ousadia, pois fizemos o lançamento na Exposição Agropecuária, decisivo apoio do Sebrae, dirigido por Maristela Tavares e da Câmara Municipal, presidida por Marcos Paulo Cordeiro Couto, além da prestatividade da então Secretária Municipal de Educação, Regina Célia Nascimento, fizemos um bonito e organizado evento, no qual batemos o recorde de vendagem do livro em noites de autógrafo, superando as centenas de unidades vendidas em Macaé e Campos, por exemplo. Com prefácio do jurista Evandro Lins e Silva, contra-capa do teólogo Leonardo Boff, o livro tem tudo para entrar na lista dos preferidos de todos aqueles que o lerem. Aliás vejam um trecho do prefácio: "Comecei a ler os originais e fui até o fim, sem parar. O livro desperta o interesse do leitor e oferece um quadro magnífico do período em que o crime se verificou (...). É atualíssimo, a despeito de narrar um fato ocorrido no século XIX (...)” · Ministro Evandro Lins e Silva, no prefácio.

Para os curiosos, que ainda não tiveram a oportunidade de ler o livro, eis o resumo disponível no sítio: Fera de Macabu: o mais trágico erro judiciário da História do Brasil. O livro Fera de Macabu relata o mais trágico erro judiciário da História do Brasil, ao contar o drama pessoal de Manoel da Motta Coqueiro, o homem inocente cuja condenação à morte acabou com a pena de morte no Brasil. Meados do século XIX: o norte da província do Rio de Janeiro se esmera em criar uma atmosfera digna da Corte para receber o imperador Pedro II. A aristocracia rural tem completo controle político da região em torno de Campos dos Goytacazes, estratégica por ser, ao mesmo tempo, potência agrícola e porto ilegal de escravos; nela, conquistar um pedaço de terra e fazê-lo prosperar é uma tarefa épica. Quando o imperador Pedro II visita a região, em 1847, o fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro e sua mulher Úrsula das Virgens Cabral são convidados para as cerimônias em sua homenagem e o conhecem. Cinco anos depois um crime brutal abala Macabu e revolta as cidades vizinhas. Uma família de oito colonos é assassinada em uma das cinco propriedades de Coqueiro e Úrsula das Virgens. Todos os indícios apontam para o fazendeiro; as autoridades policiais locais, seus adversários políticos, imediatamente o acusam do crime. Era um momento de grandes decisões nacionais: o Brasil acabara com o tráfico de escravos, aprovara a primeira lei empresarial do país e promulgara a primeira lei de terras, extinguindo o sistema de sesmarias. A imprensa acompanha as investigações com estardalhaço e empresta a


Coqueiro um apelido incriminador - é a Fera de Macabu. A principal testemunha contra o fazendeiro é escrava Balbina, a líder espiritual dos escravos na senzala da Fazenda Bananal, sob cujo catre foram encontradas as roupas ensangüentadas dos mortos. Em vez de acusada, Balbina é promovida a principal testemunha de acusação, a despeito de a lei proibir que escravos deponham contra seu senhor. Vítima de uma conspiração armada por seus adversários, Coqueiro é julgado duas vezes de forma parcial e condenado à morte. Logo a condenação é ratificada pelos tribunais superiores, e D. Pedro II nega-lhe a graça imperial. Pela primeira vez no Brasil um homem rico e com destacada posição social vai subir à forca. No dia 6 de março de 1855 Coqueiro é enforcado em Macaé. Na véspera do enforcamento recebe em sua cela um padre, a quem confessa sua inocência e revela o nome do verdadeiro mandante do crime de Macabu, que ele conhecia, mas prometera nunca revelar de público. No patíbulo, Coqueiro jura inocência e roga uma maldição sobre a cidade que o enforcava: viveria cem anos de atraso. A maldição se cumprirá com rigorosa precisão. Pouco tempo depois do enforcamento descobre-se que o fazendeiro tinha sido a inocente vítima de um terrível erro judiciário. Abalado, o imperador Pedro II, um humanista em formação, decide que dali em diante ninguém mais será enforcado no Brasil. Em Fera de Macabu, Carlos Marchi utiliza ferramentas de repórter para reconstituir todo o teatro do drama. Rastreia vestígios da vida de Coqueiro em documentos primários, obtidos nos arquivos oficiais e nas paróquias e cartórios do norte fluminense. Surpreendente é a conexão de dois encontros que o imperador Pedro II teve com o escritor e revolucionário francês Victor Hugo, em 1877, com o caso de Coqueiro e com a extinção da pena de morte no Brasil. Fera de Macabu, no entanto, tem mais que o vigor do texto jornalístico: no pano de fundo da história, os fatos reais realçam o clima de um grande romance, repleto de intrigas, bruxarias, sonhos e tragédias.

Vale a pena conferir: www.macabu.com.br Caso Especial: No ano de 2001, o desejo de muitos internautas macabuenses concretizou-se no trabalho de Nelson Garcia e Emerson Machado da Costa, que produziram o primeiro sítio (site/home-page, etc.), exclusivamente sobre Conceição de Macabu. O trabalho além de muito importante, é interessante e bonito. Certamente, quando a página estiver 100% concluída (está em fase de construção), teremos 1000% de motivos para nos orgulharmos dela. Imperdível:www.conceicaodemacabu.com Espero que o leitor tenha gostado da pesquisa, que só mostra uma pequena parte da infinidade de páginas ligadas ao termo Macabu. Recomendo ao leitor, que navegue pela Internet, usando o Google, descobrindo mais detalhes sobre o termo Macabu.


Macabuzinho, 2° Distrito/Região de

Segundo distrito de Conceição de Macabu, tem área estimada em 50 Km² e população de aproximadamente 2.000 habitantes. Sua sede é uma localidade agradável e hospitaleira, chamada de Macabuzinho. A história de Macabuzinho remonta às primeiras localidades formadas às margens do rio Macabu por campistas e cabo-frienses que buscavam madeiras nobres para serrar e vender nos mercados de Campos e Macaé, como o jacarandá (cabiúna), o cedro, o jequitibá e outros, que eram escoados pelo rio. Ao que tudo indica, essa atividade econômica não deu bons resultados, e os pioneiros tiveram que se dedicar a outras iniciativas, como agropecuária e comércio. Com o desenvolvimento da cafeicultura na região de Cantagalo, intensificou-se a navegação pelo rio Macabu e o porto de embarque de madeiras passou também a receber viajantes, aventureiros e tropeiros ligados ao comércio de café. Fazenda0s foram sendo exploradas nos arredores de Macabuzinho e logo uma série de estradas e trilhas passaram a fazer parte da paisagem local, com destaque para a Estrada da Carreira Comprida, que transversava a Estrada Geral de Cantagalo, também conhecida como Estrada Macaé– Cantagalo. A dependência em relação ao rio, a sua existência enquanto entreposto comercial, fez surgir o primeiro nome de Macabuzinho: São Sebastião do Rio Macabu, nome de curta duração, logo substituído por Paciência do Macabu, que depois foi abreviado para Paciência. No primeiro semestre de 1878, a localidade de Paciência foi cortada pelos trilhos da Companhia Estrada de Ferro Barão de Araruama, o que contribuiu para dinamizar ainda mais o vilarejo, tornando-o tão importante quanto o Curato de Santa Catarina, Estação de São João do Macabu e Conceição de Macabu. O progresso de Macabuzinho, tornou-o distrito de Macaé em 1931, com um nome que já estava em desuso na época: Paciência do Macabu. Já o nome Macabuzinho, só em 1938, formado com terras desmembradas dos distritos macaenses de Macabu, Quissamã e Carapebus. Ao mesmo tempo em que o progresso trouxe o reconhecimento político, conduziu à destruição das florestas ribeirinhas, onde se escondia o mosquito causador do impaludismo (malária), da febre amarela e da febre quebra-ossos (dengue). Nos anos de 1900 a 1940, Macabuzinho conviveu com quase uma epidemia por ano: febre (palustre/amarela/quebra-ossos); tifo;


varíola; cólera-morbo; situações que comprometeram seu desenvolvimento, pois não foram poucas as pessoas que abandonaram a localidade buscando regiões mais secas, como o Curato e Conceição de Macabu. No ano de 1952, numa atitude inédita no Brasil, o 10° e o 5° distritos de Macaé, respectivamente Macabu e Macabuzinho, uniram-se formando um novo município, Conceição de Macabu, em que Macabuzinho contribuiu como 2° distrito. O impaludismo e outras doenças foram extintas entre 1948 e 1952, após um amplo programa de saneamento e combate aos mosquitos com DDT, o que tornou Macabuzinho um local com grandes perspectivas de desenvolvimento. Entretanto, em 1967 com a extinção do ramal ferroviário, e em 1992 com o fechamento da Usina Victor Sence, a economia local sofreu sérios abalos, das quais não se recuperou até hoje. Hoje em dia, Macabuzinho mescla um comércio típico do interior fluminense, com mercearias e residências cujos habitantes têm as mais variadas funções, indo de comerciantes a fazendeiros, industriais a funcionários públicos, campeiros a autônomos. O distrito de Macabuzinho é constituído também pelo Barata e Caju, que já tratamos neste livro, e, recebem o registro de bairros. Além disso, tem diversas localidades, como São Luís, Patos, Ponto Pinheiro, etc. Motta Coqueiro em Macabuzinho Manoel da Motta Coqueiro, um dos mais famosos personagens de nossa terra no século XIX, famoso pelo apelido “Fera de Macabu”, era proprietário de duas fazendas por aqui: a Fazenda Bananal, em Santo Agostinho, e onde ocorreu a chacina de que foi acusado; e a Fazenda Carrapato, em Macabuzinho. Carlos Marchi, autor do best-seler Fera de Macabu, faz inúmeras referências à Paciência, hoje Macabuzinho: “...Coqueiro tinha comprado, em 1839, os direitos do trecho que ocupava, no lugar chamado Brejo dos Patos, e deu à sua nova propriedade o nome de fazenda Carrapato.” Não deixem de ler sobre o Brejo dos Patos, pois não se resume apenas ao que é hoje em dia. A fazenda de Coqueiro ficava a dois quilômetros de Macabuzinho, estendendo-se pelas margens do rio Macabu até a atual fazenda São Luís. De qualquer forma, o que nos importa é que Macabuzinho fez parte da História e, por tabela, do sucesso do livro.

Evolução Legislativa:

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Decreto Estadual Nº 2.548 de 28 de janeiro de 1931 - criou o distrito, com o nome de Paciência do Macabu; Decreto Estadual Nº 641 de 15 de novembro de 1938 – tornou Paciência do Macabu, Macabuzinho;


Decreto-Lei Estadual Nº 1.063 de 28 de janeiro de 1944 – ordenou-o como 10º distrito de Macaé.

Leia também: Barata/Caju/Paciência/Patos.

Mandingueiro

O nome é uma referência a uma espécie de feiticeiro, benzedeiro, fazedor de simpatias, que em certa época existiu na região, dando nome a fazenda e de pois à estrada que liga o Osório ao Imbé. A região do Mandingueiro pertence, parte ao segundo, e parte ao terceiro distrito de Santa Maria Madalena, ou seja, é meio Triunfo e meio Imbé. No passado, a Estrada do Mandingueiro era uma das principais ramificações da Estrada Geral de Cantagallo, pois unia Conceição de Macabu e Triunfo, com suas importantes estações ferroviárias, ao Imbé e ao Alto Imbé. Segundo o Aurélio: Mandingueiro [De mandinga + -eiro.] Adj. 1. Que faz mandinga (5); mandinguento, mandraqueiro. S. m. 2. Indivíduo mandingueiro (1); mandinguento, mandraqueiro.

Mirante da Parabólica

O morro de 200 metros, bem visível do Centro da cidade, sempre foi apelidado de “floresta ou mata de Hermes”, uma referência à floresta bem conservada por seu dono, Hermes Fontes Tavares. Em 1986, com a instalação de um sistema de transmissão televisiva usando uma parabólica que atendia toda a cidade, o morro ganhou o nome de Morro ou Mirante da Parabólica. Quanto a floresta, foi vitimada por um incêndio em agosto de 2000.

Monte Cristo, Adutora

O nome se refere à segunda adutora de nossa cidade, criada em 1969, usando a água de um córrego local e canos deixados pela Cia. Rhodia S/A.

Morrinho, Localidade do

Pequeno lugarejo situado depois da Vila Esperança, numa elevação da estrada de acesso a São Domingos. O nome é óbvio, refere-se ao pequeno morro onde está situado o lugarejo. Possui apenas um estabelecimento comercial, e a maioria dos residentes trabalha nos arredores, onde encontram ocupação nas fazendas.

Morro da Biquinha (Usina/Vila Nova)


Faz parte dos bairros da Usina e Vila Nova, e tem seu nome sugestivamente relacionado a uma nascente que era usada no abastecimento das moradias dos dois bairros, quando estes iniciaram seu crescimento (década de 10) até meados dos anos 80, quando a mesma deu sinais de esgotamento. Há quem diga que desde os tempos da Fazenda Juraci, que precedeu a Usina Conceição em 1913, essa biquinha já era utilizada. O morro da Biquinha é cortado por uma rua que liga os bairros da Usina e Vila Nova.

Morro da Caixa D’água (Bocaina)

O Morro da Caixa D’Água, parte do bairro da Bocaina, recebeu essa denominação por volta de 1876, quando o industrial português Antonio Ignácio Valentim, construiu lá um reservatório de água para suprir as necessidades de sua empresa, o Engenho Central Macabuense (ficava no antigo prédio da Cooperativa de Laticínios, criminosamente derrubado...). O projeto interessou à “Intendência de Macahé” (prefeitura de Macaé), que associou-se ao português, visando estender o abastecimento ao centro urbano de Conceição de Macabu. Além de redes domésticas, que utilizavam encanamento de chumbo, foi contratado o serviço do suíço Adrian Allemand, para a construção de três chafarizes em granito branco para o abastecimento do público que não dispunha de água encanada, além de servir às tropas e tropeiros de toda região – um chafariz está na praça principal, o outro recebi em doação de Délcio Pacheco e, encontra-se em exposição permanente no CIEP 271, o terceiro, apesar de ter quase uma tonelada, sumiu. Durante décadas a “Caixa D’Água da Bocaina” , como era e ainda é muito conhecida, foi a principal fonte de abastecimento da região central da cidade, até que desmatamentos e queimadas resultaram na diminuição da vazão do reservatório, além do que, unido ao aumento do consumo, tornou aquela fonte de abastecimento incipiente para os padrões de consumo de uma comunidade de quase 18.800 habitantes. Hoje contamos com outras reservas hídricas: Monte Cristo, Socó, Batatal, além de uns 5.000 poços semi-artesianos - qual a família macabuense residente em casa, não tem o seu? Conforme disse no início a Caixa D’Água é uma parte da Bocaina, exatamente a parte mais antiga, onde surgiu o primeiro núcleo de povoamento urbano do bairro (Ver Bocaina). Hoje basicamente residencial, mas com diversos pontos comerciais, é uma localidade estruturada no quesito saneamento, como água (pudera, né?!), esgotos canalizados e calçamento.


Morro da Mijada (São João)

Sugestivo nome dado a um morro que fica entre o bairro da Usina e o Osório Bersot, a mais ou menos uns 3 Km da Usina. “Mijada”, vem de “urinada”, mas a explicação não é simples como parece. No século XIX, a Fazenda São João foi chamada de São João do Macabu, depois de Estação, por fim Estação Velha. No auge de sua existência, era uma localidade animada, principalmente nos dias de São João, quando uma grande festa era realizada. Boa parte dos festeiros vinha do Curato de Santa Catarina e de Conceição de Macabu, a pé (no caso dos de Macabu), a de cavalo, de carroça, etc. No retorno para suas casas, após alguns goles extras de variadas bebidas e sucos, alguns faziam uma parada estratégica para o xixi, no morro que hoje tem esse nome.

Mutirão (Rhodia)

O bairro do mutirão tem quase 20 anos e, ao contrário da maioria dos outros bairros e localidades, formou-se rapidamente, de maneira padronizada e uniforme. Isso se deu porque as casas do bairro são resultado de um projeto de trabalho coletivo que envolveu os moradores com a mão-de-obra e os governos Federal e Municipal com investimentos em materiais de construção e acabamento. O projeto inicial foi esquematizado com a extinta Secretaria de Ação Comunitária (SEAC) do Governo Federal, em parceria com a Prefeitura local. Após um cadastramento inicial e posterior análise social, as famílias foram recebendo seus lotes e o material de construção. A mão-de-obra empregada envolvia, não só os futuros moradores do terreno, como a vizinhança, tendo sido essa a origem do nome Mutirão.

N Niterói

A cidade de Niterói sempre teve como marca, o fato de estar diante do Rio de Janeiro, como se fosse uma pequena cidade desafiando uma outra, gigante, tendo por obstáculo a Baía da Guanabara, e, como comunicação, a Ponte Rio-Niterói.


A localidade de Niterói, é, na verdade um prolongamento de Triunfo e, recebeu esse nome por ficar do outro lado de um córrego, que posteriormente recebeu uma ponte. De um lado, Triunfo (Rio), do outro lado, Niterói.

Nossa Senhora de Lourdes, Conjunto Habitacional (Usina)

Região de mais recente ocupação dentro do bairro da Usina, trata-se do primeiro conjunto habitacional do governo estadual em Conceição de Macabu. Foi concluído em 1998, mas a ocupação das casas só se deu em 1999. Seus moradores são, em sua maioria, oriundos de uma vila que havia na BeiraRio, que ficava às margens da rodovia que liga Conceição de Macabu ao distrito de Santo Antonio do Imbé, próximo à ponte sobre o Rio Macabu. A vila foi extinta, seus moradores transferidos para o conjunto habitacional, onde as condições de vida e o acesso aos recursos básicos como saneamento, saúde e educação são bem melhores que na antiga vila. O nome é uma homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, padroeira da Usina, cujo culto foi iniciado por Victor Sence, quando trouxe da França a imagem consagrada, que está no interior da capela e o tradicional “le coq”, o galo, que ornamenta a torre da já citada capela – coisa de francês. Segundo informações do sítio Santo do dia: Nossa Senhora de Lourdes Em Lourdes, na gruta de Massabielle, Nossa Senhora apareceu dezoito vezes a Santa Bernardete, então menina de 14 anos. Na última das aparições, a Virgem Se identificou: " Eu sou a Imaculada Conceição ". Com essas palavras, confirmava o ato solene pelo qual o Papa Pio IX, quatro anos antes, proclamara a Conceição Imaculada da Santa Mãe de Deus. Até nossos dias, curas e milagres prodigiosos ocorrem no local, que é procurado por peregrinos do mundo inteiro. Seu dia é comemorado 11 de fevereiro. Navegue também: www.santododia.com.br

O

P

Q

Onça, Fazenda da

Localizada no extremo sul do município, divisa com Macaé, está a Fazenda da Onça, que empresta seu nome àquela região. Pouco habitada, tratase puramente de uma fazenda de pecuária de gado de corte, e o nome é uma alusão às extensas florestas que já cobriram a região. O nome não é novo, pois no Registro Paroquial de Terras (1855), e em um mapa de 1863, a região aparece denominada como “Onças”. Nos registros paroquiais de 1855 a 1857,


um dos proprietários naquela região é o senhor Antonio Gomes Braga. Nos mesmos documentos aparece o senhor João José da Silva Porto, como proprietário da Fazenda Nossa Senhora do Rosário da Onça. Já a Fazenda da Onça aparece no “Almanak Laemmert” de 1876 como propriedade do Barão da Póvoa do Varzim, que também era dono da Fazenda da Bertioga. Já em 1880, no mesmo almanaque, a Onça consta como propriedade do senhor Manoel Fidélis dos Santos. Segundo o Aurélio: Onça 3. Bras. P. ext. grande porte.

Zool. Designação comum a todos os felídeos brasileiros de

Osório Bersot

A localidade pertencente a Triunfo, tem seu nome em homenagem ao senhor Osório Bersot, proprietário rural e benfeitor daquela região. O povoamento da região é antigo, estando relacionado à fundação do antigo povoado de São João do Macabu, depois Estação e Estação Velha, isso na primeira metade do século XIX. Segundo o pesquisador Mário Guimarães, que prepara um livro sobre personalidades madalenenses, Osório Bersot nasceu em 1871, vindo a falecer em 1946, deixando numerosa família. Pessoa muito estimada na região, os moradores solicitaram à Câmara Municipal de Santa Maria Madalena que oficializasse o nome do lugarejo como Osório Bersot, pois, popularmente, a região já era conhecida por Osório – “Vim do Osório hoje pela manhã.” ; “Vou ao Osório na segunda-feira.”, etc.

Paciência

Simpática localidade próxima a Macabuzinho (2 Km), embora pertença a Serrinha, distrito de Campos dos Goytacazes, seu antigo nome era Nossa Senhora de Santana do Macabu, posteriormente transformado em Santana do Macabu. Adquiriu o nome de Paciência por causa da proximidade com Macabuzinho – que foi chamado assim até 1938. Ocorre que a fama de Macabuzinho, antigamente chamado de Paciência, como porto fluvial, como parada de tropeiros e como estação ferroviária, estendia-se pelos dois lados do rio Macabu. Tanto é que em Santana, havia até uma fazenda chamada Paciência. Quando Macabuzinho adquiriu este nome (15-11-1938), Santana tornou-se Paciência, ou melhor incorporou o nome do vizinho.


Tal ocorrido serve para demonstrar também que no passado, o termo Paciência designava toda aquela região, não se limitando só ao perímetro urbano de Macabuzinho. Paciência é uma referência direta ao fato de que a região era um ponto de espera, por ser um porto, depois estação ferroviária (Macabuzinho).

Palioca, Localidade da

A comunidade da Palioca está localizada às margens da RJ 182, próximo ao bairro da calçadinha. É um logradouro que mescla características rurais, com habitações típicas de áreas urbanas. Não possui comércio de tipo algum, e a única atividade econômica é a produção de farinha de mandioca, hortaliças e legumes realizada por alguns moradores. O nome Palioca não tem uma explicação sensata, podendo derivar de uma estranha mistura: “paul” + “oca”. “Paul”, palavra de origem latina, significa pântano, e, “oca”, de origem indígena, significa casa. Em algumas áreas constituídas de vales úmidos, pantanosos, o termo latino paul parece se justificar até os dias de hoje. Ou, derivando da igualmente estranha mistura de outro termo latino “pálio”, que significa disfarce ou proteção, com a palavra indígena “oca”. Neste caso, Palioca seria algo como “casa escondida”. Ainda nessa linha analítica, se “paul” é pântano, e considerarmos “-oca” como um sufixo de diminutivo (como em engenhoca), o nome do lugar passa a significar “pequeno pântano”, o que, convenhamos, é o termo que melhor se enquadra. O leitor que souber de alguma explicação mais clara, mantenha contato. O termo sofreu variações conforme quem o pronuncia: de Paulioca, Paulhoca, Palhoca, até Palioca. Mas os moradores novos e antigos do lugar são firmes em afirmar que o correto é Palioca. No século XIX existia na região a Estrada da Palioca, que era uma via que unia a Estrada Geral de Cantagalo à região do Sertão do Quimbira. Outra estrada muito antiga que cruzava a região, era a Estrada do Roncador, que chegava até a Calçadinha. Nesta estrada, foi tocaiado o subdelegado de Conceição de Macabu, Antonico Pereira, num crime não esclarecido até os dias de hoje, o que demonstra que essa é a terra dos crimes perfeitos – Motta Coqueiro que o diga. Informações colhidas nos Registros Paroquiais de Terras entre 1855 e 1857, nos dão conta que boa parte da região pertenceu ao Coronel Amado, político macabuense de projeção na região. Utilizando os “Almanak Laemmert” de 1876 a 1881, constatamos que existiu na região um estabelecimento comercial, propriedade de Antonio José Porfírio e Cia.


Pão de Açúcar, Pico do (Amorosa)

Quem segue para a Amorosa, não deixa de perceber um majestoso pico que surge da paisagem às margens da estrada. Esse pico, tem formato de cone e alcança 300 metros de altura. O nome Pão de Açúcar, é uma referência comum a todas as montanhas com formato de cone, pois lembravam os antigos pães de açúcar, que eram pedras de açúcar mascavo, quebradas naquele formato e, encaixotadas para transporte. Esse tipo de acondicionamento do açúcar foi muito comum nos tempos do Brasil Colonial, mas acabou denominando centenas de montanhas cônicas em todo o país, principalmente a mais famosa de todas, que fica na cidade do Rio de Janeiro. Pão de Açúcar foi o nome de uma antiga propriedade rural que existiu naquela região e que, segundo o Registro Paroquial de Terras de Conceição de Macabu, em 1857 pertencia aos herdeiros de Bernardino Pereira da Silva. Já no Almanak Laemmert de 1876, diz que pertencia ao sr. Francisco José Leite.

Paraíso, Bairro do

O bairro do Paraíso é muitas vezes dividido em dois: Paraíso de Cima (rua Esmeraldo Alfenas da Fonseca) e Paraíso de Baixo (rua Deusdérito Antunes Belmont). De qualquer forma, sendo um ou dois, o Paraíso é um típico bairro de ligação, que une o centro da cidade ou a Avenida Victor Sence ao Balancé e a Rhodia. Portanto, a marca registrada do bairro são as suas grandes ruas: a Esmeraldo Alfenas da Fonseca e a Deusdérito Antunes Belmont, onde são feitas as ligações. A Rua Deusdérito Antunes Belmont, foi a antiga Estrada do Paraíso, outra denominação comum na nossa história. O bairro não é só residencial, seu comércio é dinâmico, havendo de bares e mercearias, até oficinas, padaria, farmácia, etc. O nome Paraíso já foi explicado quando narrei a origem do termo Inferninho. Em suma, o Paraíso era o “feliz destino” das almas que saíram do cemitério pelo Córrego das Almas. Verifique também: Inferninho/Córrego das Almas/Córrego do Purgatório.

Patos, Fazenda dos/Lagoa dos/Trevo dos

O Rio Macabu já foi acompanhado de lagoas e brejos, principalmente no trecho mais plano, entre Triunfo e a Lagoa Feia, que é a sua foz natural. Uma dessas lagoas, localizada onde hoje é o trevo da BR-101 que dá acesso direto a Macabuzinho, era chamada de Lagoa dos Patos, e os quilométricos brejos que existiam nas proximidades eram denominados Brejos dos Patos. O nome dispensa uma explicação profunda, da mesma forma que tínhamos lagoas


com os nomes de Lagoa do Peixe, Piabas e Socó, os patos, irerês, paturis e animais dessa espécie, deviam ser abundantes na região. Numa fazenda da região da Lagoa dos Patos, nasceu o primeiro político macabuense de peso, Francisco Nunes Amado de Aguiar, o Coronel Amado, Cavaleiro da Ordem da Rosa de Ouro, uma das mais elevadas condecorações do Império. O coronel foi subdelegado e juiz de paz em Macabu, assim que Macabu tornou-se freguesia em 1855, além de ocupar outros cargos em Macaé e região. Também foi um dos mentores do projeto do Ramal Ferroviário que cortou o território macabuense em 1878, atuando anteriormente nos projetos de navegação fluvial e na construção de estradas em toda região. A lagoa e os brejos foram drenados e dragados entre os anos 30 e os anos 60 do século passado, numa ação hoje considerada criminosa pelos problemas ambientais que vem provocando, mas, na época, era a desculpa para se tentar sanear a região contra os terríveis mosquitos que ameaçavam o progresso, etc. Desculpa ?! Em alguns casos foi só isso, pois teve muita gente aumentando suas propriedades por conta dos mosquitos..., ou melhor, das dragagens e drenagens. Segundo o Dicionário Aurélio: Irerê [Do tupi (onom.)] S. m. e f. Bras. Zool. Ave anseriforme, anatídea (Dendrocygna viduata), dos rios e lagoas da África tropical, Antilhas e América do Sul. A parte anterior da cabeça e a garganta são de cor branca; o occipício é preto; dorso superior amarelado, raiado de escuro; dorso inferior, cauda, rêmiges, meio do peito e barriga, pretos; coxas e flancos listrados de branco. Sua voz repete as sílabas do seu nome popular. Pato S. m. Bras. Zool. Ave anseriforme, anatídea (Cairina moschata), que ocorre do S. do México ao N. da Argentina, em águas interiores. Cabeça e parte inferior do corpo pardo-escuras; parte superior preta com lustro esverdeado e purpúreo, e coberteiras superiores das asas, brancas

Paturi

[Do tupi.] S. m. Bras. Zool. 1. Ave anseriforme, anatídea (Nomonyx dominicus), distribuída do S. dos E.U.A. até o N. e L. da Argentina, de dorso ferrugíneo raiado de preto, cabeça, faces e mento pretos, meio do dorso inferior, cauda e rêmiges pardo-escuros, e espelho branco nas asas. A fêmea é mais pálida, com a cabeça pintada de preto.


Pedra Branca, Serra da/Fazenda da

O nome é uma referência baseada na Tradição Naturalística. A fazenda e a serra pertencem ao terceiro distrito de Santa Maria Madalena.

Periquito, Pico do (Santo Agostinho)

Trata-se de uma interessante formação rochosa existente entre Santo Agostinho e Santa Maria, que lembra o bico de um periquito. Tem quase 500 metros, é coberto pela Mata Atlântica, e por grandes paredões de granito. Formações rochosas semelhantes, receberam o nome de “pão de açúcar” e “agulha”, aqui mesmo na nossa região, mas o Pico do Periquito, por apresentar uma parede mais íngreme que as demais, de fato lembra o bico da simpática ave. Segundo o Michaelis: Periquito [Do esp. periquito.] S. m. 1. Bras. Zool. Ave psitaciforme, psitacídea (Tirica chiriri), de larga distribuição geográfica, de coloração verde, com parte das coberteiras superiores maiores da asa amareladas e as coberteiras das rêmiges da mão azuis; tuixiriri.

Piabas,Fazenda dos/Localidade dos

O nome é muito antigo e faz referência ao tempo em que uma lagoa formava-se na região toda vez que o Rio Macabuzinho enchia muito. A lagoa, muito rica em peixes, desaparecia com a seca, mas mesmo assim, o nome do principal peixe encontrado acabou ficando e, de Lagoa dos Piabas, ficou apenas Piabas. Apesar do nome ser feminino, em Conceição de Macabu foi masculinizado, tanto é que usualmente dizemos: “Vamos aos Piabas.”; ou “Irei nos Piabas.”, etc. Segundo o Dicionário Aurélio: Piaba [Do tupi = 'pele manchada'.] S. f. 1. Bras. Zool. Designação comum a várias espécies de peixes fluviais, actinopterígios, caraciformes, caracídeos, especialmente dos gêneros Leporinus e Schizodon, de boca pequena, dentição forte, e que se alimentam de matéria vegetal e de animais em decomposição; piava, piau, aracu. 2. Bras. N.E. Zool. V. lambari (1).


Piteira, Bairro da

A Piteira é um dos bairros mais distantes do centro da cidade, muitas vezes confundido com uma localidade à parte, mas que está inserido no perímetro urbano, como todas as localidades na margem esquerda do Rio Macabuzinho. Trata-se de um bairro relativamente antigo, tendo sua origem na Estrada Geral de Cantagalo, também conhecida como Estrada Macaé-Cantagalo. Na Piteira havia um “rancho”, onde os tropeiros costumavam pernoitar e descansar seus animais. A partir daí, a região foi sendo lentamente povoada até sofrer uma explosão populacional nos anos 80, quando o êxodo rural levou várias famílias para o bairro. Já a palavra piteira denomina uma planta da família dos gravatás e da babosa, da qual extraem-se fibras para confecção de cordas. Também conhecida como sisal, é originária do México, mas adaptou-se tão bem ao Brasil, que se espalhou por todo lado como se fosse nativa. No passado, algumas fazendas da nossa região plantavam piteiras para produzir cordas, além de outros produtos. Era uma produção artesanal, que não resistiu ao produto de origem industrial, feito de plástico, muito mais barato. Acabou a produção de sisal, mas ficaram as piteiras, o que deu origem a várias expressões como “vamos lá nas piteiras”, Sítio das Piteiras, por fim, Piteira. O termo ganhou popularidade com Doco, Manoel Gonçalves, que se referia a região como Piteira, introduzindo de vez o nome entre os das localidades de Conceição de Macabu. Uma das marcas registradas do bairro era uma raia de areia, localizada na antiga estrada para Triunfo (RJ-182), onde a população divertiase com corridas de cavalos e outras competições eqüestres. Com o asfaltamento da RJ-182, e a mudança de seu trajeto, o antigo leito foi incorporado ao patrimônio de uma fazenda vizinha, resultando no fim da raia. O asfaltamento resultou na colocação de placas de sinalização, onde se lê Piteiras em vez do correto, Piteira. Mas, como os nomes por aqui mudam mesmo, podemos esperar de tudo, inclusive a pluralização do termo Piteira. Segundo o Dicionário Michaelis: Piteira [De pita + -eira.] S. f. 1. Bras. Bot. Grande erva rosulada, da família das agaviáceas (Fourcroya gigantea), de origem mexicana, mas já subespontânea no Brasil, e cujas folhas, grossas, longas e aceradas, fornecem boas fibras. A inflorescência é enorme panícula,


que alcança vários metros, e, em vez de fruto, produz uma multidão de bolbilhos, que servem à propagação vegetativa. [Sin., nesta acepç.: pita, (cabo-verd.) carrapato.]

2.

Bot. V. agave (2).

Poaia, Fazenda da, Região da (Curato de Santa Catarina)

Localidade rural próxima ao Curato de Santa Catarina, na verdade chama-se Fazenda da Poaia, mas o nome já “migrou” para a estrada – Estrada do Poaia – e a localidade. A estrada tem crescido de importância por ligar as rodovias RJ-182 e RJ-186. Poaia é uma planta, um arbusto, de no máximo 1,50m, também conhecida por ipicacuaia ou ipecacuanha, de flores azuis, melíferas. É uma planta medicinal, indicada para problemas do sistema respiratório, que geralmente é encontrada em ambientes úmidos. De acordo com o Dicionário Aurélio: Poaia ou Ipecacuanha [Do tupi = 'pênis de pato'.] S. f. Bras. Bot. 1. Erva humilde, da família das rubiáceas (Cephaelis ipecacuanha), de longas raízes grossas e nodulosas, que fornece a emetina, e cujas pequenas flores se reúnem em capítulos. Vive no solo das florestas pluviais . [F. red.: ipeca. Sin.: cagosanga, poaia, raiz-do-brasil.]

Pontal, Pedra do

Localizada na região do Osório Bersot, seu nome é uma relação com seu formato, lembrando uma ponta gigante, de pelo menos uns 200 metros, que se destaca na paisagem local. O tipo de formação rochosa que deu nome ao Pontal, também é chamado de pão-de-açúcar.

Ponte Branca

Entre 1967 e 1968, uma enchente histórica levou a ponte que ficava sobre o rio Macabu, na estrada para o Imbé. Com recursos estaduais foi construída uma nova ponte de concreto, que, ao ser caiada de branco para inauguração, recebeu o nome que tem até hoje.

Ponto Pinheiro, Localidade

Muito já se especulou sobre Ponto Pinheiro, inclusive que o nome estaria ligado à uma grande árvore, do tipo pinheiro americano, que existia naquele local. A verdade, no entanto, é bastante diferente. A região de Ponto Pinheiro, na primeira metade do século XIX, era domínio da família Pinheiro, cujo ramo mais conhecido foi o Pinheiro Maia, que deu origem ao Padre Florêncio das Dores Maia, vigário da Freguesia de Nossa


Senhora das Neves e Santa Rita, primeiro vigário da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, acredito eu, uma de nossas primeiras personalidades. A família Pinheiro possuía, não só fazendas, como também estabelecimentos comerciais, inclusive tropas que trafegavam pela Estrada Geral de Cantagallo. Dessa forma, além da sede de uma grande propriedade rural, a região abrigava verdadeiro entreposto comercial, que resultou no nome Ponto dos Pinheiros, depois abreviado para Ponto do Pinheiro e finalmente Ponto Pinheiro. O nome “ponto” surgiu com a navegação fluvial pelo Rio Macabu, pois havia um pequeno embarcadouro, para quem desejasse chegar ao Curato de Santa Catarina. Quando da construção da Ferrovia Barão de Araruama, que possuía naquela região um pequeno, porém movimentado ponto de embarque e desembarque para quem desejasse chegar ao Curato, o nome Ponto do Pinheiro foi registrado. Como foi possível perceber, o nome Ponto Pinheiro, tem relação estreita com o Curato, localidade próspera, mas sem ligação direta com o Rio Macabu ou com o ramal ferroviário, o que era feito via Ponto Pinheiro.

Porto, Bairro do

Porto sugere que Conceição de Macabu já possuiu atracadouros para embarcações. De fato, Conceição de Macabu teve muitos portos fluviais, como Estação, Bertioga, Sertão, Ponto Pinheiro, Macabuzinho, etc. Só que o Porto tem seu nome ligado não a um porto fluvial, mas ao sobrenome Porto. Em fins do século XIX, principio do século XX, a região do porto era uma grande chácara do português Manoel Alexandre Porto, ou “seu Porto”, como era mais conhecido. Daí surgiu o termo “Porto” – “vou ao Porto”, “veio do Porto”, “lá no Porto” – para definir a localidade, que após diversas divisões ocorridas nos sítios, chácaras e fazendas, foi povoado, cresceu e transformou-se no bairro do Porto. Voltemos ao cidadão lusitano Manoel Alexandre Porto, que foi o primeiro a construir uma casa no bairro que leva seu nome, sendo portanto, o pioneiro na formação do bairro. Além desse pioneirismo, “seu Porto” foi o primeiro empresário do ramo de cinema em Conceição de Macabu, quando, na década de 10, montou uma sala de cinema num prédio localizado na Praça, ao lado da casa do Dr. José Bonifácio Tassara, construção que não resistiu a uma violenta tempestade no verão de 1989.


O bairro do Porto é um dos que mais vem crescendo em nossa cidade. Muitas construções de casas e comércios, loteamentos, chegada de novos moradores, enfim, um bairro progressista. Retornando à questão histórica, todos sabem que o bairro é tangenciado pela RJ-182 e é cortado pela RJ-186. A RJ-182 foi parcialmente construída sobre o leito da antiga Estrada Provincial Macahé – Cantagallo, que naquela região do atual bairro do Porto, era cortada por estradas vicinais que levavam à “barra do Sertão”, no Rio Macabu, onde, de fato, havia um tosco porto fluvial.

Porto Novo (Porto)

Até março de 2003 era a localidade caçula do nosso município, povoada a partir do ano 2000, oriunda de um loteamento realizado em terras da Fazenda São José, no bairro do Porto, bem na divisa com o bairro da Beira Linha. Já o nome lembra a história do nome da Vila Nova, uma contraposição a “Vila Velha”, ou seja, a “Vila de Macabu”. Do mesmo modo, Porto Novo se contrapõe ao antigo bairro do Porto, o “Velho Porto” – no melhor sentido, é claro.

Posse de Dentro/Fazenda/Localidade da

A fazenda pertenceu ao Dr. Otto Linhares e hoje pertence a seus familiares – viúva e filhos. O nome é uma referência a uma posse interior, como se denotasse uma propriedade mais retirada. A fazenda é um destaque por sua grande reserva florestal, conservada, apenas, devido ao esforço pessoal do Dr. Otto e seus familiares. O surgimento de algumas moradias na região, recebeu o sugestivo nome de Posse de Dentro, que futuramente deve se constituir num dos bairros da cidade.

Praça (Centro)

Como já tratei da parte histórica, aproveito para contar um pouco sobre a evolução do nome Praça, até hoje muito usado por aqueles que se dirigem ao Centro da cidade. Esse nome surgiu com data marcada: 1º de maio de 1891, quando o então governador Francisco Portela elevou a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu à categoria de “Villa”, emancipando-a. Para comemorar o feito, a Câmara Municipal do recém criado município, batizou-a área em frente à Igreja, de Praça 1º de Maio. Pronto, assim nascia o termo Praça, simbolizando o Centro da cidade, principal referência do recém nascido município. Com a extinção do município, trezentos e sessenta e seis dias depois, o termo não foi deixado de lado, mas mantido em uso, e sendo até mesmo reforçado, quando a Câmara Municipal de Macaé, consternada pelo falecimento


de Alberto Santos Dumont, deu seu nome à praça do então 5º distrito. Embora os macabuenses nada tivessem contra Santos Dumont, o que nunca faltou em Conceição de Macabu foi personalidade para ser homenageada com nome em rua , praça, etc., mas cadê coragem para trocar o nome. Em 1992, por ocasião do falecimento do benemérito macabuense (embora nascido em Miraí-MG), Dr. José Bonifácio Tassara, homem que era praticamente uma unanimidade em nossa cidade, o nome da praça foi finalmente trocado. De qualquer forma, o termo Praça sempre foi reforçado, mesmo quando era trocado o nome da pracinha. Esse reforço ficava mais evidente nos períodos do campeonato macabuense de futebol e do carnaval, quando os diversos bairros, especialmente o bairro da Usina, ameaçava a “hegemonia” do centro da cidade. De forma simbólica, uma conquista do São Luís F.C., principalmente sobre o arquirrival Rio Branco F.C. , era uma vitória da Usina sobre a Praça. Ou, o que era mais comum, uma vitória da escola de samba Unidos da Usina sobre a Acadêmicos da Praça, era uma forra contra o domínio tradicional da Praça. Pelo menos, em vez de brigar pelo domínio da cidade, os macabuenses canalizavam a rivalidade para o esporte e o carnaval.

Procura, Localidade do/Serra do

O nome vem da Fazenda do Procura, que hoje deu origem a uma localidade que ainda guarda características majoritariamente rurais. Já a origem do nome é curiosa: consta-me, através de Luciano Leal Tavares e Morrissom Cordeiro Couto, que na época em que a fazenda pertencia ao pai do saudoso Major Couto – Manoel Gomes do Couto – um dos tios do major, caçador habilidoso, perguntou ao pai do mesmo, onde havia porcos-domato. A resposta suscitou o nome da fazenda: “Procura, que você vai achar.” O termo Procura ficou, pegou, e é um dos mais exóticos que temos em Macabu. A Serra do Procura tem grande parte de sua área dentro do perímetro urbano de nossa cidade. O que conhecemos como “Floresta do Fórum”, por exemplo, é parte da Serra do Procura, várias serras da Bocaina, fazemparte da Serra do Procura. Em termos de altitude, seu ponto máximo chega a 600 metros e, embora não esteja oficialmente regulamentada, toda a área está inserida numa Área de Proteção Ambiental (APA).

Quarenta, Fazenda dos/Trevo dos

O Trevo dos Quarenta é a interseção da Rodovia Amaral Peixoto com a BR-101, distante 23 Km do centro de Conceição de Macabu. É o caminho


obrigatório para milhares de macabuenses, que semanalmente dirigem-se ao município de Macaé, para as mais diversas atividades. Já o nome original é Fazenda dos Quarenta, sem que nenhuma explicação lógica e comprovável pudesse ser atribuída ao termo “quarenta”. No Trevo dos Quarenta foi edificado, em tempo recorde, uma agrovila, que recebeu o nome de Jaime Vieira. A inauguração da mesma deuse em meados do ano de 2002, sendo portanto, uma das localidades caçulas da região.

Quilombinho

Segundo a tradição oral, o lugar abrigou um quilombo, sobre o qual não há informação complementar, comprovável. O local pertence nos dias de hoje ao senhor Hermes Fontes Tavares, e como tudo que lhe pertence, tratase de uma propriedade muito bem conservada, com exuberante floresta nativa e belas cachoeiras, além da fauna preservada. De acordo com o Aurélio: Quilombo [Do quimbundo, quicongo e umbundo lumbu, 'muro', 'paliçada', donde kilumbu, 'recinto murado', 'campo de guerra', 'povoação', ou do umbundo kilombo, 'associação guerreira'.] S. m. 1. Bras. Angol. Esconderijo, aldeia, cidade ou conjunto de povoações em que se abrigavam escravos fugidos: & [Cf. mocambo (1).]

R Rego Barros, Educandário/Colégio Agrícola/FEEM/FIA (Ver: São Domingos.) Ribeirão Vermelho

Ribeirão existente entre os municípios de Trajano e Conceição de Macabu. Suas águas se juntam ao do Rio Carukango, formando o Rio Carukango. Não há uma explicação lógica para o nome do ribeirão, mas creio, que tal e qual o Córrego do Catrame, situado na mesma região, um dia suas águas foram avermelhadas, como iodo ou café. Em outras palavras, apesar de ainda ser um ribeirão belo por suas corredeiras, poços e cachoeiras, o desmatamento em suas margens modificou uma de suas características físico-químicas, a cor avermelhada.

Rio Aduelas


O Rio Aduelas localiza-se na região sul-sudeste do nosso município, divisa com Macaé. Faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Macaé, sendo um afluente do Rio São Pedro que, por sua vez, é o mais importante contribuinte do Macaé. O rio corta uma região de pecuária de corte, quase toda constituída de uma planície muito fértil, de solos hidromórficos, ricos em turfa. O rio passa pela BR-101, na região conhecida como Brejo da Severina, num ponto em que a pesca é muito farta, especialmente em traíras, jundiás, sarapôs (puxafacas) e piabas. O nome Aduelas é curioso: aduelas são aquelas tábuas encurvadas de que são feitos os tonéis e barris. Por que o nome, afinal? Bem, houve um tempo em que o sul do nosso município tinha uma vida econômica muito movimentada, destacando-se a produção de café, cana, mandioca, gado bovino e eqüino. Naquela época, havia dois acessos à região: ou pelas trilhas abertas pelos jesuítas, que iam até o Curato de Santa Catarina, ou através de um porto fluvial no rio São Pedro, na região da Bertioga. O rio Aduelas, bem menor que o São Pedro, só comportava pequenas canoas, muito parecidas com aduelas de fazer barril, de onde se explica o nome do rio. Assim, por trafegarem no rio apenas canoas pequenas, como aduelas de barril, o rio recebeu esse curioso nome. Nos Registros Paroquiais de Terras da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, datados de 1855 a 1857, seguindo a famosa Lei de Terras de 1850, aparece diversas vezes o termo “terras do Aduellas”, e os termos “córrego das Aduellas” e “rio das Aduellas”. Segundo o Michaelis: Aduelas [De a-5 + fr. douelle.] S. f. 1. Tábua encurvada com que se forma o corpo de tonéis, pipas, etc. 2. Pedra em forma de cunha secionada, que se emprega na construção de arcos e abóbadas de cantaria. 3. Peça de madeira que forra as ombreiras das portas e janelas. 4. Abertura de ferro dos saca-trapos [ v. saca-trapo (1) ]

Rio Carukango

O nome já foi explicado quando tratei de Carukango enquanto região. Portanto recomendo ver Carukango, Região do. Quanto ao rio, é um curso encachoeirado, especialmente bonito, com várias cachoeiras e poços, dentre elas a mais famosa da região, a Amorosa.


Rio do Meio

Rio aluvial, afluente do Macabu, que corta principalmente o segundo distrito de Conceição de Macabu, nas regiões entre Barro Vermelho e Patos. O nome é uma referência ao fato do rio estar a meio caminho entre algumas estradas provinciais.

Rio Macabu

Como desconfio que o leitor já deve estar cansado de tanto Macabu, serei breve. O Rio Macabu não tem um nome fácil de ser explicado, bastando para isso dar uma olhada em Conceição de Macabu, assim, não vou retornar a polêmica. Como rio, foi e é um dos mais importantes do estado, pois ecologicamente é o principal curso hídrico de uma bacia hidrográfica de respeitáveis 1.076 Km2, divididos pelos municípios de Trajano de Morais, Santa Maria Madalena, Campos, Quissamã e Conceição de Macabu, região onde ainda estão preservados significativos remanescentes da Mata Atlântica de montanha e de planície. O rio nasce na Serra do Macabu, percorre mais de cem quilômetros, e deságua na Lagoa Feia. Sua bacia tem grande importância econômica, pois fica nela a melhor bacia leiteira do estado (Conceição de Macabu), a maior produção de coco, cana, abacaxi e maracujá do estado, e, uma das poucas regiões produtoras de hortigranjeiros do Rio de Janeiro, em Trajano de Morais. Independente de sua importância estratégica, é o rio que nos dá o nome. Uma das muitas razões que fazem dele parte de cada macabuense, a ponto de sermos o povo pioneiro na luta contra a destruição das florestas ciliares, e contra a criminosa Hidrelétrica do Macabu, que interrompe e desvia as águas do Macabu, provocando enumeráveis prejuízos econômicos, ambientais...

Rio Macabuzinho

Um dos maiores e mais importantes afluentes do rio Macabu, tem suas principais nascentes nas serras dos Piabas, Sobra de Terras e Monte Cristo. Em quase toda extensão de pouco mais de 20 Km, o rio Macabuzinho é um curso hídrico de aluvião, de águas calmas, percorrendo um enorme vale que ele e algumas intempéries formaram ao longo de melhores de anos de ação contínua. No rio Macabuzinho ocorre a principal captação de abastecimento para Conceição de Macabu (Batatal) e, um de seus afluentes, o córrego do Socó, abriga a Segunda maior captação. Além dessa importância, o rio percorre inúmeras propriedades rurais, onde serve como fonte principal de abastecimento.


O rio sofreu inúmeras alterações ao longo do tempo. Desmatamentos, queimadas, drenagens de pântanos e lagoas, poluição, lixo, tudo isso tem contribuído para que o Macabuzinho venha ano após ano perdendo suas características naturais e, cada vez mais se assemelhando a um valão sujo de onde provém nossa água potável. O rio Macabuzinho aparece em mapas muito antigos. Um deles por exemplo, é de 1848. O rio é apresentado como o afluente principal do Macabu, o diminutivo é como se este afluente fosse o herdeiro das qualidades do rio principal. Também é apelidado de “Macabu Pequeno”, em contraposição ao “Macabu Grande”. No Registro Paroquial de Terras de 1855 a 1857, inúmeros proprietários rurais aparecem como possuidores de posses ou fazendas na região descrita como “no Macabuzinho”, por exemplo: Eugenio Carvalho de Mattos, Candido Flores de Oliveira, Luíza Pereira da Silva, Adriano Daumas (ou será ‘Adrien Daumaz’ ?), Francisco Gomes de Oliveira e Joaquim José Nunes. O Almanak Laemmert de 1877, que faz referências aos fazendeiros macabuenses do ano anterior, cita como grande propriedade rural na região do Rio Macabuzinho, a da sra. Maria Catharina Daumas – também possuía uma grande olaria. A fazenda, chamada de Macabuzinho, diminutivo de Macabu, ajudou a firmar o nome do rio. Curiosidade: Macabuzinho é banhado pelo rio Macabu, Conceição de Macabu pelo rio Macabuzinho.

Rio São Pedro

O Rio São Pedro nada tem a ver com a Serra do São Pedro. O rio é o segundo mais importante em tamanho do nosso município. Localizado na divisa com Macaé, era o principal obstáculo que os missionários católicos enfrentavam para chegar ao interior do nosso município, o que também explica seu nome dentro da tradição luso-católica. O rio São Pedro é um afluente do Rio Macaé, aliás, o maior e mais importante deles, o que não nos deixa esquecer que o município de Conceição de Macabu está situado entre duas bacias hidrográficas: a do Macaé, ao sul e sudoeste; a do Macabu, centro-oeste, sudeste, leste, oeste e norte. O rio tem história, e muita. É seguidamente citado em variados documentos e livros, desde o século XVIII, como limite territorial dos índios sacurus, bem como outras referências, como a navegação fluvial, por exemplo. Como São Pedro é muito homenageado por aqui, busquei informações resumidas sobre o Santo num sítio, o www.santododia.com.br , veja só:


São Pedro Comemora-se no dia 29 de julho. Neste dia a Santa Igreja comemora as duas grandes colunas da Igreja nascente: São Pedro, Príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo, e São Paulo, o Apóstolo dos Gentios.

Rhodia, Bairro da

O bairro da Rhodia tem seu nome associado a uma das maiores indústrias químico-farmacêuticas do mundo: a multinacional alemã Rhodia S/A. Mas como esse nome, digamos exótico, veio parar em Conceição de Macabu ? Os herdeiros da Usina Victor Sence, visando torná-la mais competitiva, resolveram diversificar sua produção, com a fabricação de subprodutos do álcool, solventes especiais, destinados a fábricas de tintas, vernizes, lâmpadas, etc. . Esses subprodutos, acetona, butila, butanol, acetato de butila e alguns tipos de álcoois, eram produzidos de duas formas: um processo sintético, destinado a grandes produções e um processo semiartesanal, com capacidade limitada de produção, porém com um produto final de mais qualidade. A montagem das unidades de fabricação, bem como a aquisição das patentes, exigiram da empresa certo nível de endividamento com credores externos, europeus e americanos e, como se sabe, essas dívidas eram cotadas em dólar. Incapazes de fazer frente à alta do dólar, especialmente no período inicial dos anos 60, tendo suas dívidas aumentadas ano a ano,a saída foi vender uma das fábricas, exatamente a maior, por processo sintético. O comprador foi um polvo gigantesco, acostumado a destruir quem lhe cruzasse o caminho, cujos tentáculos chegaram a Conceição de Macabu, a Companhia Química Brasileira Rhodia, uma multinacional, aliás uma das maiores do mundo até hoje. A Rhodia, temendo a reação popular contrária ao desmonte de uma das fábricas, armou um plano ardiloso: fingia se instalar em Conceição de Macabu, mandando diretores para cá, patrocinando festas e eventos, mas na verdade, ia desmontando aos poucos a fábrica e, a ia enviando a São Paulo. Pois bem, apesar de toda reação contrária que foi articulada, não houve jeito,a fábrica se foi. A Usina Victor Sence, pioneira latino-americana na fabricação dos produtos acetona, butanol, butila e acetato de butila, tornou-se apenas mais uma produtora desses gêneros. No local onde todos achavam que se instalaria a Rhodia em Conceição de Macabu, nasceu um bairro com o nome Rhodia. A Rhodia, que não passou de ilusão, se foi, levando vários macabuenses que até hoje formam uma grande comunidade em Paulínia e Campinas-SP, deixando para trás alguns corações partidos de saudades e canos que serviram


para captação d’água no Socó e no Monte Cristo, em uso até hoje. Se foi também mais uma oportunidade perdida de se possibilitar ao nosso município mais uma alternativa de desenvolvimento. Com o nome já definido, a Rhodia vem recebendo novos moradores todos os anos, sendo um dos maiores e mais progressistas bairros da cidade. É um bairro de características mistas, compreendendo aspectos econômicos, urbanos e residenciais, situando-se num bom patamar quanto ao item estrutura, ao lado da Bocaina, Vila Nova, Balancé, Porto e Centro. As casas de Dona Zita Um dos principais fatores que determinaram o surgimento e o crescimento da Rhodia, foi a ação assistencialista de Dona Zita (Leovegilda Paixão Fontes), primeira dama do município, esposa de um dos maiores políticos de todos os tempos: Rozendo Fontes Tavares. O casal adquiriu oito lotes e os doou em usufruto a oito famílias carentes. A partir dessa vila, constituída em 1965, deu-se início ao povoamento ostensivo do que hoje é o bairro da Rhodia.

Macabuenses pelo mundo

Macabuenses podem ser encontrados em todo lugar: de Porto Alegre a Manaus, de João Pessoa a Cuiabá. Mas quando foi desfeita a ilusão de que a Rhodia seria instalada em Conceição de Macabu, dois ciclos migratórios se formaram: um grupo acompanhou a empresa até o interior de São Paulo, fazendo com que dezenas de macabuenses residam até hoje em Paulínia e Campinas. Outro grupo, ou por não se adaptar ao trabalho e à vida nessas cidades, ou por conseguir coisa melhor, de lá partiram para outras regiões e cidades: São Paulo, Curitiba, Florianópolis... . E ainda houve um pequeno grupo, que se pode contar nos dedos de uma das mãos, constituído de moças casadas com estrangeiros que trabalhavam na empresa, cujo destino as levou ao interior da França e da Inglaterra.

Rochedo, Fazenda do

Localizada na estrada para o Imbé, tem seu nome em referência a um paredão rochoso, bem vistoso para quem trafega na estrada ou visita a sede da fazenda. Segundo o Michaelis: Rochedo (ê). [De rocha + -edo.] S. m. 1. Grande rocha, volumosa, elevada; penedo, penhasco. 2. Rocha escarpada; alcantil, penhasco. 3. Penhasco batido pelo mar ou à beira-mar; penedo. 4. Anat. A parte mais dura e forte de cada osso temporal. 5. Fig. Rocha (5 e 6).


Roncador, Córrego do/Estrada do (Calçadinha)

O nome é uma referência ao barulho das águas do córrego. É um nome antigo, dos tempos da construção da Estrada Geral de Cantagallo, quando foi aberta a Estrada do Roncador.

S Sacarrão, Localidade do

O Sacarrão é uma das menores comunidades do município, tratandose de uma área rural, às margens da BR-101. Sua posse é disputada por Conceição de Macabu e Carapebus, mas, ao que tudo indica, a afinidade histórica está relacionada a Macabu, a quem pertence há mais de 50 anos. Tão complicado quanto qualquer pendenga jurídica sobre litígios territoriais, é a questão do nome Sacarrão. Pesquisando ‘in loco’, só pude constatar que o nome vem dos rios, córregos e lagoas da região, muito ricos em peixes. Sacarrão seria o termo para designar a abundância de peixe – “não adiantava um saco, tinha peixe que dava para encher um sacarrão”. Não considero o caso encerrado.

Santa Catarina/Localidade de (Macabuzinho)

A Localidade de Santa Catarina fica na RJ-186, entre a Vila Tavares e o Ponto Pinheiro. Pertence ao Segundo Distrito, Macabuzinho e, como é de se imaginar, fica as margens do Rio Santa Catarina. Trata-se de uma comunidade semi-rural, pequena, estritamente residencial, contando apenas com três bares. Seus moradores são quase todos ex-funcionários da Usina Victor Sence. A comunidade não é bem assistida por programas de educação e saúde, apresentando alguns dos piores índices municipais nesses aspectos. O sítio Santo do dia traz as seguintes informações sobre a Santa: Santa Catarina É sem dúvida uma das s mais populares da História da Igreja, universalmente venerada. De acordo com um relato muito antigo de sua vida, era uma jovem de grande beleza e tinha recebido de Deus o dom da sabedoria. Conduzida diante do imperador por ser cristã, censurou-o corajosamente por perseguir a Religião verdadeira, fez a apologia do Cristianismo e demonstrou a falsidade dos cultos idolátricos. Não conseguindo discutir com ela, o imperador convocou os cinqüenta filósofos mais cultos do Egito para que refutassem os argumentos da jovem, mas eles também não o conseguiram e, ao final do debate se declararam cristãos. O imperador, encolerizado,


condenou à morte os cinqüenta sábios e sua mestra, a qual teve o corpo dilacerado por rodas com lâminas cortantes. Confira: www.santododia.com.br

Santa Isabel, Fazenda (Santo Agostinho)

O nome Santa Isabel é explicado dentro de nossa tradição lusocatólica, e deve ter pelo menos cento e trinta anos anos, pois no AlmanaK Laemmert de 1870, aparece como propriedade de Bernardo Domingos de Araújo. Mas realmente o que nos chama atenção naquele recanto agradável, é o fato da área ter pertencido a Manoel da Motta Coqueiro, a Fera de Macabu, como ficou mais conhecido, numa época em que a fazenda Santa Isabel se chamava Fazenda Bananal. Santa Isabel - A fazenda de Motta Coqueiro Motta Coqueiro não foi o primeiro personagem famoso de Conceição de Macabu, mas, sem dúvida alguma, pelo menos no século XIX, ele foi o mais famoso, principalmente reconhecido pelo apelido que a imprensa carioca lhe deu: A Fera de Macabu. Manoel da Motta Coqueiro, campista de nascimento, casado com Úrsula Maria das Virgens, pai de três filhos, proprietário de cinco fazendas, das quais duas em Conceição de Macabu: a Fazenda Carrapato em Macabuzinho, e a Fazenda Bananal, às margens do Rio Santa Catarina (“Santo Agostinho”) atualmente denominada Santa Isabel. Não se sabe ao certo quando a Fazenda Bananal foi denominada Santa Isabel, nem tão pouco sabemos as razões que levaram à troca do nome. O que se sabe de fato, é que um dia, a Fazenda Santa Isabel foi Conhecida como Fazenda Bananal, e que foi o local onde uma família de meeiros que lá vivia agregada, cerca de oito pessoas, foi assassinada brutalmente. O crime, bárbaro para os padrões da época (1852), teve como suspeito de ser o mandante, o proprietário de todas aquelas terras: Motta Coqueiro. Segundo se dizia, Motta Coqueiro tinha duas boas razões para querer se livrar dos meeiros: terras e vingança. Terras, porque os meeiros, apesar de agregados, poderiam ameaçar suas posses; vingança, porque o patriarca dos meeiros, Francisco Benedito, havia surrado Coqueiro quando descobriu o romance deste com sua filha mais velha. Incriminado sem provas materiais, só se considerando suposições e depoimentos de escravos (o que não era válido naquela época), Manoel da Motta Coqueiro foi também vítima da mídia (que considerou válidos os depoimentos incriminatórios) e de inimigos pessoais e políticos instalados em postos chaves do governo provincial e imperial. Condenado à morte em duas instâncias, teve seus apelos às cortes superiores de justiça e ao imperador D. Pedro II, negados. Sem mais recursos jurídicos, sem a “graça do imperador”, Motta Coqueiro foi enforcado em 1855, imortalizando a história do último condenado à morte no Brasil – após o caso da Fera de Macabu, o imperador


ou as cortes superiores de justiça, nunca mais negaram um pedido de “graça” solicitado por um condenado à morte. Isso fez de Manoel da Motta Coqueiro, o último homem livre, rico, condenado e executado em tempos de paz no Brasil.

Segundo o sítio Santo do dia: Santa Isabel

Mãe de João Batista, o Precursor do Messias. A Sagrada Escritura lhe faz em breves e concisas palavras um dos mais altos elogios que podem ser feitos de alguém: "ambos eram justos diante de Deus, e de modo irrepreensível seguiam todos os mandamentos e preceitos do Senhor" ( Lucas 1,6), referindo-se a ela e seu esposo.

Santa Maria, Fazenda/Localidade/Serra

A Fazenda Santa Maria sempre foi uma das maiores e mais importantes do cenário macabuense, sendo também, uma das mais antigas propriedades rurais constituídas no município. O nome da fazenda, que por sua vez foi emprestada à localidade, vem da Serra de Santa Maria, cuja nomenclatura está relacionada à tradição luso-católica, provavelmente batizada pelos jesuítas e outros missionários que percorriam aquela trilha até o interior do nosso município em busca de indígenas catequizáveis. Os jesuítas, no intuito de marcar os morros, rios e serras, batizaram-nas com nomes de santos e santas. Importante no passado, mais que no presente, a Fazenda Santa Maria foi propriedade do capitão Roberto Figueiredo Lawrie, um dos homens mais importantes para a fundação da freguesia, em 1855. Em 1856, o capitão declarou ao Registro Paroquial de Terras, que a mesma era propriedade sua família desde 1823, e que possuía, em uma das divisas, uma légua de comprimento, ou , em números de hoje, 6,6 Km, e na outra 2.200 braças, ou, 2,64 Km. Em 1870, segundo registros do Almanak Laemmert, a propriedade ainda pertencia ao capitão. Segundo o sítio Santo do dia:

Santo Agostinho, Fazenda/Localidade/Rio/Serra do

A cultura popular macabuense cultiva o hábito de trocar o nome das coisas, ou melhor substituir denominações de lugares, fazendas, vilarejos, etc., como é o caso de Santo Agostinho. Santo Agostinho ou Santa Catarina? Na verdade, só existe oficialmente a Serra do Santo Agostinho e a Fazenda do Santo Agostinho. A serra, provavelmente batizada pelos jesuítas e outros missionários que usavam aquele vale para atingir as tribos dos vales dos


rios Santa Catarina e Macabu; a fazenda, denominada Santo Agostinho, por situar-se no sopé da serra. Ambos resultado da tradição luso-católica, a mais presente nas nomenclaturas regionais. Foi a partir da constituição da fazenda, que toda a região começou a trocar de nome, pois antes se chamava Santa Catarina. Hoje, Santa Catarina não designa mais o vale montanhoso em forma de ferradura, cortado pelo rio (Santa Catarina) chamado de Santo Agostinho. O termo Santa Catarina só é usado para designar o rio depois que ele cruza a RJ-182, exatamente quando vai tornando-se menos encachoeirado, cortando uma grande planície até cruzar com a localidade chamada de Santa Catarina e, a seguir, desaguando no Rio Macabu. Assim, temos uma região e um rio que trocou de nome, que antigamente era a parte alta e encachoeirada do Rio Santa Catarina e uma região que conserva seu nome secular, histórico, mais plana, começando na RJ182, próximo à Serra de Santa Catarina, onde o rio ainda conserva seu nome original. Por que trocou, trocou por que? A fazenda Santo Agostinho é antiga, foi de Anacleto Pereira até 1844, que a cedeu em troca ao senhor José Antonio Valente. Depois pertenceu ao italiano Victorio Emmanuel Pareto, segundo registros de 1870, mas, como naquela época o Curato estava no auge, o nome ficou restrito apenas à propriedade. Muitos anos depois, já pertencendo ao senhor Aristides de Oliveira, continuava uma próspera propriedade rural. Mas a fama da fazenda se rivalizava com os excelentes poços e quedas d’água, que durante anos tornaram Santo Agostinho o mais freqüentado balneário da cidade e da região. A fama do balneário foi tal, que superou a da fazenda, que, resultou na troca do nome daquela região. Já nos anos 70, mas principalmente início dos 80, a troca já estava sacramentada na boca do povo. Quando se falava em Santo Agostinho, pensava-se no balneário. Quando se falava em Santa Catarina, pensava-se na localidade próxima a Ponto Pinheiro ou no Curato. A Região e seus problemas A região que hoje conhecemos como Santo Agostinho, compreende um vale cortado pelo afluente do Rio Macabu, o Rio Santa Catarina. O vale, até chegar às margens da RJ 182, é cercado por belíssimas montanhas, que, em seu todo, tomam a forma de uma imensa ferradura. A região de Santo Agostinho limita-se pelas vertentes dessas montanhas: ao norte com São Domingos, ao sul com Santa Maria e Santo Antônio, ao oeste com a Fazenda Bom Jardim e todo vale dos rios São Pedro e Macaé e, ao leste a RJ-182.


Nas vertentes das serras que formam o vale característico da região, estão algumas das montanhas mais altas do município: São João II, com 979 metros, Sobrade-Terras, com 959 e São João I, com 900 metros, sem esquecer Santo Agostinho, com mais de 800 e a Serra de Santa Catarina com quase 700 metros. Nos anos 70-80, os intensos desmatamentos e os loteamentos, digamos, equivocados (não é permitido edificações em margens de rios), acabaram com Santo Agostinho, destruindo boa parte de uma belíssima região, e liquidando o balneário. Hoje, as margens do rio Santa Catarina, onde antes, centenas de populares desfrutavam de momentos de lazer, foram transformadas em condomínios, em que nove de cada dez moradores são forasteiros. Em detrimento do lazer comunitário, barato, acessível até de bicicleta, a região foi fechada, restringindo seus benefícios a poucos abnegados.

E as nossas autoridades, o que têm feito ? Segundo o sítio Santo do dia: Santo Agostinho Nascido na cidade africana de Tagaste, depois de uma juventude viciosa e cheia de desvios doutrinários, converteu-se por influência de Santo Ambrósio, bispo de Milão, e sobretudo graças às orações e lágrimas de sua mãe Santa Mônica. Ordenado sacerdote, foi durante 34 anos bispo de Hipona, no norte da África. Além de pastor dedicado e zeloso, foi intelectual brilhantíssimo, dos maiores gênios já produzidos em dois mil anos de História da Igreja. Escreveu numerosas obras de Filosofia, Teologia e Espiritualidade, que exerceram e ainda exercem enorme influência. Combateu vigorosamente as heresias de seu tempo. De Santo Agostinho, disse o Papa Leão XIII: "É um gênio vigoroso que, dominando todas as ciências humanas e divinas, combateu todos os erros de seu tempo".

Santo Antônio do Imbé

Terceiro distrito de Santa Maria Madalena, mistura a tradição lusocatólica (Santo Antônio) com a palavra Imbé. Imbé, nome do rio mais importante daquela região, é uma palavra de origem indígena que serve para definir uma família de cipós, que comumente são conhecidas como “jibóia ”. Veja o que diz o Dicionário Aurélio: Imbé [Do tupi.] S. m. Bras. Bot. 1. Designação comum às plantas trepadeiras da família das aráceas pertencentes ao gênero Philodendron, de folhas enormes, flores mínimas agrupadas em espigas bracteadas, e cujo caule tem raízes aéreas que fornecem fibras para um tipo de barbante ou corda; imbezeiro.


A terminação Imbé também serve para o Alto Imbé (região mais elevada), Barra do Imbé (antigo porto fluvial) e Agulha do Imbé (devido à montanha em forma de agulha). O nome nem sempre foi Santo Antônio do Imbé, quando o distrito foi criado por uma Deliberação Estadual de 27 de fevereiro de 1891, era apenas Imbé, alusão direta ao Rio Imbé. Depois, em 15 de dezembro de 1938, passou a se chamar Arrebol (que é aquele entardecer avermelhado), nome que durou até 28 de janeiro de 1944, quando se tornou em definitivo Santo Antônio do Imbé. Região com grande afinidade econômica, social e cultural com Conceição de Macabu, o Imbé, como é popularmente chamado por aqui, abriga grande quantidade de propriedades rurais cujos donos são macabuenses. Por outro lado, desde que aquela região iniciou seu processo de êxodo rural, a partir da crise da economia cafeeira nos anos 30, Conceição de Macabu serviu de destino para centenas de imbeenses, sendo relativamente fácil encontrar uma família originária de lá ou com raízes naquela região, em nosso município. Tal qual ocorreu com Triunfo, Osório e Agulha, os eleitores imbeenses pediram a anexação do distrito a Conceição de Macabu quando da nossa emancipação em 1952. Por razões de ordem econômica e demográfica, o projeto imbeense não vingou, mas caso tivesse vingado, nosso município, que hoje tem 348 Km2, receberia o território do distrito do Imbé, hoje estimado em aproximadamente 400 Km2. Em tempo: Manoel Martinz do Couto Reys que escreveu o primeiro trabalho descritivo sobre a região Norte Fluminense, Descrição Geográfica, política e Cronográfica do distrito de Campos dos Goytacazes, de 1785, chamava o Rio Imbé, de Rio Embé . O que parece ser um simples erro ortográfico, na verdade pode ser muito

mais: embé é uma palavra de origem angolana, que está relacionado aos rituais religiosos com sacrifício de animais, típicos das crenças africanas. E daí, perguntará o apressado leitor? E daí, é que o Rio Imbé nascia e percorria as montanhas do antigo Sertão do Quimbira – hoje com vários nomes- o que nos leva a refletir se o termo, ao invés de indígena, Imbé, não era na verdade, africano. Fica a dúvida.

Santo Antônio, Fazenda/Serra do/Localidade de

É hoje a maior propriedade rural de Conceição de Macabu, com aproximadamente 3.000 hectares. No passado, era grande e completa, aliás, segundo Godofredo Guimarães Tavares, a mais completa, com cultivo de cana, café, mandioca, arroz, milho, sisal e hortaliças. Também possuía: serraria, olaria, fábrica de farinha, moinho de fubá e canjiquinha, fábrica de rapadura, alambique, queijaria, água encanada, templo Católico, escola, pomar, armazém e gerador elétrico – funcionando com a força das águas que fluíam da Serra do Santo Antônio.


Em 1855, segundo o Registro Paroquial de Terras de Conceição de Macabu, a propriedade pertencia ao Dr. Jorge Reid. Já em 1870, contando com dados do Almanak Laemmert de 1871, a fazenda pertencia ao sr. José Manoel Fernandes Guaraciaba, mas seu proprietário mais famoso e polêmico foi o Governo do Estado do Rio de Janeiro, que a adquiriu em 1907 para projetos de assentamento de imigrantes, inclusive o caso da Colonização Japonesa em Conceição de Macabu. Curiosamente, algum tempo depois, a fazenda deixou de ser propriedade pública, como é até hoje. O nome da fazenda deriva do nome da serra, batizada pelos missionários jesuítas, sendo o primeiro obstáculo que enfrentavam rumo ao vale do Rio Macabu. Os japoneses na Santo Antônio Conforme disse, a Fazenda Santo Antônio é a maior propriedade rural de Conceição de Macabu, com uma área estimada em 3.000 hectares. É uma propriedade produtiva com destaque para a pecuária bovina. Possui uma extensa área florestal, cuja preservação é de fundamental importância para todo equilíbrio ecológico daquela região. O nome da fazenda vem da serra do Santo Antônio, mais uma daquelas serras nomeadas pelos jesuítas. A Santo Antônio, como é mais conhecida, está localizada na porção sul-sudeste do município, próximo as regiões de Santa Maria, Santo Agostinho, Onça e Bertioga. Em 1907, a fazenda entrou para a história regional e talvez brasileira, ao sediar a primeira colônia agrícola japonesa em terras brasileiras. O fato deu-se entre os meses de agosto e novembro, muitos meses antes da chegada oficial dos japoneses ao Brasil, e envolveu o governo do Estado, que doou a propriedade à Agência de Imigração Japonesa, através do senhor Rio Midsuno e os imigrantes, cerca de 10 ao todo, que dela tomaram posse em novembro daquele ano. O projeto durou até 1912, quando as dificuldades (malária, isolamento, enchentes, cultura) suplantaram os benefícios resumidos ao sucesso do cultivo do arroz: duas safras por ano, contra uma no Japão. Da Santo Antônio, os japoneses foram para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde se tornaram assalariados urbanos. Numa pesquisa recente junto ao Museu da Imigração Japonesa em São Paulo, levantei detalhes dessa aventura nipônica em Macabu, como fotos, histórias e até mesmo livros publicados no Japão sobre a experiência pioneira da Santo Antônio. Detalhe: os imigrantes que viveram na fazenda são ícones da imigração para o Brasil. As meninas, que, segundo a História andavam 8 Km por dia para estudar, foram as primeiras mulheres japonesas a conseguir um diploma no Brasil. Os adultos formavam uma mescla de aventureiros com profissionais diversos, inclusive um juiz.

Segundo o sítio Santo do dia:


Santo Antônio de Lisboa Comemora-se dia 13 de julho.Também é conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido nessa cidade italiana. É um dos santos mais populares em todo o mundo. Nasceu em Lisboa, e depois de ser algum tempo agostiniano ingressou na Ordem franciscana, da qual foi um dos maiores expoentes. Pregou na Itália e no sul da França, conseguindo muitos milhares de conversões. Combateu arduamente a heresia dos cátaros e patarinos, dominante no seu tempo, pelo que o chamavam de "incansável martelo dos hereges". Não apenas os combatia no púlpito, pela pregação, mas também por meio de milagres espantosos. Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens. Faleceu em 1231, com apenas 36 anos de idade. Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário, em Pádua. Foi cognominado o Doutor Evangélico.

São Domingos, Assentamento/Córrego/ Fazenda (São Domingos, Rego Barros, FEEM, FIA, etc)

Mais um lugar cuja denominação está relacionada às tradições lusocatólicas de batizar tudo por aí com nomes de santos (as). A fazenda foi mais uma propriedade da família Pinheiro, a mesma relacionada à história de Ponto Pinheiro. O primeiro proprietário, Bento de Araújo Pinheiro, havia desbravado a região por volta de 1850 e desde então, a propriedade se tornara uma das mais produtivas de todo o interior do antigo município de Macaé. Mas, São Domingos exige maiores explicações. Ao longo do tempo, não permaneceu uma simples fazenda. Tornou-se uma propriedade do governo estadual, o que resultou em progresso, num dinamismo próprio, que, apesar da decadência atual, ainda exibe as marcas de um passado imponente. São Domingos teve sua história radicalmente modificada em 1920, quando o governo estadual, preocupado com a dependência da economia fluminense com a cafeicultura – que naquele momento já iniciava sinais de crise – e alarmado pela grande quantidade de órfãos, crianças e jovens de difícil relacionamento familiar, resolveu criar uma rede de estabelecimentos educacionais que servisse, ao mesmo tempo, para difundir novas técnicas, insumos e gêneros agropecuários, e receber os alunos considerados no dizer da época, ‘difíceis’, ou carentes, em regime de internato. O local escolhido para instalação, foi a Fazenda São Domingos. Assim, em 1923, com os esforços políticos do coronel Etelvino Gomes e do abnegado Deusdérito Antunes Belmont (Nute Belmont), o governo estadual criou o Aprendizado Agrícola Presidente Pedreira, e o Educandário Wenceslau Bello (não é Braz), que no passar dos anos foi sendo ampliado, renovado, teve nomes diversos (Educandário Rego Barros/Fundação Estadual


de Educação do Menor-FEEM/ Fundação da Infância e da Adolescência - FIA, entre outros). Além dos pavilhões destinados ao internato, em São Domingos existem dezenas de outros prédios destinados a oficinas, padaria, marcenarias, curral, casas de funcionários, casas-lares de internos, etc. Foi em São Domingos, nas chamadas Semanas Ruralistas – festas muito concorridas, com exposição de trabalhos, jogos, bailes, retretas, festa religiosa, presença de autoridades estaduais – que ressurgiu a idéia de emancipar Conceição de Macabu. As Semanas Ruralistas eram acontecimentos políticos de vulto regional, contando várias vezes com a presença de secretários, deputados e, não raro, do próprio governador do estado. Os anos 80 e 90 foram ingratos com São Domingos, ao mesmo tempo em que foram surpreendentes. Se, por um lado, marcou a extinção de uma série de serviços e atividades, resultando na decadência da instituição, por outro, foi a época da chegada e instalação dos assentados de São Domingos – primeira experiência do gênero em nosso município. Assentamento de São Domingos Em 1986, no intuito de resolver uma grave crise social ocorrida em Itaguaí por conta do surgimento de dezenas de famílias sem-terra, em decorrência da expulsão de pequenos proprietários de propriedades arrendadas, o governo do Estado resolveu “assentá-los” em Conceição de Macabu, nas terras da Fazenda São Domingos. A fazenda, que já pertencia ao governo estadual, foi dividida em áreas para assentamento; área do colégio agrícola; área de reserva florestal e, a área destinada aos internos da antiga FEEM. A área de assentamento ainda foi subdividida entre os de Itaguaí e o grupo surgido em Conceição de Macabu. Posteriormente, formaram-se duas associações de “posseiros” (termo regional para assentado) igualmente dividida conforme a origem. Apesar de possuírem uma área menor que a do ‘Assentamento Capelinha’ – o segundo instalado no município - o solo de São Domingos e as condições hídricas – umidade, chuvas, rios e córregos – são melhores. Apesar disso, tanto São Domingos quanto Capelinha, sofrem com fatores muitas vezes alheios aos assentados, como falta de investimentos estatais, insumos, assistência técnica, falta de tradição em lidar com o solo, etc. que apresentamse como problemas ainda não resolvidos. Segundo o sítio Santo do dia:


São Domingos Nascido na cidade espanhola de Burgos, foi filho da Beata Joana de Aza e do nobre Félix de Gusmão. Compreendendo todo o mal que a heresia dos albigenses produzia no sul da França, decidiu fundar uma Ordem mendicante com a finalidade de defender a ortodoxia católica e pregar contra as heresias. Nasceu assim a Ordem dos Pregadores, ou Dominicanos, que, entre muitos outros luminares, teve a glória de dar à Igreja o grande São Tomás de Aquino

São Henri, Bairro do

O nome da fazenda segue a tradição francesa. Foi uma homenagem a Henri Sence, filho do industrial francês Victor René Sence. A partir da ocupação de lotes ao longo da estrada que ia para o Sertão, surgiu o bairro do São Henri. Em meados dos anos 80, mas principalmente nos anos 90, com a crise da economia canavieira, e o conseqüente esvaziamento da área rural, o bairro recebeu novos moradores, principalmente atraídos pelos preços acessíveis de terrenos e aluguéis. O São Henri é hoje um bairro progressista, sempre crescendo, com um comércio e serviços, que se não são o ideal, cada vez melhoram mais. O bairro possui escola primária, creche, campo de futebol, bares, mercearias, mas falta calçamento e saneamento adequado. Outra marca do bairro é a dedicação de sua juventude aos esportes, principalmente o futebol e ao carnaval. O tradicional Bloco do São Henri é uma das principais instituições do nosso carnaval, sendo o mantenedor de diversas tradições macabuenses, como o jaguará (monstro feito com o esqueleto da cabeça de um cavalo), as mulinhas, bois pintadinhos e urubus.

São Jerônimo, Fazenda (Santa Maria/Escura)

O nome relaciona-se a tradição luso-católica, embora existam indícios de que possa ser uma herança da trilha dos jesuítas. Segundo o sítio Santo do dia: São Jerônimo Pertencente a uma família nobre de Veneza, fez rápida carreira como militar e como político. Aprisionado pelos franceses, durante o cativeiro resolveu renunciar ao mundo e consagrar-se por inteiro a Deus. Foi libertado prodigiosamente por Nossa Senhora e retornou a sua cidade natal, onde foi ordenado sacerdote e se dedicou ao cuidado dos órfãos pobres. Fundou a Ordem dos Clérigos Regulares.

São João, Fazenda do/Serra do

O nome segue a tradição luso-católica. No caso da serra, tem relação direta com os jesuítas e outros missionários; no caso da fazenda, que fica em


outro local, longe da serra, embora haja suspeita, não há certeza de que foram, os jesuítas responsáveis pelo nome. As Serras do São João I e II, nosso ponto culminante A Serra do São João, na divisa de Macaé com Conceição de Macabu, ostenta o título de ponto culminante do nosso município. Não exatamente a parte da serra cujo topo, chamado de vertente ou cume, é usado como marca divisória entre nosso município e o de Macaé, mas sim um ponto dentro do nosso território, onde o altímetro marcou 979 metros – 20 metros a mais que a Serra da Sobra de Terra, antes considerado nosso ponto culminante. Esse ponto da serra, com 979 metros, tomei a liberdade de batizar provisoriamente de São João II. Não que eu seja devoto do Santo, mas para marcar a referência da serra. De qualquer forma, merece um nome. Embora o nome São João seja uma marca da nossa tradição lusocatólica, a serra em questão tem seu nome diretamente relacionado aos missionários jesuítas que singraram o vale do Rio Santa Catarina em busca dos indígenas do vale do Rio Macabu. Os jesuítas e outros missionários chegavam ao Vale do Macabu passando, ou pela região de Santa Maria ou pela região de Santa Catarina. Tanto em uma ou em outra trilha (que aliás não são distantes), marcavam o caminho nomeando os rios, córregos e montanhas com o nome dos santos e santas, daí: Santo Antônio, Santa Maria, Santa Catarina, Santo Agostinho, São João, etc., todos numa região relativamente próxima. Fazenda São João, antiga Estação Velha, etc. A Fazenda São João, hoje em dia, não passa de uma típica propriedade rural de porte médio, onde a única atividade de destaque é a pecuária de bovinos. Hoje é assim, mas no passado, na época em que o Rio Macabu era usado como meio para se chegar à Região Serrana Fluminense (chamada genericamente de Cantagalo), a região que hoje pertence à fazenda era chamada de São João do Macabu e era um porto fluvial. Os aventureiros e comerciantes que faziam o caminho fluvial, navegando em balsas, canoas e pranchas, movidas a remo ou vela, inicialmente buscaram as famosas, porém pouco produtivas “Minas de Ouro de Cantagalo”. O ouro de Cantagalo, embora existisse, não era muito, logo se esgotou, mas no início do século XIX, uma nova riqueza se espalhou por lá, o café. Os cafezais de Cantagalo eram acessados navegando-se pela Lagoa Feia, subindo o Rio Macabu, ancorando em São João do Macabu e, a partir daí, seguindo por trilhas lamacentas até o interior dos atuais municípios de Trajano


e Madalena. O porto de São João do Macabu era chamado de Estação São João do Macabu, era bem movimentado e, com o tempo, ficou apenas o nome Estação. Entre 1842 e 1846, com os cafezais serranos batendo recordes de produtividade, o então governo provincial delegou ao Visconde de Araruama recursos e poderes para abertura de uma estrada que interligasse o porto de Macaé com a região de Cantagalo. A Estrada Provincial Macahé-Cantagallo, cujo nome verdadeiro é Estrada Geral de Cantagallo, aumentou o fluxo de navegações pelo Rio Macabu, tornando o povoado da Estação ainda maior e mais movimentado. Estação era maior que Conceição de Macabu; devia ser do tamanho e da importância do Curato de Santa Catarina. O movimento na Estação era maior entre outubro e março, quando as chuvas deixavam o Macabu cheio, em condições ideais de navegabilidade. Por outro lado, as mesmas chuvas deixavam o trecho da estrada entre Macaé e Conceição de Macabu, intransitável. Nos meses de abril a setembro, menos chuvosos, a estrada era mais usada que o rio, mesmo assim, o povoado era procurado, pois possuía hospedaria, casas comerciais, oficinas de ferreiro, funileiro e tonelaria. Residiam no local um ferreiro francês Louis Salvignol, um toneleiro inglês, um mecânico americano Carl Wilson, e um comerciante suíço Adolf Schwart, além de cidadãos italianos e portugueses, só para mostrar a dinâmica do lugar. Havia até um posto dos correios, o “Correio da Barra do Macabu”, cujo agente em 1869 era o sr. Raul Moreira Soares, e uma companhia de navegação fluvial, do Conselheiro João de Almeida Pereira, também em 1869, informações estas retiradas do Almanak Laemmert de 1870. Com a inauguração do ramal ferroviário da Cia. Estrada de Ferro Barão de Araruama, em 1878, houve também a inauguração de nossa bonita estação ferroviária e, a partir daí, o povoado da Estação trocou novamente de nome, só que agora, para Estação Velha. Velha mesmo, derrocada total, além do movimento que passou a se concentrar mais em Conceição de Macabu, a Estação Velha perdia em outro quesito: salubridade. A região era pantanosa, as epidemias de malária, tifo, cólera e febre amarela, além da temida varíola, eram mais freqüentes que em Conceição de Macabu. O golpe de misericórdia veio em 1929, quando a crise da economia cafeeira fulminou a produção de Santo Antônio do Imbé, tornando inviável qualquer negócio estabelecido na Estação Velha, que até aquele ano resistia como último reduto dos tropeiros que usavam a Estrada do Mandingueiro para chegar ao Imbé.


Posteriormente as terras da região foram adquiridas pela Usina Victor Sence, que as denominou Fazenda São João, nome que prevaleceu até os dias de hoje, mesmo não pertencendo mais à usina.

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A Dinâmica Comercial de São João de Macabu Comerciantes, Mascates e Tropeiros: Brasil e Companhia Ltda. – Armazém de Secos e Molhados/Tropeiros; Antonio José da Silva Ramalho – Padaria; Francisco Cardoso Guimarães – Armazém de Secos e Molhados; Joaquim Soutinho – Armazém de Secos e Molhados; Apolinário de Azevedo Branco – Depósito de Café; Luiz Manoel Pinto – Açougue/Depósito de Café/Tropeiros; Botelho e Valentim Cia. Ltda. – Armazém de Secos e Molhados/Depósito de Café/Possivelmente tráfico de escravos e Tropas para transporte de Café; Chico Mascate – Mascate; Adolf Schwartz – Comércio em geral; Conselheiro João de Almeida Pereira – Depósito de Café; Industrias e Artesanatos: Fábrica de Açúcar e Rapadura; Alambique; Alfaiataria; Tanuaria; Louis Salvignol - Ferreiro; Carl Wilson – Mecânico; Outras Atividades: Correio – Raul Moreira Soares; Navegação Fluvial – Conselheiro João de Almeida Pereira; Guarda-Livros;

Disputas Políticas em Conceição de Macabu

José Joaquim da Silva Freire era um poderoso proprietário rural na região das Cambotas. Visando expandir seus negócios, além da Fazenda Santa Ilidia (região das Cambotas), adquiriu uma outra em Conceição de Macabu, na região de São João de Macabu, que chamou Fazenda da Demanda. Com a criação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu, em 1855, além de terras, os poderosos proprietários rurais daqui passaram a disputar também cargos, que, embora não fossem tão bem remunerados como os de hoje em dia, eram sinônimos de prestígio. Nos anos iniciais da freguesia, os mais poderosos políticos eram fazendeiros, que, em geral, recebiam uma patente da Guarda Nacional: tenente, capitão, coronel. Aqui em Macabu, naquela época, três correntes se defrontavam: José Joaquim da Silva Freire, tenente Roberto Figueiredo Lawrie e o capitão Henrique Daumas. Se o primeiro dominava a região do São João do Macabu, o segundo era proprietário da Fazenda Santa Maria e, o terceiro, proprietário em Conceição, no Curato e em Macabuzinho.


Quem levou a melhor, eu não saberia dizer, mas ousaria dizer que, muito ao contrário do que hoje em dia acontece, que quando os políticos brigam, o povo é quem paga o pato, naquela época, o tenente Roberto Figueiredo Lawrie e José Joaquim da Silva Freire, preferiram marcar a disputa com música, cada qual tendo sua banda de música – as duas primeiras de nossa história- e as duas formadas só por escravos. Apenas como observação, José Joaquim da Silva Freire, Roberto Figueiredo Lawrie e Henrique Daumas foram beneméritos de nosso município, lutando pela formação da freguesia, passo fundamental na nossa história. José Joaquim da Silva Freire, em 1882, tornou-se o Barão de Santa Maria Madalena. O título, embora tivesse sido comprado, só podia ser vendido a quem realmente merecesse e, entre outros merecimentos, constava o fato dele ter participado ativamente da construção do ramal ferroviário entre Conde de Araruama (atualmente Quissamã) e Conceição de Macabu. O Barão de Sta. Ma. Madalena era benemérito de Conceição de Macabu.

Segundo o sítio Santo do dia: São João Batista

Comemora-se no dia 24 de julho. São João Batista, embora concebido no Pecado Original, foi dele purificado antes de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Virgem, que por sua vez portava no seio o Salvador. Por isso, São João Batista é o único santo cujo nascimento se comemora na Liturgia -- além da própria Virgem Maria, que já foi concebida isenta de todo pecado.

São Jorge, Fazenda/Serra

Mais uma fazenda que deve seu nome a uma serra, que, por sua vez, está relacionada à tradição luso-católica, e esta, aos jesuítas que trafegavam pela região em busca de indígenas para catequese. A serra tem altitudes variáveis entre 420 e 333 metros, próximo à BR-101, e à região conhecida por Sapucaia. Segundo o Almanak Laemmert de 1869, a fazenda pertencia a José Antonio Alves de Brito, detentor do imponente título de Cavaleiro Imperial da Ordem do Cruzeiro. Segundo o sítio Santo do dia: São Jorge Comemora-se no dia 23 de abril. Pouco se conhece a respeito de sua vida, sabendo-se apenas que era militar e sofreu o martírio durante a perseguição de Diocleciano. Seu culto se espalhou rapidamente pelo Oriente, e por ocasião das Cruzadas teve grande penetração no Ocidente. Muitas lendas correm a seu respeito, entre as quais a mais popular é a do dragão, que teria sido morto por ele. São Jorge é padroeiro da Inglaterra e da Etiópia. O grito de combate dos portugueses durante a Batalha de Aljubarrota (1385) era: " Por Portugal e São Jorge". O Brasil herdou de Portugal a tradição de incorporar, nas procissões de _Corpus Christi_ , uma imagem de São Jorge montado a cavalo e armado como militar.

São Luis, Fazenda/Localidade (Macabuzinho)


Mais uma nomenclatura atribuída à tradição francesa, pois o nome da fazenda era uma homenagem a Luís Sence, filho de Victor Sence. Já foram uma fazenda e uma localidade bem movimentadas, hoje, após a falência da Usina Victor Sence, a população foi quase toda embora, e o que restou foi uma grande fazenda, despovoada, dedicada apenas à criação de gado bovino. Originalmente, a propriedade foi parte da Fazenda dos Patos (Lagoa dos Patos), onde nasceu o Coronel Amado – Francisco Gomes Amado de Aguiar – nossa primeira personalidade política.

São Pedro, Localidade/Serra do (São Domingos)

Grande conjunto de serras, com as maiores altitudes variando de 540 a 624 metros, situa-se na região de São Domingos, estendendo-se até o Procura e daí ao Centro da cidade. A serra, embora possua nome de um Santo, e esteja relacionada à tradição luso-católica, não tem, ao que se sabe, ligação com os jesuítas ou outros missionários. Um dos mais famosos proprietários da região foi o Coronel Guilherme Barbosa, grande chefe político na região, principalmente na Era Vargas (1930-45).

São Pedro do Triunfo

Segundo distrito de Santa Maria Madalena, foi chamado Itapuá, palavra indígena que significa “pedra pontuda”, alusão à formação montanhosa que domina a região. Também se chamou São Pedro do Macabu, referência ao Rio Macabu e ao padroeiro São Pedro. Mas logo retornou ao nome indígena: Itapuá. Mas, segundo Maria Luísa Feijó, diretora da Casa da Cultura Francisco Portugal Neves, em Santa Maria Madalena, a palavra Triunfo surgiu após 1879, quando o ramal ferroviário da E. F. Barão de Araruama lá chegou. Triunfo foi de certa forma uma “implicância” com os madalenenses da sede, que só receberiam a ferrovia dez anos depois. Há quem diga que o termo surgiu após a população local debelar uma epidemia de impaludismo . Polemicas à parte, o nome Triunfo foi modificado para Itapuá em 28 de janeiro de 1944 pelo Decreto-Lei Estadual Nº 1603. Seis anos depois, em 1950, pela Lei 791 de 15 de fevereiro, voltou a ser Triunfo. Triunfo é o mais bem localizado e estruturado dos distritos madalenenses. Cortado pela RJ-182, com rede de esgoto e água instaladas, coleta de lixo, escola pública até à 8ª série, rede de saúde, tem uma população estimada em 2.000 habitantes, área rural produtiva e inegáveis recursos naturais. Para muitos é o terceiro distrito de Conceição de Macabu, tamanha a afinidade com o nosso município. Estando a 12 Km de Macabu, ou seja, menos de


dez minutos de carro, contra 29 Km de Santa Maria Madalena, mais ou menos 35 minutos serra acima, é mais que comum que os triunfenses recorram ao município vizinho para resolução de seus problemas mais urgentes. Tal qual ocorre na Agulha e no Osório, a maioria dos proprietários rurais de Triunfo ou são de Conceição de Macabu ou mantem com esse município estreitíssimos laços econômicos, familiares e culturais. Em 1951, quando foi planejada a segunda e definitiva emancipação de Conceição de Macabu, os eleitores de Triunfo enviaram um abaixo assinado com 100% das assinaturas desses à Assembléia Legislativa do Estado, pedindo que o distrito fosse desanexado de Madalena e anexado a Conceição de Macabu. Entretanto, análises feitas pelos deputados estaduais da época, concluíram que a desanexação (que incluiria também o Imbé, Osório e Agulha), comprometeria Santa Maria Madalena, que perderia 20% da sua renda, 40% da sua população, 60% do seu território e não ajudaria Conceição de Macabu. Assim, descartouse a adesão dos madalenenses e lutou-se para ter o apoio de Macabuzinho, o que acabou ocorrendo.

São Tomé, Região do/Serra do

Um dos maiores e mais bonitos conjuntos de montanhas e picos do município de Conceição de Macabu, recebe o nome de Serra do São Tomé. A serra, cujo nome está relacionado à presença dos jesuítas e outras ordens de catequizadores, tem suas maiores altitudes oscilando entre 953 metros, 890 metros, 810 metros e 789 metros. É quase completamente coberta pela Mata Atlântica. Suas vertentes, voltadas para Macaé, recebem o nome de Serra da Cruz e Serra dos Crubixais (cujo nome é uma referência a certo tipo de caramujo negro), para Trajano, Serra do Mosqueira e, para Macabu, recebe o nome já visto de São Tomé, Piabas e Carukango – esta última formada por um platô de altitude onde suspeita-se ter sido a sede do famoso quilombo. A extensão dessa serra até a Serra do São João, já recebeu o nome de Serra do Deitado, por lembrar um homem deitado de costas. A Serra do Deitado foi, nos séculos XVIII e XIX, uma antiga referência dos antigos viajantes que trafegavam na região. Um dos antigos proprietários rurais da região do São Tomé foi o Dr. João Victorio Pareto, isto em 1876, segundo o AlmanaK Laemmert. Acidente aéreo no São Tomé Em 1959, um monomotor com 4 ocupantes, dois dos quais tripulantes, chocou-se com as matas da serra do São Tomé. Quem viu e ouviu o acidente, disse que, tarde da noite, o aeroplano fez um voou rasante sobre a antiga FEEM, que foi seguido, minutos depois, de um enorme estrondo.


O avião provavelmente sofreu uma pane no sistema de controle de direção e altitude. Perdendo altura, em meio à escuridão da noite, acabou por colidir com as árvores, sem deixar sobreviventes. O resgate de possíveis sobreviventes foi iniciado na manhã seguinte por conta da delegacia de polícia local. Em torno de meio dia, o Forte Marechal Hermes reforçou a segurança do lugar. As buscas prosseguiram por todo o dia, até que o avião fosse encontrado e, tal qual esperado, somente corpos e pedaços de corpos foram retirados. As peças e pedaços do aeroplano durante algum tempo permaneceram na delegacia de polícia da cidade, mas um conjunto de peças da asa, foi habilmente transformado numa máquina de fazer telhas francesas por seu Hermes Fontes Tavares, proprietário da Cerâmica Tavares.

Segundo o sítio Santo do dia: São Tomé

Comemora-se dia 3 de agosto. De acordo com a tradição, São Tomé pregou a Boa Nova do Evangelho em várias partes do Oriente, e foi receber na Índia a graça do martírio. Teria também estado no Brasil. Narram as Escrituras que duvidou da Ressurreição de Nosso Senhor e por isso teve o misericordioso privilégio de tocar com seu dedo as chagas do Corpo glorioso de Jesus Cristo

São Vicente, Fazenda

Localizada às margens da RJ 182, próximo do Curato, tem ao fundo a vista espetacular da Serra de Santa Catarina em seu formato de pirâmide. A fazenda também já foi conhecida, informalmente como Coqueiral, devido aos coqueiros que a enfeitavam. O nome veio da tradição luso-católica, mas, embora não se trate de um nome recente, pois pertenceu ao sr. Roberto Figueiredo Reid em 1876, também não tem ligações com os jesuítas ou outros missionários. A fazenda foi adquirida em 1925 por Arthur Duque Estrada (irmão do autor do nosso Hino Nacional), que manteve o nome. O proprietário em questão era do tipo muito alegre, gostando de organizar festejos em sua propriedade. Seus filhos seguiram seus passos, sendo, inclusive, bons desportistas em Conceição de Macabu. Décadas depois da passagem da família Duque Estrada pela São Vicente, a mesma foi transformada em local de “divertimento”, com bar, mulheres e, como é próprio desse tipo de lugar, muita confusão. Por essa época, o apelido de Coqueiral havia sobrepujado o nome verdadeiro. Só com o fim do “rendez-vous”, e o retorno da propriedade à condição de fazenda de criação de gado, o nome original voltou a ser usado. Segundo o sítio Santo do dia: São Vicente Foi o fundador da Congregação da Mis e, juntamente com Luísa de Marillac, das Irmãs


da Caridade. Sua vida é tão movimentada e cheia de aventuras que faz lembrar uma obra de ficção. Nasceu de uma família muito pobre em Landes, França; quando menino guardou porcos, e só pôde completar seus estudos porque auxiliado por um advogado caridoso, cujos filhos ajudou a educar ao mesmo tempo em que ele próprio estudava.(...)

Sapucaia, Fazenda/Região

A sapucaia é uma árvore típica da nossa região, muito bonita, marcante no período da floração e da frutificação, quando produz cuias cheias de castanhas apreciáveis, embora muita gente não saiba que são comestíveis. A Fazenda da Sapucaia, no extremo sul do nosso município, marca uma bem distante do centro da cidade, localizada às margens da BR-101, entre as pontes dos rios São Pedro e Aduelas, no chamado Brejo da Severina. Conforme o Dicionário Michaelis: Sapucaia [Do tupi = 'fruto que faz saltar o olho'.] S. f. 1. Bras. N.E. a L. Bot. Árvore da família das lecitidáceas (Lecythis pisonis), da floresta atlântica, de folhas oblongas e acuminadas, flores grandes, carnosas, violáceo-pálidas, e com muitos estames fundidos, sendo os frutos enormes cápsulas lenhosas e cilíndricas, com grandes sementes oleaginosas, muito apreciadas como alimento saboroso, e a madeira ótima para obras externas. [Sin.: cumbuca-de-macaco, quatetê, sapucaieira.]

Serra da Cruz

A Serra da Cruz está localizada entre Macaé, Conceição de Macabu e Trajano de Morais. Sendo que o nome em questão, Serra da Cruz, só existe no lado macaense. Na vertente de cá, é chamada de Serra do São Tomé, e em Trajano, Serra do Mosqueira. O nome é de fácil explicação, pois até 1968 a face da serra voltada para Macaé possuía um imenso paredão escuro marcado por uma gigantesca cruz branca, provavelmente produzida por um, ou vários deslizamentos. Até 1968, pois naquele ano extremamente chuvoso, outro deslizamento desfigurou a cruz, transformando-a numa grande mancha branca. Mas o nome ficou.

Serra de Santa Catarina

Elevação montanhosa com mais de 600 metros, é imponente pelo seu formato de pirâmide, para quem a observa da RJ-182, na altura da Fazenda São Vicente. Seu nome vem da tradição luso-católica, e provavelmente foi dado pelos missionários jesuítas e outros, que percorreram a região durante décadas. Ver também: Curato de Santa Catarina.


Serra da Sobra de Terras (São Domingos)

Os mais antigos a chamavam de Serra da Linda Vista, e não é para menos, pois do seu cume a 958 metros (o segundo mais alto do município), tem se uma visão panorâmica de toda região, realmente bonita. A mudança do nome deve ter se dado por fim dos anos 60, quando um levantamento do IBGE, consagrou o nome Sobra-de-Terras, uma referência a levantamentos anteriores, realizados pelo governo estadual, que consideravam aquela e outras áreas como devolutas.

Serra do Mundo Novo (São Domingos)

O nome dessa serra, localizada entre as regiões de São Domingos e Santo Agostinho, não tem uma explicação clássica, ou mesmo que possa ser considerada confiável, a ponto de merecer divulgação. A respeito da Serra do Mundo Novo, posso dizer que tem 400 metros, é coberta pela Mata Atlântica e é vizinha da Serra da Sobra de Terras.

Seringueira (Vila Tavares)

O nome designa uma região próxima a Vila Tavares, nas margens da RJ-186, que foi parte da antiga Fazenda São Henri. Já a razão do nome, devese a uma tentativa da Usina Victor Sence, de diversificar seus negócios plantando árvores de seringueira, para produção de látex natural. A plantação que foi feita na Fazenda São Henri, mal produziu, logo foi abandonada, e completamente esquecida no auge da crise da Usina, entre 1990 e 1992. Segundo o Dicionário Aurélio: Seringueira [De seringa + -eira.] S. f. Bras. Amaz. Bot. 1. Árvore da família das euforbiáceas (Hevea brasiliensis), de folhas compostas, flores pequeninas, reunidas em amplas panículas, fruto que é uma grande cápsula com sementes ricas em óleo, e madeira branca e leve, de cujo látex se fabrica a borracha; árvore-da-borracha.

Serrinha

Distrito de Campos, localizado às margens da BR-101, tem seu nome alusivo a uma pequena elevação montanhosa, que lhe valeu o apelido de “Serrinha”. Durante alguns anos, foi um simples povoado pertencente ao distrito campista de Paciência. Com a abertura da BR-101, e a decadência de Paciência, os papéis se inverteram, e hoje é Paciência que pertence a Serrinha.

Sertão, Fazenda do/Ponte do


No Brasil, a palavra sertão é sinônimo de Nordeste, de seca, de miséria, etc. Na verdade associou-se a palavra ao que ocorre no interior da Região Nordeste. Sertão, a princípio, quer dizer interior, local distante do litoral, pouco povoado, etc. Na divisa entre Conceição de Macabu e Santa Maria Madalena, numa região banhada principalmente pelo Rio Macabu e alguns de seus pequenos afluentes que nascem na Serra do Deus-Me-Livre (Sta. Ma. Madalena), existe uma região chamada de Sertão, também uma fazenda e uma ponte com essa denominação. O nome provavelmente é muito antigo, de uma época em que todo o interior do município estava desabitado de não-indígenas e atribuía-se à região que ia de Ponto Pinheiro até Triunfo a designação de “Sertões do Rio Macabu”, do lado direito (Macabu) e, “Sertão do Quimbira” (Madalena-Campos), do lado esquerdo. Os diferentes “sertões” podem ser percebidos em documentos e livros do início do século XIX, especialmente os escritos pelo Monsenhor Francisco de Araújo Pizarro, e em mapas muito antigos, de 1848 a 1887. Com o passar dos anos, “os sertões” foram recebendo outros nomes, permanecendo o termo apenas naquela região. A propósito, antes que alguém pergunte, quimbira é uma referência a escravos e ex-escravos vivendo afastados. Quimbira vem de quimbo, palavra de origem angolana, que significa povoação distante. Terá existido na região um quilombo, ou outro tipo de comunidade negra? Conforme o Michaelis: Sertão [De or. obscura.] S. m. 1. Região agreste, distante das povoações ou das terras cultivadas. 2. Terreno coberto de mato, longe do litoral. 3. Interior pouco povoado.

Socó, Córrego do/Fazenda do/Serra do

A Fazenda do Socó (que já foi chamada de fazenda São José do Socó), emprestou seu nome à Pedra do Socó, que, na verdade, era a antiga Pedra do Corcovado, também chamada Pedra do Banco – já expliquei que as coisas aqui mudam muito de nome? Socó é um pássaro solitário, ou que, no máximo, vive aos pares sempre próximo aos rios e lagos, de onde extrai seu alimento principal: peixes. O nome socó é mais uma referência à tradição naturalística e não se resume ao pássaro.


Quando a natureza em Conceição de Macabu era mais opulenta que hoje em dia, os rio Macabu e Macabuzinho eram cercados de pântanos e lagoas, habitadas por inúmeras espécies de animais e plantas. Essas lagoas deram nome a vários lugares, como aliás já mostrei aqui: Lagoa dos Patos, do Ipê, MataFome, Caixão, Funda, Rasa, e, a Lagoa do Socó. A Lagoa do Socó, drenada há mais de 50 anos, deu nome ao córrego e à fazenda que Victor Sence adquiriu pouco antes de falecer e que, durante algumas décadas, produziu de cana e gado bovino. Em 1978 o prefeito Sílvio Soares Tavares transformou o Córrego do Socó em adutora, tornando-o a terceira fonte de abastecimento de água da cidade. Segundo o Dicionário Aurélio: Socó [Do tupi.] S. m. Bras. 1. Zool. Designação comum a várias espécies de aves ardeídeas, especialmente as dos gêneros Tigrisoma, Butorides e Zebrilus. Alimentam-se de peixes e vivem ger. isoladas ou aos pares, perto de rios, lagoas e terrenos alagadiços.

Subida do Malibu (Vila Nova)

Nome que é atribuído à rua Quintino Bocaiúva, no bairro da Vila Nova, primeiro por se tratar, digamos, de uma subida, segundo por ser um dos acessos ao Clube Malibu, um dos melhores e mais famosos de Conceição de Macabu.

T Transmac (Bocaina)

Embora o nome Transmac se refira a uma das mais antigas regiões da Bocaina, é um termo recente, datando do período em a empresa de ônibus Transmac, instalou naquela localidade sua garagem, oficina e escritório.

Tribo, Bairro da

Sugestivo nome tem a Tribo, que nada tem a ver com índios. O bairro surgiu a partir de uma família, a Soeiro, que ainda é majoritária por lá. O núcleo familiar deu origem ao termo Tribo, para significar grupo ou clã. Assim, falava-se na “Tribo dos Soeiro”, como se dissesse “O grupo dos Soeiros”, ou, “a família Soeiro”. O bairro foi iniciado pelo casal Ângelo e Umbelina Soeiro. Seu Ângelo ficou famoso como patriarca de uma grande família que ia se aglomerando ao seu redor, construindo cada vez mais na região e que logo se tornou um bairro.


Outra fama e justiça a ser feita ao Sr. Ângelo Soeiro, diz respeito ao habilidoso artesão e animado folião que sempre foi. Ângelo Soeiro fazia máscaras de carnaval, enfeitava catirinas, confeccionava mulinhas, baianas gigantes (bonecos), bois-pintadinhos, jaguarás. Como gostava de carnaval, organizava blocos e invadia a avenida com muita animação. Muito inteligente, criativo, inventivo, fazia coisas impensáveis, como: casas em cima das árvores, aviões feitos com tambores, carrinhos gigantes de rolimã, etc. Também fazia objetos mais comuns, como malas, luminárias, calçados, etc. Até hoje ainda existe um trabalho de Ângelo Soeiro que pode ser visto por todos, é a cabeça de elefante, em tamanho natural, que ornamenta o Supermercado Beto.

Torre da Rádio, Bairro da

Um dos menores bairros da cidade, também um dos mais afastados, estando localizado entre o Eldorado e a Usina, tem população oriunda em sua quase totalidade da área rural. O nome do bairro está relacionado à instalação de uma torre de transmissão da Rádio Popular Fluminense, em meados dos anos sessenta. Antes disso, a região já era habitada e pertencia, em sua maioria, à Usina Victor Sence, que tinha um grande canavial por lá. Essa propriedade possuía um “Correio de Casas”, expressão tipicamente macabuense que designava as construções conjugadas, simples, parede a parede, em estilo colonial-rural, onde moravam os trabalhadores rurais da Usina. Parte desse “correio” ainda permanece de pé, e servindo de moradia para algumas famílias. O bairro tem muitos problemas, como falta de saneamento básico, água encanada, escola, rede de saúde. É um bairro pequeno, porém, muito problemático, não tendo recebido nenhuma assistência dos poderes públicos nos últimos dez anos.

U

V

X

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Usina, Bairro da

É fácil explicar a origem do nome do bairro da Usina, pois qualquer macabuense sabe que está relacionada à nossa maior indústria em todos os tempos: a Usina Victor Sence S/A . Nossa maior indústria só, não. A Usina Victor Sence, enquanto existiu sempre se destacou na produção de gêneros sucro-alcoólicos, que são os derivados da sacarose: açúcar, álcool, acetato de butila, butanol, acetona, etc. – sendo a pioneira e a única a produzir os três últimos produtos a partir da cana-de-açúcar em toda América Latina.


A história do bairro é um pouco mais longa, e remonta à metade do século XIX, quando as florestas daquela região foram substituídas pelas pastagens e cafezais da Fazenda Juraci, do casal Antônio e Cândida de Oliveira Gomes. A propriedade era uma das maiores e mais ricas do antigo município de Macaé ao qual pertencíamos, servindo também de entreposto comercial de açúcar mascavo, rapadura, aguardente, e lógico, café e escravos. No princípio do século XX, a situação havia mudado muito, a fazenda já não era um exemplo de produção agropecuária, e conseqüentemente, a região estava fadada ao esquecimento, quando o francês Victor René Sence a escolheu para erguer a Usina Conceição (primeiro nome da Usina Victor Sence) em 1912. Em 1° de maio de 1913, houve o início das obras da Usina Conceição , com alguma produção em outubro do mesmo ano, embora seu funcionamento a pleno vapor só ocorresse no ano seguinte: 1914. Como era de costume, o usineiro construía casas para os trabalhadores rurais da usina, nas fazendas. E fazia o mesmo para os trabalhadores da(s) fábrica(s), ao lado da mesma. Assim, Victor Sence construiu inúmeras vilas em suas extensas propriedades rurais, como Boa Esperança, Socó, Boa Vista, São Henri, São Luís... Próximo à Usina Conceição fez o mesmo .As casas eram construídas em seqüência, parede a parede, chamadas de “correios de casas”, abreviação de “corredores de casas”. O primeiro “correio de casas” construído ao lado da Usina Conceição – nome da indústria até 1943 – recebeu o simpático nome de Arrabalde Leolinda, em homenagem à esposa do empresário, Dona Leolinda Teixeira Sence. A intenção do Sence era que o bairro passasse a se chamar assim. O nome foi mudado para Vila Leolinda, mas também não pegou, porque todos passaram a chamar a região de Usina, deixando o nome Vila Leolinda só para o primeiro “correio de casas”. Nome preservado por alguns moradores até hoje. Com o tempo, veio o progresso, e a localidade cresceu além dos “correios de casa”, tornando-se um dos grandes bairros de Conceição de Macabu. Em 1993, a Usina Victor Sence fechou suas portas, diminuindo o movimento de pessoas no bairro, empobrecendo-o, mas não chegando a provocar seu esvaziamento populacional. Há uma tentativa de se resgatar o antigo nome da Usina, Vila Leolinda, mas é inegável que a voz do povo já ratificou o termo Usina. Promessa é dívida


Foi na Fazenda Juraci, em meados do século XIX, que ocorreu um dos mais pitorescos casos de Conceição de Macabu. Um caso em que a palavra empenhada se manteve ao longo dos anos, sendo cumprida conforme o previsto. Contam as tradições locais que um imigrante suíço, chamado Adrian Allemand, com apenas 22 anos, foi prometido à recém-nascida filha do casal Rosa Cândida, resultando num casamento com 10 filhos e filhas. Usina Victor Sence S/A (1913-1993) – Síntese Histórica * Introdução Constantemente estudantes, professoras e moradores do bairro da Usina, procuram-me em busca de informações sobre a fundação, o desenvolvimento e a construção da única grande empresa que o nosso município já teve: a Usina Conceição, depois rebatizada de Usina Victor Sence. Visando facilitar as pesquisas desses curiosos, há dois anos produzi uma síntese histórica da empresa, que, aproveitando o espaço desta coluna, torno pública: A Idéia Provavelmente partiu de Manoel Massena, jornalista do semanário A GAZETA DE MACABU, a idéia de termos uma indústria canavieira implantada em Conceição de Macabu. É muito comum encontrarmos textos deste jornalista, datados de 1911 e 1912, defendendo a tese da industrialização macabuense. Manoel Massena também foi o primeiro a propor a união dos produtores rurais de Conceição de Macabu em associações e cooperativas, sendo também, o precursor dessa idéia. Foi dele também, a iniciativa de buscar apoio junto a Deusdérito Antunes Belmont (Nute Belmont) e ao vereador João Nunes Viana, e em 1912 procuraram o padre Frederico Masson (em Macaé), que lhes deu uma carta de apresentação junto ao industrial francês Victor René Sence – que na época pretendia instalar uma fábrica em Triunfo ou Glicério. Manoel Massena, Nute Belmont e João Viana estavam decididos a convencer Victor Sence a trocar a localização de sua futura fábrica. A Visita Em agosto de 1912, na Usina Paraíso, em Campos, os macabuenses tiveram um encontro com o industrial, onde ficou acertada uma visita do mesmo a Macabu, que veio a consumar-se no mesmo mês, no dia 20/08/1912. Era necessário impressionar o empresário e, para isso, a comunidade macabuense foi incansável: bons cavalos para visitação, festas, bailes, discursos, homenagens, banquetes... Por ocasião da visita, foi escolhido o local da futura usina, exatamente onde está. No mesmo dia, muitos foram os festejos pela escolha de Macabu, com direito aos já citados banquetes, bailes, banda de música, etc.


Pesou muito na decisão de Victor Sence, o fato da comunidade já contar com uma certa estrutura produtiva: diversos canaviais, alambiques, fábricas de rapadura e melado, estrada de ferro, olarias, serrarias, etc. A Construção No dia 1ºde maio de 1913, foi lançada a pedra fundamental da USINA CONCEIÇÃO. As obras tiveram início no mesmo dia e duraram até outubro de 1914, sendo que, oficialmente, a primeira moagem deu-se no dia 08/10/1914, embora a produção de açúcar tenha tido início já em 1913. O local de construção da Usina Conceição ficava próximo a uma serraria e ao lado do ramal ferroviário que nos ligava a Macaé e Triunfo, o que facilitou o transporte de máquinas, peças, e mão-de-obra. Usina Victor Sence S/A Após a morte do industrial Victor Renè Sence em 1939, a indústria passou a chamarse Usina Victor Sence, tornando-se uma sociedade anônima em 11 de julho de 1943. Destacou-se pela produção de açúcar, álcool, acetato de butila, butanol e acetona, além de formar diversos profissionais: funileiros, torneiros, mecânicos, químicos, etc. A partir de 1988, mergulhada em dívidas variadas, desfazendo-se do seu meio produtivo – as fazendas – e enfrentando sérios problemas administrativos, a empresa entrou em crise, vindo a ser fechada em 1993, após 70 anos de atividades. O fechamento da UVS, previsto desde os anos 80, não foi seguido de nenhum projeto de desenvolvimento alternativo, resultando na maior crise econômica e social já sofrida por Conceição de Macabu. * Publicado na Coluna Macabu Antigamente, escrita por mim, na Gazeta Macabuense de 6 de fevereiro de 2003.

Fórmulas, utilidades e compradores Os mais novos não viram e tão pouco terão grandes oportunidades de ver a maioria dos produtos da UVS, a não ser os populares álcool e açúcar. Se é difícil vê-los, pelo menos via Dicionário Aurélio, ficamos sabendo do que se tratavam quimicamente. 1 – Acetona (Propanona)

[De propano + -ona2.] S. f. Quím. 1. Líquido incolor, volátil, com cheiro agradável, usado como solvente em inúmeras indústrias; acetona [fórm.: C3H6O] .

Principais Compradores: Rhodia/Sulvinil/Basf/Indústrias de Cosméticos, etc. Produção: 861.144 Kg/ano (1980) 2 – Butila

S. f. Quím. 1. O grupo monovalente -C4H9. Líquido incolor, volátil, com cheiro desagradável, usado como solvente em inúmeras indústrias.

Principais Compradores: Philips/Philco/Basf/Rhodia/Jhonson/Gessy Lever, etc.


Produção: 669.237 kg/ano (1976) 3 – Butanol [De butano + -ol2.] S. m. Quím. 1. Álcool butílico (q. v.). [Pl.: butanóis.] 2. Álcool usado como solvente e matéria prima em indústrias fotográficas.

Produção: 1.536.480 Kg (1981) Principais Compradores: Fujy Film/Kodak/Philips/Rhodia/Basf/3M, etc. 4 – Álcool

S. m. 1. Quím. Composto orgânico que contém hidroxila ligada diretamente a átomo de carbono saturado. 2. Quím. Líquido incolor, volátil, com cheiro e sabor característicos, obtido por fermentação de substâncias açucaradas ou amiláceas, ou mediante processos sintéticos, utilizado com larga faixa de propósitos; etanol, álcool etílico[fórm.: C2H6O] .

Produção: 30.000 litros/dia (1985) Obs.: A U.V.S. produzia vários tipos de álcool, como álcool anidro para uso como combustível, o álcool de uso doméstico, e alguns tipos especiais, como matéria-prima das indústrias de tintas, vernizes, fitas VHS e K-7, entre outras.

Álcool anidro. Quím. 1. Etanol a que se retirou, praticamente, toda a água, e que pode ser misturado à gasolina para uso como combustível.

5 – Açúcar

[Do ár. as-sukkar, 'açúcar', poss. do gr. sákcharon (cf. sacarose) < sânscr. çarkarâ, 'pedregulho'; 'grão'; 'cristais de açúcar'.] S. m. 1. Quím. Qualquer de certos carboidratos simples, ger. solúveis em água e de sabor adocicado, como a sacarose, a glicose e a frutose. 2. P. ext. Cana-de-açúcar: 2 Açúcar branco. 1. Açúcar (1), muito refinado e clarificado, em que a sacarose está presente em alto grau de pureza.

Produção: 250.000 sacos de açúcar cristal e 25.000 sacos de açúcar especial para exportação (1975).


Obs.: O açúcar era o principal produto da empresa, suas vendas eram pagas com antecipação, e seus compradores oriundos de todo país, além do exterior – EUA/Japão, principalmente.

Vila da Ponte, Bairro da

Comunidade situada entre a Ponte do Sertão (rio Macabu) e o bairro do São Henri. Não é uma comunidade grande, nem antiga, tendo menos de 150 moradores e menos de 30 anos de existência. A origem do nome é óbvia, referindo-se à ponte sobre o rio Macabu, não muito longe dali, ponte esta que liga Conceição de Macabu à região do Sertão. A Vila da Ponte é estritamente residencial, com apenas dois bares. É uma comunidade que sofre com a deficiência dos serviços públicos mais básicos, como água, esgoto, coleta de lixo e educação.

Vila Esperança, Bairro da

Bairro novo, formado em decorrência de dois fatores: a expansão da Vila São José e o Assentamento de São Domingos. São desses dois bairros a maioria dos moradores da Vila Esperança, cujo nome inspirou-se no desejo natural inerente, de que, para quem está começando, (o bairro é do fim dos anos 80), tudo há de dar certo. É um bairro estritamente residencial, com pessoas trabalhadoras, que dividem seu tempo entre afazeres domésticos, estudo, atividades agropastoris no assentamento, e empregos e serviços variados em outras partes da cidade. Está localizado entre o Procura, a Vila São José, propriedades rurais e a Estrada de São Domingos.

Vila Leolinda (Usina)

Leolinda Teixeira Sence era campista de nascimento e macabuense de coração. Casada com Victor Sence, este resolveu prestar uma homenagem à esposa: batizou o primeiro “correio de casas” construído para servir de moradia aos operários da Usina Conceição, de Vila Leolinda. A vila operária foi o núcleo inicial do bairro da Usina. A intenção de Victor Sence não deu certo, pois logo o nome Usina se tornou mais forte e a Vila Leolinda denominava apenas uma pequena parte do bairro. Com o fechamento da Usina em 1993, houve muita gente sugerindo que o nome do bairro fosse trocado para Vila Leolinda, mas, ao que tudo indica, prevaleceu a tradição e a força da Usina Victor Sence. Ver também: Usina.

Vila Nova, Bairro da

Até a década de 20 do século XX, o atual bairro da Vila Nova era constituído de propriedades rurais servidas pela Estrada Macahé – Cantagallo


(construída em 1842). Além das propriedades rurais, havia uma estalagem (tipo de pousada, hotel), que servia aos tropeiros desde o século XIX. Muitos chamavam a Vila Nova de “Arrabalde da Estalagem”, sendo esse portanto, seu primeiro nome. Além disso, havia um pequeno sobradinho, de Dodonga Brasil de Morais, até que, em 1923, José Maria Daumas, construiu uma casa na região, dando início ao povoamento intensivo do bairro. Logo foi se constituindo um pequeno núcleo urbano, que o próprio ‘Zeca Daumas’ (para alguns era Juca Daumas) chamava Vila Nova, contrapondo-se a Vila de Macabu, bem mais ‘velha’. No ano de 1927, o prefeito de Macaé ordenou uma nova delimitação da área urbana do então 5° distrito, Conceição de Macabu. Chamado a opinar quanto ao nome do bairro que se formava, o Sr. José Maria Daumas, batizou-o oficialmente de Vila Nova. Essa é a história do nome, mas a Vila Nova é mais antiga, remontando ao século XIX, ao ano de 1842, quando foi aberta naquela região a Estrada Macahé – Cantagallo ou Estrada provincial, ou Estrada Real de Cantagallo. Por essa estrada, hoje ruas Coronel Castro, Coronel Etelvino Gomes, Maria Adelaide e Godofredo Guimarães Tavares, passaram toneladas de café e outros produtos agrícolas que viajavam em lombo de mulas e burros até um porto fluvial às margens do rio Macabu, ou seguiam diretamente para Macaé, caso fosse período de estiagem e o rio não estivesse muito cheio. Em sentido inverso, rumo às serras fluminenses, chamadas de região de Cantagalo (hoje Trajano e Madalena), seguiam escravos, manufaturas, aguardente, rapadura, farinha de mandioca, etc. A Vila Nova concorre com a Bocaina pelo posto de maior bairro de Conceição de Macabu, ainda permanecendo em segundo lugar. De tão grande, é subdividida em Chácara de Santana, Morro da Biquinha, Subida do Malibu, Campo do Rio Branco e Inferninho (Rua XV de Março). Bairro populoso, com todo tipo de comércio, movimentado, há quem diga com orgulho, que a Vila Nova é uma grande família, quase do tamanho de algumas cidades vizinhas. Exageros à parte, o bairro progressista, seu povo e economia são dinâmicos, e sua presença no perímetro urbano de Conceição de Macabu, só nos engrandece. O bairro é muito carismático, cheio de casos e histórias interessantes, além de personagens marcantes como seu Jola – José Belmont Daumas - , que dos seus quase 100 anos, demonstra vigor físico e capacidade intelectual


invejáveis, tendo se tornado um dos marcos vivos da nossa história e das tradições da Vila Nova.

Vila da Ponte, Bairro da

Vilarejo, já transformado em bairro, formado próximo à Ponte do Sertão. Sua formação está relacionada ao fim da Usina Victor Sence, que levou dezenas de famílias a procurar terrenos baratos para construir suas casas, recorrendo à região. É residencial, mas existem também alguns bares. O bairro não é bem assistido de serviços públicos básicos, como água, esgoto, escola, coleta de lixo, etc.

Vila Progresso (Mutirão/Rhodia)

Localizado no bairro da Rhodia está o Mutirão, apelido da Vila Progresso, que, pelo tamanho, já pode ser considerado um bairro. O nome Vila Progresso é um auspício para que tudo corra bem, e o local prospere. Já o nome Mutirão, conta melhor a história do lugar. Em meados dos anos 80, surgiu um projeto de casas populares, construídas em regime de mutirão. O mutirão foi intenso, em poucos meses dezenas de casas eram levantadas e, rapidamente, formava-se mais um núcleo urbano em nossa cidade. Hoje em dia, o Mutirão é a residência de centenas de macabuenses e não se pode dizer que sua população parou de crescer. É basicamente residencial, embora diversos comércios estejam se formando na região.

Vila São José, Bairro da

Mais um bairro cujo nome está relacionado às tradições luso-católicas, não havendo dúvidas quanto à origem do nome. Embora a região esteja povoada desde os tempos da fundação da Fazenda Modelo Wenceslau Bello (hoje FIA), em 1923, foi um loteamento de propriedade do senhor Zeca Ferreira, em meados dos anos 70, que deu origem ao bairro. Daí também surgiu o nome Vila São José, uma homenagem que o loteador prestou ao santo de sua devoção, da qual tomou emprestado seu próprio nome: Zeca = José. É um dos bairros que mais cresce em Conceição de Macabu, devendo muito da sua expansão urbana ao crescimento da Bocaina e da Calçadinha, de onde provém boa parte de seus moradores, e com os quais faz limites, além da Vila Esperança e do Procura. Até bem pouco tempo, todas as ruas do bairro tinham nomes baseados na tradição luso-católica, sendo nesse quesito, o maior bairro de Conceição de Macabu, pois em nenhum outro temos tantos Santos e Santas. Em contraponto,


é um bairro com uma grande população não-Católica, talvez a maior da cidade, composta sobretudo de “Evangélicos”. O bairro é misto, agregando aspecto comercial e residencial. As taxas de crescimento são muitas elevadas e é possível, que em muito pouco tempo, passe a se confundir com a vizinhança: Bocaina, Vila Esperança e Calçadinha. Segundo o sítio Santo do dia: São José Príncipe da Casa Real de Davi e ao mesmo tempo humilde carpinteiro, é difícil se poder avaliar a grandeza de sua missão. É considerado o Patrono da Boa Morte porque morreu assistido pela Santíssima Virgem, sua Esposa, e pelo próprio HomemDeus, de quem era pai adotivo. Foi também declarado Patrono da Santa Igreja.

Vila Tavares, Bairro da

Um dos bairros mais distantes do centro da cidade, localizado às margens da RJ-186, entre o São Henri e Santa Catarina. O Tavares, como também é conhecido, deve seu nome ao loteador que deu origem ao bairro Tavares Gomes da Silva, que em meados dos anos 70, iniciou o processo de venda de lotes a preços populares, com pagamento facilitado, o que atraiu principalmente trabalhadores e ex-trabalhadores das fazendas da região, inclusive das propriedades da Usina Victor Sence. O bairro é urbanizado, sua rua principal é asfaltada. Possui posto de saúde, escola municipal, e todo tipo de comércio, com especial destaque para bares. A Vila Tavares é o centro de uma região que abrange a Fazenda do Ipê, a Seringueira, e até Santa Catarina.

XV de Março ou Rua 15 de Março (Inferninho/Vila Nova) Verdadeiro nome da rua principal que deu origem ao Inferninho. Ver também: Inferninho.

Agradecimentos: Em Campos:

Pe. Antonio Ribeiro do Rosário Walter Siqueira

Em Macaé:

Conceição Franco Vilcson Gavinho Rosali Quinan


Jane Marinho Lídia Aguiar Maria da Penha Ariana Miliosi Nonata Maria Uilian Guimarães Rosiam Pacheco Ir. Dagmar Nilger de Almeida - Tradução Italiano-Português Ana Maria Pujol – Tradução Espanhol-Português Marlene Murakami/Revisão Rodrigo Romeiro

Em Quissamã:

Alacir Rodrigues da Silva/Revisão e Diagramação Dona Leninha – Elena Barcelos Jesus Edésio de Farias

Em Nova Friburgo:

Derli Barbosa Moreira

Em Teresópolis:

Dr. Waldir Barbosa Moreira

Em Santa Maria Madalena: Mário Guimarães Maria Luísa Feijó Jomar Pereira Dias Silvia Soares Abreu

No Rio de Janeiro:

Senador/Antropólogo Darci Ribeiro - entrevistado em 1991 Lúcia Maria Maina Indigenista Orlando Villas Boas – seminário e entrevista concedida em 1992

Em Niterói:

Dr. Aloysio Tavares Picanço Dr. Mário Nunes Picanço Dra. Maria Apparecida Picanço Goulart Dr. Jorge Picanço Siqueira Mareda Fiorillo Bogado Sérgio Costa Velho

Em Rio das Ostras:

Edgar de Carvalho Bernarda Ornellas Gomes

Em Vitória – ES:


Océlia Boeck – sobre o governador Nestor Gomes

Em São Paulo – SP:

Célia Oy – sobre a Imigração Japonesa

Em Santos – SP Talita Pereira

Em Belém/Vigia – Pará

Therezinha de Carvalho Palheta

Em Belo Horizonte – MG:

Mateus Handam Alvim – Macabu Tabledance/Traduções em alemão

Em Walsrode – Alemanha:

David Steinacker – Macabu Tabledance/Traduções em alemão

Em Stutgard – Alemanha:

Joachin Ott – Macabu Tabledance

Em Santiago – Chile:

Verônica Andrea Donoso Selaive – Inversiones Macabu

Em Maputo – Moçambique

Lingüista indicado por Darci Ribeiro/Nome Ignorado – Grafia de Carukango

Em Conceição de Macabu: A/B/C

Andréa de Matos Procópio – Digitação Adelino Antonio de Campos Tavares (Em Memória) Alex Monteiro Tavares – Vila Tavares Antonio Augusto Fidalgo (Em Memória) Antônio Leite (Em Memória) – Paciência Antonio Getúlio da Silva Antonio Marcelus Salgado Tavares Antônio Marcos da Silva Gomes (Botão) Antônio Minguta de Oliveira (Em Memória) – Macabuzinho/Patos/Barata/Caju Aparecino Maciel (Em Memória) Arinete Silva de Sá Ascânio Gomes Augusta Silva – Barata/Caju Aurino Moura – Socó/Santo Agostinho Bruno Gomes – Vila Tavares Cláudia Márcia da Silva Negreiros - Fotos Carlos Edivar Barbosa Aded Carlos José Tavares de Oliveira Celi da Silva Maciel

D/E/F/G/H

Darclê Bersot Leal – Arquivo da FIA Délcio Pontes Pacheco


Douglas Fernandes – Arquivo Paroquial Edmar Neves Gambetta – Amorosa/Calambau Eduardo Ferreira de Carvalho Eleonora Bouçada Tassara Eliana Ignez Abreu Gomes – Revisão Evandro de Paula Gomes – Revisão Erival Gomes (Em Memória) – Macabuzinho/Patos/Barata/Caju Evaldo Pereira Tavares – Caju/Patos/Barata/Macabuzinho Fábio José da Silva Gomes (Buranha) Fernando Daumas (Galego) Francisco Ferreira do Cabo (Cabinho) Geraldo Azevedo Osório – Agulha/Balancé Germano Lima (Maninho Lima) Gilberto Navarro – Usina Victor Sence Haroldo Bastos Tinoco Helena Bouçada Tassara Hélio de Carvalho – Amorosa/Cachica Herculano Gomes da Silva (Em Memória) Hilda da Silva Gomes

I/J/K/L/M

Jeannete Paes Tavares Pacheco – Revisão João Carlos Salgado Tavares (Duão) João da Paixão Barbosa (Barbosa) Joedir Belmont Pe. Jorge Pereira – Arquivo Paroquial Joilson Mobarak (Kika) José Belmont Daumas (Jola) – Vila Nova/Monte Cristo José Carlos Ferreira Borret (Zezinho) José Luís Andrade – Roncador/Poaia José Mário de Campos Tavares José Miltonsiles Ornellas Gomes – Revisão José Roberto Machado do Norte (Pastel) Kelly Tavares Monteiro – Fotos Lanusse da Silva Gomes (Pinguinho) Laura Bouçadas de Araújo – Documentos/Fotos Liliane de Matos Henriques - Piteira Luciano Leal Tavares - Procura Luciene Neves Oliveira Lúcio Andrade Fidalgo - Cambotas Manoel José Fidalgo - Cambotas Márcio Andréa Vecci Maria José Santos – Fotos


Maria Madalena Tavares dos Santos Jorge Maria Magnólia da Conceição (Em Memória) – Estação/Santo Agostino/Calçadinha Marília Bouçada Tassara - Fotos Marlene Souza Rocha – Arquivo Paroquial Marlon Gomes Sardinha Milton Narciso da Costa (Miltinho) – Vila São José Morisson Cordeiro Couto - Procura

N/O/P/Q/R

Nanci Barbosa Andrade Otávio Oliveira Tavares (Em Memória) – Macabuzinho/Paciência Paulo Sérgio Procópio Pacheco (Paulinho de Délcio) Pedro Linhares Ramira Maria da Conceição – Curato de Santa Catarina Roberto Ribeiro – Patos/Usina Victor Sence

S/T/U/V/W/X/Y/Z

Silvério Pereira Rangel Vanusa da Silva Rocha – Usina Victor Sence Walace Negreiros da Silva – Revisão/Fotos Welton Teixeira Martins Zélia Santos Mota - Fotos Zeni Carvalho Restum

Equipe de Produção:

Alacir Rodrigues da Silva Andréa de Matos Procópio Eliana Ignez Abreu Gomes Evandro de Paula Gomes Jeannete Paes Tavares Pacheco José Miltonsiles Ornellas Gomes Marcelo Abreu Gomes Marlene Murakami Walace Negreiros da Silva

Instituições:

Arquivo da Massa Falida da Usina Victor Sence Arquivo Público do Espírito Santo – Vitória/ES Arquivo Público Estadual – Rio de Janeiro Arquivo Público Nacional – Rio de Janeiro Biblioteca Nacional – Rio de Janeiro Biblioteca Pública de Niterói - Niterói Biblioteca Pública de Nova Friburgo – N.Friburgo Biblioteca Pública de Teresópolis – Teresópolis


Cartório do Primeiro Ofício de Conceição de Macabu Casa da Cultura Francisco Portugal Neves – Sta. Mª Madalena Casa de Casimiro de Abreu – Barra de São João Centro Integrado de Educação Pública – CIEP-271/ Dr. José Bonifácio Tassara – Conceição de Macabu Centro de Memória Antonio Alvarez Parada – Macaé Espaço Cultural José Carlos Barcellos – Quissamã FIA – Fundação da Infância e da Adolescência de Conceição de Macabu Fundação Rio das Ostras de Cultura – Rio das Ostras Instituto Histórico e Geográfico de Macaé – Macaé Museu da Imigração Japonesa – São Paulo/SP Paróquia de Nossa Senhora da Conceição – Conceição de Macabu Primeira Igreja Batista de Conceição de Macabu

Fontes utilizadas: 1 – Depoimentos:

Adelino Antonio de Campos Tavares Antonio Fidalgo Antônio Leite Antônio Minguta de Oliveira Aparecino Maciel Aristides Soffiati Ascânio Gomes Aurino Moura Erival Gomes Celi da Silva Maciel Darci Ribeiro Francisco Ferreira do Cabo (Cabinho) Germano Lima (Seu Maninho) Herculano Gomes da Silva Hilda da Silva Gomes João da Paixão Barbosa José Belmont Daumas (Seu Jola) Maria Magnólia da Conceição Nanci Barbosa Andrade Orlando Villas Boas Otávio Oliveira Tavares Ramira Maria da Conceição Zeni Carvalho Restum


2 – Bibliografia: ABREU GOMES, Marcelo. Geografia Física de Conceição de Macabu. Rio das Ostras: Editora e Gráfica Poema,1997. ALLEMAND, Carlos. Conceição de Macabu. Campos: Editora Lar Cristão, 1998. AMARAL, Maria Adelaide.Dercy de cabo a rabo.Rio de Janeiro:Editora Globo, 2ª Edição, 1994. ATLAS HISTÓRICO E GEOGRÁFICO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Governo do Estado do Rio de Janeiro, 1993. BACIAS HIDROGRÁFICAS E RIOS FLUMINENSES – SÍNTESE INFORMATIVA POR MACROREGIÃO AMBIENTAL. Rio de Janeiro: Projeto Planágua-Semads/GTZ, 2001. BIDEGAIN,Paulo. Lagoas do Norte Fluminense. Rio de Janeiro: Projeto PlanáguaSemads/GTZ, 2002. BINDER, Walter. Rios e Córregos. Rio de Janeiro: Projeto Planágua-Semads/GTZ, 3ª Edição. 2001. BIZERRIL, Carlos Roberto. S. Fontenele. Peixes de Águas Interiores do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Projeto Planágua-Semads/GTZ, 2001. BORGES, Armando. História do Canal Macaé a Campos. Itaperuna: Damadá. 2000. ______.Folclore Macaense. Macaé: Gráfica Silva Santos. 1999. ______.Motta Coqueiro – O Último Enforcado. Macaé: Gráfica Silva Santos.1998. ______.História Econômica de Macaé. Itaperuna: Damadá Editora. 1999. BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário Escolar da Professora. Ministério da Educação, 1963. CARVALHO, Augusto de. Apontamentos para a História da Capitania de São Tomé. Campos: Typ. Lith. De Silva, Carneiro e Comp. 1888. CARVALHO, Waldir Pereira de. Gente que é nome de rua. Campos dos Goytacazes, 1985. CONCEIÇÃO DE MACABU. Fundação Instituto do Desenvolvimento Econômico e Social do Rio de Janeiro. Governo do Estado do Rio de Janeiro, 1978. CONCEIÇÃO DE MACABU. Plano de Desenvolvimento. Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, 1978.Vol.2. DICIONÁRIO AURÉLIO. São Paulo: Nova Fronteira. Edições de 1997 a 2002. DICIONÁRIO BRASILEIRO DE ARTISTAS PLÁSTICOS – Ministério da Educação e Cultura – Volume 3. DICIONÁRIO DO FOLCLORE – Ministério da Educação, 1975. DICIONÁRIO MICHAELIS. São Paulo: Editora Melhoramentos. Edições de 1992 a 2002. DICIONÁRIO PRÁTICO DA LÍNGUA PORTUGUESA AURÉLIO. São Paulo: Nova Fronteira. 1997. DICIONÁRIO RUTH ROCHA. Rio de Janeiro: Scipione. Edições de 1996 a 1999. ELVIRA, Maria. Mas...O Sangue Faltou. Macuco: Editora e Gráfica Macuco,1973. ENCICLOPÉDIA BARSA. Volumes 1 a 5. ENCICLOPÉDIA MIRADOR INTERNACIONAL. Todos os volumes. FEYDIT, Júlio. Subsídios para História de Campos dos Goytacazes.Campos, 1900. FONSECA,Eilton. Estação Bedengó – Uma trilha de lutas dos ferroviários macaenses. Rio de Janeiro: Ed. Achiamé, 1996. FONSECA, Júnior. Dicionário de Yorubá.Prefácio,1983. GAZETA MACABUENSE. Coluna Macabu Antigamente. Diversos exemplares.


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_____.Imagens de Teresópolis.1984. _____.Personalidades de Teresópolis.1985. _____.Ruas de Teresópolis.1983. REYS, Manoel Martins do Couto. Manuscritos de Manoel Martins do Couto Reys, 1785 – Descripção Geographica, Política e Cronographica do Disctrito dos Campos dos Goiatacaz.Rio de Janeiro: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro - Coleção Fluminense. 1997. RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. 1995. RODRIGUES, Hervé Salgado. Campos na Taba dos Goytacazes.Biblioteca de Estudos Fluminenses – Série Municípios. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial,1988. ROSÁRIO, Antonio Ribeiro do. Reflexões e lembranças de um padre. Campos dos Goitacazes: Damadá, 1985. RUGENDAS,João Maurício. Viagem Pitoresca Através do Brasil. São Paulo:Livraria Martins Editora, 5ª Edição. SCISINIO, Alaor Eduardo. Escravidão e a Saga de Manoel Congo. Editora Achiamé, Rio de Janeiro, 1988. SERRAMAR. Coluna Personalidade Macabuense. Diversos exemplares. SILVA, Azevedo. Terra Fluminense – A Terra e o Homem. 2ª Edição. 1938. SILVA, João José Carneiro da. Notícias Descritivas do Município de Macahé.1881. SILVA, José Carneiro da. Memória Topográphica e Histórica sobre os Campos dos Goytacazes. Rio de Janeiro: Typographia Leuzinger, 1907. SILVA, J. Norberto de Souza e. Memória Histórica e Documentada das Aldeias de Índios da província do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico do Brazil, 1855. SIQUEIRA, Jorge Picanço. Centenário do Nascimento do Farmacêutico José Siqueira da Silva. Niterói: Parceria Editorial. 1999. ________. Carukango. Cordel. Rio de Janeiro: Cia. Brasileira de Artes Gráficas, 1984. ________. Motta Coqueiro. Cordel. Rio de Janeiro: Cia. Brasileira de Artes Gráficas, 1984. ________.Centenário de Nascimento de Maura Picanço Siqueira. Niterói: Parceria Editorial,2002. SIQUEIRA, Walter. Conceição de Macabu.Campos: Edições Pedralva, 1977. SOFFIATI NETTO,A. A. Meio Ambiente e Movimentos Sociais no Norte-Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Campos: Depto. De Serviço Social da UFF.1995. ._______________Os Canais de Navegação do Século XIX no Norte Fluminense: O Canal Campos-Macaé. Representação ao Ministério Público. SUBSÍDIOS PARA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS MACACU, SÃO JOÃO, MACAÉ E MACABU. Rio de Janeiro: Projeto Planágua-Semads/GTZ, 1999. TAVARES, Godofredo Guimarães. Imagens da Nossa Terra. Rio de Janeiro: Prymil Editora, 2002. TINOCO, Godofredo. Motta Coqueiro – a grande incógnita. Rio de Janeiro: Livraria São José Ltda. 1966. _______. Macaé. Rio de Janeiro: Livraria São José Ltda. 1960. Uma Pequena História: A Geração de uma Princesa Africana.


VASCONCELLOS, Antão. Evocações - Crimes Célebres em Macahé. Rio de Janeiro: Benjamin de Águila, Editora. 1911. VASCONCELLOS, Francisco. O amanhecer do Sistema Viário Fluminense. Monografia. 3 – Documentos: Almanak Laemmert – Edições de 1852 a 1889 – referentes as freguesias de Conceição de Macabu, Carapebus, Neves, Madalena e São Francisco de Paula; Registros Paroquiais de Nascimentos de Pessoas Livres e Escravos da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu – 1855 a 1889; Registros Paroquiais de Casamentos de Pessoas Livres e Escravos da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu – 1848-1868; Registros Paroquiais de Terras da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Macabu – 1855-1857; Registros Paroquiais de Terras de Cantagallo: Freguesias de Santa Maria Madalena e São Francisco de Paula – 1855-1857; Registros Paroquiais de Terras de Macahé: Freguesias de Quissamã, Nossa Senhora das Neves e Carapebus – 1855-1857; Registros Cartoriais de Nascimentos e Óbtos da Comarca de Conceição de Macabu– 1889, 1920,1976-1978; Registro de Óbito de Milicianos Brancos que Combateram um Quilombo no Rio Macabu – Paróquia de Nossa Senhora das Neves – 1831; 4 – Mapas: Bacia Hidrográfica do Rio Macabu - Uso do Solo e Cobertura Vegetal – Esc. 1:200.000 Rio de Janeiro: Projeto Planágua-Semads/GTZ, 1998. Cartas Aerofotogramétricas do IBGE: Macaé, Lagoa Feia, Quissamã, Renascença, Conceição de Macabu, Trajano de Morais e Campos dos Goitacazes. Rio de Janeiro:IBGE. Escala 1:50.000. 1967. Carta Corográfica da Província do Rio de janeiro. Seguindo os reconhecimentos feitos pelos Coronel Conrado Jacob de Niemeyer, o Major Henrique Luís de Niemeyer Bellegarde, Carlos Frederico Koeler e Carlos Rivierre, Directores e Chefes das Secções da Directoria das obras Públicas. Contendo os trabalhos Hydrographicos e Topographicos do Almirante Roussim, do Marechal Miranda, do Brigadeiro Xavier de Brito, do tenente-General Couto Reys, dos Marechais Andréa e Cordeiro. Coordenada e Desenhada pelo Engenheiro Pedro Taulois, encarregado do Archivo da Directoria. Sendo Presidente da mesma o Brigadeiro João Paula dos Santos Barreto. 1860. Carta da Província do Rio de Janeiro - 1840. Carta Topographica e Administrativa da Província do Rio de Janeiro e do Município Neutro. Erigida sobre os documentos mais modernos pelo Visconde de Villiers de Cheadam. Gravada na Lithographia Imperial de Vilareé. Publicada no Rio de Janeiro por Garnier e Irmãos. 1850. Fragmentos de mapas do Norte Fluminense de 1863 e 1891. Mappa da Província do Rio de Janeiro. Mandado organizar para o serviço de Immigração pelo presidente da Província o Exmo. Sr. Dr. Antonio da Rocha Fernandes Leão. 1887. Mappa do Estado do Rio de Janeiro – 1892. Composto sobre os últimos mappas existentes e de acordo com as estatísticas e demarcações officiaes – organizados por Hilário Massom e


José Clemente Gomes. Editores proprietários: Laemmert e Cia. Rio de janeiro, 1892. escala 1:500000. Planta da Direcção do Canal de Campos a Macahé – 1846. Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho – Presidente da Província do Rio de Janeiro. Planta da Província do Rio de Janeiro, 1830. Planta Geral da Lagoa Feia e Suas Dependências. Rio de Janeiro: Comissão de Estudos do Saneamento da Baixada do Rio de Janeiro, 1931. Província do Rio de Janeiro, 1866.

5 – Internet: • AlmanaK Laemmert: www.crl.uchicago.edu/info/brazil/pindex • Bibliotecas e arquivos: www.bn.br www.casaruibarbosa.gov.br www.arquivonacional.org.br www.memorialdoimigrante.sp.gov.br www.aperj.rj.gov.br • Cultura Indígena: http://www.unb.br/il/liv/papers/aryon.htm http://www.lafape.iel.unicamp.br/Publica%C3%A7%C3%B5es/GENERO.pdf • Dados, Estatísticas, Estudos, Organizações Internacionais: www.cide.rj.gov.br www.ibge.gov.br www.fao.org www.unesco.com.br www.unicef.org • Dicionários de Sinônimos: www.uol.com.br/Michallis www.uol.com.br/aurelio • Dicionários de Tupi: http://www.escolavesper.com.br/paginaindio/pagindio/dicionariotupi.htm http://www.areaindigena.hpg.ig.com.br/dicionario.htm • Diversos: Júnior – Futebol Turco: www.soccerage.rete.it/it/04/21888.html - Obs.: Sítio em italiano; Fera de Macabu – Livro de Carlos Marchi: www.macabu.com.br ; Selo raro – “Cabeça do Imperador” – Com carimbo de Macabu: www.arremate.com/antiguidades/selos/macabu ; Rio Macabu na Martinica: www.midianweb.it/viaggi/martinica.htm - Obs.: Sítio em italiano; Pousada Himalaia do Macabu : www.assuramaya.com.br/pousada; Ação Social – Alemanha : www.lateinamerikazeitrum.de/pdf/4-2000/europa%204.00.pdf Obs.: Sítio em alemão; Dengue e outras doenças em Macabu: www.memorias.ioc.fiocruz.br/99caxambu/molecho.pdf Obs.: Sítio em francês;


Ecologia: www.netflash.com.br/ecologia/principal.htm Banda Macabu: www.bluesandbeer.com.br/maivo.htm , anjosderesgate.com.br; Turismo: www.brasiltours.ch/abentewwer_rio.htm - Obs.: Apesar de indicar procedência chilena (ch), o sítio está em alemão; Trovador Macabu: www.cdlle.org.es/xv.html ; Vera Lúcia Andrade Bueno: www.niteroi_artes.gov.br/verabueno.html ; Sítios em Letão: www.smigi.edu.lv/multim.htm .cs.llu.lv/jaun/l_ples ; Samba da Rosas de Ouro – 1994: www.carnaval-samba.com.br ; Rio das Ostras: www.riodasostras.com.br ; Orquídeas: www.whereintheworld.co.uk/level3_pages/bees-brazil - Obs.: Sítio é em inglês; Restaurante e boate Macabu: www.interhogast.de ,four-roses.de , macabu.xxi.de , etc. – Obs.: Sítios em alemão/inglês; Locomotivas: www. steam.demon.com.uk – Obs.: Sítio em inglês; Bananas: www.icfes.gov.co - Obs.: Este é em espanhol, mas a maioria é em inglês; Usina Victor Sence: www.americanartifactes.com - Obs.: Em inglês e, traz registros de 3 de março de 1914; Inversiones Macabu Ltda.: www.chilnet.cl/rc/port_select_componies/inversionesmacabultda Obs.: Possui versão em português, mas a empresa é chilena...incrível! Língua Desconhecida: www.tgpsubmitter.com/tgp Sítio em Japonês: www.geocities.co.jp/silkroad.forest/7422 ; Quilombo do Carukango: www.castelo.com.br/projetos ; • Enciclopédias: www.uol.com.br/almanaque/index2.htm www.uol.com.br/bibliot www.encyclopedia.com www.eb.com • Jornais, Revistas, Televisões: www.uol.com.br/jornais www.folha.com.br www.jornaldobrasil.com.br www.odia.com.br www.oglobo.com.br www.globonoar.com.br * Registros Paroquiais de Terras: www.aperj.rj.gov.br www.docvirt.com.br • Religiões, Santos, etc.: www.santododia.com.br www.vaticon.va • Sítios de Busca: www.altavista.com.br www.cade.com.br www.google.com.br www.radaruol.com.br www.yahoo.com.br • Personalidades:


http://www.angelamariasapoti.hpg.ig.com.br/index.htm • Mapas, Canal Macaé-Campos/Estrada de Cantagalo/E.F.Barão de Araruama/E.F.Leopoldina : www.bussolaescolar.com.br www.letraseartes.com.br www.ihp.org.br www.vcfo.com.br www.trensecia.com.br www.mapquest.com www.maps.com • Tradutor: www.babel.altavista.com.br E mais: os sítios citados anteriormente no livro (ver Macabu), além de outros 2.500 que exigiriam outro livro.

Instituições: *Arquivos: Arquivo da Massa Falida da Usina Victor Sence Arquivo Nacional Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro Arquivo Público do Estado do Espírito Santo Arquivo Particular do Autor Centro de Memória Antonio Alvarez Parada – Macaé Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição *Bibliotecas: CIEP 271 –Dr. José Bonifácio Tassara/Conceição de Macabu UNED-Macaé Nacional do Rio de Janeiro - FBN Pública de Nova Friburgo Pública de Santa Maria Madalena Pública de Teresópolis Centro de Memória Antonio Alvarez Parada – Macaé Particular – do Autor Palácio da Cultura – Campos *Museus: Imigração Japonesa - São Paulo Jarbas Brasil de Morais – Conceição de Macabu Imagem e do Som – Rio de Janeiro

O Autor:


Marcelo Abreu Gomes é professor de História, e pesquisador amador das mais diversas áreas: Geografia, Paleografia, Arqueologia, Botânica e Zoologia. Já escreveu dois outros livros, centenas de artigos e matérias jornalísticas, ajudou a produzir um cd-rom, além de três sítios para Internet, sem contar com os que atuou como colaborador. Apesar do gosto pela Internet e outras tecnologias, é muito eclético, apreciando também passeios por ambientes naturais como florestas e cachoeiras, ou ambientes culturais, como museus e centros culturais, além de jogos, especialmente as difíceis partidas de dama, ludo e videogames com seu filho mais velho, Leonardo. Por falar em filhos, tem dois: Leonardo e Júlia. O primeiro é o seu lado tecnológico, já a segunda representa seu lado silvestre, nunca dispensando um bom banho de cachoeira, por exemplo. Sua esposa Aline partilha uma parte de seus gostos, o tecnológico,e, embora não se furte a curtir uma cachoeira, prefere distância do “mato”. Nascido em novembro de 1967, no mesmo mês da morte de Tchê Guevara, e nascimento de Picasso, Pelé e o marechal Rommel, tem 36 anos.



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