Revista Informando

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Condomínio Nova Ipanema

Informando

Páscoa feliz

O coelhinho marcou presença no condomínio e fez o domingo mais doce para a criançada. Um dia de muita alegria e brincadeiras. Confira!

Eleições gerais

Confira quem são os eleitos para 2023/2025. O Colegiado é a sua voz!

Nº601 abril/maio/junho 2023
V i s i t e a n o s s a n o v a C A F E T E R I A n a l o j a S u p e r m a r k e t A v . d a s A m é r i c a s , 6 4 5 5

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Sempre ela

Um ditado judaico diz o seguinte: “Deus não pode estar em todos os lugares, e por isso fez as mães”.

Para quem é mãe, faz todo sentido, porque o desejo permanente é de estar sempre por perto, para proteger e orientar, independentemente da idade do filho.

E de certa forma, ela sempre está. Quando a mãe é presente na educação, quando emprega a amorosidade como fio condutor no crescimento de meninos e meninas, uma vozinha, lá no fundo, diz: “vai por aqui. Cuidado. Esse é um bom caminho”.

Essa voz suave, serena, acompanha o indivíduo por toda a sua jornada, até se tornar pai ou mãe. E a vida segue, a roda gira, e o mundo ganha bons cidadãos.

Por aqui temos esse amor incondicional no ar. Basta uma circulada pelo bosque, no clube, nos eventos, para se deparar com mães exercendo o amor em sua forma mais bela.

Assim, aproveitamos a proximidade da data para homenagear todas as mães do condomínio. A elas, todo o nosso respeito e, acima de tudo, a gratidão, de filhos e filhas, que não vivem sem você, mãe.

Feliz dia a todas as mamães!

Presidente Executivo

José Carlos Maffei

Diretor Administrativo

Antônio Carlos Dantas

Comissão Editorial

Flávia Chernicharo Gomes - Presidente

Marivone Bittencourt

Eduardo Ferreira D’Azambuja Ramos

Juliana Fontes Thomaz

Diana Araujo – Secretária da ACNI

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Tel.: 3325-8788 | Fax: 3325-4121

www.novaipanema.com.br

www.facebook.com/NovaIpanemaOficial novaipanema@novaipanema.com.br

Os artigos àssinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião do condomínio.

Revisão

Laila Silva

Direção de Arte/Diagramaçao

Rachel Sartori

Comercial 3471-6799

Redação 97374-6674 editora@grupocoruja.com

Editora-Chefe

Tereza Menezes Dalmacio

Reportagem

Felipe Souza | Lourrayne Lima

Impressão Graffitto

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Especial
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Eleições do Colegiado: FESTA DA DEMOCRACIA

O condomínio Nova Ipanema, ao longo de seus 45 anos, contou com a participação de sua comunidade, que foi decisiva para o bom funcionamento desse pequeno bairro dentro da Barra da Tijuca. Tudo tem sido decidido de forma muito transparente e democrática. Desta forma que os membros do Colegiado são eleitos, assim como o Conselho Consultivo, o presidente da ACNI e o presidente executivo.

Linha do tempo

23 de março | Assembleia Geral Ordinária

Na AGO foi discutida a pauta previamente aprovada pelo Colegiado, que tratou de diversos assuntos, entre eles prestação de contas, orçamento para o novo ano, realizações do período de 2022/2023, projetos futuros, novos investimentos, além da votação para eleger

o síndico do condomínio Nova Ipanema, os subsíndicos administrativo e financeiro e o Conselho Consultivo.

À mesa, o presidente da ACNI, Valdir Castelo; o presidente executivo, José Carlos Maffei; os moradores Carlos Roberto de Castro (Cacá), presidente da Assembleia

Geral; Antonio C. Dantas, secretário da Assembleia Geral; e Dr. Walmir Ferreira Neves, advogado.

José Carlos Maffei mostrou algumas das melhorias realizadas no último exercício, como adequação de quadra para o beach tennis e de futebol de mesa, reforma das quadras de vôlei e polivalente,

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refletores de LED para as quadras de tênis e areia, aproveitamento dos aquecedores antigos para as piscinas média/pequena, substituição da grama sintética do campão, recuperação das calçadas de pedra portuguesas, reforma do sistema elétrico da boate e substituição das lâmpadas das ruas por lâmpadas de LED. Também foram apresentados os principais eventos realizados no período, como a comemoração da Páscoa, Dia das Mães, Festa

Junina, 45 anos de Nipa, shows, rodas de samba, Natal e outras.

Para as votações que indicariam os representantes do condomínio, a Associação dos Condôminos de Nova Ipanema (ACNI), mais uma vez, por unanimidade, assumiu a função de síndico. Já os condôminos Nicholas John Burridge e Sergio Perrella foram eleitos para subsíndicos administrativo e financeiro respectivamente.

Também foi eleito o novo Conselho Consultivo para o biênio 2023/2025, que será composto pelos condôminos Pedro Gartner, Maria de Fátima Schmidt, Marcos W. Nobrega, Carlos A. Resende e Tarcísio R. Albuquerque Filho.

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29 de março | Reunião

TITULARES:

1º. Antonio Carlos Dantas

2º. Jose Carlos dos Santos Maffei

3º. Clorivaldo Bisinoto

4º. Lincoln da Silva Carvalho

5º. Mario Szheer

6º. Mariana Weil

7º. Juliana N. Fontes Thomaz

8º. Josean Iatauro

9º. Luiz Cândido Machado

10º. Valdir Antonio B. Castelo

11º. Eliezer Negri

12º. Leonardo Mendes Lara

13º. Rodrigo Zardo

14º. Carlos Roberto de Castro (Cacá)

15º. Claudio dos Santos Maffei

16º. Arnaldo J. Pessoa Souto Maior

CADEIRAS NOMINADAS:

° Cellini – Flavia Chernicharo

Gomes

° Bernardelli – Eduardo Ferreira

D’Azambuja Ramos

° Bellini – Ralph Richard Frank

° Giacometti – Mario Sergio P.

Fontes

° A. Rodin – Luiz Edmundo de Andrade

° H. Laurens – Eduardo A. Pizzolato

° M. Marini – Miguel Lucarelli

° Bernini – Gilberto Moura

° Kobe A – Pedro Antonio Ribeiro da Silva

- Jurandir Seabra Canelas Filho

° Kobe B – Rosane Bomfiglio

- Manuel Fernando L. Sotomayor

° POT A - Pedro Paulo Cavalcanti

D’Albuquerque

- Jones Pereira Reis

° POT B – Roy Julio Jacobsohn

- Ricardo Daudt D’Oliveira

° SSA – Nicholas John Burridge

° SSF – Sergio Perrella

° LCOM – Raul Simas

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Nesta reunião, tomaram posse todos os eleitos em 12/03/2023 (cadeiras inominadas), 16/03/2023 (cadeiras nominadas) formando o Colegiado da ACNI para o biênio 2023/2025. São eles:
Presidente executivo, José Carlos Maffei. Diretor administrativo, Antonio C. Dantas.

SUPLENTES:

1º. Flavio Menna Barreto

2º. Claudio B. Mendonça Campos

3º. Licínio Gonçalves de Pinho Neto

4º. Marivone B. Bittencourt

5º. Luiz Carlos Xavier de Souza

6º. Fabricio Fraga Cardoso Guimarães

7º. Carlos Alberto Fernandes Neves

8º. Arialdo Aguiar Holanda

9º. Carlos Henrique Marques de Sá

10º. Leandro Pereira de Souza

11º. Claudia Lúcia Morais da Silva

12º. Katia Maria Sabino P. de Araujo

13º. Paulo Roberto Sampaio

14º. Marcos Falcão da Silva Porto

15º. Renato Cacciola

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4 de abril | Presidente e vice

O trabalho do presidente executivo do condomínio Nova Ipanema está voltado para a busca de excelência, da qualidade e da transparência administrativa. São quase 46 anos de existência, e o Nova Ipanema segue se renovando e trabalhando para promover o bem viver para todos os moradores.

Com essa visão e missão, o presidente executivo José Carlos

Maffei foi eleito em Assembleia Extraordinária da ACNI com 29 votos dos 30 votantes.

Esse resultado expressivo comprova a confiança que o morador deposita na administração do condomínio, liderada por José Carlos Maffei.

Com total comprometimento, as melhorias aprovadas em AGO terão continuidade, sempre

tratando o condomínio como unidade, célula viva que abriga tantas famílias.

Cientes do nosso compromisso com cada condômino, essa Administração segue pronta e apta a realizar todo trabalho necessário para os projetos em andamento e os futuros. Sigamos com fé, força e muita determinação. O condomínio Nova Ipanema conta com cada um de nós!

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Presidente do Colegiado, Valdir Castelo (Marino Marini) agradeceu a toda comunidade do Nova Ipanema o comprometimento dos moradores na votação deste ano, que contou com 218 eleitores. Um recorde! Os membros do Conselho Consultivo: Marcos Nobrega (Bernini), Peter Gartner (Celini), Maria de Fátima Schnidt (Bernardelli) e Carlos Araújo Resende (Marino Marini). Na foto: Peter Gartner (presidente do Conselho Consultivo), Antonio Carlos Dantas (diretor administrativo), José Carlos dos Santos Maffei (presidente executivo) e Valdir Castelo (presidente da ACNI). A comissão eleitoral: Maria de Fátima Schnidt (Bernardelli), Carlos de Araújo Resende (Marino Marini) e Yara Gentile (Bellini).

VOCÊ SABIA?

Atribuições do presidente do Colegiado (art. 33 do Estatuto Social)

° Reunir-se com o presidente executivo e com os presidentes das comissões colegiadas, deles recebendo assessoramento, transformando este subsídio em matéria a ser apreciada pelo Colegiado, caso haja discordância de opiniões;

° Determinar e fiscalizar o cumprimento das decisões do Colegiado, na condição de seu mandatário direto;

° Processar e submeter ao plenário do Colegiado, incluindo na pauta da primeira sessão, as matérias de sua competência ou as que o Colegiado chamar à sua apreciação;

° Despachar o expediente e elaborar a agenda das sessões do Colegiado e daquelas reuniões previstas;

° Responder, por escrito, aos ofícios, cartas e memorandos que forem enviados por membros do Colegiado ou pelo presidente executivo;

° Conduzir o processo de eleição do presidente executivo.

Atribuições do presidente executivo (art. 35 do Estatuto Social)

° Representar a Associação ativa e passivamente, em juízo ou fora dele;

° Fazer cumprir a Convenção e o Regulamento do Condomínio, exercendo, em nome da ACNI, a sindicância desse condomínio em harmonia administrativa com os subsíndicos e as comissões colegiadas;

° Apreciar e diligenciar sobre os assuntos dos livros Sede e Bairro, e-mails e demais canais, dando ou encaminhando soluções para os problemas, reclamações e sugestões neles constantes;

° Observar e fazer cumprir as resoluções do Colegiado;

° Processar e submeter ao plenário do Colegiado as matérias de sua competência ou as que o Colegiado chamar para sua apreciação;

° Prestar contas de sua gestão em relatório escrito, anualmente ou ao deixar o cargo. Fazer transposição de verba, mediante autorização do Colegiado ou, em caso extraordinário, ad referendum desse, com a prévia anuência do presidente do Colegiado;

° Instituir e prover a Diretoria como melhor lhe aprouver, ad referendum do Colegiado, fazendo exonerações que lhe parecerem necessárias;

° Regulamentar o funcionamento da Diretoria e estabelecer a competência de seus membros;

° Reunir-se, quando necessário, com os subsíndicos do condomínio e com os presidentes das comissões, deles recebendo conselhos e assessoramento;

° Desempenhar quaisquer outros encargos ou funções que o Colegiado entender lhe cometer;

° Expedir atos normativos e fiscalizar a sua fiel execução;

° Responder, por escrito, aos ofícios, cartas e memorandos que lhe forem enviados por membros ou órgãos do Colegiado;

° Encaminhar cópias das respostas e soluções das ocorrências para a secretaria ou o plenário do Colegiado;

° Participar, quando convocado, das reuniões das comissões colegiadas, opinando e recebendo conselhos e assessoramento;

° Solicitar de todas as comissões colegiadas, dentro da competência de cada uma delas, parecer escrito sobre contratação de execução de obras e de prestação de serviços, aquisição de materiais ou equipamentos, que sejam de valor relevante, a critério do Colegiado;

° Reportar ao plenário o andamento dos assuntos levantados em sessões do Colegiado e outros relevantes que estejam sob sua responsabilidade.

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PÁSCOA FELIZ

Mais uma vez, a Páscoa do condomínio foi marcada pela alegria, encontro de famílias e muita amorosidade.

A criançada teve uma manhã repleta de brincadeiras comandada pela Equipe Eu Eventos, como caça a cenouras, coelho na toca e brinquedos infláveis.

A chegada do coelhinho da Páscoa, foi o ponto alto da festa e com certeza já está na memória de muitos meninos e meninas.

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Moradores do Henri Laurens, Mariana Faini, Eduardo Bueno e Tania Bueno, pais de Cadu (1 ano e 8 meses), celebraram a data em família. Família reunida em clima de Páscoa: Camila Fleck, Pedro Silveira (Henri Laurens), pais de Pedro Arthur (3 anos) e Caroline (7 anos). Bia Starling (Rodin) aproveitou para registrar o momento com os filhos Gael (1 ano) e Nina (8 anos). Rosa (6 anos), moradora do Henri Laurens, se vestiu a caráter para celebrar a Páscoa. Uma coelhinha linda!

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turminha (todos do Rodin) passou a manhã inteira se divertindo. Na foto: Nina (8 anos), Gael (1 anos), Daniel (10 anos) e Thiago (8 anos). Patrícia e Rafael Nakajima (Bernini) são os pais de Luiza (6 anos) e Alice (1 ano). A família registra sempre todas as datas comemorativas em fotos. Mais uma para o álbum de família: Natalia Borges e Fábio Borges, pais de Pedro (5 anos), moradores do Cellini. Beatriz Dianin e sua filha Carolina (5 anos), moradoras do Rodin, chegaram cedo na festa e a pequena ficou entusiasmada com a chegada do coelhinho. Maria (1 ano) fez a diversão da família caracterizada de coelhinha. Sua mãe Vanessa Gomes contou que a pequena ama o coelhinho. Antônia (6 anos) foi mais uma que aguardou ansiosamente para registrar em foto esse momento. Os irmãos moradores do Bernini: Maria (9 anos) e Dante (7 anos) garantiram a foto com a estrela da festa. Nathália Moura, Tiago Avena (Bernadelli), pais de Ana Luísa (3 anos) e Maria Clara (8 anos), e sua amiguinha Antônia (8 anos).

O uso abusivo dos ELETRÔNICOS E DA INTERNET

Com a pandemia da Covid-19, as telas de tablets, computadores e celulares se tornaram instrumentos abusivamente presentes na vida das crianças e dos adolescentes.

O período da quarentena foi um grande desafio para o convívio familiar, na medida em que as crianças passaram a ficar sob o cuidado dos pais 24 horas por dia, sem poder compartilhá-los com a escola, com outros familiares, com as babás ou as empregadas domésticas.

Era do conhecimento de todos que o uso de tecnologias por

crescente nos últimos tempos. Os debates e reuniões de profissionais das áreas educacionais, psicoterapeutas, fonoaudiólogos e médicos já vinham alertando sobre os prejuízos no desenvolvimento psíquico e neurológico.

É importante citar alguns desses prejuízos: atrasos na aquisição de habilidades motoras e cognitiva, atraso da fala, perturbação do sono, irritabilidade, ansiedade, depressão, déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de alimentação, sedentarismo, problemas visuais e auditivos, transtornos posturais, entre outros.

Crianças cada vez menores estão sendo seduzidas ou até mesmo levadas para esse mundo digital, na qual as telas são protagonistas de grande parte do seu dia a dia. As viagens em família, almoços e momentos de lazer, contextos em que a interação e o diálogo se faziam presentes, hoje são escassos já que, o contato com tablets e celulares atraem total atenção das crianças, inclusive nesses momentos. As crianças cada vez mais estão deixando de aprender e a se familiarizar com ambientes, pessoas e situações diferentes. Resumindo, as crian -

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Por Maria Stella Cosentino Mandaro Psicóloga clínica

ças estão deixando de aprender como se “comportar” ou como lidar com um mundo real cheio de adversidades.

A infância é um momento de estruturação em que o cérebro, o corpo e o psiquismo estão em formação. As experiências de vida são decisivas para a criança, e por isso é importante pensar que “lugar” pertence a ela em casa, na escola e na sociedade. É na relação com o outro que a criança se estrutura.

O problema seriam os instrumentos eletrônicos ou o fato de os adultos estarem demasiadamente ocupados trabalhando, vivendo um afastamento das reuniões familiares, do convívio com a vizinhança, enquanto as crianças ficam sozinhas? A infância é um tempo da vida crucial para a formação, mas ela termina. Por isso, é importante pensar em como arrumar tempo e lugar para transmitir à criança aquilo que é decisivo para que ela se torne um adulto saudável e realizado.

Educar dá muito trabalho, mas ao conviver com uma criança, o adulto acaba inventando brincadeiras e evocando passagens da sua própria infância que, se não fossem por esses momentos especiais, cairiam em esquecimento. As crianças acabam por fazer um favor ao tirar seus pais do automatismo da vida adulta, levando-os a dividir e a divulgar as brincadeiras de suas gerações.

Não há dúvida de que a internet é a pior “babá eletrônica” do que foi a televisão em outras épocas. A facilidade que cada integrante de uma família encontrou em usar uma tela para assistir ou jogar o que bem entendesse, incentivou a individualização de um processo que antes era coletivo. Ao dar um tablet ou um celular para uma criança com o objetivo de deixá-la quieta é abrir a porta para um estado de passividade.

A televisão já foi alvo de grandes debates e discussões sobre o tempo apropriado que as crianças deveriam assistir, mas o seu uso implicava e proporcionava o encontro de amigos e famílias, provocando conversas e comentários após os programas. Com uma tela individual não há mais conversa. Enquanto a programação da televisão termina, a da internet não termina. Os pais não conseguem muitas vezes ter o controle do que as crianças estão assistindo, conteúdos muitas vezes inapropriados e pouco instrutivo são oferecidos. A criança que brinca está em atividade, construindo uma história. A criança que fica na frente da tela é uma mera espectadora, o que pode trazer diferentes consequências para cada idade.

A criança de 0 a 3 anos vive um momento decisivo para a apropriação e reconhecimento do seu corpo e a entrada na linguagem. Quando ela fica diante de uma tela passivamente por muito

tempo, deixa de circular, de se movimentar pelo espaço, o que pode impedir o seu reconhecimento corporal.

Se fica exposta a um eletrônico que emite sons e não sustenta a lógica de uma conversa, como irá desenvolver de forma eficaz a linguagem? Nesse período de vida é fundamental a relação da criança com o outro. O outro que fala, escuta, estimula, brinca e que muitas vezes se faz de espelho. Espelho esse que aponta, reconhece e auxilia no desenvolvimento da criança.

Existe a fase da construção do faz de conta, de criar brincadeiras que impliquem em fantasiar. A criança constrói uma história que é dividida com outro participante e, conjuntamente, passam a dividir a mesma fantasia. Isso possibilita a interação, a criação de vínculos e estimula a criatividade. Nos jogos virtuais, esse trabalho é poupado. Mesmo nos mais criativos, os contextos aparecem prontos, seja o cenário, a missão ou o personagem de cada um.

Mais importante do que consultar tabelas que indicam um limite de tempo de uso de eletrônicos para cada idade, é pensar “que lugar” esse mundo dos eletrônicos está ocupando na vida das crianças e dos jovens.

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O que está sendo permitido a essas crianças é um reflexo das dificuldades dos adultos em estabelecer uma divisão entre o tempo de trabalho e o lazer. A internet móvel só vem facilitar ainda mais a dificuldade de se colocar limites às invasões constantes de pessoas que não estão presentes, nos fazendo esquecer e, às vezes, ignorar as

pessoas que nos esperam chegar em casa, que nos aguardam para contar as novidades, dividir uma conquista ou até mesmo para compartilhar uma refeição. Muitas vezes, os pais entram em casa com os celulares nas mãos, respondendo mensagens de chefes, dando continuidade a reuniões, fazendo compras em aplicativos, conversando com amigos... E, dessa forma, a noite chega, todos se recolhem para dormir, poucas palavras foram ditas, a troca de carinho ficou esquecida e os laços familiares, rompidos.

Para as crianças que dependem radicalmente do lugar que os pais lhe dão, isso tem consequências inegáveis.

Para conseguir elaborar o que lhes acontece no dia a dia, na escola, na família, nos grupos sociais, as crianças precisam produzir, ativamente, suas representações em vez de ficarem como espectadoras passivas de um entretenimento digital. Desenhar, modelar argila ou massinha, criar peças de teatro, brincar de “casinha” e de “escolinha” são alguns exemplos de como a criança pode elaborar aquilo que é vivido e a faz transformar acontecimentos em experiências sobre as quais se produz algum saber. Essa elaboração subjetiva é que dá significado à vida.

Há alguns anos que os terapeutas estão recebendo nos consultórios crianças que não sabem “brincar”, não conseguem dar sequência a uma conversa, não perguntam e não sabem compartilhar atividades.

Parecem totalmente paralisadas no mundo dos games, dos vídeos, e TikToks. Apresentam muitas vezes, linguagens com repetição de fragmentos dos jogos eletrônicos e aplicativos, sem conseguir sustentar um diálogo ou compartilhar uma brincadeira.

Muitas vezes, os tablets ou celulares passaram a ser entregues na mão de crianças pequenas como “chupetas eletrônicas”. É necessário que o bebê explore o espaço para se deparar com os perigos reais do mundo e ser advertido simbolicamente das regras de convívio. Se ele fica isolado desses perigos reais, deixa de fazer um registro do seu próprio corpo no espaço e isso traz sérias consequências.

O que fazer diante desse “problema”? É suficiente e eficaz apenas dizer “não”? Precisamos pensar o que é esperado da criança e é necessário considerar o que o próprio adulto envolvido faz. As crianças não aprendem apenas pelo que lhes é transmitido pela linguagem, mas pela relação disso com os exemplos dados e vistos.

A era digital traz uma possibilidade de acesso à informação indiscutivelmente importante, mas as crianças precisam de outros seres humanos para se construírem enquanto seres pensantes, questionadores e psiquicamente saudáveis.

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Carnaval:

REGISTRO FOTOGRÁFICO

O Baile Infantil, realizado no Salão de Festas, no dia 19 de fevereiro, reuniu muitas famílias com os seus pequenos fantasiados com criatividade. O desfile teve muitos super-heróis, bailarinas, princesas e diversos personagens dos desenhos animados.

Veja algumas fotos para você se encantar com essa meninada.

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Mães e fi lhas...

O AMOR FEMININO

Falar do amor entre pais e filhos é coisa muito séria, intensa e complexa. Certamente essa é a relação determinante de muitos aspectos de nossos padrões de percepção e de reação a nós mesmos, aos outros e a diversos aspectos da vida. O tema proposto é a relação mãe-filha, portanto o encontro de seres femininos.

A maternidade é, para muitas mulheres, a experiência amorosa mais forte que se estabelece ao longo da vida.A mãe costuma reagir de forma bastante diferente em relação ao bebê ao saber se é do gênero feminino ou masculino. Geralmente, ao receber a notícia de uma menina já começa, ainda que inconscientemente, um processo de identificação por gênero. É como se regredisse a sua própria infância, a seus desejos não realizados, a seus sonhos construídos.

Não é nada incomum, mães que se perdem nesse caminho e terminam por tentar fazer da história de suas filhas a realização de sua própria.

Do ponto de vista da mãe, a “bebezinha” é finalmente a bonequinha com quem ela tanto brincou de casinha.

A diferença é que a realidade traz, inevitavelmente, as limitações impostas à vida. Na brincadeira de criança, sua vida e a de seu bebê são idealizadas e, nesse mundo, todos os desejos se realizam. É incrível como as meninas preferem as bonecas aos bonecos, estes costumam sobrar nas prateleiras. Enfeitar, arrumar, proteger, encher de mimos e presentes é quase que proporcionar tudo isso a si mesma. A identificação mulher-mulher muitas vezes caminha no sentido patológico, com a presença de competição e dificuldades no relacionamento.

Do ponto de vista da filha, a mãe costuma ser a imagem padrão de si mesma no futuro. Para fugir disso, algumas optam pela diferenciação através do desenvolvimento, em si, do lado oposto. Por adesão ao modelo e/ou contraposição a ele, filhas precisam desenvolver

sua autoimagem e, ao longo desse caminho, muitos conflitos aguardam essa dupla de mulheres.

Evidentemente, generalizações sempre estreitam a visão de que existem muitas mulheres que, maduras emocionalmente, transcendem ou sequer fazem contato com tais complexidades. São capazes de viver essa relação com lucidez e de usufruir o grande prazer de participar de forma tão efetiva das diversas etapas do desenvolvimento do feminino, estar tão perto da formação de uma outra mulher.

As relações mãe-filho, pai-filho e pai-filha também têm suas especificidades e, diga-se de passagem, bem interessantes.

Mas esse é um outro papo...

Eda Fagundes é psicóloga clínica. Atua há 40 anos na área de terapia individual, de casal e de família, na Barra Tijuca.

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