Revista PARAR Review - Edição 17

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HEADLINE

› EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO

›› MILAD KALUME NETO Business Development Manager da JATO Dynamics

“É PRECISO TORNAR O PRODUTO BRASILEIRO ATRATIVO PARA O MERCADO INTERNACIONAL. HOJE, VENDEMOS PARA O MERCADO BRASILEIRO E O SUL-AMERICANO. NÃO CONSEGUIMOS EXPORTAR PORQUE NOSSO PRODUTO NÃO É ACEITO. ALÉM DO CUSTO ALTO, TEMOS O PRODUTO DEFASADO” Milad Kalume Neto

De acordo com um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos os acidentes de trânsito deixaram 1,6 milhão de brasileiros feridos – o que representou um custo de quase R$ 3 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, o mês de maio tem a sua importância simbólica, porém, em um país com um trânsito tão violento, é necessário que os alertas e a conscientização sejam constantes. José Ramalho, Diretor Presidente do OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária (ONSV) – criadores do Movimento Maio Amarelo –, ressalta que o aumento da frota, principalmente de motocicletas, provoca um impacto no número de acidentes de trânsito. Aferir estatísticas, criar metas e elaborar um planejamento são fundamentais para a redução de acidentes no trânsito. De acordo com Ramalho, para que mudanças ocorram, três fatores precisam estar articulados. “O primeiro é a educação de trânsito nas escolas. Para isso criamos o programa EDUCA, aprovado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pelo Ministério de Educação (MEC). O segundo é a formação do condutor pautada em uma condução segura. E o terceiro é o Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito, que tem como meta a redução dos acidentes nos municípios”, destaca. A participação das empresas, dos municípios e das entidades que se mobilizam em prol da criação de uma cultura de segurança é certificada pelo Movimento Maio Amarelo com o selo Laço Amarelo. “A adesão das empresas ao Laço Amarelo é permanente, o que motiva a ter ações durante todo ano. Queremos deixar um legado para o Brasil, que é o de ter um trânsito que respeite a vida, que seja mais seguro e que deixe de vitimar tantos seres humanos”, completa Ramalho.

Milad Kalume Neto, Business Development Manager da JATO Dynamics, salienta que a problemática do trânsito brasileiro também está relacionada com a infraestrutura. Sinalizações ruins, estradas com baixa qualidade e falta de fiscalização são elementos que combinados com o despreparo do motorista e o excesso de velocidade, tornam o trânsito brasileiro tão violento. Para Neto, a “ingerência do governo sobre as montadoras”, em relação à segurança ativa dos veículos, é importante porque “se deixar para as montadoras desenvolverem a cultura do brasileiro para carros, elas vão op-


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