O Carreteiro 545

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ÔNOMOS FRETE:BRIGAM DOIS EM CADA TRÊS PELO AUTÔNOMOS VALOR BRIGAM PELO VALOR

ÔNOMOS FRETE:BRIGAM DOIS EM CADA TRÊSPELO AUTÔNOMOS VALOR BRIGAM PELO VALOR

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www.ocarreteiro.com.br DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO | ano 51| | www.ocarreteiro.com.br Nº | ano 51| Nº

FICIÊNCIA RUMO À EFICIÊNCIA 545 545 www.ocarreteiro.com.br DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO | ano 51| | www.ocarreteiro.com.br Nº | ano 51| Nº

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FICIÊNCIA RUMO À EFICIÊNCIA Distribuição Distribuição gratuita paragratuita motoristas de para caminhão motoristas de caminhão

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CIMENTO RETORNO AO BRASIL 65 ANOS ROTA DE CRESCIMENTO DE EVOLUÇÃO 65 ANOS DE EVOLUÇÃO

truturação Ford Transit está de voltaAparajornada Iveco promove dos reestruturação caminhões A jornada dos caminhões ços para brigar nos segmentos deMercedes carga, ANOS de produtos e serviços Mercedes no Brasil produzidos no Brasil CIMENTO RETORNO AO BRASIL 65 ROTA DEproduzidos CRESCIMENTO DE para EVOLUÇÃO 65 ANOS DE EVOLUÇÃO truturação Ford Transit está de volta Apara jornada Iveco promove dos reestruturação caminhões A jornada dos caminhões oços brasileiro chassi-cabine e passageiros entre avançar o L no 312 mercado e brasileiro o Novo entre Actros o L 312 e o Novo Actros para brigar nos segmentos deMercedes carga, de produtos produzidos e serviços para Mercedes no ocarreteiro.com.br Brasil produzidos no Brasil ocarreteiro.com.br

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EDITORIAL

EMISSÕES E TECNOLOGIA

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JOÃO GERALDO Editor

Todos os dias, e cada vez em maior velocidade, as novidades ao nosso redor nos obrigam a viver informados e atentos sobre como cada uma delas pode, de alguma maneira, causar mudanças em nossa rotina, tanto profissional quanto pessoal. Viver antenado passou a ser mandatório, principalmente por causa das facilidades de comunicação, embora a avalanche de informações chega a saturar e traz com ela o risco de algo importante sobre a própria atividade passar despercebido. Há um bom tempo, essa corrida maluca de inovações se tornou praxe no ambiente do transporte rodoviário de cargas e de tudo mais em volta do carreteiro. O interessante é que algumas delas, ou até mesmo outras parecidas já vistas em filmes ou livros e tidas como peças de ficção cientifica, são hoje ferramentas de grande utilidade no dia a dia da categoria. Um bom exemplo é o telefone celular, aparelhinho indispensável especialmente na atividade de quem passa maior parte do tempo na estrada, longe de casa. Sua falta causa insegurança, pois atualmente não se vive mais sem qualquer meio de se comunicar, lembrando que algum tempo atrás, para falar com a família, colegas ou sua base, o caminhoneiro tinha à disposição apenas telefone público ou rádio PX. A chegada da internet ao País, há cerca de 25 anos, reduziu distâncias, tempo e abriu as portas para falar com o mundo, envio de textos, fotos, áudios e vídeos. Permitiu maior velocidade e facilidade de acesso a todo tipo de informação, inclusive as úteis na profissão como percalços na rota do motorista. Pois bem, nada disso falado até aqui é novidade para o pessoal do trecho, mas serve de reflexão para mostrar que a tecnologia e suas inovações têm o propósito de facilitar a vida das pessoas, trazer mais segurança, conforto e eficiência. No início da década de 2000, a transmissão automatizada precisou de um tempo para conquistar o mercado; hoje ninguém quer outra coisa. Situação idêntica deverá ocorrer com o caminhão movido a bateria elétrica, gás ou outra forma energia, pois tecnologia sempre traz mudanças importantes para melhor. Mas cabe lembrar, a substituição total da frota movida a diesel demorará muitos anos ainda, mas aos poucos os benefícios para o meio ambiente e pessoas aparecerão. Afinal, o transporte rodoviário é um dos grandes responsáveis pela poluição do planeta, porém indispensável. Sem ele nada funciona, então restou à tecnologia o desafio de torná-lo livre de emissões. ocarreteiro.com.br

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SUMÁRIO

18 GRANELEIRO DO FUTURO

Volvo, Randon e Hyva trabalharam em parceria para colocar na estrada uma carreta com soluções para aumento de segurança e redução de consumo de combustível

36 MERCEDES-BENZ 65 ANOS

L 1111 é um dos modelos de sucesso da Mercedes em 65 anos de produção no Brasil 4


14 CÁLCULO DO FRETE

Plataforma digital ajuda motorista a calcular valor do frete e a evitar possíveis prejuízos

26 SEGURANÇA

Tecnologia identifica fadiga do motorista e aumenta a segurança durante a condução

REVISTA

DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO

/OCARRETEIRO /OCARRETEIRO_ /OCARRETEIRO (11) 97362-0875 /REVISTAOCARRETEIRO

DIRETOR Edson Pereira Coelho REDAÇÃO | redacao@ggmidia.com.br Editor: João Geraldo (MTB 16.954) Reportagem: Daniela Giopato ARTE | arte@ggmidia.com.br Editor de Arte: Pedro Hiraoka

30 NOVA IVECO

Montadora está investindo em produtos e serviços para crescer em vendas no País

42 TECNOLOGIAS

Em 30 anos de atuação no Brasil, CDT da Mercedes criou vários produtos e soluções

48 FORD TRANSIT

Mais moderna e competitiva, a Transit está volta ao mercado brasileiro

DIGITAL Alexis Coelho Eduardo Arpassy COMERCIAL | comercial@ggmidia.com.br Erika Nardozza Coleta Eurico Alves de Assis Nilcéia Rocha ADMINISTRAÇÂO Ed Wilson Furlan DISTRIBUIÇÃO G.G. Ed. de Publicações Técnicas Ltda. Ricardo Lúcio Martins Rute Rollo ASSINATURA | assinatura@ggmidia. com.br Exemplar avulso: RS 11,00 ED. Nº 545 • OUT-NOV/2021

52 VM LINHA 2022

Com as vendas em crescimento, novo Volvo VM concentra mudanças no interior da cabine

56 PEÇAS DE MOTOR

Empresa testa peças não genuínas e afirma que diferenças técnicas prejudicam o motor

60 DUNLOP

Fabricante de pneus comemora 10 anos de presença no mercado brasileiro

SEÇÕES 08 Notícias | 41 Boletim de pneus | 63 Na Mão Certa | 64 Classificados | 66 Retrovisor

Publicação de: G.G. Editora de Public. Téc. Ltda. Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria CEP 04635-021-SP - Tel.: (11) 5035-0000 revista@ocarreteiro.com.br www.ocarreteiro.com.br A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de caminhão, empresários donos de transportadoras, frotistas, chefes de oficinas e demais profissionais ligados ao transporte rodoviário de carga. A publicação é distribuída em cooperação com postos de serviços rodoviários “ROD” (Rede Oficial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro. Impressão e Acabamento: Grafilar. Distribuição gratuita nos postos de rodovia cadastrados no ROD.

ocarreteiro.com.br

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VOLVO VAI PRODUZIR CAMINHÕES NA CHINA Com atuação no mercado chinês desde 1934, a Volvo Trucks anunciou em 23 de agosto a compra da fabricante chinesa de veículos pesados JMC Heavy Duty Vehicle Co. Ltd., uma subsidiária da Jiangling Motors Co., Ltd. A aquisição inclui uma unidade de fabricação em Taiyuan, província de Shanxi. O objetivo do grupo sueco é iniciar a produção dos novos caminhões pesados Volvo FH, Volvo FM e Volvo FMX em Taiyuan para clientes país a partir do final de 2022. O crescimento dos serviços de logística, incluindo o e-commerce, levou a um aumento nas vendas de caminhões Volvo no país nos últimos dois anos . “Estamos aumentando nossas vendas e expandindo nossa forte rede de pontos de 6

vendas e serviços, juntamente com nossos parceiros revendedores privados na China”, disse o presidente do Grupo Volvo Trucks, Roger Alm. E 2020, mais de 4.500 caminhões da marca foram e entregues a clientes no país. As operações em Taiyuan incluirão estampagem, soldagem, fabricação de cabines, pintura e montagem final dos caminhões. De acordo com informações da Volvo Trucks, dentro de alguns anos a fábrica estará preparada para produzir 15.000 unidades por ano, com potencial de aumento da capacidade. O Grupo informou ainda que a aquisição da JMC Heavy Duty Vehicle Co. Ltd está sujeita às condições habituais de fechamento, incluindo aprovações regulatórias.


file: 9384_Merc_Planos_de_Manutenc?a?o_Out_2021_Anun.Carreteiro_13,5x20,5cm_Impresso_ date: 08/10/2021 20:54


CORAÇÃO ESTRADEIRO Paixão pela profissão e pela estrada é o foco centrfal para o nome "Coração Estradeiro" dado à série especial do Novo Actros, lançada pela Mercedes-Benz como parte das comemorações dos 65 anos de produção da fábrica no Brasil. Serão produzidas apenas 65 unidades, todas na cor cinza com grafismo da estrela nas laterais. Os caminhões trazem vários diferenciais em relação aos modelos em produção e todos foram sugeridos por motoristas de caminhão de várias partes do Brasil consultados pela Mercedes-Benz. A lista vai desde TV na cabine à grade dianteira em black piano com frisos cromados, defletor de teto, defletores laterais, geladeira de 25 litros, rodas de alumínio, pistola de ar em alumínio para limpeza interna da cabina, MirrorCam opcional e saias laterais. O pacote de diferenciais traz também 16 itens de segurança de série. E na mesma linha da promoção “Caminhão com nome e Sobrenome”, lançada recentemente pela montadora, o comprador do Actros Coração Estradeiro poderá gravar seu sobrenome no caminhão. As 65 unidades série especial serão vendidas exclusivamente pelo Showroom Virtual Star Online da Mercedes-Benz, a plataforma da montadora para comercialização de caminhões, ônibus e veículos comerciais da linha Sprinter, além de peças e serviços. 8


Aparelho de TV e cama confortável, além de vários itens de conforto e segurança, são itens de série no Actros Coração Estradeiro por sugestão de carreteiros

PRONTO PARA SER INSTALADO O Ibero Group, fabricante de eixos para carretas e suspensão pneumática, está anunciando o Conjunto Montado de Eixo com Feixes de Molas pronto para ser instalado. Segundo a empresa o produto está fazendo sucesso devido a facilidade para ser instalado em comparação à montagem do conjunto comprado separadamente (eixo, as molas, os grampos de molas, as porcas dos grampos de molas, os tirantes do eixo e parafusos de fixação entre outras peças). A operação, segundo o engenheiro Lino Biselli, vice-presidente e fundador do Ibero Group e pai da ideia, exigia mão de obra especializada e horas de trabalho, além de vários fornecedores e um custo elevado para um produto final sem padrão de garantia. Ele explica que sua empresa desenvolveu máquinas, ferramentas e sistemas que aplicam em cada Conjunto Montado de Eixo com Feixes de Molas fabricado uma carga de dez toneladas, e somente nesse momento é feito o torqueamento (aperto). “Se o torqueamento do grampo da mola for feito sem carga na mola, quando o implemento estiver carregado o grampo irá se soltar. É por por esse motivo que muitos pedem para o transportador colocar a primeira carga e passar em um posto de molas para dar o torqueamento dos grampos de mola com o veículo carregado", explicou Biselli. ocarreteiro.com.br

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SETOR DE IMPLEMENTOS ESPERA CRESCIMENTO ACIMA DE 30% ESTE ANO O avanço progressivo de emplacamentos indica a possibilidade do setor de implementos rodoviários encerrar 2021 com 156 mil unidades vendidas. A previsão é da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. No mês de agosto, o setor entregou ao mercado 15 unidades, volume 36% acima das 11 mil unidades registradas em janeiro. No acumulado dos oito meses, o volume de emplacamento ficou 45,5% acima mesmo período do ano passado. 10

No entendimento do presidente da ANFIR, José Carlos Spricigo, o aumento gradual do volume de emplacamentos mostra que se a expectativa de 156 mil unidades se confirmar, o crescimento este ano será superior a 30%. Ano passado o setor entregou 121.866 unidades, sendo 67.403 reboques e semirreboques e 54.463 carrocerias sobre chassi. Ainda de acordo Spricigo, o agronegócios e a construção civil tiveram forte contribuição no resultado alcançado pelo setor de implementos durante este ano.



RECARGA RÁPIDA A Volkswagen Caminhões e Ônibus e a CBMM, empresa líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, ingressam em uma nova parceria para incentivar a mobilidade elétrica. O acordo tem como objetivo o desenvolvimento e aplicação de baterias de recarga ultrarrápida para utilização em veículos elétricos concebidos pela montadora. O uso do nióbio para essa finalidade é inédito na indústria automotiva mundial, informou a montadora. ‘‘Acumulamos experiência na eletrificação há três anos e agora aplicaremos essa expertise para viabilizar uma nova tecnologia em baterias“, disse Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus. O Centro de Desenvolvimento de e-Mobility, em Resende/RJ, se prestará da 12

patenteada arquitetura modular para veículos elétricos para expandir a plataforma iniciada no e-Delivery, e agora avançará para novos modelos. ”Nosso objetivo é criar uma solução de recarga ultrarrápida e pioneira na América Latina”, acrescentou Cortês. O vice-presidente da CBMM, Ricardo Lima, destacopu que a tecnologia empregada nas baterias é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a Toshiba, no Japão. "Pela primeira vez, estamos implementando esta solução, que devido ao uso do óxido de Nióbio no ânodo da bateria, permitirá uma operação de carregamento ultrarrápido, em menos de 10 minutos, além de maior durabilidade, vida útil e segurança. Este é, sem dúvida, um importante marco para a CBMM e para o Brasil”, concluiu o executivo.


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PROFISSÃO

FRETE SEM PREJU

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Estudo aponta que dois em cada três motoristas autônomos não deixam passar oportunidades de brigar pelo preço do frete. Mesmo assim, estudo aponta que mais 90% dos profissionais em atividade já transportaram por valor abaixo do adequado

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EJUÍZO

JOÃO GERALDO

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poder de negociar o valor do frete, embora esteja nas mãos do motorista autônomo, ao menos em teoria, quase metade dos profissionais em atividade, donos de seus próprios caminhões, já aceitaram fretes por um valor menor que aquele considerado adequado. Ao menos é a conclusão de uma pesquisa envolvendo 1.400 motoristas, entre os quais 445 (31,8%) afirmaram não negociar o valor a ser cobrado pelo transporte. O estudo, realizado em junho deste ano pela Fretebras, apontou também que dois terços dos entrevistados (933 motoristas) não deixam passar a oportunidade de brigar por um valor melhor do que o oferecido. Outro dado da pesquisa aponta que 97,7% já recusaram viagens porque consideraram a oferta pelo transporte abaixo do valor esperado. O fato, bastante conhecido e de difícil solução, é que o valor médio do frete não acompanha as altas do preço do combustível. Assim, para o autônomo continuar sobrevivendo é preciso fazer contas. Uma das formas propostas para auxiliar a categoria em suas operações na contratação de frete é o programa CalculaFrete, lançado recentemente pela Fretebras. O objetivo, segundo o diretor de operações da empresa, Bruno Hacad, é apoiar e ajudar os autonômos a organizar melhor os gastos e conseguir ter lucro nas viagens. "Após lançarmos o Índice FreteBras do Preço do Frete, confirmamos que o preço médio não acompanha a alta dos custos do diesel e também entendemos que o poder de negociar está nas mãos dos caminhoneiros”, disse. ocarreteiro.com.br

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PROFISSÃO

A calculadora de custos foi criada com informações obtidas de caminhoneiros mais experientes, disse Bruno Hacad Ainda de acordo com Hacad, o programa engloba uma série de iniciativas, ferramentas e parcerias que vão ajudar os caminhoneiros a analisar melhor os custos para melhor negociar o valor de cada frete que fazem. Uma delas, sugeriu, é a Calculadora de Custos, a qual permite ao autônomo informar de forma on-line alguns dados saber o custo total que terá para cada frete. A relação de informações inclui quilometragem da viagem a ser contratada e outros dados como a quantidade de viagens realizadas, entre outras. A informação correta do valor a ser cobrado pela viagem deve levar em conta também diária do carreteiro, pedágios e a sua margem de lucro. Segundo Hacad, a Calculadora de Custos foi criada com base em informações obtidas por meio de entrevistas feitas diretamente com os 16

caminhoneiros mais experientes e empresas parceiras da Fretebras. O trabalho procurou entender os impactos na operação de despesas como depreciação do veículo, desgaste de pneus, consumo de combustível, gastos com óleo lubrificante, documentação, seguro e impostos, entre outros itens. “O programa CalculaFrete é algo que sonhávamos há muito tempo e ficamos extremamente felizes de lançá-lo num momento que o caminhoneiro se vê extremamente impactado pelo aumento dos custos”, comentou. A ferramenta encontra-se em fase inicial, por isso Hacad disse que todas as recomendações de melhoria por parte de motoristas são bem-vindas. “Convidamos todos os profissionais a testarem a calculadora e assumirem as rédeas dos custos do trecho”, finalizou.


CENAS DA ESTRADA

PAIXÃO PELA MARCA

Após ter rodado mais de 1,5 milhão de quilômetros com modelo Iveco, caminhoneiro diz que nunca teve de abrir o motor do caminhão e paixão pela é tradição de família

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carreteiro gaúcho Everson Pasqualini, de Santa Maria/RS, é apaixonado pelo seu Iveco Stralis 410 NR 4X2 modelo 2011, caminhão com o qual viaja cerca de 8 mil quilômetros por mês em rotas da América do Sul, enfrentando diferentes condições de relevo e clima, como neve na Cordilheira dos Andes. Nessa tocada, Pasqualini relatou já ter percorrido mais de 1,5 milhão de quilômetros abrir o motor do seu Iveco Stralis por qualquer motivo. “Meu caminhão consome pouco de combustível e a força do freio motor reduz o desgaste de peças, como lonas de freio. Sou apaixonado pelo meu Stralis. O conjunto me entrega um benefício fora do comum em trechos que preciso ter um caminhão seguro e potente, como nos Andes, com a

neve no inverno”, disse Pasqualini. Filho de motorista de caminhão, Pasqualini contou que a marca já está na família há décadas, pois seu pai, José Pedro Monteiro Gonçalves, foi caminhoneiro por 50 anos trabalhando com caminhão Fiat. Bernardo Pereira, diretor de marketing da Iveco, destacou que as características que fazem do Stralis do Everson Pasqualini um caminhão a toda prova são as mesmas que posicionam os modelos Iveco das linhas Hi-Road e Hi-Way. Os modelos Hi-Road substituíram a linha no final de 2018. “O lançamento trouxe uma evolução com qualidade. Vossos caminhões pesados evoluíram com alta qualidade, excelente custo benefício e baixo consumo”, concluiu Bernardo Pereira. (JG) ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

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GRANELEIRO DO AMANHÃ

Caminhão estradeiro desenvolvido pela engenharia da Volvo do Brasil junto com outras unidades mundiais da Volvo Trucks, tem por objetivo garantir menor consumo de diesel, maior disponibilidade do veículo e mais segurança na operação. O projeto conta com parcerias da Randon, Continental Pneus e Hyva do Brasil 18


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JOÃO GERALDO

U

m bitrem graneleiro de 9 eixos formado um cavalo mecânico Volvo FH, implemento Randon e pneus continental, tudo com ares de caminhão do futuro, encontra-se em operação na linha Centro-Oeste - terminais portuários chamando atenção por

onde passa. O moderno e avançado conjunto, identificado como Efficiency Concept Truck (Caminhão Conceito de Eficiência) incorpora vários diferenciais em relação as composições em operação nas rodovias brasileiras. Seu propósito é servir de plataforma de experiências para o desenvolvimento de veículos pesados cada vez mais seguros e eficientes. ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

Todo o conjunto foi desenvolvido pela Volvo e empresas parceiras no período de quase três anos

Câmeras no lugar dos espelhos retrovisores, aerodinâmica aprimorada da cabine e pneus e implemento especiais para reduzir peso do conjunto, além de uma série de avanços mecânicos e hidráulicos, são parte do pacote de diferenciais em avaliação para aplicados em lançamentos da marca. Desenvolvido pelas engenharias brasileira e mundial da marca, o projeto tem parcerias com a Randon, Hyva e Continental. Ambas introduziram suas respectivas soluções no implemento, pneus e sistema hidráulico ainda inéditas no mercado. “Todo o conjunto foi projetado para garantir menor consumo de diesel, maiora disponibilidade e proporcionar mais segurança na operação", afirmou Juliane Tosin, a gerente de projetos de engenharia da Volvo e líder do projeto Efficiency Concept Truck . Os testes dos diversos conceitos se 20

estendem às melhorias do motor, aerodinâmica, gerenciamento de energia e itens como o implemento, pneus, sistema hidráulico. A opção por uma composição graneleira se deve à força do agronegócio e sua importância no emprego de caminhões no transporte de grãos. O bitrem convencional de 9 eixos é calçado por 34 pneus, mas no caso deste caminhão conceito são 22, já havendo aí um a redução de peso e de custos. As diferenças visuais rapidamente chamam atenção sobre o veículo durante todo seu trajeto. Elas estão em todas as parte da composição, da arquitetura da cabine às linhas do implemento e ao conjunto de rodas, pneus e calotas. A cabine, por sua vez, com a frente mais aerodinâmica, foi projetada 175 mm para a frente e 250 mm mais longa, permitindo a instalação de uma cama maior. O teto é mais baixo e os


defletores têm o dobro do tamanho dos encontrados no FH convencional. O motor é uma evolução dos modelos atuais a diesel com mudanças internas e em alguns periféricos.Trata-se de um propulsor com a mesma tecnologia utilizada pela Volvo na Europa, identificada com I-Save, cujas melhorias são provenientes de pistões com novo desenho que concentra a queima do combustível no centro dos cilindros resultando em redução de consumo. Esta tecnologia inclui um sofisticado sistema de turbocompressor que gera torque extra e possibilita menor rotação em velocidade de cruzeiro em trechos de longas distâncias, condição ideal para o tipo de operação do transporte de grãos. O estradeiro em teste traz também um novo conceito de troca de óleo lubrificante, por diferença de pressão e não por gravidade como é conhe-

Esse veículo é um laboratório de testes de tecnologias para caminhões de série no futuro, explicou Fabrício Todeschini

Todo o conjunto foi projetado para garantir menor consumo de diesel e mais segurança, acrescentou Juliane Tosin ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

Ganho de espaço na cabine permitiu a instalação de uma cama maior e mudanças externas melhoraram a aerodinâmica do veículo

Pneus monitorados são menos suscetíveis a danos que podem causar acidentes ou paradas, destaca Renato Martins, da Continental

Solução de basculamento aliviou cerca de 350 quilos de equipamentos, comentou Rogério de Antoni, da Hyva 22

cida. Segundo informações da montadora, dessa forma o processo é mais rápido, limpo e seguro. O sistema permitiu a redução de três para dois filtros. O óleo lubrificante também é diferente, menos viscoso e com maior facilidade de circulação pelo motor, lubrificando mais rapidamente e também contribuindo para a redução de consumo de combustível. Outro diferencial está no entre-eixos, que baixou para 3.000 mm, posicionando o semirreboque mais perto da cabine para reduzir a resistência ao ar. Essa mudança exigiu realocação da caixa de baterias e do tanque de Arla32. Outras soluções como saias laterais, extensores das portas, calotas e rodas de alumínio e molas da suspensão dianteira 30 quilos mais leves, contribuíram, respectivamente, para aumentar a aerodinâmica e reduzir peso do conjunto. O veículo conta com sistema próprio de geração


Volvo conceito é um laboratório sobre rodas para antecipar também tecnologias de implementos e sistemas hidráulicos de energia através de um painel fotovoltaico para captação de energia solar. Capacitores de grande potência bastecem os componentes eletrônicos para garantir maior da vida útil às baterias. Outro diferencial é a utilização de uma peça feita em impressora 3D, dando mais agilidade ao pós-venda e antecipando uma tendência que deverá ser gradativamente adotada. Trata-se de um encaixe do suporte do paralama traseiro impresso em alumínio com as características do componente original. "A Volvo é uma marca focada em inovação. Esse veículo é um laboratório sobre rodas para testarmos tecnologias que chegarão aos veículos de série no futuro. Esse é o primeiro caminhão-conceito construído no Brasil para a realidade do transporte que temos aqui", declarou Fabrício Todeschini, diretor de engenharia de veículos da Volvo no Brasil.

O graneleiro conceito antecipa tecnologias também em implementos, em sistemas hidráulicos em pneus. A Randon Implementos, por exemplo, desenvolveu um rodotrem basculante batizado de Concept Trailer com várias inovações. Com uma tonelada a menos de peso, o implemento apresenta novidades como a caixa de carga construída com perfis de alumínio dispostos de forma horizontal e unidos por adesivo estrutural. Esta solução elimina parte do uso de solda. Sem colunas e com defletores, esse semirreboque apresenta arraste reduzido e oferece mais segurança com um dispositivo antitombamento que ajuda a corrigir a trajetória em condições de risco. Além disso, o conjunto identifica quando o trailer não está carregado e suspende automaticamente os eixos, reduzindo o desgaste dos pneus e o consumo de combustível. ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

O semirreboque tem também sensores e câmera de ré interligados ao sistema de freios, com atuação automática quando detecta obstáculos na área de manobra. Já a operação de acoplamento e desacoplamento do cavalo mecânico é feito por levantamento elétrico graças a sensores nas quintas rodas. E a operação de enlonamento da carga é feita por um sistema totalmente automatizado acionado por controle remoto. O diretor geral da Randon Implementos, Sandro Trentin, conta que pela primeira vez os projetos de um rodotrem e de um caminhão foram feitos em conjunto. Um pensando no outro, com ganho de eficiência em combustível, conectividade e interface com o usuário. “Da construção ao próprio design mais aerodinâmico, é diferente concluiu. Os pneus, por sua vez, produtos da família Conti Light Pro nas medidas 24

315/70R22.5 154/150L para o cavalo mecânico e 385/65R22.5 160K para o semirreboque. Desenvolvidos para oferecer baixa resistência ao rolamento, esses pneus são inteligentes e contam com tecnologia digital para medição de pressão e temperatura, feitas por meio de sensores instalados na parte interna, tudo em tempo real. Para isso, tanto o cavalo-mecânico quanto o trailer são equipados com antenas e receptores da Continental. A empresa destaca a importância das informações para que a gestão e manutenção preventiva dos pneus sejam realizadas de maneira mais efetiva, prolongando a vida útil, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de CO2. Em caso de eventuais problemas, pelo display no painel de instrumentos do caminhão o motorista é alertado com sinais sonoros e alertas visuais. Outro pon-


Semirreboque tem sensores e câmera de ré interligados ao sistema de freio e levantamento elétrico para acoplamento e desacoplamento do cavalo

to é o bitrem de 9 eixos usar 22 pneus super single ao invés de 34 convencionais, reduzindo o peso da composição. Outras vantagens do menor número de pneus é o aumento da capacidade de carga do veículo. Devido aos compostos utilizados na banda de rodagem oferecem menor resistência ao rolamento e redução do consumo de combustível. "A solução digital da Continental vai ao encontro das principais metas do caminhão conceito da Volvo. Com o monitoramento da pressão e da temperatura os pneus estão menos suscetíveis a danos que podem vir a causar acidentes ou paradas durante o trajeto", afirmou Renato Martins, executivo da Continental Pneus Mercosul. Outra novidade do graneleiro conceito está no basculamento da caçamba, resultado de uma solução desenvolvida pela Hyva do Brasil. Para aliviar peso em

equipamento hidráulicos, os engenheiros e técnicos da empresa criaram uma estação hidráulica externa. "Somente com essa mudança foi possível diminuir cerca de 350 quilos em equipamentos hidráulicos instalados no cavalo mecânico. É uma solução pioneira e totalmente nova no setor", explicou Rogério de Antoni, diretor-presidente da Hyva, . De acordo com de Antoni, nesta solução que usa menos óleo, os transportadores de grãos, donos de grandes frotas de caminhões, podem instalar unidades hidráulicas estacionárias nos portos e pontos de descarga já previamente conhecidos. "Os trailers basculam e despejam a carga para ser depositada nos silos ou depósitos subterrâneos. O funcionamento é bastante simples: basta o operador ligar as mangueiras móveis do kit hidráulico externo às conexões do rodotrem, finalizou." ocarreteiro.com.br

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SEGURANÇA

PARCEIRO DE VIAGEM

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Equipamento utiliza Inteligência Artificial para detectar e classificar movimentos que automaticamente revelam o nível de atenção e de fadiga do motorista, especialmente para evitar acidentes. Tecnologia já monitora cerca de 10 mil motoristas no Brasil JOÃO GERALDO

C

onstantemente, uma ou outra novidade levam a acreditar na possibilidade de vermos um dia o fim dos acidentes envolvendo veículos de carga, principalmente nas rodovias, onde ocorrem os mais graves. Ao menos é o que às vezes pensamos diante do emprego da Internet e da Inteligência Artificial para detectar e classificar movimentos que automaticamente revelam o nível de fadiga e de atenção do motorista. Essa é a função da Torre de Fadiga, sistema lançado para ser uma solução tecnológica capaz de aumentar a segurança e melhorar a qualidade de vida do motorista de caminhão. Por meio de Inteligência Artificial, Visão Computacional e câmera, o equipamento já se encontra em operação no Brasil e acompanha cerca de 10 mil motoristas de 30 transportadoras prestadoras de serviços para a Raízen. Desenvolvida pela Denox em parceocarreteiro.com.br

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SEGURANÇA

Objetivo principal de identificar a condição do motorista é evitar acidentes muitas vezes provocados pela fadiga

ria com uma empresa referência em medicina ocupacional, a Torre e Fadiga tem capacidade de identificar a necessidade de o motorista passar por um rápido atendimento médico. O equipamento cruza em tempo real todos os dados de telemetria do caminhão com o monitoramento de saúde do condutor e deixa registrado em vídeo na nuvem para ser processado por robôs. Com base nessas informações, mensuradas dentro de uma escala de risco, o equipamento possibilita entender, por exemplo, os motivos da fadiga do motorista indicando a necessidade de orientação com dicas para melhorar sua qua28

lidade de vida e preventivamente evitar acidentes. O equipamento permite que seja definido também o padrão desejado de situações identificadas, tais como bocejo, sonolência, utilização de cinto, distração e uso indevido de celular. Segundo Bráulio Carvalho, CEO da Denox, é possível identificar comportamentos que nem sempre têm origem na cabine do caminhão, desde motoristas que tiveram o sono interrompido por crianças pequenas em casa como ações provocadas pela utilização de medicamentos impeditivos para o exercício da profissão no momento. A análise automatizada é importante para identificar se há necessidade de encaminhar o motorista para o acompanhamento médico e psicológico. O atendimento é confidencial e tem por obje-


tivo diminuir a zero o número de acidentes nas vias e melhorar os padrões de segurança de condução. “O olhar da Torre de Fadiga é sempre humano para reduzir a zero os acidentes e levar os motoristas a terem segurança na condução”, acrescentou o executivo. A solução, informou ainda Carvalho, acompanha o motorista antes mesmo dele começar o trajeto, avaliando-o individualmente a partir de uma entrevista conduzida por médico levando em conta a saúde e seu contexto social. O gerente de transportes da Raízen, Gabriel Salgado, reforça que segurança deve ser prioridade das empresas de logística. Disse também ser motivo de satisfação ter integrado o projeto da Torre de Fadiga com a Denox desde o início, dado à sua importância para promo-

O equipamento pode identificar comportamentos do motorista com origem dentro ou fora da cabine

ver segurança, que é uma preocupação constante da Raízen, no setor de transporte e logística, conforme ressaltou. A Denox, raço de Inteligência da Maxtrack, é a maior fabricante de rastreadores da América Latina, com atuação no setor de transporte de cargas e logística além vários serviços de monitoramento. A empresa tem sob sua responsabilidade toda a parte de inteligência artificial e conectividade do grupo. Além do trabalho desenvolvido junto à Raízen, a empresa monitora, em tempo real, mais de 3 milhões de veículos em vários países e mais de 15 mil pessoas em plantas conectadas. ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

Fotos DIVULGAÇÃO

NA MEDIDA D

Vendas em alta, ampliação da rede de concessionários, maior oferta de serviços e novos produtos, inclusive com combustíveis alternativos, são parte do pacote que define a nova Iveco, montadora que está investindo e trabalhando para se tornar mais competitiva no mercado brasileiro de veículos de carga JOÃO GERALDO 30


A DO CLIENTE

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tualização e fortalecimento da linha de produtos, ampliação da rede de concessionários e de serviços, foco total na imagem da marca e satisfação do cliente, formam o pacote de desafios enfrentados pela Iveco para aumentar a participação de seus produtos no mercado brasileiro, especialmente no segmento de caminhões leves médios, semipesados e pesados. As ações foram iniciadas antes da chegada da pandemia da covid-19 e nesse sentido

a montadoera têm obtido sucesso com avanços especialmente no crescimento das vendas, retorno de clientes para a novos produtos, os quais apresentam alto grau de competitividade. Trata-se de resultados de uma nova estrutura da Iveco válida para toda a América Latina. A mudança resultou em crescimento no ano passado de 30% nas vendas, enquanto o mercado caiu 11%. Na visão da empresa, a fase em andamento é uma das melhores desde sua ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

Sucesso de vendas da Iveco, Daily com motor Euro 6 está prevista para início de 2022

instalação no Brasil em 1997. “Agora, o próximo passo é ampliar a participação marca no segmento de transportes por meio do desenvolvimento de produtos e serviços e na ampliação da rede de concessionárias, com foco total no cliente, destacou o presidente da Iveco na América do Sul, Márcio Querichelli. O movimento da companhia inclui colocar no mercado veículos cada vez mais alinhados com os produtos globais da marca, inclusive de modelos movidos a combustíveis alternativos. O caminhão pesado Iveco a gás, por exemplo, é uma opção para muito breve no mercado brasileiro, afirmou Querichelli. “O veículo a gás é parte do nosso cronograma de lançamentos e já estamos em contato com entidades governamentais; os clientes vão nos ajudar no desenvolvimento desse produto”, disse. O executivo lembrou que a Iveco já 32

comercializa caminhão a gás na América do Sul com vendas de 35 unidades do Stralis NP GNL 4x2 Euro 6 para a transportadora chilena San Gabriel. Outra negociação foi com a empresa argentina fornecedora de areia de fratura para a indústria petrolífera NRG e envolveu 100 unidades do Stralis NP Cursor 13 de GNC (gás natural comprimido). Os modelos movidos a GNC têm autonomia entre 400 e 500 quilômetros enquanto o GNL proporciona até 1.300 quilômetros, mas neste caso são necessários altos investimentos em infraestrutura de abastecimento. Portanto, o lançamento de caminhão a gás e mais à frente de modelos elétricos, é mais um desafio da Iveco no mercaod brasileiro. Identificado pela empresa como programa Brasil Natural Power, o objetivo, explica Márcio Querichelli, é desenvolver e adaptar a experiên-


Ricardo Barion comemora crescimento de vendas da marca acima do mercado no primeiro semestre deste ano

Caminhão a gás é parte de nosso cronograma de lançamentos, afirmou Márcio Querichelli cia global da Iveco em combustíveis alternativos para segmentos e as condições do País. “Temos expertise nesse tipo de tecnologia. Agora chegou a vez de trilharmos esse irreversível caminho rumo à sustentabilidade aliada e rentabilidade da operação do cliente”, disse o executivo ao anunciar o novo programa. “Seremos a marca com a melhor e mais completa solução nesta área para nossos clientes”, concluiu. O salto da Iveco na área de pós-venda conta com trabalho de ampliação da oferta de serviços e de pontos de atendimento em todos os Estados brasileiros. Recentemente foram abertas revendas em João Pessoa/PB, Araguaína/TO, Vitória da Conquista/BA, Senador Canedo/GO e um ponto assistencial em Santa Maria/RS. No total são 80 pontos de atendimento de Norte a Sul do Brasil. Atualmente apenas Rondônia não tem

Caixa automatizada e outros diferenciasi tornam o Tector Coletor único no mercado, destacou Bernardo Pereira cobertura, com previsão de ter uma concessionária em inaugurada até dezembro deste ano. Todo esse avanço da empresa exigiu a contratação de funcionários, sendo 800 na fábrica em Sete Lagoas. Os profissionais da linha de frente da Iveco estão movidos por grandes expectativas em relação ao futuro da marca no Brasil. Por conta dessa nova postura, todos apostam em uma nova Iveco que já começou a mostrar sua força como fabricante de veículos comerciais, dentro e fora do Brasil, para sair das últimas posições do ranking de emplacamento de caminhões no mercado brasileiro. Outra ação mudança anunciada é a nova empresa formada pelas marcas Iveco, Iveco Bus, Iveco Defence Vehicles, Magirus e FPT, que sai debais do guarda-chuva da marca CNH. “Trata-se de um passo importante para nossa operação da na América do Sul, que fortaocarreteiro.com.br

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lecerá ainda mais o negócio. Tenho certeza de que junto com nosso time continuaremos expandindo a participação da marca na região”, disse Querichelli. Para o comandante da Iveco na América do Sul, a montadora avança no planejamento para solidificar o bom momento de forma sustentável. No primeiro semestre deste ano, pa marca registrou 90% de crescimento no segmento de semipesados e de 107% na linha pesada, conforme destacou o diretor comercial da companhia, Ricardo Barion. No período, o mercado cresceu 50% enquanto a montadora registrou avanço de 71%. “Uma das principais forças da Iveco para ampliar a participação no mercado é o portfólio completo, de 3,5 a mais de 70 toneladas, para atender demandas do transporte de cargas em setores como o e-commerce ao agronegócio”, 34

complementou. Ainda segundo Barion, os veículos das famílias Daily, Tector, Hi-Road e Hi-Way, produzidas no complexo Industrial da IVECO em Sete Lagoas/ MG, está alinhados com as necessidades do mercado e o time de profissionais da companhia se encontra bastante motivado para melhorar cada vez mais. Dentro da estratégia de buscar cada vez mais a satisfação do cliente, Barion destaca o lançamento do canal de e-commerce de peças Iveco no Mercado Livre, como mais uma comodidade para alinhar a marca à crescente demanda do comercio eletrônico. De modo geral, a empresa está investindo 120 milhões de dólares para o desenvolvimento de melhorias de produtos e também em ações de aproximação do cliente. Um dos novos produtos anunciados na primeira quinzena de setembro é o Tector Auto-Shift Coletor. Segundo Ber-


nardo Pereira, diretor de marketing da Iveco para a América do Sul, trata-se de um caminhão vocacional projetado ouvindo quem trabalha no segmento de coleta de resíduos. Identificado como Tector 17-300 Auto Shift Coletor e disponível nas versões 4x2 e 6x2, o maior diferencial do veículo está na transmissão automatizada Eaton trabalhada para atender a esta operação.Testado e desenvolvido em conjunto com clientes na operação real de coleta de resíduos, este câmbio e recebeu uma série de reforços e modificações para torná-lo mais adequado à operação. Com 10 velocidades à frente duas à ré, segundo Pereira esta caixa proporciona cerca de 20% de redução de consumo de combustível na operação se comparado à transmissão automática. Outro item, de série, é o assistente de rampa, sistema que evita o veículo voltar para traz nas partidas em rampa. O motor, por vez, é o NEF nr67 de 6 litros, da FPT Industrial, com 300cv e 1.050Nm de torque (107,1kgm) na faixa de 1.250 a 1.900rpm. Os cuidados da Iveco com o produto incluiram análise do dia a dia de empresas de coleta e manejo de

Lançamento é equipado com caixa automatizada de 10 velocidades reforçada para atender às características da operação de coleta

resíduos, observando as peculiaridades e as demandas desse tipo de operação. Foram mais de 30 mil horas de testes e reuniões com gestores de frota, motoristas e mecânicos que atuam com coleta urbana”, acrescentou Bernardo Pereira. “Temos agora o único caminhão do mercado nesta configuração, com câmbio automatizado. Aliás, posso dizer que temos a solução mais rentável do segmento”, ressaltou Bernardo Pereira. Outra novidade anunciada pelo executivo é a chegada ao mercado brasileiro da Daily 3,5 toneladas com motor Euro VI, prevista para janeiro de 2022 “Vamos mostrar ao mercado que a Iveco não para, e isso não é só uma estratégia de marketing, é o que nos move nessa nova etapa da marca, é a nossa forma de dizer para o cliente que ele pode esperar de nós empenho total para construirmos uma parceria de sucesso.” reocarreteiro.com.br

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MONTADORA

VEÍCULOS, TRADIÇÃO E ATENDIMENTO

Inaugurada em 28 de agosto de 1956, a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo/SP comemorou 65 anos na posição de maior centro produtivo do Grupo Daimler fora da Europa. Lançamentos de sucesso levaram a marca a ter hoje a mais numerosa frota de caminhões no País JOÃO GERALDO

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ntre o L 312, primeiro caminhão Mercedes-Benz produzido no Brasil, lá atrás, na segunda metade da década de 1950, e o avançado Novo Actros, o primeiro modelo da marca fabricado País dentro dos conceitos da indústria 4.0, a companhia produziu, vendeu e exportou mais de 2 milhões de unidades. Somente para o mercado interno, nos 65 anos foram vendidos

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L 1111, um dos caminhões Mercedes-Benz mais vendidos

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Foto de 1953 do terreno onde foi construída a fábrica da Mercedes-Benz. Abaixo, caminhões L 1111 e L 1113 na região do Porto de Santos, no início da década de 1970

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1.374.274 caminhões e 503.267 ônibus. A posição de maior fabricante de veículos comerciais, e dono da frota em circulação mais numerosa no País, se deve em boa parte ao êxito e boa aceitação de certos caminhões por parte de transportadores. Alguns modelos chegaram a se tornar ícones de vendas da marca, como o L 1111 e o L 1113, dos quais muitos ainda rodam pelas estradas brasileiras sob o comando de motoristas autônomos. O L 1111 foi lançado em 1964 com novidades como cabine suspensa por molas, suspensão formada por molas e amortecedores telescópicos e isolamento acústico e térmico. Banco do motorista com três posições de ajustes e outros itens também contribuíram para popularização do modelo. Em 1970, o L 1111 foi substituído pelo L 1113. Juntos atingiram vendas de 240 mil unidades. Os caras chatas LP-321 e LP 1520 e L 608, sendo este último o primeiro modelo leve a diesel com cabine avançada


Atender bem o cliente é um compromisso ao qual nos dedicamos todos os dias, há 65 anos, afirma Roberto Leoncini

do Brasil (conhecido como Mercedinho), também deixaram boas lembranças entre transportadores. Em 1996, o 608 foi substituído pelo L 710 e depois, em 2003, pela linha Accelo. Outro caminhão bastante vendido da marca é o L 1620, bicudo produzido a partir de 1996, sendo a versão 6x2, lançada em 2000, um sucesso de vendas especialmente entre os caminhoneiros autônomos. Lançamentos de modelos para diferentes faixas de carga, com cabine bicuda, cara chata ou avançada, ajudam a contar a trajetória de 65 anos da fábrica da Mercedes-Benz e de sua participação na evolução do setor do transporte rodoviário de carga e de passageiros no País. De acordo com levantamento da empresa, a cada 10 caminhões atualmente em circulação nas estradas brasileiras, quatro carregam a estrela na frente. O atendimento ao cliente também é creditado pela empresa como um dos fatores responsáveis por sua posição no

mercado brasileiro de veículos comerciais. Em 1949, uma importadora oficial instalada no Rio de Janeiro já trazia ao Brasil caminhões Mercedes-Benz de 5 e 7 toneladas para caminhões, sendo os mesmos também adaptados para ônibus. Por conta do negócio, em 1951 já havia 100 representantes intitulados distribuidores cobrindo quase todo o País. A cultura de assegurar atendimento e assistência aos clientes, segundo a empresa, é refletida também na longevidade de parcerias com concessionários que estão ao lado da marca desde o início da produção nacional. “De lá para cá, a Merocarreteiro.com.br

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A satisfação do cliente é o que nos move, afirma Silvio Renan. O cabine avançada 1418 representou o marco de 1 milhão veículos comerciais Mercedes produzidos no País

cedes-Benz do Brasil assegurou atendimento especializado e assistência técnica realizada por profissionais treinados e com larga experiência, em todos os momentos e circunstâncias econômicas do Brasil", destacou Roberto Leoncini, vice-presidente de de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Ele reforça que há mais de seis décadas a companhia se mantém determinada a entregar aos clientes brasileiros tudo aquilo que eles esperam de uma marca reconhecida em todo o mundo pela qualidade, credibilidade e confiabilidade. Dentro do Grupo Daimler, a Mercedes-Benz do Brasil tem o mérito de ser o maior centro produtivo fora da Europa. “Trazemos esse DNA da excelência de atender bem o cliente, surpreendê-lo e encantá-lo. É um compromisso ao qual nos dedicamos todos os dias na empresa há 65 anos. Para isso, procuramos ouvi-lo e entender sua necessidade, pa40

ra poder então atendermos aos seus anseios – é o que expressamos no compromisso ‘As estradas falam e a Mercedes-Benz ouve cada voz’, concluiu Leoncini. O diretor de Peças e Serviços ao cliente da Mercedes-Benz do Brasil, Silvio Renan, acrescentou que essa voz das estradas é escutada atentamente, desde o projeto que definirá as características de um veículo, fabricação, processo de venda e depois pelo acompanhamento de pós-venda da área de peças e serviços. “Por isso, a satisfação do cliente é o que diariamente nos move. Nós tratamos o negócio do cliente como se fosse nosso. Isso significa colocar-se no lugar dele, mantendo o foco na máxima disponibilidade de seus veículos para que sua atividade se realize de forma planejada, previsível e lucrativa”, afirmou Renan adicionando que toda demanda recebida é tratada com a máxima prioridade e eficácia, reforçando um relacionamento em que todos os lados ganham.


BOLETIM DE PNEUS

HÁBITOS NA DIREÇÃO

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desempenho e a vida útil do pneu são influenciados diretamente por vários fatores como manutenção mecânica, manutenção dos pneus e também por um item que muitas vezes passa despercebido pela maioria dos profissionais do volante: os hábitos de dirigir que reduzem a quilometragem do pneu. A seguir vamos comentar alguns desses hábitos e práticas: fazer curvas em velocidade, frenagens bruscas, arrancadas forçadas, velocidades acima do limite do pneu e mudança de direção repentina, entre outros. Fazer Curvas em Velocidades impróprias, seja pela carga transportada ou pela condição da estrada, provoca esforços na estrutura do pneu, as quais fadigam prematuramente a carcaça para futuras reformas. Além disso, causam desgastes prematuros na banda de rodagem, diminuindo a vida útil do pneu e aumentando o custo por quilômetro. A Frenagem de um veículo de carga, por sua vez, é outro item digno de atenção, pois deve ser feita da maneira mais suave possível para que os pneus não sofram esforços desnecessários e não tenham a vida útil afetada. Portanto, é prudente o motorista redobrar a atenção e programar melhor a frenagem do veículo, principalmente ao trafegar por locais de trânsito intenso. Já as Arrancadas Forçadas com veículo de carga provocam esforços na estrutura da carcaça, os quais certamente

irão influenciar a vida útil total do pneu. Isso será observado quando o pneu for enviado para reforma ou pode até mesmo vir se romper durante o trabalho, provocando prejuízos imprevisíveis e incalculáveis. Todo pneu possui um Índice de Velocidade máxima em trabalho. Esse índice deve ser respeitado, pois sua carcaça foi projetada para rodar a uma determinada velocidade e a uma determinada carga para se atingir a maior vida útil possível. A velocidade acima do limite provoca deformações na carcaça fazendo-a atingir seu ponto de fadiga mais cedo e prejudicando sua vida útil. Quando se está dirigindo, qualquer que seja a velocidade, e o veículo tiver sua trajetória alterada bruscamente, como o desvio de um obstáculo, a carcaça é submetida a esforços laterais excessivos. Se essa prática se tornar comum, essa carcaça sairá de serviço mais cedo, diminuindo sua vida útil e também aumentando o custo por quilômetro. Além dos possíveis problemas citados acima, os hábitos e práticas podem atingir também vários outros componentes mecânicos do veículo. Se observados e evitados, certamente as carcaças e os pneus terão maior vida útil, pois as mesmas serão mais bem preservads para as reformas, diminuindo consideravelmente seu custo por quilômetro rodado e, consequentemente, preservando componentes mecânicos. Bom trabalho e até o mês que vem.

Este boletim é de responsabilidade do consultor na área Automotiva Pesada, Guilherme Junqueira Franco, que tem a formação TTS - Truck Tire Specialist (Especialista em Pneus de Caminhão). Dúvidas: guijunqueirafranco@gmail.com ocarreteiro.com.br

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MONTADORA

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TECNOLOGIA MADE IN BRAZIL

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Centro de tecnológico da Mercedes-Benz do Brasil chega aos 30 anos de atuação com o mérito de contar com vários produtos desenvolvidos para o mercado brasileiro e também exportados para países de diferentes continentes JOÃO GERALDO

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uando percebemos a utilidade, eficiência e benefícios práticos proporcionados pelas diferentes tecnologias incorporadas aos caminhões, nem sempre pensamos quanto empenho e trabalho de profissionais de diferentes áreas foram empregados para se chegar ao resultado final satisfatório. Na grande maioria dos casos, trata-se de operações silenciosas, dentro e fora de cada empresa, com o propósito de oferecer ao mercado veículos de sua marca cada vez mais competitivos. E assim acontece com todas os grandes fabricantes de caminhões, cada um atuando dentro sua própria estratégia. Nessa rotina de trabalho, pesquisa e desenvolvimento, o CDT - Centro de Desenvolvimento Tecnológico de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil está comemorando 30 anos, enquanto a fábrica, por sua vez, completa 65 anos de produção no País. Instalado dentro da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, o CDT tem sido motivo de orgulho da montadora, especialmente por ter sido responsável por várias tecnologias inseridas em veículos comerciais em operação tanto no Brasil quanto em outros países para onde a empresa envia seus produtos. É o maior Centro de Desenvolvimento do Grupo Daimler fora da Alemanha, e também da América Latina. Sua importância pode ser medida peocarreteiro.com.br

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los caminhões, trem de força e chassis de ônibus desenvolvidos em três décadas de atuação. Entre engenheiros, técnicos e especialistas, a estrutura do CTD conta com 563 profissionais. De acordo com o diretor de desenvolvimento de trem de força da Mercedes-Benz do Brasil, Thomas Lemcke, o CDT da unidade brasileira está 100% integrado às atividades de desenvolvimento da Daimler na Alemanha. “A equipe brasileira faz parte da engenharia mundial da companhia, é um braço importante para a criação de produtos tanto para o mercado local quanto global”, disse. Ainda de acordo com Lemcke, prova disso é o CDT ter passado a ser o responsável global pela plataforma de motores a diesel das famílias BR900 e OM400. 44

Esses engenhos são utilizados em caminhões, ônibus e até mesmo outras aplicações não rodoviárias como trens na Europa e outras partes do mundo. “É um grande reconhecimento para o time; um importante marco na nossa história”, comemorou Lemcke, acrescentando que os propulsores pesados OM 400 e OM 900 produzidos no Brasil são exportados para a Detroit Diesel nos Estados Unidos e México. Já o diretor de desenvolvimento de caminhões Mercedes-Benz, Daniel Spinelli, cita também como destaque do CDT a diversidade de profissionais de várias origens, do Brasil e do exterior que aqui trabalham e trazem a riqueza de conhecimento e culturas para a empresa. “O caminho inverso também


O CDT do Brasil está totalmente integrado às atividades de desenvolvimento da Daimler na Alemanha, disse Thomas Lemcke. Já Daniel Spinelli destaca a diversidade de profissionais que trazem conhecimentos e culturas para a empresa acontece, pois muitos engenheiros e técnicos brasileiros se transferem para outras unidades da Daimler no mundo, levando know-how, proatividade e criatividade ao desenvolvimento de projetos para outros mercados”, complementou. Baseado em elementos corporativos globais, como qualidade, inovação e planejamento, para ele o CDT do Brasil é uma universidade de tecnologia para cada engenheiro, contribuindo para o crescimento profissional e intelectual. “Nós ajudamos a engenharia nacional a evoluir e a alcançar uma melhoria contínua”, afirmou. Spinelli comenta ainda sobre o desenvolvimento do Novo Actros, para o qual muitos profissionais da Mercedes-Benz do Brasil estiveram na Alemanha

para trazer ao mercado brasileiro um caminhão global, porém trabalhado aqui para ser um produto sintonizado com a realidade dos clientes e do transporte de cargas do Brasil. Lembra que a cabina brasileira do Novo Actros é um exemplo significativo da integração da Mercedes-Benz do Brasil na plataforma global de desenvolvimento de caminhões da Daimler. Esta cabine, com diferenças em relação à do modelo europeu, é utilizada em modelos do Novo Actros F comercializado pela Mercedes-Benz Trucks em 24 países da Europa e de outros continentes. “Ou seja, um produto global desenvolvido pela equipe brasileira que permitiu à Mercedes-Benz do Brasil exportar pela primeira vez um projeto desse porocarreteiro.com.br

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MONTADORA

O CDT da empresa no Brasil está no mesmo nível técnico de outros instalados na Alemanha, Turquia, Japão e Estados Unidos, afirmou Karl Deppen

te para a matriz”, destacou. Ele lembra também da atuação do CDT no desenvolvimento das demais linhas de caminhões, como os novos modelos Accelo (como o 1316 6x2, cabina estendida e câmbio automatizado), Atego (3030 8x2 e câmbio automatizado) e Axor. “A unidade brasileira traz em sua essência o DNA de pioneirismo e inovação da marca, disponibilizando soluções para om transporte de cargas e passageiros e indicando tendências de mercado”, finalizou. A Mercedes-Benz do Brasil posiciona o seu Centro de Desenvolvimento Técnico no mesmo nível de CDTs similares instalados na Alemanha, Estados Unidos, Japão e Turquia, desenvolvendo projetos globais que podem ser lança46

dos em vários países. “Desde a inauguração, já era claro o papel fundamental da unidade brasileira dentro da Daimler Trucks”, disse o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO da América Latina, Karl Deppen. Ainda segundo o executivo, a trajetória de 30 anos do CDT é fruto do trabalho de profissionais competentes que ajudam a construir uma empresa inovadora em tudo que se propõe a fazer. “Aqui, pessoas e tecnologias estão a serviço da mobilidade, sustentabilidade e do ecossistema do transporte responsável, para hoje e para o futuro da sociedade”, afirmou o Deppen, ao reforçar que o CDT é motivo de orgulho para a companhia e também um legado para a engenharia brasileira.


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LANÇAMENTO

DE VOLTA AO B

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Importada da Turquia entre 2008 e 2014, a Ford Transit está volta ao mercado brasileiro. Agora produzida em fábrica no Uruguai, o modelo traz avançadas tecnologias de conectividade

O BRASIL

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Ford deixou de produzir caminhões no Brasil, mas promete continuar ativa no segmento de transporte, cuja atuação será por meio da recém-criada Divisão de Veículos Comerciais. O veículo de destaque da nova estrutura de negócios da empresa é a Transit nas versões furgão de carga, passageiros e chassi-cabine, já comercializada no País entre 2008 e 2014. No período, o modelo era importado da Turquia e teve como principal motivo para a montadoras interromper suas vendas a falta de competitividade provocada pela alta do câmbio. Agora, o modelo passa a ser produzido em fábrica construída no Uruguai em parceria da Ford com a Nordex, empresa especializada em manufatura e com mais de 50 anos de experiência no setor automotivo. Lançada em 1953, em mais de 60 anos de mercado a Transit superou 10 milhões de unidades vendidas em 65 países. O modelo é um dos mais comercializado em sua categoria nos Estados Unidos e Europa. A fábrica no Uruguai é a quinta da Ford no mundo dedicada à fabricação do modelo. O retorno ao Brasil está diretamente relacionado ao crescimento do segmento de vans e chassi-cabine. Esta categoria de veículo atende transportadores autônomos, pequeno frotistas e diversos usuários que têm no veículo uma ferramenta para diferentes aplicações e tipos de trabalho. A comercialização no mercado brasileiro começa pela van de passageiros nas opções para 16 ocupantes ou 19 ocupantes incluindo o motorista. De acordo com Flávio Costa, gerente de vendas de veículos comerciais da Ford, o furgão ocarreteiro.com.br

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LANÇAMENTO

Antes de desembarcar no Brasil, a Transit passou por programa para atender as características da América do Sul, inclusive do modo de dirigir dos motoristas

de carga chega logo depois nas versões média ou longa, também configuráveis de acordo com as necessidades do cliente. Como solução para o transporte decarga, Costa rressalta que a versão vidrada e sem bancos permite diferentes configurações, inclusive para operar como furgão de carga. A preparação da Transit para os mercados do Brasil e América Latina contou extenso programa feito pela engenharia brasileira da Ford no Centro de Desenvolvimento do Produto, na Bahia e no Campo de Provas de Tatuí, no Interior paulista. O trabalho foi desenvolvido em parceria com os centros de engenharia da marca na Inglaterra e na Alemanha. De acordo com o diretor de veículos comerciais da Ford América do Sul, Guillermo Lastra, esse programa incluiu mais de 20.000 horas de trabalho de engenharia e o equivalente a 1 milhão de km rodados em condições reais nos testes de desempenho, validação e durabilidade para atender às características de clima, estradas, combustível, trânsito e modo de dirigir dos consumidores brasileiros e sul-americanos. 50

“Queremos fazer da Transit a melhor opção de compra. Para isso os mais de 100 concessionários da rede já se encontram treinados. Temos boxes exclusivos e flexibilidade de horários de atendimento”, disse Lastra. Ainda segundo o executivo, os clientes vão poder contar estoque de peças nas concessionárias e mais cinco centros de distribuição localizados em Gravataí/RS, Salvador/BA, Porto Feliz, Cajamar e Barueri/SP, totalizando 30 mil diferentes peças para o modelo. Outro ponto citado pelos executivos a favor da Transit é o pacote de tecnologia, no qual a empresa destaca a conectividade como um dos grandes diferenciais do modelo. “Ela é a primeira a vir com o FordPass Connect, um modem embarcado que coloca o veículo na pal-


ma da mão do cliente onde ele estiver, e também agiliza os serviços para ganho de produtividade e otimização do tempo de trabalho”, complementa Flávio Costa. O aplicativo permite saber a localização e situação do veículo em tempo real e enviar comandos remotos pelo celular, tais como travar e destravar portas, dar a partida no motor, checar o nível do combustível, quilometragem e quanto falta para a próxima revisão. O alerta de falha é outra função do veículo. O modem embarcado trabalha conectado com todos os sistemas eletrônicos da Transit e pode identificar mais de 3.000 modos de falha, desde falta de água no reservatório do limpador de para-brisa ou pneu descalibrado, até variações no desempenho do mo-

tor. Também gera um alerta no celular e orienta o que é preciso fazer para corrigir o problema. Em casos de alertas mais urgentes, a assistência 24 horas entra em contato com o cliente para entender o que está acontecendo e ajudar a encontrar uma solução. “O FordPass também permite agendar e acompanhar o andamento de serviços no veículo com uma jornada 100% digital e agiliza o atendimento em todos os canais da marca”, disse Costa. “Além de ser a mais tecnológica e equipada da categoria, a Transit também tem a maior potência e torque, a melhor conectividade, assistência ao motorista, dirigibilidade, central multimídia, segurança, conveniência e conforto acústico”, concluiu. ocarreteiro.com.br

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LANÇAMENTO

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MUDANÇA INTERIOR

Lançada em 2003, a linha VM ultrapassou em maio deste ano a marca de 70 mil unidades produzidas

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Após atualizações aplicadas recentemente na parte externa da cabine, as quais lhe garantiram aparência muito próxima dos extrapesados FH, os caminhões semipesados e pesados Volvo VM da linha 2022 chegam ao mercado com mudanças somente na parte interna da cabine JOÃO GERALDO

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s vésperas de completar 20 anos de lançamento, o novo VM 2022 chega ao mercado com alterações restritas ao interior da cabine. Mas nem por isso as mudanças promovidas pela montadora deixam de ter relevância, pois trazem com elas o compromisso de aumentar o conforto e bem estar do motorista através de melhorias que combinam o equilíbrio de materiais e cores em todo o espaço interno. Além da função de diferenciar a nova linha da atual, as alterações internas podem ser uma das últimas, ou até mesmo a derradeira desta cabine que já passou por várias modificações equipando modelos semipesados e pesados da Volvo. Em maio deste ano, a linha VM superou marca de 70 mil unidades produzidas desde o seu lançamento em 2003. Um dos itens de grande importância para o carreteiro que dorme ou apenas descansa no caminhão é a cama e esta, por sua vez, conta com molas ensacadas ocarreteiro.com.br

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LANÇAMENTO

Alteração no balanço traseiro facilitou a instalação da caçamba, diz Jeseniel Valério. Novas cores internas deram um design sofisticado, afirmou Clóvis Lopes

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e espuma de alta densidade, é mais larga e dotada de extensores. Com revestimento em tecido harmonizando com as cores internas da cabine, sob ela há um espaço destinado à acomodação utensílios do motorista. O acabamento e a cor do painel da linha VM 2022 apresenta tons mais escuros, mas não traz qualquer modificação na disposição do conjunto de componentes. Bancos do motorista e do passageiro, assim como as paredes laterais e traseira e teto da cabine, mais as cortinas, também receberam nova cor. Para o gerente comercial de caminhões Volvo no Brasil, Clóvis Lopes, as mudanças internas promovidas na cabine deram um design sofisticado. "Um traço marcante da linha Volvo que trouxe mais conforto ao condutor e demais ocupantes do veículo", conforme disse. A única mudança anunciada pela Vol-


Sem alterações externas, cabine do VM da linha 2022 continua com mesmo design da última atualização

vo fora da cabine está no balanço traseiro das configurações para caçamba. Conforme explicação do gerente de engenharia de vendas da Volvo do Brasil, Jeseniel Valério, a alteração tem o propósito de facilitar a instalação do implemento, desde aplicações no transporte urbano até operações de suporte em mineração. “As mudanças garantem maior versatilidade para o implementador; pois o transportador perde menos tempo com o fornecedor e coloca o veículo para trabalhar mais rapidamente”, complementou. O volume de vendas do VM apresentou crescimento este ano. O emplacamento de 3.693 unidades entre janeiro e agosto mostram uma boa aceleração em relação às 2.254 alcançadas no mesmo período de 2020. A linha VM é formada por modelos com motores de 220cv, 270cv e 330cv e configurações de eixos

4x2, 6x2, 6x4, 8x2 e 8x4, atendendo segmentos de semipesados e pesados em variadas aplicações. As versões mais recentes foram apresentadas ano passado pela Volvo. Uma delas, o VM City é destinado a distribuição urbana; a outra é o VM Light Mixer 8x4 para construção. As opções pesadas, na versão de 32 toneladas, atendem aos segmentos de mineração e e canavieiro Autônomo,. sendo esta uma versão autônoma. Este modelo tem como grande diferencial o fato de trafegar sozinho em linhas de colheitas de cana de açúcar, tendo como principal vantagem não pisotear nas mudas para proporcionar aumento da produtividade nesta operação. “Estamos mais uma vez atualizando uma linha de veículos de grande sucesso nos mercados brasileiro e latino-americano”, concluiu Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões Volvo no Brasil. ocarreteiro.com.br

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Fotos SHUTTERSTOCK e DIVULGAÇÃO

PEÇAS

DIFERENÇAS INVISÍVEIS JOÃO GERALDO

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Comparativo entre peças genuínas Cummins para motores de sua fabricação e de outros fabricantes apontou diferenças técnicas de medidas e composição de materiais capazes de provocar falhas, quebras e redução da vida útil de componentes, resultando em aumento de custos

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studo comparativo realizado pela Cummins entre peças de sua fabricação, com outras de variadas marcas encontradas no mercado, concluiu que as peças similares não atendem especificações críticas, seja do ponto de vista dimensional ou de materiais. O trabalho desenvolvido pelo departamento de engenharia - e classificado pela emprsa como minucioso e complexo - apurou detalhes e diferenças entre produtos genuínos e seus equivalentes encontrados no mercado muitas vezes não identificadas apenas pelo olho humano. De acordo com a fabricante de motores, o estudo envolveu análises e testes ocarreteiro.com.br

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PEÇAS

de pistões, anéis, válvulas, camisas de cilindros, bielas e pinos, além de itens ainda menores, como molas e anéis de retenção. Também fizeram parte do trabalho testes visuais e medições mais detalhadas dentro dos padrões da empresa, análises dimensionais, composição e dureza dos materiais entre outras características avaliadas. Como resultado, nenhuma das peças submetidas aos testes passou nas provas de medições e especificações definidas pela empresa, levando-se em conta detalhes mínimos como encaixe de um anel com alguns milésimos de diferença em uma peça não genuína. Segundo a Cummins, tratando-se de peças para seus motores, uma diferença mínima pode resultar em perda de potência, de 58

lubrificação insuficiente, maior consumo de combustível, desgaste prematuro e até mesmo uma falha grave. No caso do pistão, por exemplo, considerado o coração do motor, e que funciona sob condições extremamente exigentes, a peça original é projetada para suportar altas temperaturas, sendo 31% mais resistente devido à tecnologia e os processos de fabricação utilizados. Ainda de acordo com a empresa, durante os testes o produto não genuíno apresentou dimensões fora das especificações das peças de sua fabricação, podendo comprometer a performance, emissões, consumo de combustível e durabilidade do motor. As camisas de cilindro avaliadas apresentaram diferença de dureza em relação à peça genuína, a qual tem em sua composição 65% a mais de níquel e cobre para proporcionar uma superfície uniforme e a correta acomodação do conjunto pistões e anéis. Também apresentaram di-


ferenças no diâmetro externo de 1% e raios de entrada fora do especificado, entre outras diferenças, podendo ocasionar vazamento de líquido refrigerante, trincas e falhas prematuras, aumento de vibrações, pressão de encaixe da camisa fora do especificado, mistura de óleo e líquido de arrefecimento além de degradação do anel de vedação. A Cummins ressalta que a relação geométrica entre a camisa, pistões e bloco de cilindros é extremamente importante para o correto funcionamento do motor, com benefícios como baixo risco de falhas prematuras, maior durabilidade e melhor temperatura de operação. Já em relação às bronzinas de bielas, a empresa informa que as peças de sua fabricação utilizam 6 camadas de diferentes materiais para garantir maior durabilidade e melhor proteção contra degradação e falhas graves. As não genuínas analisadas apresentaram apenas 3 materiais em sua construção, aumentando o risco de des-

Uma diferença mínima na peça de motor pode resultar em perda de potência e maior consumo de combustível, entre outros problemas , diz a fabricante

gaste e falhas prematuras, além de baixa durabilidade. A sugestão da empresa para quem opta por peças não genuínas visando a economia é observar o custo benefício proporcionado pela utilização de componentes genuínos e não somente o comparativo de preços. A relação de possíveis problemas que podem surgir inclui perda de produtividade devido à redução de desempenho dos equipamentos, custos operacionais mais elevados pelo maior consumo de combustível e maiores gastos com manutenções não programadas. Ainda segundo a fabricante de motores, o objetivo do estudo é conscientizar o mercado de reposição e o consumidor final sobre os riscos envolvidos no uso de componentes não genuínos. ocarreteiro.com.br

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PNEUS

ROTA DE CRESCI M Inaugurada no Brasil há pouco mais de três anos, a fábrica da Dunlop de pneus para caminhões e ônibus acaba de receber investimento para aumento de produção, fortalecimento da marca e crescimento da participação da marca entre os transportadores

Fotos DIVULGAÇÃO

JOÃO GERALDO

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CI MENTO

N

o momento em que os fabricantes de implementos rodoviários buscam solução na importação de pneus de carga a para suprir a crescente demanda de seus produtos, a Sumitomo Rubber do Brasil, empresa japonesa detentora da marca Dunlop, anunciou investimento de R$ 1,06 bilhão nas linhas de produção da sua fábrica brasileira de pneus para veículos de carga e de passeio. A empresa é detentora da marcas de pneus Dunlop e Falken. Destinado à ampliação e aumento de produção da planta instalada em Fazenda Rio Grande/PR, o investimento acontece no mesmo mês em que a empresa comemora 10 anos de operação no Brasil. Uma das metas do aporte é elevar a fabricação atual de mil pneus de carga/ dia para 2.2 mil unidades/dia até o ano de 2025. Outra é o aumento da produção diária de pneus de passeio, elevando de 18 para 23 mil unidades próximos três anos. Embora a Sumitomo Rubber tenha inaugurado sua planta brasileira em outubro de 2013, para fabricar pneus de veículos de passeio, vans e SUVs, a produção para caminhões e ônibus teve início em março de 2019, com investimento de R$ 465 milhões e 500 unidades/dia. Até então, os pneus de carga da marca Dunlop eram importados de outras das 12 fábricas espalhadas pelo mundo. Em abril de 2020, a produção diária de pneus de carga atingiu 1.000 unidades/dia. “Acreditamos muito no potencial do mercado brasileiro e esperamos com isso consolidar ainda mais as nossas marcas junto ao consumidor brasileiro, oferecendo produtos que são referência em segurança e tecnologia”, disse o presidente da companhia no País, Yoshinori Wakitani. Desde 2020, a Dunlop conta com uniocarreteiro.com.br

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PNEUS

Pneu de carga Dunlop é produzido no Brasil desde 2019. Produtos são vendidos em truck centers, e lojas em conteineres nas rodovias

dades de Truck Centers e contêineres personalizados em pontos estratégicos rodovias, para a venda de pneus direta de pneus para motoristas de caminhão. De acordo o diretor de vendas e marketing da companhia, com Rodrigo Alonso, atualmente são 21 unidades instaladas em rodovias de vários Estados. Alguns destes postos de vendas contam com parcerias para execução de serviços de borracharia, entre outros. 62

Atualmente, 80% da produção de pneus de carga da Dunlop são destinados ao pós-vendas e 20% para caminhões novos das marcas Volkswagen e ônibus Marcopolo. Ainda segundo Alonso, apesar do pouco tempo de atuação no mercado brasileiro, os pneus Dunlop têm boa reputação entre os transportadores, com referências positivas de custo por quilômetro rodado e já tendo ganho inclusive selo de qualidade da carcaça. O executivo lembra que sobre reforma de pneus, os reformadores da rede Vipal dão garantia para serviços nas carcaças Dunlop. Ele destaca ainda que um dos diferenciais dos pneus de carga Dunlop está na tecnologia empregada no processo de fabricação sem emendas. “Esse processo garante maior precisão e segurança nas partes de borracha do pneu, tanto para veículos de passeio quanto de carga; pneus mais uniformes, proporcionando conforto, estabilidade e menor consumo de combustível para os clientes", concluiu.


se

INFÂNCIA SEGURA DURANTE O ANO INTEIRO

Imagem SHUTTERSTOCK

N

o mês de outubro, comemoramos o mês das crianças. Mas a data, carreteiro, não é só sobre celebrar: é fundamental redobrar a atenção para a proteção de crianças e adolescentes nas estradas brasileiras durante o ano inteiro. Enfrentar a exploração sexual de meninos e meninas nas rodovias é vital. Hoje, existem 3.651 pontos vulneráveis a esse tipo de violência nas estradas do país, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Childhood Brasil, realizado entre 2019 e 2020. Diante desse cenário, o profissional das estradas torna-se um aliado valioso na proteção da infância. Você pode atuar como um agente de proteção, em especial, em locais de parada onde crianças e adolescentes podem estar em situação de risco. Disque 100 para denunciar qualquer situação suspeita de violação de direitos de meninas e meninos. A denúncia é anônima e gratuita. Toda criança tem o direito de viver uma infância feliz, segura e li-

vre de violências. Estar com os olhos bem abertos e atentos nas estradas pode fazer toda a diferença no combate da exploração sexual. Agradecemos você por ser um agente de proteção de meninas e meninos nos 365 dias do ano. O caminho é longo, mas juntos somos mais fortes!

Para saber mais, acesse: Childhood Brasil – www.childhood.org.br Programa Na Mão Certa – www.namaocerta.org.br

ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS

Amigo motorista, mande sua mensagem para Revista O Carreteiro POR EMAIL: redacao@ocarreteiro. com.br PELO SITE: www.ocarreteiro.com.br PELO WHATSAPP: (11) 95428-8803 PELO FACEBOOK: facebook. com ocarreteiro. CARTAS: Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria - São Paulo SP - CEP 04635-021 ENERGIA SOLAR A energia solar pode ser uma solução para a prolongar em até 40% a vida útil das baterias e reduzir o consumo de diesel, conforme diz a Ativa Logística, operadora de logística dos setores de saúde e beleza. A empresa está utilizando placas solares para gerar energia para o sistema de refrigeração dos baús e outras tecnologias embarcadas dos caminhões. A economia de combustível se dá porque o sistema de refrigeração do baú possui um motor a diesel para gerar energia para uma bateria que 64


alimenta o refrigerador. “Com a placa solar, a bateria deste sistema é constantemente carregada e assim reduzimos o acionamento do motor e, consequentemente, o consumo de diesel”, relatou Alex Nunes, gerente de inovação da empresa. Os veículos da Ativa com placas solares estão sendo utilizados em operações de coletas de mercadorias, distribuição e transferências no Estado de São Paulo.

Em briga de saci não tem rasteira SCANIA A GÁS A Scania negociou um lote de 124 caminhões movidos a gás para a empresa gaúcha Reiter Log. Trata-se da maior venda feita pela montadora envolvendo veículos com esta solução alternativa ao óleo diesel. As primeiras unidades começam a ser entregues ao cliente neste último trimestre do ano; já o lote completo está previsto para concluido no decorrer do primeiro semestre de 2022, conforme informou a montadora. Os caminhões Scania movidos a gás foram apresentados ao público no final de 2019. ocarreteiro.com.br

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ROSIVORTER

NÃO ERA PROVOCAÇÃO

Imagem do anúncio do Scania T 142 publicado 35 anos atrás procura destacar vantagens do motor de 388cv

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esde sempre potência e torque são itens explorados pelos fabricantes de caminhões. O propósito claro: destacar eficiência e transmitir ideia de superioridade dos produtos da marca. Em peça publicitária da Scania, publicada na edição 149 da revista O Carreteiro, em de setembro de 1986, a fabricante procura destacar superioridade de desempenho de seu caminhão T 142, com motor V8 em relação aos demais veículos da mesma categoria, destacando as vantagens da potência (elevada para a época), com dose de ironia. Veja no texto a seguir. “A distância que existe entre um

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Scania e os outros caminhões você mede por quilômetros. Basta olhar na estrada. Nenhum outro caminhão consegue alcançar a tecnologia Scania. Muito menos alcança um T 142 equipado com motor DS 14 com 388 cv. Porque um motor Scania com essa potência representa maior velocidade média. Maior velocidade média significa mais viagens. E mais viagens você sabe bem o que quer dizer. Além dos outros ficarem quilômetros e quilômetros atrás, também ficam muitos lucros atrás". E concluía: - “Por tudo isso, se você já tiver um Scania, não escreva Mantenha Distância no parachoque. Os outros podem pensar que é provocação. (JG).


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