Caderno de Resumos

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Ary Albuquerque Cavalcanti Junior ---ajunior.ufrb@hotmail.com

Memória e política: resistência de mulheres baianas à Ditadura Militar (1964-1985)

O presente trabalho esta inserido no bojo do contexto ditatorial brasileiro (1964 -1985) período marcado por fortes ações do governo no intuito de coagir quaisquer movimentos contrários às bases ideológicas, sociais e políticas do Estado. Voltandose para a participação de mulheres baianas nesta conjuntura, o presente estudo busca contribuir para o desenvolvimento de campos até então “esquecidos” pela historiografia, tais como a história das mulheres, que desde a década de 70 passou a inovar-se. Dessa forma, no intuito de apresentar as variadas formas de “luta” e resistência durante a ditadura militar, este grupo social fora escolhido para compreender os problemas em torno da reconstrução memorialística e os mecanismos de produção do esquecimento. As experiências em movimentos sociais e em alguns casos, nas organizações armadas fizeram com que sentissem nos seus corpos e almas a experiência da clandestinidade, prisão, tortura e exílios. O objetivo, portanto, consiste em desvendar através de relatos autobiográficos, entrevistas orais, fontes jornalísticas entre outras possibilidades o processo de elaboração dessa memória. O uso da história oral como um dos métodos possibilitou a realização da entrevista com Emérita Andrade Ramos, baiana, militante comunista e presa política nos anos sessenta. Natural de Jaguaquara, estudou Teatro na Universidade da Bahia até 1964, sendo obrigada ainda neste ano a abandonar o curso em detrimento do golpe civil militar, uma vez que estava sendo procurada. Nesse ínterim, Emérita migrou para o Rio de Janeiro, viveu sobe forte tensão até ser presa pelo DOPS (Departamento de Operações Políticas e Socais) daquele Estado, sendo torturada e indiciada no Inquérito Policial Militar (IPM) contra o PCB, Partido Comunista Brasileiro.

Carla Reis

Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bolsista PIIC/COPES carlareisufs@gmail.com

Estado X Sociedade: A Gazeta de Sergipe e o governo de Leandro Maciel (1955-1959)

A influência exercida pela mídia faz com que os governantes busquem se aliar aos veículos de comunicação. Em Sergipe havia um periódico de alto poder persuasivo, a Gazeta de Sergipe que circulou ininterruptamente, por quase cinco décadas. Não é raro encontrar nas edições da GS denúncias contra os escândalos políticos e econômicos dos anos em que o periódico funcionou. Para entendermos os motivos pelo qual a GS tornou-se um ícone combativo do jornalismo sergipano analisamos a sua história e seu envolvimento nos meandros políticos. O estudo se propõe a traçar 265


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