Correio Notícias - Edição 989

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Sexta-Feira - 23 de Maio de 2014 Edição 989

POLÍTICA

Caíto aceita vice de Beto Richa Decisão de Caíto afasta possibilidade de candidatura própria no PMDB e ainda a aliança com PT

Divulgação

Exaltar-te-ei, ó SENHOR, porque tu me exaltaste; e não fizeste com que meus inimigos se alegrassem sobre mim. Salmos 30 Dilma sobe de 37% para 40% em nova pesquisa Ibope Pesquisa do Ibope divulgada ontem, 22, mostra a presidente Dilma Rousseff com retomada do patamar de intenções de voto que tinha março após ter caído para 37% em abril. A presidente Dilma Rousseff (PT) subiu de 37% em abril para 40%. Os demais candidatos somam 37%. Aécio Neves (PSDB) aparece com 20% das intenções, Eduardo Campos (PSB), com 11%, pastor Everaldo (PSC), com 3%, José Maria (PSTU) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada e outros, juntos, somam 1%. No levantamento anterior, Aécio Neves tinha 14% e Campos, 11% das intenções de voto pelo Ibope mostra que, no cenário mais provável para as eleições de outubro, que considera as candidaturas de partidos nanicos, o segundo turno ainda é uma dúvida.

Deputados, prefeitos, vices-prefeitos e vereadores integram grupo pró-Richa no PMDB

De Curitiba Assessoria O deputado Caíto Quintana (PMDB) confirmou nesta semana que aceita a indicação para ser candidato a vice-governador na chapa à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). “Se indicarem o meu nome, vamos em frente”, disse Quintana. Para sua indicação, a aliança com os tucanos deve vencedora da convenção do PMDB em 20 de junho. A confirmação de Caíto Quintana desarticula as pretensões do senador Roberto Requião, que pretendia disputar pela quarta vez o Palácio do Iguaçu. Quintana e a ala pró-Richa - formada por deputados estaduais, federais, prefeitos, vices-prefeitos e vereadores do PMDB - garante que tem mais de 50% dos 589 convencionais que definirão a participação do partido nas eleições de outubro. Quintana afirmou que a tese da aliança com os tucanos forta-

lece o partido mais do que a candidatura própria. A avaliação é que se o PMDB entrar na disputa com um candidato próprio terá poucas chances de coligação e com isso elegerá menos deputados em outubro. Quintana citou que a chapa de pré-candidatos à Assembleia Legislativa tem atualmente apenas 15 nomes. “Com uma candidatura própria nós vamos reduzir pela metade a bancada. E cada candidato terá que fazer 70 mil votos”, comparou. Deputados - No grupo de Quintana estão ainda os deputados Luiz Eduardo Cheida, Luiz Claudio Romanelli, Nereu Moura, Teruo Kato, Waldyr Pugliesi, Artagão Filho, Alexandre Curi, Jonas Guimarães, Stephanes Júnior, Ademir Bier e o deputado federal, Osmar Serraglio, presidente estadual do PMDB. Ao indicar o candidato a vicegovernador na chapa de Beto Richa, o PMDB irá participar diretamente do governo, ajudará

a elaborar as políticas públicas do estado e ainda terá a oportunidade de lançar o candidato ao governo em 2018, argumentou Quintana. “É o fortalecimento do partido e não ao contrário”, afirmou o deputado. Integrante da chamada “ala histórica” do PMDB paranaense, Quintana é um dos parlamentares mais influentes do partido no Estado. Além da indicação do vice, o PMDB poderá assumir o comando de pelo menos três secretarias de peso em um futuro segundo mandato de Richa, e a formação de um “chapão” com outros partidos da base aliada para os candidatos a deputado estadual e federal do PMDB. Escândalos petistas - Com a decisão de Caíto Quintana outra hipótese afastada é de aliança com o PT de Gleisi Hoffmann. “Essa hipótese está totalmente descartada”, disse o presidente da legenda, Osmar Serraglio. A petista enfrenta dificuldades diante dos escândalos que atin-

gem sua pré-campanha e da presidente Dilma Rousseff, de quem a paranaense foi chefe da Casa Civil até fevereiro, e que vem caindo nas pesquisas de intenção de voto e de avaliação popular. A situação de Gleisi ficou ainda mais complicada depois que um das principais figuras de seu partido - o deputado federal André Vargas - foi atingido por denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef - preso na operação Lava Jato da Polícia Federal, acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Vargas - até então apontado como um dos principais coordenadores da campanha de Gleisi – deixou o PT e renunciou à vice-presidência da Câmara Federal, e está respondendo um processo de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.

Câmara aprova lei que proíbe castigos físicos a crianças e adolescentes De Brasília Agência Estado Após dois anos de tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, foi aprovado na noite desta quarta-feira (21), no colegiado, o projeto de lei que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e proíbe a aplicação de castigos físicos a crianças e adolescentes. Chamada até então de Lei da Palmada, o projeto seguirá para o Senado com o nome de Lei "menino Bernardo", em homenagem ao garoto Bernardo Boldrini, assassinado no Rio Grande do Sul. Passado o debate acalorado da sessão promovida pela manhã e a presença da apresentadora Xuxa Meneghel, a bancada evangélica que vinha obstruindo a votação do projeto nos últimos anos - cedeu e

houve um acordo para a alteração do texto final. O relator Alessandro Molon (PT-RJ) acrescentou apenas à definição de castigo a expressão "que resulte em sofrimento físico ou lesão" à criança ou ao adolescente. "Não queremos que as crianças sejam espancadas e tratadas de forma humilhante, seja com castigo físico ou não", disse o relator. O entrave era a bancada evangélica, que temia a "interferência" da legislação na educação familiar. O relator enfatizou que a proposta não prevê sanções aos pais por usar métodos punitivos na educação dos filhos, apenas encaminhamento dos pais denunciados ao Conselho Tutelar para orientação e, no máximo, advertência. Na avaliação do petista, a presença de Xuxa pela manhã

foi decisiva para a aprovação do texto. O caso Bernardo Boldrini também ajudou a sensibilizar os parlamentares, por isso o nome da lei foi alterado. Os deputados fizeram questão de retirar da lei o sobrenome do

pai do garoto. "Não seria possível, exatamente numa lei que seria para evitar casos como esse, incluir o sobrenome de quem eventualmente tenha participado dessa tragédia", justificou o relator.

PF faz operação contra grupo que desviou R$ 300 mi no Brasil e no Paraguai A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sustenido ontem (22) para desmantelar uma quadrilha que teria movimentado ilegalmente R$ 300 milhões entre o Brasil e o Paraguai. Devem ser cumpridos, ao longo do dia, seis mandados de prisão preventiva, 28 mandados de prisão temporária, seis mandados de condução coercitiva e 43 mandados de busca e apreensão. Os alvos ficam nas cidades de Foz do Iguaçu e Medianeira, no Oeste do Paraná. A suspeita é que a organização criminosa praticava os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas havia mais de três anos. O esquema começava com 46 empresas de fachada. O responsável por essas pessoas jurídicas fantasmas pagava boletos bancários cujas beneficiárias eram duas grandes companhias de Foz do Iguaçu. Em seguida, os proprietários dessas duas grandes companhias repassavam o valor desses boletos a outra grande empresa, desses mesmos proprietários, mas sediada no Paraguai. Para fazer as transferências sem despertar suspeitas, o grupo criminoso contava com o apoio de funcionários de instituições financeiras de Foz do Iguaçu, além de dezenas de pessoas físicas. Estas últimas, de maneira consciente, “emprestaram” seus nomes para a constituição das empresas fictícias. Desemprego no país cai a taxa recorde para abril A taxa de desemprego do Brasil recuou a 4,9% em abril, recorde para esses meses, devido à menor procura por vagas, ao mesmo tempo em que a renda média da população caiu. O número divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava 5,2%. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostrou aumento do desemprego brasileiro em janeiro e fevereiro depois de atingir a mínima histórica de 4,3% em dezembro de 2013. Mas, em março, interrompeu essa tendência ao cair a 5%, num movimento que já mostrava menos pessoas saindo em busca de colocação. Segundo o IBGE, a população desocupada caiu 3,3% ante março, chegando a 1,173 milhão de pessoas, com queda de 17% sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho. "PIB Mensal" recua 0,8% em março, diz Serasa O Indicador de Atividade Econômica (PIB Mensal), divulgado nesta quinta-feira, 22, pela Serasa Experian, registrou queda de 0,8% em março ante fevereiro, descontados os fatores sazonais. Já sobre março do ano passado, houve avanço de 1,6% na atividade econômica. Com isso, a expansão acumulada no primeiro trimestre de 2014 foi de 2,3%, na comparação com os três primeiros meses de 2013. Os impactos adversos do aumento da inflação e das taxas de juros foram os principais fatores que pesaram para o desempenho fraco da atividade no terceiro mês do ano, segundo a Serasa. A equipe econômica lista ainda outros elementos que contribuíram para a queda de 0,8% em março, como os recuos dos índices de confiança de empresários e consumidores, as incertezas sobre a eficácia do combate à inflação e em relação ao cenário de crescimento econômico global e a crise na economia argentina.


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