A Mediadora #6 - Crepúsculo

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- Eu não sabia disso. – Meu pai, em vez de afagar meu cabelo, o despenteou agora. – Mas eu sei de uma coisa. Esta coisa de deslocamento no tempo. É perigoso? Eu inspirei. – Bem. – Eu disse. – É. - E você realmente pensa, – Meu pai continuou, a pele em torno de seus olhos enrugou. – que eu iria deixar minha filhinha arriscar sua vida para me salvar? - Mas, pai... - Não, Suze. – As rugas ficaram profundas e eu podia dizer que ele estava mais sério do que já tinha ficado há muito tempo. – Não por mim. Eu daria qualquer coisa para viver outra vez. – E agora eu vi que, junto com as rugas, seus olhos estavam úmidos. – Mas não se isso significar que algo de ruim pode acontecer com você. Eu olhei para ele, meus olhos estavam brilhando com lágrimas. - Ah, Pai. – Eu disse, incapaz de manter a pulsação de minha garganta. Ele alcançou uma mão num lado do meu rosto molhado. - E eu não preciso falar por Jesse. – Ele disse, inclinando minha cabeça de modo que nos olhássemos nos olhos. – Mas eu acho que eu posso dizer com segurança que ele não gostará da idéia de você arriscar sua vida para salvá-lo mais do que eu. Conhecendo-o, de fato, ele provavelmente gostará muito menos. Eu levantei minha mão e coloquei-as sobre as dele. Então eu disse: – Eu sei disso, Pai. Eu realmente sei. E eu não irei voltar no tempo por você se você realmente não quiser que eu faça isso. Mas...Eu ainda não posso deixá-lo fazer isso, Pai. Paul, eu quero dizer. - Você não pode deixá-lo salvar a vida do garoto que você supostamente ama? – Meu pai disse, não parecendo muito feliz em


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