Revista hb fevereiro 2017

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Revista Funfarme

Sorteio de bolsas de estudo

Um dia... um trabalho preciso e... o recomeço de 14 vidas Em evento raro, num só dia, HB e HCM recuperam órgãos e tecidos de três doadores que puderam beneficiar 14 pessoas

Todos os profissionais dos hospitais empenham-se ao máximo para que possamos salvas muitas vidas e em respeito e consideração pelo gesto de grandeza dos pais, irmãos, filhos, enfim dos familiares desses doadores. Dr. João Fernando Picollo Oliveira, coordenador da OPO

Captações envolveram mais dois hospitais de SP Os procedimentos cirúrgicos envolveram também médicos do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, para onde foram levados os pulmões da moça, e do Hospital Bandeirantes, também da capital paulista, destino do fígado e um dos rins da menina.

Luta contra o tempo Há um limite de horas para cada órgão seja recuperado e transplantado. Caso contrário, pode acontecer a perda dele. Veja alguns casos:

Fígado Pulmão

6 horas

Rins

12 horas

30 horas

Centro de referência de transplante de órgãos e tecidos no Estado de São Paulo, o complexo da Funfarme viveu, em 3 de fevereiro, um dia raro em seus quase 40 anos de existência. Numa demonstração do mais puro altruísmo, três famílias de cidades da região, mesmo vivendo a enorme dor da perda de entes queridos, aceitaram doar os órgãos e tecidos deles, o que ofereceu a chance de beneficiar 14 pessoas que aguardavam por eles na fila de transplantes. Os doadores foram uma moça de 25 anos, de Guapiaçu, um rapaz de 23 anos, de Guaraci, e uma menina de 12 anos, de José Bonifácio. A moça, vítima de acidente de moto, pode doar os pulmões, fígado, córneas, rins e ossos (fêmur e tíbia). Após sofrer um AVC, o rapaz não resistiu e doou os rins. A criança morreu em decorrência de infecção no cérebro e doou o fígado, rins e córneas. Para que todos os procedimentos fossem realizados com precisão, mais de 60 profissionais do HB, do HCM e da OPO foram mobilizados. As equipes de vários Serviços do HB e HCM trabalharam para que as famílias concordassem com as doações e para que as cirurgias fossem realizadas com sucesso. Gestos deste moradores de Guapiaçu, Guaraci e José Bonifácio, assim como a conscientização cada vez maior da população, aliados ao trabalho de profissionais dos hospitais é que fazem com que a região de Rio Preto tenha a média de 25 doadores de órgãos e tecidos por milhão de habitantes, quase o dobro da média do Brasil (14 doadores/milhão).

Funfarme Notícias - Fevereiro - 2017

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