RELATÓRIO DE REALIZAÇÕES Gestão 2011/2014
RELATÓRIO DE REALIZAÇÕES DA FUNDAÇÃO PIRATINI TVE E FM CULTURA GESTÃO 2011/2014
GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL PROMOVER A IGUALDADE FAZ A DIFERENÇA GOVERNADOR
TARSO GENRO SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO
MARCELO NEPOMUCENO
FUNDAÇÃO PIRATINI - TVE E FM CULTURA PRESIDENTE
PEDRO LUIZ DA SILVEIRA OSÓRIO
Porto Alegre, dezembro de 2014
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SUMÁRIO
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A serviço do interesse público
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A Fundação Piratini hoje
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Pessoas
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Tecnologia
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Estrutura
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Programação e jornalismo
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Reconhecimentos
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A SERVIÇO DO INTERESSE PÚBLICO A Fundação Piratini renovou-se em suas dimensões técnica, administrativa, funcional e editorial. A TVE/RS e a FM Cultura 107,7 renasceram. Isso se deve basicamente aos seus servidores e ao Estado gaúcho. Aos servidores, porque resistiram corajosamente à tentativa da gestão anterior de transferir as emissoras para prédios do governo estadual, onde atuariam apenas como veículos oficiais. Ao Estado, porque o governo que se encerra destinou recursos públicos para a televisão e a rádio. Corajosamente, face às limitações das finanças estaduais. Esse gesto, decorrente da decisão de um determinado governo, orienta-se por uma visão política muito própria: aquela que considera a radiodifusão pública vital para a conformação de uma sociedade esclarecida e humanizada. O respeito à radiodifusão pública implica investimentos predominantemente estatais de modo simultâneo à defesa do compromisso das emissoras com o interesse público. Assim foi feito nesta gestão da Fundação Piratini. Avalizada pelo seu Conselho Deliberativo, a programação da TVE e da FM Cultura ratificou a vocação para o trato de temas culturais, infantis e para o jornalismo contextualizado e reflexivo. Essa vocação, cultivada pelos servidores ao longo dos anos, foi fortalecida, ampliada e inovada. Apoiada na recuperação da rede de retransmissoras e do parque tecnológico, a TVE retomou seu jornalismo. Fortaleceu e aperfeiçoou programas tradicionais e criou outros voltados, por exemplo, ao debate da mídia e à valorização da política. Abriu-se para a produção audiovisual de outras regiões do país, da América Latina e Caribe. Aproximou-se da produção independente gaúcha, contribuindo decisivamente para a viabilização de editais públicos destinados ao setor. No caso da FM Cultura, o jornalismo foi recriado. Sua programação musical foi reordenada e transformada em referência qualitativa no estado. Programas tradicionais foram retomados e fortalecidos. Outros foram criados, abrangendo o noticiário cultural, a música regional para além do gauchismo, a música latino-americana sulina e as manifestações musicais urbanas contemporâneas. As duas emissoras afiliaram-se às redes públicas nacionais, transmitindo noticiários e deles participando. No caso da TVE, também reproduzindo parte da programação da TV Brasil, oferecendo programas de conteúdo nacional e internacional diverso dos oferecidos pelas emissoras privadas. É importante ressaltar que produções próprias da TVE, como os programas Nação e o Pandorga, foram incorporados à grade da TV Brasil. As mudanças implantadas se assentaram nos investimentos em tecnologia, mas foram possíveis também porque a Fundação adotou processos contemporâneos de gestão – sem os quais nada ocorreria. E, especialmente, porque valorizou e qualificou seu quadro de servidores, implantando novo plano de empregos, funções e salários, e realizou um concurso público, ampliando o número de trabalhadores. Este relatório aborda, sinteticamente, as realizações referidas nesta página. Não é demais enfatizar que elas foram viabilizadas pela vigência de ideias políticas que defendem uma radiodifusão a serviço do interesse público.
Pedro Luiz da Silveira Osório PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO PIRATINI
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A FUNDAÇÃO PIRATINI HOJE
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A Fundação Piratini é a mantenedora das emissoras públicas de televisão e rádio do Rio Grande do Sul, TVE e FM Cultura. Sua gestão é participativa e permite o acesso dos cidadãos às estruturas dirigentes, além de possuir um Conselho Deliberativo formado por representantes da sociedade. A diversidade e independência editorial na programação são valorizadas, além da produção e veiculação de conteúdo nacional e regional por meio do estímulo à programação independente. Ambas as emissoras prestam um serviço fundamental à sociedade pois sua programação está comprometida com a inclusão social, pluralidade, diversidade, reflexão crítica e valorização da cultura regional. A TVE é a segunda emissora aberta no Rio Grande do Sul, com sinal presente em 70 municípios e potencial de cobertura de 7,4 milhões de gaúchos. São produzidas, em média, sete horas e meia diárias de programação própria. Em 2014, a emissora passou a produzir e transmitir seu conteúdo pelo sistema digital. A FM Cultura é transmitida para 18 cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. Possui 21 programas que preenchem 23 horas de programação própria. Tanto a TVE como a FM Cultura oferecem parte de seus conteúdos na internet e, no total, seus programas são seguidos e curtidos por mais de 80 mil usuários em diferentes redes sociais.
COBERTURA DA TVE PLURALIDADE, CRIATIVIDADE E CIDADANIA A programação jornalística das emissoras é pautada pela relevância social, cidadania e por informações qualificadas. No campo da cultura, há a valorização dos artistas locais, dos novos talentos, garantindo espaço permanente para encontro da tradição com a contemporaneidade. A diversidade de sotaques, estilos e influências presentes no Rio Grande do Sul fazem parte da valorização dada para as culturas populares, regionais e para os movimentos sociais. Ainda entre os destaques da programação, a TVE valoriza as atrações destinadas ao público infantil, com aproximadamente seis horas diárias de conteúdos voltados aos valores humanos e afirmativos sem características apelativas, comerciais ou violentas. O conteúdo oferecido pela Fundação Piratini é beneficiado pelas parcerias que a instituição mantém com outras emissoras públicas nacionais e internacionais. Por meio de um convênio com a Empresa Brasil de Co-
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municação (EBC), os telespectadores e ouvintes da TVE e da FM Cultura recebem uma programação plural, produzida por núcleos audiovisuais espalhados pelo Brasil. Além de viabilizar uma comunicação pública e voltada para a livre expressão, as produções independentes têm espaço valorizado nessa programação. A elas somam-se os projetos próprios em desenvolvimento, programas locais como o Nação, da TVE, transmitido em rede nacional, em parceria com a EBC. São ações como essa, de difusão da produção local e troca de conteúdo entre diferentes tevês e rádios públicas, que firmam o principal objetivo da Fundação Piratini: promover uma comunicação democrática e que propicie o acesso à informação, educação e cultura, estimulando a reflexão crítica do seu público. Esse cenário atual da TVE e FM Cultura concentra alguns dos principais resultados obtidos a partir do processo de reconstrução das emissoras públicas do RS. A falta de investimentos e o consequente desbaratamento das operações durante o período 2002/2011 colocaram em risco não apenas as emissoras, mas um direito da população do Rio Grande do Sul. Desde então, um projeto baseado em gestão transparente, cooperativo, com participação do Conselho Deliberativo e comprometido com o dever público trabalha para retomar de forma plena as atividades da TVE e FM Cultura. Das cinco retransmissoras do sinal da TVE em 2011, hoje elas já somam 40 e estão espalhadas por todo o estado. Entre outros destaques das ações realizadas por essa gestão estão renegociações de dívidas, um programa de valorização dos servidores e a ampliação da participação da sociedade. De sucateadas, agora as emissoras têm novos desafios, que envolvem a digitalização do sinal da TVE, atualização dos equipamentos de transmissão da FM Cultura e a ampliação do alcance de ambas as emissoras. Por compreender a importância do fortalecimento da comunicação pública para o Rio Grande do Sul, o governo do Estado incluiu a reestruturação da Fundação Piratini em sua carteira de projetos estratégicos monitorados. O projeto da Fundação Piratini foi o único a ser financiado apenas com recursos do Tesouro, sem financiamentos externos, e previa a recuperação técnica, de pessoal e de programação das emissoras públicas TVE e FM Cultura. Se, durante o período de 2003 a 2010, foram investidos na Fundação Piratini apenas R$ 515 mil, a atual gestão aplicou R$ 12 milhões em um período de apenas quatro anos. Recursos que hoje se refletem em programações de rádio e TV qualificadas, servidores respeitados e valorização do patrimônio público. Comparativo de investimentos na Fundação Piratini nos últimos 10 anos:
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
INVESTIMENTOS DE 2003 A 2010 ANO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total
INVESTIMENTOS (R$)* 36.696,25 72.662,74 156.116,24 122.498,85 29.383,40 4.713,98 36.069,58 57.844,57 515.985,61
*Os valores não incluem gastos de pessoal e custeio
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2010
2011
2012
2013
2014
INVESTIMENTOS DE 2011 A 2014 ANO 2011 2012 2013 2014 Total
INVESTIMENTOS (R$)* 122.701,54 2.890.605,82 8.233.157,52 1.058.104,62 12.304.569,50
*Os valores não incluem gastos de pessoal e custeio
PESSOAS
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Na Fundação Piratini, o período compreendido entre os anos de 2011 e 2014 foi marcado por grandes transformações em sua estrutura física e tecnológica e também por importantes mudanças e conquistas na área de gestão de pessoas. Nem poderia ser diferente – todos os aspectos se inter-relacionam e se complementam. Dessa forma, para valorizar os servidores da TVE e da FM Cultura e resgatar o orgulho de pertencer à organização, houve uma verdadeira reestruturação humana na instituição. Envolver os funcionários de maneira motivadora fazendo com que eles se sintam realmente importantes nos processos de mudanças foi o maior objetivo, gerando maior comprometimento e, como consequência, uma melhoria sensível nos produtos que as emissoras entregam para a sociedade. Outra meta foi a de garantir a continuidade do trabalho desenvolvido pela Fundação Piratini, recuperando o quadro de trabalhadores por meio de concurso público e assegurando a legalidade da situação funcional dos profissionais já contratados.
RESGATE DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO Para melhorar a qualidade de vida dos servidores, foram implantados ajustes ergonômicos e de estrutura nos ambientes de trabalho. No diagnóstico realizado em 2011, foram identificados graves problemas, como falta de computadores, mobiliário condenado pela interferência de pragas, salas interditadas por não apresentarem as mínimas condições, profissionais trabalhando sob a proteção de lonas no teto, para a chuva não atingir os equipamentos, salas sem nenhuma climatização nas altas temperaturas do verão, banheiros sem condições de uso, funcionários adquirindo peças com o seu próprio dinheiro para consertar instrumentos, entre outros. Até a água que os funcionários bebiam era comprada pelos mesmos. A situação predial e as condições de trabalho chegaram a tal ponto principalmente pela falta de manutenção e de investimentos. Além de interferir na rotina dos trabalhadores, os problemas relatados tinham impacto negativo também nas produções da TVE e da FM Cultura. Sem GPS, por exemplo, os motoristas demoravam um tempo maior para chegar às pautas. A internet de baixa qualidade dificultava muito o jornalismo, que com o avanço tecnológico exige acesso rápido aos conteúdos, assim como precisa de agilidade para enviar e receber matérias. Para mudar completamente esse cenário, foram feitos os seguintes investimentos: A velocidade da internet foi ampliada de 2Mb para 12Mb; Foram compradas 80 novos aparelhos de ar-condicionado, garantindo o conforto dos funcionários e o funcionamento das máquinas, que precisam estar em ambiente climatizado. A aquisição proporcionou também a diminuição dos custos financeiros com manutenção e energia; 95% de todos os computadores foram substituídos por máquinas novas, com processadores Core i5 ou superiores; Foram adquiridas 320 cadeiras ergonômicas, 106 novas mesas de trabalho, 156 armários para os servidores e 77 televisores para que todas as salas tenham acesso à programação da TVE; Reforma total dos banheiros do piso superior e construção de novos no piso inferior do prédio da TVE, inclusive com banheiro adaptado para pessoas com deficiência; Reestruturação do processo de limpeza das salas, prestação de um melhor serviço pela empresa contratada, com maior número de empregados e fiscalização quanto ao cumprimento do contrato; Construção de praças no pátio da Fundação Piratini; Sinalização do estacionamento, com demarcações de faixa e iluminação, garantindo a segurança de motoristas e pedestres; Limpeza geral nos depósitos do patrimônio, que eram mantidos em condições insalubres. Para 2015, o planejamento inclui palestras sobre temas como tabagismo, obesidade e preparação para a aposentadoria, todos sugeridos pelos funcionários. Será realizada também uma pesquisa de clima organiza-
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cional para diagnosticar os problemas que ainda existem e implementar outras ações que contribuam para melhoria do desempenho funcional e das relações de trabalho.
Profissionais operam a nova grua da TVE
CAPACITAÇÃO E TREINAMENTOS Sem novos cursos e atualizações há muitos anos, os conhecimentos técnicos dos profissionais da TVE e da FM Cultura estavam defasados quanto às novas tecnologias e discussões contemporâneas envolvendo a comunicação pública. A gestão 2011/2014 trabalhou para apresentar aos trabalhadores o que há de novo no mercado, e principalmente, treinar os profissionais para o uso dos equipamentos adquiridos. A total modernização e digitalização das emissoras da Fundação Piratini dependem muito da força de trabalho e qualificação dos seus funcionários. Foram promovidas na TVE e na FM Cultura palestras e capacitações sobre as novas tecnologias, com empresas como a Sony, Panasonic, Grass Valley, Tektronix, Lawo, Yamaha, Shure, Sennheiser e Chyron. Para cada serviço específico, como operação das novas câmeras e do novo sistema master, foram contratados cursos e treinamentos.
PROMOÇÕES E PLANO DE EMPREGOS Com a meta de implantar um tratamento igualitário a todos os servidores, resgatar a sua autoestima e valorizar os funcionários, houve grande investimento em suas carreiras com impacto nos salários e na ampliação de direitos. Em 2012, foram pagas as promoções que estavam estagnadas desde 2008 e implantado um sistema de avaliação 180°, em que as chefias também são avaliadas pelos servidores. Foi criado um Plano de Empregos, Funções e Salários, garantindo a legalidade da situação funcional dos trabalhadores, antes amparados apenas por uma resolução sem número, de 1991, sem garantia legal. Uma construção coletiva com os funcionários, Sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas e Conselho Deliberativo resultou na aprovação da Lei 14.420, no dia 26/12/2013, por unanimidade na Assembleia Legislativa, com a presença massiva dos funcionários da Fundação Piratini. Foi disponibilizada na rede interna a minuta do plano e divulgado cada passo na construção e aprovação do documento, escrito em parceria com os funcionários e submetido ao Conselho Deliberativo.
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O novo plano considera as evoluções tecnológicas e privilegia o crescimento pessoal e profissional dos servidores, incentivando o estudo como mais uma forma de promoção da carreira. Além disso, equipara níveis salariais, proporciona ganho real na matriz salarial dos jornalistas e radialistas, manutenção dos triênios, aumento na promoção por merecimento ou antiguidade, aumento do número de graus na matriz salarial e incentivo à capacitação que varia entre 15% e 27% de aumento no salário básico, com reflexo nos demais benefícios.
CONCURSO PÚBLICO Em 2011, o déficit no quadro funcional da Fundação Piratini era de 48%. Dos 360 funcionários previstos no quadro, só havia 172. Esse déficit resultava na ausência de profissionais das mais diversas áreas e, como consequência, em uma programação defasada e com menos horas no ar. O jornalismo, por exemplo, funcionava com apenas dois repórteres, produzindo 20 minutos de noticiário por dia. A FM Cultura não possuía nenhum repórter. Para reconstruir a força das marcas TVE e FM Cultura e a qualidade de suas programações, foi efetuada, em maio de 2012, a contratação de 59 funcionários em regime emergencial. Esses profissionais atuaram na Fundação Piratini por dois anos, até a realização do concurso público definitivo, que contratou 96 novos funcionários em junho de 2014.
Servidores do quadro e emergenciais em confraternização no estúdio
ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS Até 2011, não havia na Fundação Piratini um gerenciamento dos processos de trabalho de suas diversas áreas, dificultando a disseminação de uma cultura de eficiência. A fim de organizar os processos e agilizar as rotinas dos funcionários, foram elaborados e publicados 14 documentos de Instrução Normativa, cinco documentos de Orientação, sete formulários e um Guia do Servidor, que orientam os gestores e as equipes a realizarem solicitações como férias, materiais de consumo, serviços postais, diárias e passagens. Esse trabalho teve como finalidade promover a modernização e a sistematização administrativa, além de disponibilizar aos servidores os diversos procedimentos, que agora podem ser acessados eletronicamente de qualquer computador da Fundação. O entendimento e o mapeamento dos processos, sua revisão e contínua melhoria tornaram a Fundação Piratini uma organização preparada para as mudanças de gestão e, principalmente, significaram
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economia de tempo e de recursos. A elaboração desses documentos atende aos princípios da administração pública de legalidade, publicidade e eficiência. Foi adquirido também um software de gestão de Recursos Humanos, criando arquivos digitais e terminando com os registros que eram feitos manualmente. A organização dos processos também facilitou o controle de horas extras e horas dobradas dos funcionários.
INTEGRAÇÃO E VALORIZAÇÃO Um Comitê de Comunicação Interna foi formado por profissionais de diferentes áreas e níveis hierárquicos da Fundação Piratini. Foram eleitos representantes de cada setor que, reunidos periodicamente com o responsável pela comunicação interna, trazem demandas e ideias de cada área. São analisadas, assim, pelo gestor da área, quais ações estão dando certo e quais precisam ser melhoradas. Foram promovidas sessões de acolhimento e integração com todos os novos servidores, para estabelecer uma comunicação aberta desde sua chegada à Fundação. As sessões contaram com representante do RH e diretores de todas as áreas, que apresentaram a visão, missão e valores da instituição, além das atribuições dos setores. Foram realizadas tanto na chegada dos servidores emergenciais, em 2012, quanto dos concursados, em 2014.
Reuniões e treinamentos mantiveram os funcionários atualizados
Com projeto gráfico atraente, a newsletter Comunica organizou o fluxo de informação com a intenção de manter os servidores a par do que acontece de mais importante na Fundação. Em uma linguagem objetiva, são divulgadas as notícias e as realizações da instituição, além de mostrados os bastidores dos acontecimentos. Sua periodicidade é quinzenal. Circularam 69 edições ao longo do período. As informações foram também disponibilizadas nos murais da Fundação Piratini, com foco na informação para os servidores. Também foram instalados murais eletrônicos nas entradas da TVE e FM Cultura. Foi criado um sistema de e-mail marketing, por meio do qual todos os funcionários são informados quase que diariamente sobre assuntos que envolvem a Fundação. Desde temas mais corriqueiros, como manutenções elétricas no prédio, até mensagens especiais da presidência, convites para eventos, divulgação de prêmios e reconhecimentos recebidos pela TVE ou FM Cultura, além da divulgação de campanhas internas. Foram realizadas dezenas de campanhas internas focadas nos funcionários, como campanhas de higiene e cuidado com os banheiros, doação de sangue, prevenção ao câncer de mama e de próstata, campanhas de
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apoio às vítimas de enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, incentivos à capacitação, segurança no trânsito, entre outros. Desenvolvido em 2014, o Guia do Servidor contempla os direitos, deveres e processos internos da Fundação Piratini. Passaram a ser enviados diariamente cartões com os nomes dos funcionários aniversariantes para seus e-mails pessoais. O mesmo ocorre em datas comemorativas e de confraternizações, como Dia das Mães, Páscoa, Dia do Repórter. Ao diagnosticar que diversos programas da TVE e FM Cultura recebiam livros e CDs e que as obras ficavam dispersas e sem uso, foi criada uma biblioteca para organizar o material. A biblioteca tem hoje mais de 400 títulos e mais de 100 discos.
Comemoração dos 40 anos da TVE e 25 anos da FM Cultura
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TECNOLOGIA
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A atualização tecnológica é uma atividade fundamental para os serviços de rádio e televisão. A evolução dos equipamentos de captação, edição e transmissão ocorre de forma dinâmica e o investimento nessa área determina desde a qualidade do produto final até o alcance das transmissões. Uma TV e uma rádio precisam investir em novos e melhores equipamentos constantemente. Porém, a situação encontrada nas emissoras da Fundação Piratini, no início de 2011, beirava quase o colapso dos equipamentos. Desatualização em todas as áreas técnicas, deterioração da rede de retransmissoras, sistemas de climatização com baixíssimo desempenho e alto consumo energético foram alguns dos muitos problemas. Para enfrentar essas dificuldades, foi desenvolvido um plano de reestruturação tecnológica após minucioso diagnóstico realizado pela Diretoria de Tecnologia e Engenharia. O plano foi dividido em diferentes frentes de trabalho, que tinham como foco não apenas atualizar os equipamentos, mas preparar a TVE e a FM Cultura para os desafios dos próximos anos.
Suíte de produção recebeu novos equipamentos
DIGITALIZAÇÃO DA TVE A primeira medida adotada foi a solicitação junto ao Ministério das Comunicações da outorga de radiodifusão de TV digital para a TVE. Essa ação era determinante para a continuidade das operações da TV, já que em razão do Plano Nacional de Outorgas, que faz parte do processo de digitalização do sistema brasileiro de televisão, havia um prazo para migração do sinal analógico para o novo sistema até 2014. O decreto que dispõe sobre a necessidade de migração para o sinal digital já era de conhecimento da gestão anterior desde 2006, mas nada havia sido planejado para essa nova fase da TVE. A ausência da outorga, e a consequente não migração para o sistema digital, seriam fatais para as atividades de transmissão da TVE e envolviam o risco de extinção do canal. Em 27 de março de 2014, a emissora pública dos gaúchos iniciou oficialmente suas transmissões em sistema digital. Além do expressivo ganho de qualidade de som e imagem nas transmissões, o sistema
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digital permite a recepção do sinal da TVE em aparelhos móveis, como celulares, tablets e GPSs. Hoje a TVE está em completa regularidade com o Ministério das Comunicações e tramita no mesmo ministério um pedido de consignação de outorga de 88 estações retransmissoras de TV digital para o interior do estado do Rio Grande do Sul.
PARQUE DE TRANSMISSÃO Em 2011, o Parque de Transmissão de onde são emitidos os sinais da TVE e FM Cultura, localizado no Morro da Polícia em Porto Alegre, operava de forma precária e suas instalações não possuíam as mínimas condições de trabalho e segurança. A refrigeração do local era realizada por ventiladores domésticos, havia infiltrações na estrutura e os equipamentos de transmissão do local eram protegidos da chuva por lonas de plástico. As péssimas condições do Parque de Transmissão, além de demonstrar o descaso com o patrimônio público, comprometiam a qualidade e o alcance da rádio e da TV por operarem com uma baixíssima potência. Alguns equipamentos no local eram tão antigos que era necessária a improvisação rudimentar de peças, já que em muitos casos não havia mais materiais sobressalentes no mercado. Em conjunto com o processo de outorga do canal digital, um profundo e detalhado plano de composição e compra de equipamentos necessários à transição para o sistema digital envolveu diversas equipes da Fundação Piratini. A compra dos equipamentos, realizadas por licitações nacionais e internacionais, somou mais de R$ 12 milhões. Também foram executadas obras para a reforma completa do Parque de Transmissão para abrigar os novos equipamentos. Em março de 2014, como parte das comemorações dos 40 anos da TVE e 25 da FM Cultura, foi inaugurado o novo Parque de Transmissão, onde os transmissores digital da TVE de 4 kW, analógico de 20 kW, principal da rádio de 10 kW e reserva de 1 kW entraram em operação definitiva. Os parques do Morro da Polícia e do Morro Santa Tereza receberam equipamentos no-break de grande eficiência para evitar que as emissoras saiam do ar em caso de falta de energia.
REDE DE RETRANSMISSORAS Com o objetivo de tornar a TVE e FM Cultura veículos de alcance regional, as equipes técnicas iniciaram em 2011 um processo de recuperação dos retransmissores para retomar a rede, completamente abandonada pela gestão anterior. Ao final do primeiro ano, passou-se de apenas sete para 27 estações, a partir de um intenso processo de manutenção e aquisição de 21 novos aparelhos retransmissores. Em paralelo ao movimento de ativação desses equipamentos transmissores, começaram as tratativas com as empresas de satélite para a migração de tecnologia de transmissão, da Banda C para a Banda Ku. A migração desse sistema de satélite facilitou a expansão da rede de retransmissoras de TV e rede de rádios pelo interior do estado. Graças à possibilidade de uso de antenas parabólicas com menor diâmetro para recepção dessa tecnologia, a Banda Ku garante economia de espaço e praticidade na montagem. As medidas adotadas permitiram que se ampliasse a cobertura da TVE e da FM Cultura.
ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA E MANUTENÇÃO Em razão do uso prolongado e sem manutenção adequada de câmeras, ilhas de edição, sistemas de iluminação, entre outros equipamentos, foi necessário atualizar os recursos de tecnologia da TVE e da FM Cultura. Entre os principais equipamentos adquiridos pela gestão atual, está um novo sistema de captação, manipulação e monitoração de vídeo, que inclui seis câmeras Grass Valley Full-HD, lentes, equipamentos de medição de vídeo Tektronix e mesa de corte Karrera. Os estúdios da TVE receberam novos sistemas de comunicação, em substituição aos antigos equipamentos, quase inutilizáveis pelo alto grau de deterioração. Nos estúdios de televisão, o piso foi nivelado para garantir o movimento livre das câmeras. Os cenários foram modernizados e o estúdio pequeno recebeu novo revestimento acústico. A cor clara do novo piso e cenografia também ajudaram na reflexibilidade e otimização da iluminação.
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A chegada de 12 novas luminárias de luz fria, seis caixas ativas de retorno e o conjunto de 12 microfones sem fio de mão e lapela ampliaram a qualidade das produções, imagens e áudio captados. Além disso, foi substituída a mesa de corte por uma que já fosse compatível com a tecnologia HD, pois a que estava em operação apresentava diversas falhas no ar e tinha mais de 12 anos em operação ininterrupta. Para finalizar, a cinegrafia recebeu quatro kits de minicâmeras GoPro com acessórios para utilizar nas produções, 14 equipamentos receptores de satélite em HD, além de discos rígidos para aumentar a velocidade e capacidade de processamento das ilhas de edição MacPro, e 95% de todos computadores foram substituídos por máquinas novas com potentes processadores. O Sistema de Gerenciamento de Mídias Digitais (MAM) e Master estão instalados, com sistemas de captação e transmissão operando em processo completamente digital e em formato HD. Na FM Cultura, o departamento técnico de rádio recuperou equipamentos para montar um novo estúdio de gravações, com isolamento acústico nas paredes e porta. A emissora ainda recebeu um equipamento para captação e transmissão de áudio que garante qualidade de som de estúdio, em qualquer lugar do mundo com acesso à internet. Além da liderança do plano de reestruturação tecnológica, a Diretoria de Tecnologia e Engenharia representou a Fundação em todos os encontros do Grupo de Trabalho da Anatel e Ministério das Comunicações para discutir e defender interesses da comunicação pública no debate sobre o uso do espectro de frequências acima de 700 MHz, o qual afeta diretamente o uso dos canais de televisão aberta. Além desses encontros, a Diretoria de Tecnologia e Engenharia esteve presente nos principais eventos voltados à produção e exibição de conteúdos para a TV no Brasil e no mundo.
TVE se tornou uma das TVs públicas mais modernas do Brasil
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ESTRUTURA
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REESTRUTURAÇÃO FÍSICA As instalações da Fundação Piratini, nos altos dos morros Santa Teresa e da Polícia, e as condições de trabalho, encontradas no início de 2011, espelhavam a ausência de prevenção de problemas e de manutenção, a insegurança operacional e o descaso com a funcionalidade e o conforto dos servidores. Os estúdios de rádio e televisão, assim como as demais dependências, estavam abandonados. Os espaços das salas e corredores eram mal aproveitados e resultavam em dificuldades no fluxo de pessoas e no trabalho entre as equipes. Não havia mobiliário adequado, mesas, cadeiras e armários estavam em péssimo estado de conservação, quebrados e infestados por cupim, e os computadores, além de defasados do ponto de vista tecnológico, eram insuficientes para o número de profissionais. Para resgatar integralmente a instituição, foi necessária uma verdadeira revolução. Já de início, a nova administração realizou diversas reformas, além de adquirir móveis e equipamentos, e promoveu de forma emergencial o conserto do ar condicionado, tanto da TV como da rádio. Posteriormente, foram adquiridos equipamentos novos para diminuir custos financeiros e de energia, bem como garantir climatização adequada. Na sede, no Morro Santa Tereza, os estúdios da TVE estavam com o chão completamente danificado, sua iluminação era insuficiente e os cenários, obsoletos. Houve reestruturação geral dos dois estúdios, com correção e instalação do piso, novas luminárias e implementação de cenários multiuso. E ainda foram efetuadas melhorias na rede de esgoto, reforma completa no saguão e portaria da Fundação, além de plantio de árvores no pátio e organização dos canteiros, iluminação externa, construção de espaços de convivência e sinalização viária. Da mesma maneira, houve reconstrução dos telhados da edificação no Morro da Polícia e da subestação de energia. O descaso e a falta de investimentos observados se estendiam à casa da Fundação Piratini no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, local que recebe as equipes para a cobertura anual da Expointer. O espaço estava completamente abandonado. Mais uma vez, aconteceram reformas e ampliações, como a construção de um estúdio envidraçado, permitindo maior interação com o público.
Nova redação da TVE, com espaço amplo para 43 profissionais
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Quanto à limpeza e segurança de todos os espaços da instituição, os serviços não eram prestados com regularidade, havia um número insuficiente de empregados terceirizados e os pagamentos eram feitos sem supervisão. Hoje, as empresas prestadoras de serviço da Fundação Piratini atendem as necessidades de modo regularizado e organizado, com um número satisfatório de funcionários e intensa fiscalização quanto ao cumprimento dos contratos. Além disso, a Fundação ganhou um Plano de Prevenção e Combate a Incêndio, inexistente até então.
Casa na Expointer foi reformada e recebeu estúdio de vidro
REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL Além das mudanças físicas e tecnológicas da Fundação Piratini, foi necessário também dar-lhe nova estrutura administrativa, de acordo com a lógica organizacional contemporânea. A falta de padronização era uma constante e inexistiam normas e procedimentos em toda a instituição. Foram realizadas ações voltadas à simplificação e melhoria de processos, padronização de documentos conforme modelos oficiais, além de descrição de procedimentos, rotinas e atividades desenvolvidas na Fundação, para proporcionar melhor qualidade dos serviços internos. Quanto à área de contratos, a situação também era precária. Os mesmos não eram numerados e nem existia a abertura de processo administrativo. Desde 2012, todos os contratos estão organizados e digitalizados. Na área de patrimônio e almoxarifado, não havia controle e nem rotinas de trabalho. Foi implementado o Sistema de Administração de Materiais. O aplicativo está vinculado ao Sistema de Finanças Públicas do Estado e possibilita a simplificação das rotinas de trabalho, além de facilitar o acesso às informações pelos órgãos de controle do Estado, como a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), proporcionando maior transparência e segurança. Na área de transporte, também foram identificados problemas: frota em estado precário e em número insuficiente; dificuldade para manutenção dos veículos; instalações da sala dos motoristas em estado crítico; e falta de pessoal. Foi realizada a contratação de veículos e motoristas, aquisição do Sistema Via Fácil, para pagamento de pedágios, compra de equipamentos GPS e iniciado um processo para a manutenção constante da frota própria.
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SUSTENTABILIDADE Em parceria com o DMLU, a gestão 2011-2014 implantou a coleta seletiva, e a Fundação Piratini passou a integrar o processo de recolhimento de resíduos recicláveis realizado pela Prefeitura duas vezes por semana. O material é distribuído entre as unidades de triagem conveniadas, gerando emprego e renda para centenas de pessoas, além de beneficiar o meio ambiente. Todo o lixo seco produzido pela TVE e FM Cultura é doado a 18 unidades de reciclagem, que empregam 900 pessoas. Separando o lixo da forma adequada os funcionários passaram a contribuir também para o aumento da renda dessas famílias.
RECURSOS FINANCEIROS Uma importante conquista obtida logo após a atual gestão assumir a Fundação Piratini foi a renegociação de dívidas trabalhistas com o Ministério Público do Trabalho, garantindo a redução de R$ 43 milhões para R$ 223 mil. Outra ação fundamental foi o planejamento detalhado de investimentos, que envolveu a contabilização de todas as despesas da casa. Entre alguns dos exemplos de melhorias orçamentárias implementadas, está a aquisição de uma impressora própria de crachás para os servidores, que resultou em economia de 80% em relação às compras feitas com a antiga prestadora de serviço. Com a reestruturação da Diretoria de Comunicação e Relações Institucionais, foram criadas áreas responsáveis em promover a Fundação Piratini e suas emissoras junto a empresas e instituições para obter recursos de apoio cultural. Essa iniciativa estruturou processos que permitiram tanto a comercialização de programas de acordo com as normas do estatuto da Fundação, como pela formalização de parcerias e permutas de mídia que pudessem viabilizar ações e projetos de comunicação sem investimentos financeiros diretos, gerando sustentabilidade à Fundação. A captação de recursos por meio de campanhas e apoios culturais pagos atingiu R$ 3,3 milhões no período de 2011 até outubro de 2014. Entre os destaques de permutas e apoios institucionais sem retorno financeiro estão a realização de uma série de coberturas especiais; montagem dos novos cenários; obtenção de bolsas de estudo para diversos cursos profissionais; fornecimento de materiais para distribuição em eventos; parcerias para eventos culturais e assessoramento de projetos de captação de recursos. Também foram criados grupos de trabalho responsáveis em pesquisar e desenvolver projetos voltados para editais, convênios e uso de leis de incentivo à cultura. Entre as atividades realizadas, estiveram os processos de reativação dos cadastros nos sistemas Procultura, Rouanet e Ancine. A Fundação Piratini também fez parte do grupo de monitoramento de possibilidades de financiamento a partir da regularização do seu cadastro no Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconv).
PARA O PÚBLICO EXTERNO TVE e FM Cultura mais próxima da sociedade. A partir dessa diretriz, uma série de ações teve por objetivo levar a presença institucional da Fundação Piratini a diferentes segmentos da sociedade do Rio Grande do Sul. Foram criados novos canais para contato com a audiência, programas de responsabilidade social e projetos de visitas aos municípios. Alguns projetos: OUVIDORIA Foi instituído um canal de Ouvidoria para receber comentários, reclamações e sugestões de ouvintes e telespectadores. Por meio de formulários preenchidos nos sites das emissoras, a Ouvidoria da TVE e da FM Cultura recebe e responde em até 24 horas, em média, 90 mensagens mensalmente. VISITAS GUIADAS Com a meta de receber a sociedade e a comunidade escolar dentro da TVE e da FM Cultura, foi criado o programa de visitas guiadas. Atende-se, assim, à crescente demanda de escolas, universidades, ouvintes e telespectadores interessados em conhecer o funcionamento das emissoras, disseminar informação, despertar interesse sobre a comunicação pública, além de agregar novos telespectadores. Foram recebidas aproximadamente 1,2 mil pessoas entre 2011 e 2014.
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SINTONIA COM O RIO GRANDE Fortalecer a relação das emissoras públicas TVE e FM Cultura com o interior do estado foi o objetivo do projeto Sintonia com o Rio Grande. Realizado a partir de viagens a 22 municípios, dirigentes da instituição fizeram visitas para aprofundar o contato com lideranças governamentais, associações comerciais, de cultura e de ensino nas cidades de abrangência de sinal das emissoras. Também foi foco da ação buscar interessados em investir financeiramente por meio de apoios culturais na TVE e na rádio, aumentar a audiência, promover o reconhecimento das emissoras como produtoras de conhecimento e conteúdo, valorizar a cultura local e estimular o debate sobre a comunicação pública nas diversas regiões. TVE REPÓRTER NA ESCOLA Com o apoio cultural da Corsan, a Fundação Piratini levou o programa TVE Repórter até escolas e universidades de Canoas, Santa Maria, Sapucaia do Sul, Taquara, Alvorada, Lajeado, Gravataí e Osório. O foco foi democratizar os assuntos abordados nas reportagens, informar e promover o debate com as crianças e jovens, além de divulgar o programa e a emissora. Uma equipe da TVE composta pelos responsáveis pela reportagem organizou as exibições públicas com a coordenação das maiores escolas ou universidades públicas de cada cidade.
TVE Repórter na Escola atingiu mais de 500 alunos em 2014
APOIO À CLASSE ARTÍSTICA A TVE e FM Cultura contribuíram para a divulgação de peças de teatro, shows musicais, feiras e mostras culturais, festivais de cinema, trailers de filmes, espetáculos de dança, campanhas sociais e de utilidade pública. No total, foram mais de 700 apoios culturais concedidos no período 2011 a 2014. Esses apoios representaram aproximadamente R$ 9 milhões em mídia gratuita. AÇÕES EXTERNAS Foram realizadas exibições, debates e estreias públicas de programas da TVE e da TV Brasil, entre eles: série Natália, documentário Barranca, TVE Repórter Argentina e programas especiais comemorando os 15 anos do Sessão Jazz e do primeiro ano do Cantos do Sul da Terra, ambos da FM Cultura. Um grande evento em comemoração aos 40 e 25 anos da TVE e FM Cultura, respectivamente, teve a apresentação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), que lotou os 3 mil lugares do auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. A TVE e a FM Cultura participaram da cobertura dos grandes eventos culturais do estado. Nessas ações, a Fundação Piratini realizou atividades institucionais com o objetivo de divulgar e aproximar a marca das
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emissoras da população. Entre os principais eventos, estão: Festival de Cinema de Gramado - 2011 a 2014; Feira do Livro de Porto Alegre - 2011 a 2014; Carnavais de Porto Alegre - 2012 a 2014; Apoio ao carnaval de rua de Porto Alegre em 2014, com a instalação de 20 banheiros químicos; Estúdio de rádio e TV na central da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre.
Repórteres da FM Cultura e do Pandorga gravam ação para redes sociais em Gramado
Também houve investimento em parcerias para divulgar suas programações. Para isso, foram realizadas ações voltadas à promoção e propaganda das atrações, como folhetagem em praças de pedágio, permutas de mídia em jornais, revistas locais e nacionais, outdoors e de busdoor. Liderada pela Diretoria de Comunicação e Relações Institucionais, foram estruturadas áreas responsáveis pela comunicação da Fundação Piratini e suas emissoras com os diversos públicos. As ações tiveram seu desenvolvimento por meio de peças publicitárias, anúncios, material institucional e campanhas de comunicação interna. No campo das divulgações externas, foram instituídas equipes de assessoria de imprensa e de monitoramento, gestão e fortalecimento da Fundação nos ambientes online, como redes sociais e website institucional. Estruturou-se ainda um processo de relações institucionais e políticas sociais, de caráter representativo e articulador de demandas relacionadas às agendas institucionais. Essas ações promoveram as emissoras TVE e FM Cultura em eventos, campanhas e mobilizações da sociedade em geral. A gestão buscou também a retomada e a valorização do Conselho Deliberativo da Fundação Piratini e as relações com os Sindicatos dos Jornalistas Profissionais do RS e dos Radialistas. Assim como as relações internas com diferentes pastas do governo do Estado, resultando em parcerias e contatos com ONGs e entidades que trabalham pela igualdade social.
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PROGRAMAÇÃO E JORNALISMO
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NOSSA PROGRAMAÇÃO Conceitos como cidadania, democratização, participação, diálogo e interesse público são referências para a programação da TVE e da rádio FM Cultura. Comprometida com sua missão, a Fundação Piratini atuou, sem finalidade comercial, com intuito de refletir a diversidade e a pluralidade, assim como respeitar e promover os direitos humanos e contribuir para a construção do exercício cidadão estabelecido na Constituição Brasileira. Todo esse trabalho buscou garantir amplos espaços para o debate, fundamental na formação de uma consciência crítica. Promover a conscientização pública para a cultura de paz, proteção ao meio ambiente e a valorização dos preceitos éticos, de classe, de religião, filosóficos, de gênero e de orientação sexual também foram preocupações da programação da TVE e FM Cultura. Para garantir a efetivação do caráter público das emissoras, a gestão contou com mecanismos de transparência e participação popular na definição da sua grade e dos planos de trabalho. Toda a programação veiculada na tevê e na rádio pública dos gaúchos tem a análise e orientação do Conselho Deliberativo. O Órgão, constituído por 26 membros representantes de entidades culturais, empresariais e sindicais, é responsável por aprovar diretrizes para programação de acordo com as finalidades da Fundação. Ao levar em conta o ambiente convergente, existiu também um esforço para pensar a distribuição do conteúdo veiculado na TVE e na rádio FM Cultura para diferentes plataformas. A Fundação entendeu a importância de fortalecer a veiculação dos produtos exibidos na televisão e na rádio, por meio dos seus canais de comunicação na internet (como portais e perfis em redes sociais).
PARA TODOS OS PÚBLICOS Construir uma programação diversificada, inovadora e com qualidade, a partir da veiculação de conteúdos que enriqueçam os conhecimentos e proporcionem entretenimento e diversão saudáveis para a sociedade gaúcha. Com esse entendimento, os princípios éticos definidos pela Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativa e Culturais (Abepec) e pela Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) nortearam essa gestão. A expansão da grade de programação da TVE e da rádio FM Cultura procurou oferecer alternativas de informação educativa, preocupada com a preservação das raízes, tradições e particularidades dos habitantes do Rio Grande do Sul, sem deixar de valorizar a liberdade de expressão de toda a diversidade cultural. A programação da TVE conta com debates, documentários, entrevistas, espaço para apresentar novos e consagrados talentos musicais, programas jornalísticos, além dos infantis. Quem acompanha a emissora pública gaúcha pode conferir atrações dirigidas para as crianças, jovens, adultos e a terceira idade. A grade oferece conteúdos que representam uma alternativa, por exemplo, para os pais preocupados em não expor os filhos aos programas que incentivem a violência e estimulem o consumismo. Ou mesmo para os adultos que não se sentem representados pelos programas veiculados por emissoras comerciais que deixam de zelar pela pluralidade de versões em matérias controversas, ao não ouvir todas as partes envolvidas em polêmicas sobre fatos da atualidade e de interesse público. Preocupações com a acessibilidade também podem ser percebidas em programas como o Viva Bem (dirigido ao público da terceira idade, que aborda as questões de saúde e também traz assuntos ligados à cidadania e ao comportamento), que, desde o primeiro semestre de 2012, conta com o sistema de Libras também na sua transmissão. Para estimular a produção e promover a veiculação de conteúdos independentes em sua programação, a partir de 2011, com a filiação da FM Cultura na Arpub, foi possível realizar a troca de conteúdo e material jornalístico com mais de 27 emissoras públicas e universitárias de todas as regiões do país.
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Uma das ideias centrais da radiodifusão pública é colocar o interesse do cidadão acima de interesses econômicos, pessoais e políticos específicos. Com esse entendimento, a Fundação Piratini estabeleceu diálogo permanente com os movimentos sociais, universidades, políticos, ONGs, entre outras representatividades, e fez diferentes parcerias. Essas relações se refletem diretamente na pluralidade dos conteúdos apresentados pela TVE e rádio FM Cultura.
REATIVAÇÃO E NOVIDADES Transmitindo mais de oito horas diárias de programação própria, a TVE está entre as quatro maiores produtoras de conteúdo regional no Brasil. A emissora é responsável pela produção de 18 programas locais de telejornalismo e entretenimento, muitos com mais de duas décadas de exibição, reconhecidos pela diversidade e valorização das culturas regionais e da identidade nacional. Foram retomados alguns programas e incluídos novos produtos para oferecer uma programação mais completa aos telespectadores. O Palcos da Vida, que mostra grandes nomes da música brasileira que passam pelos palcos gaúchos, foi retomado pela TVE com shows inéditos gravados em 2013 e 2014. Preocupada em contar novamente com um projeto nativista, referência para a preservação da identidade musical do povo gaúcho, a TVE realizou a reestreia do Galpão Nativo, em agosto de 2011. O programa traz músicas, entrevistas e reportagens sobre a arte e a cultura regionais no Sul do Brasil. Abrir espaço para discutir as questões da cultura negra no Rio Grande do Sul e no Brasil. Com essa finalidade, em novembro de 2011, a TVE apostou na estreia do Nação. Levando em conta a relevância do conteúdo e ineditismo, a partir de fevereiro de 2014, o programa passou a ser exibido em rede nacional pela TV Brasil. Em 2012, lançou Encontros do Samba, que traz uma prévia do que as escolas de samba, que desfilam no Carnaval em Porto Alegre, estão preparando para apresentar na Avenida do Samba, no Porto Seco. Em novembro, mês da Consciência Negra, em 2014, a TVE estreou Windeck, a primeira novela africana exibida no Brasil. Ambientado em Angola, o folhetim é produzido pela Semba Comunicação. A obra já foi exibida pela TPA (Angola) e pela RTP1 (Portugal), recebendo boas críticas e aceitação do público. Em 2013, esteve entre as quatro telenovelas indicadas ao Emmy Internacional (duas brasileiras e uma canadense). MÚSICAS E ENTREVISTAS A FM Cultura, destaca-se pela música de qualidade e pelo conteúdo jornalístico, com análise aprofundada, dando voz a diversos segmentos da sociedade de uma forma plural. Seus gêneros musicais vão desde a Música Popular Brasileira, a música regional, a contemporânea e a música erudita. É a única FM no RS a executar obras de música clássica brasileiras e internacionais, com destaque para os diversos movimentos ao longo da história. É pioneira no incentivo à música popular gaúcha. E desde a sua fundação, em 1989, mantém programas tradicionais e abre novos espaços na sua programação voltados para novos talentos. Uma das iniciativas neste sentido, é a realização de duas edições do Festival de Música das Rádios Públicas, com apoio da Associação das Rádios Públicas do Brasil, Arpub. Concurso que abre espaços para músicos, intérpretes e compositores em cinco categorias musicais. Possibilita a veiculação de músicas inéditas para artistas que não têm oportunidade de veiculação na mídia comercial e muita vezes não encontram apoio de gravadoras para a gravação e divulgação. A FM Cultura possui uma programação dedicada à cultura, à notícia e à música. Ao todo, a rádio conta com 30 programas, sendo 26 deles locais, e apresenta 16 horas diárias ao vivo de segunda a sexta, com abrangência para aproximadamente 70 cidades no Rio Grande do Sul. O destaque da programação musical e jornalística está na diversificação de programas com agenda cultural, reportagens e entrevistas sobre cinema, teatro, música, literatura e artes em geral. MPB, jazz, música clássica, samba, rock, e outros gêneros musicais são contemplados na sua grade. Os ouvintes da rádio ganharam o Clássico dos Clássicos, programa de música erudita, a partir de pedidos recebidos pelo público. A FM Cultura diversificou a programação também com a chegada do Clube do Samba. O programa apresenta informações e músicas que destacam o samba de raiz e seus principais movimentos. Ainda, estreou o Cesta Básica, que se propõe a mostrar a diversidade da música brasileira, com destaque para o samba, samba rock, samba soul, swing, rock, MPB, dando enfoque à produção local.
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Em 2011, os ouvintes da Rádio FM Cultura também puderam comemorar a volta do As Músicas que Fizeram a sua Cabeça, um dos programas mais tradicionais e que estava há dois anos fora do ar. Essa programação recebe nos estúdios da FM Cultura diversas personalidades que falam da sua vida a partir das suas preferências musicais.
Escolas de samba dos grupos A e Intermediário participaram do Encontros do Samba, na TVE
PARCERIAS A programação oferecida pela Fundação Cultural Piratini é potencializada pelas parcerias que a instituição mantém com outras emissoras públicas nacionais e internacionais. Por meio de um convênio com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), os telespectadores e ouvintes da TVE e da FM Cultura recebem um conteúdo plural, produzido por núcleos audiovisuais espalhados pelo Brasil. Outro exemplo é a parceria com a rádio holandesa Netherlands, que propicia a veiculação de documentários na programação da rádio. Essa parceria possibilitou a retomada de um espaço dedicado à cobertura de temas aprofundados da atualidade. O segundo semestre de 2012 foi marcado pelo lançamento do Recortes, programa de documentários nacionais com exibição de séries e produções independentes. A partir de 2013, a TVE estreia o Recortes Internacional, que apresenta documentários latino-americanos, viabilizado a partir de parcerias internacionais e da adesão à TAL (Televisión América Latina). A FM Cultura realizou, entre 2012 e 2014, o Festival de Música das Rádios Públicas do Rio Grande do Sul. Os eventos foram realizados em parceria com as rádios Universidade AM (Santa Maria), Federal FM (Pelotas), Furg FM (Rio Grande), Rádio UPF (Passo Fundo) e Unijuí FM (Ijuí) e tiveram o apoio da Associação das Rádios Públicas do Brasil.Os festivais objetivaram revelar e divulgar obras musicais inéditas, abrindo espaço na programação das emissoras de rádio participantes para cantores, compositores, instrumentistas e arranjadores, valorizando a produção e a diversidade musical local. As categorias de premiação no festival foram: melhor música com letra, melhor música instrumental, melhor intérprete vocal, melhor intérprete instrumental, melhor arranjo, melhor música (categoria com voto popular).
ESPECIAIS PARA OS PEQUENOS A troca de conteúdo e a valorização das produções independentes são marcas da programação da TVE. Em 2014, a TVE e a TV Brasil estabeleceram parceria para a produção de 26 episódios novos do Pandorga. A nova temporada passou a ser exibida em rede nacional pela TV Brasil, propiciando a expansão do público telespectador. O programa, há 25 anos produzido e exibido na TVE, é referência para as crianças gaúchas.
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O Pandorga é voltado ao desenvolvimento e entretenimento infantil com exibição de segunda a sexta-feira. Através dos bonecos são apresentados quadros em que a participação da criança é valorizada por meio de reportagens, músicas e brincadeiras. Além de divertir e contribuir para a formação cultural e educativa dos pequenos telespectadores, o Pandorga desperta a consciência crítica, a cidadania, os cuidados com a natureza e o prazer da leitura.
INFORMAÇÃO E JORNALISMO Já de início, em 2011, houve o desafio de reestruturar com equipamentos e pessoal as equipes de jornalismo da TVE e da rádio FM Cultura. Uma das primeiras medidas foi a criação da Diretoria de Jornalismo. Em funcionamento com apenas dois repórteres e estagiários, foi necessária a contratação de funcionários temporários que permaneceram de 2012 até 2014 para fortalecer o jornalismo. Em junho, a instituição chamou 96 novos servidores por meio de concurso público, entre eles oito repórteres, cinco produtores e 10 jornalistas para edição e produções especiais da TVE. Também na rádio FM Cultura a situação de equipamentos e programação era precária. Além de melhorias para a recepção do sinal da emissora, o jornalismo da rádio recebeu estúdios reformados e reformulados.
Jornalismo fortalecido, com foco no interesse público
RETOMADAS E ESTREIAS Em 2012, o Cidadania, programa de entrevistas e reportagens com especialistas na área da saúde pública, da educação e de direitos humanos, que estava sendo gravado uma vez por semana, passa a ser apresentado ao vivo três vezes por semana. A partir de abril de 2013, o Cidadania passa a ser diário, de segunda a sexta-feira. A TVE se empenhou também para reativar o TVE Repórter, que apresenta reportagens de diferentes temas com profundidade. O programa voltou para a grade da TVE em outubro de 2012. No ano seguinte, a tevê pública gaúcha abriu espaço para a análise e discussão da mídia com a estreia do Mídia em Debate.Já na rádio FM Cultura, 107,7 foi retomado o radiojornal Cultura na Mesa. O programa apresenta os principais temas do dia, de forma aprofundada.
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REFORÇO DO NOTICIÁRIO A inclusão social e o fomento ao crescimento econômico sustentável fazem parte dos princípios da produção jornalística da Fundação Piratini. Nos noticiários, toda a programação é voltada para a divulgação da verdade dos fatos com independência, numa linguagem objetiva, não discriminatória, ouvindo sempre todos os lados envolvidos nos acontecimentos veiculados. Com esses objetivos, a TVE saltou de 20 para aproximadamente 55 minutos de noticiário diário. O processo gradativo se viabilizou a partir de 2012. O Jornal da TVE, que tinha apenas 20 minutos de duração, passou a contar com duas edições – 12h30 às 12h45 e das 19h30 às 20h. Além disso, o jornalismo ganhou quatro inserções do TVE Notícias (uma síntese de notícias com aproximadamente dois minutos de duração), com duas veiculações pela manhã e duas pela tarde. O jornalismo da TVE estreou o programa Mobiliza, um espaço para o debate político nas áreas da cidadania, educação, tecnologia e infraestrutura. Ainda entre os destaques dos conteúdos jornalísticos, a produção e exibição do TVE Repórter Especial Memória e Verdade Argentina. O programa revelou o minucioso trabalho realizado pelo país vizinho para resgatar a história recente da ditadura militar. A estreia do programa ocorreu em uma exibição pública no Memorial do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Na rádio FM Cultura, os ouvintes passaram a contar com o Café Cultura. O programa jornalístico traz as principais informações do dia e do início da manhã. A atração apresenta previsão do tempo, trânsito, entrevistas e reportagens ao vivo. UM ESPAÇO PARA REFLETIR A MÍDIA Ausente na programação das emissoras privadas, a crítica da mídia é um tema tratado com quase exclusividade nas programações das emissoras públicas. No Rio Grande do Sul, a TVE abriu espaço para a análise e discussão da mídia a partir da estreia do programa Mídia em Debate. A atração propõe a discussão sobre como os acontecimentos repercutem nos meios de comunicação, viram notícia e de que maneira os discursos da mídia refletem na sociedade. Uma vez por semana, três convidados ligados à academia ou ao mercado de trabalho participam do Mídia em Debate para analisar assuntos relevantes ligados à comunicação e entender o que está por trás da notícia e das mensagens publicitárias. JORNALISMO PREMIADO Ao final desta gestão, o jornalismo da TVE e da rádio FM Cultura se encontram numa fase de consolidação de uma programação voltada ao interesse público. Tem linha editorial e grade de programação definidas com clareza e público-alvo determinado. Em reconhecimento a esse trabalho, diferentes programas foram premiados nos últimos quatro anos (leia, ao final da publicação, a relação completa dos prêmios para a Fundação Piratini e suas emissoras).
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL O estímulo à produção independente de audiovisual, em parceria com produtoras do Rio Grande do Sul na participação de editais nacionais, faz parte das realizações da Fundação Piratini. A TVE foi a primeira emissora pública, fora do eixo Rio/São Paulo, a ter projeto aprovado no edital do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro - Prodav 2013, da Ancine. Com a Secretaria Estadual da Cultura, a TVE viabilizou, pela publicação de edital, um investimento de R$ 1,2 milhão para a realização de quatro séries e 12 documentários. Essas produções foram exibidas entre abril e junho de 2014. Além disso, em novembro de 2014, a Fundação Piratini realizou o lançamento de edital para a produção de cinco séries de televisão para diversas faixas etárias de público em cinco categorias: infantil, turismo, cultura criativa, ficção para adultos e ficção para adolescentes. As séries serão produzidas em 2015 e veiculadas em 2016. O valor total disponível para esse chamamento público é de cerca de R$ 3,9 milhões, em recursos provenientes do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e mais R$ 301 mil provenientes da Fundação Piratini para licenciamento das obras em TV aberta. O edital contempla as produtoras sediadas no Rio Grande do Sul.
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RECONHECIMENTOS 2011 Prêmio Coletiva.net, do site Coletiva, na categoria Gestão de Marketing e Comunicação em Televisão, ao presidente da Fundação Piratini, Pedro Osório 1° lugar do Prêmio de Jornalismo Moacyr Scliar, da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), na categoria Televisão, à reportagem Transexualidade, do programa TVE Repórter 2012 Troféu Liderança da Comunicação, do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), ao presidente da Fundação Piratini, Pedro Osório Prêmio de Jornalismo e Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS), ao programa Cultura Documenta, da rádio FM Cultura, pelo especial que contou a história de Peter Ho Peng, natural de Hong Kong mas vivendo no Brasil desde 1950. Peng foi perseguido, torturado e teve seus direitos políticos cassados pela ditadura militar e só os recuperou quase 40 anos depois Prêmio Press de Repórter de TV do Ano, da revista Press, ao jornalista da TVE Leandro Olegário 2º lugar do Prêmio de Jornalismo do Ministério Público, na categoria Reportagem de TV, à matéria Crédito consignado a idosos é alvo de campanha do MP, do Jornal da TVE Finalista no 18º Prêmio Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) de Reportagem, na categoria Televisão: reportagem Reciclagem: soluções inteligentes, do programa TVE Repórter 2013 1º lugar no Prêmio Jornalismo Operação Golfinho, da Brigada Militar, à reportagem Operação tranquilidade, do Jornal da TVE 1º lugar no Prêmio de Jornalismo da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), na categoria Televisão, à reportagem sobre tratamento do câncer de mama, do programa Jornal da TVE 2014 1º lugar no 16º Prêmio de Jornalismo Ministério Público do Rio Grande do Sul, na categoria Reportagem de TV, à matéria Meninas do Casef, do programa TVE Repórter, que mostrou as condições e a vida de adolescentes no Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino de Porto Alegre 1º lugar no Prêmio Municipal Legislativo de Direitos Humanos, da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana da Câmara Municipal de Porto Alegre, na categoria Jornalismo, ao programa Cidadania, da TVE Troféu Câmara de Vereadores de Porto Alegre à Fundação Piratini, pelo trabalho em prol da comunicação pública
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Prêmio Zumbi dos Palmares, da Assembleia Legislativa, à Fundação Piratini, pela atuação em defesa da conscientização e dos direitos da comunidade afrobrasileira Troféu Carlos Santos, da Assembleia Legislativa, ao programa Nação, da TVE, por dar visibilidade à questão negra no Brasil Prêmio Humanidades, do Instituto Brasileiro da Pessoa, ao programa Cidadania, da TVE, pela promoção dos direitos humanos Finalista na categoria Grande Destaque do Prêmio TAL (Televisión América Latina): TVE, pelo projeto RS – Pólo Audiovisual, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura, que possibilitou a exibição de 12 documentários e quatro séries produzidas regionalmente 2º lugar no Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes/RS), Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e Braskem, na categoria Telejornalismo, à reportagem Entulhos da construção civil são reutilizados no Vale dos Sinos, do programa Jornal da TVE 3º lugar no Prêmio de Jornalismo da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), na categoria Televisão, à reportagem Cresce número de nascimentos de prematuros no Brasil, do programa Jornal da TVE Menção honrosa no Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes/RS), Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e Braskem, na categoria telejornalismo à reportagem Tubos de pasta de dente viram objetos mais resistentes que madeira, do programa Jornal da TVE Prêmio Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha), na categoria Cantor, da Assembleia Legislativa do RS, ao apresentador do TVE nos Festivais, Antonio Gringo, no comando do programa desde 2011. O prêmio reconhece, valoriza e incentiva trabalhos e ações que divulguem a música e o artista gaúcho. Prêmio Especial Antônio Gonzalez, da Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI), à rádio FM Cultura, devido à sua contribuição à comunicação social por promover o Prêmio Unirádio, que destaca trabalhos de estudantes do ensino superior.
RELATÓRIO DE REALIZAÇÕES DA FUNDAÇÃO PIRATINI - TVE E FM CULTURA GESTÃO 2011/2014 PRODUZIDO PELA DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Edição: Angela Rahde, Danielle Dalbosco Redação: Danielle Dalbosco, Giovanni Rocha, Clarissa Collares Fotografia: Giovanni Rocha Projeto gráfico e diagramação: Raquel Amsberg de Almeida Versão online: www.fundacaopiratini.rs.gov.br/Relatorio2011-2014
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