Estamos na pré-história do homem no Universo. Assim, o meu trabalho
é uma “literatura de Cordel” com temática sobre o Vale do Rio dos Sinos,
fazendo uma interferência no Planeta Terra, desde 1976, através de uma
instalação com milhares de quadros espalhados nas paredes das cavernas
contemporâneas – casas e apartamentos – numa tentativa de enfeitar a
nossa aldeia global e emitir os primeiros sinais para uma comunicação no
universo através dos quadros que falam. Sigo todas as tendências de arte
desde 1825, o ano seguinte ao da vinda dos imigrantes europeus para a
região do Vale do Sinos e no qual acontece o milagre para a arte, a invenção
da fotografia. Acabo criando os quadros que falam, que contém os primeiros
sinais para uma nova comunicação no universo, por causa do novo na
arte e cultura: o mítico dos índios. Nas situações de colônia, meu estilo é
expressionista. Nas do êxodo, picassiano, por causa da influência do místico
negro. Nas situações de cidade, com a vinda dos...