Folha Regional Edição 619

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Jaguaruna, SEXta-feira, 17 de janeiro de 2014 | Edição 619

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A missão de dar destino certo ao lixo / reciclar / HOJE SERÁ REALIZADA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA com objetivo de debater sobre o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos redação

Jaguaruna

O Brasil tem uma difícil meta para cumprir até agosto de 2014: erradicar todos os lixões do país construindo em seu lugar aterros sanitários, disposição mais adequada dos resíduos sólidos urbanos e que, se bem cuidado, não traz problemas para a saúde e nem contamina o meio ambiente. A meta foi estipulada pela Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Mas alguns municípios estão questionando o prazo, alegando que ele é muito curto. Outro ponto importante da lei é a proibição do envio de material reciclável para aterros, com risco de multa. Dados mostram que o Brasil tem hoje 2.906 lixões em atividade em pouco mais de 2.800 municípios, e que juntos produzem 189 mil toneladas de resíduos sólidos por dia. Apenas 1,4% dos resíduos sólidos é reciclado no país. Com o fechamento desses locais, os municípios brasileiros deverão abrir aterros sanitários para despejar o lixo recolhido e que corresponde à disposição mais adequada dos resíduos sólidos urbanos. Em Jaguaruna a situação não é diferente. Autoridades municipais estão trabalhando com o intuito de achar um destino certo para o lixo da cidade. Hoje, sexta-feira, às 19h30min, no Centro Comunitário Maria Cândida, será realizada uma audiência pública com o objetivo

de debater o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e também da destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Será discutido ainda a possibilidade de se Implantar um Parque Industrial com Instalação de Usina que utilize tecnologia de ponta capaz de permitir a transformação dos Resíduos Sólidos em produtos úteis e sadios ao meio ambiente com a perspectiva de eliminação de lixões e de aterro sanitário com inclusão social, conforme debatido na última Conferência Nacional do Meio Ambiente em Brasília. O prefeito de Jaguaruna, Luiz Arnaldo Napoli, destaca a importância da participação da população.“É importante que todos os cidadãos do município participem. Autoridades civis, militares e eclesiásticas, as associações e entidades de serviços, ONGs, cooperativas, os sindicatos, a iniciativa privada, afinal será debatido um assunto do interesse coletivo”. Verão, sinônimo de mais lixo Por ser um município litorâneo, a população em Jaguaruna mais que triplica e com isso o acúmulo de lixo. Fora da temporada de verão o município produz uma média de 750 a 800 toneladas de lixo ao mês. Esse número começa a crescer no mês de dezembro. No último mês do ano de 2013 foram recolhidos 865 toneladas. A projeção para o mês de janeiro é que ultrapasse a casa das mil e 500 toneladas. O excesso de lixo neste ano ten-

Reciclagem diminui gastos com lixo em Jaguaruna ASSES/PMj

Jaguaruna

Com objetivo de amenizar os gastos com o lixo em Jaguaruna, está sendo realizada a reciclagem do lixo, onde um grupo de pessoas faz a escolha dos materiais que poderão servendidos e reutilizados. Segundo o empresário Ronivan Rodrigues Alves, que lidera a reciclagem, são reciclados em Jaguaruna aproximadamente 80 toneladas de lixo por semana, evitando assim que

todo o lixo bruto seja depositado no aterro sanitário com um custo maior para o município. Segundo ele, garrafas pet, ferro, vidro, plástico, além de outros tipos de lixos recicláveis, são escolhidos e vendidos para que possam ser reutilizados futuramente na fabricação de objetos. Além de colaborar com o meio ambiente, a reciclagem está gerando emprego, dando assim oportunidades de ganho mensal a diversas pessoas que não conseguem um emprego fixo.

Fora da temporada, município produz uma média de 750 a 800 tolenadas de lixo ao mês e no verão número triplica

de a se estender até o mês de março, tendo em vista que o Carnaval acontece no fim de fevereiro e início de março. Hoje o município paga para depositar no aterro sanitário R$ 206,00 a tonelada. Anualmente os gastos estão ultrapassando um milhão e meio de reais. “Os gastos são bastantes altos em especial no verão e fomos informados de que a empresa serrana está querendo aumentar o valor por tonelada”, destaca o prefeito Luiz Napoli. Muitas reclamações O problema com a coleta do lixo nos balneários não é de agora. Ve-

ranistas, turistas e moradores dos balneários ficam indignados com a falta de uma infraestrutura melhor nas praias de Jaguaruna e o recorde nas reclamações estão na coleta de lixo e manutenção das estradas. O vereador Raimundo Marques (PMDB), de Morro da Fumaça, indignado com a situação, pede para que o Balneário Esplanada, no sul do município, receba uma atenção básica. “É inadmissível a situação do Balneário Esplanada. Com as festividades de fim de ano o acúmulo de lixo foi enorme, sem falar nas estradas do balneário que é uma vergonha, o prefeito e secretário de obras tem que melhorar e muito os

serviços naquele balneário”. Outra veranista que reclama da coleta do lixo é a senhora Claudete Francisconi. “Eu tenho casa aqui há mais de 20 anos e o problema do lixo está cada vez pior”. Os problemas na coleta de lixo também podem ser constatados em outros balneários do município. A explicação é lógica, o número populacional mais que triplica e com isso a empresa responsável pela coleta não consegue dar conta. No entanto, a assessoria da prefeitura repassou a informação de que o número de caminhões fazendo os trabalhos de coleta teve um aumento considerável para este verão.


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