Do Capitalismo para o Digitalismo

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algo, por exemplo um programa de computador, e nem ele nem o seu patrão sabem à partida quantas unidades acabarão por ser produzidas e vendidas de tal produto. Como já explicámos será a aceitação pelo mercado que acabará por determinar se são feitas 500 ou 10.000 cópias a partir do produto obtido de “um dia de trabalho” do programador. Assim, o valor do que foi produzido não é passível de ser determinado no fim da jornada de trabalho; e se se aplicar a formulação de Marx quanto à mais-valia, pode chegar-se a valores muito abaixo daqueles que verdadeiramente ocorrem. Dificilmente um trabalhador considerará válido o cálculo da mais-valia com base no valor correspondente a um dia do seu trabalho quando a mercadoria produzida proporcionou enormes lucros, ao longo de anos consecutivos, ao seu patrão. Por isso propomos: que a mais-valia seja calculada não no fim de cada dia mas no fim do ciclo económico das mercadorias e tendo em conta os resultados económicos que produziram, de acordo com as fórmulas apresentadas no capítulo “Valor de troca baseado em conhecimento”.

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